sexta-feira, 12 de junho de 2020

ORAÇÕES COORDENADAS ( NÃO CONFUNDIR AS CONJUNÇÕES)


ORAÇÃO COORDENADA
Assindética- sem conjunção
Sindética – com conjunção
ADITIVA: conjunções "e" , "nem(= e + não)” ,não só... , mas (também), tanto...como, como também.
E nem – não existe na língua culta!
Mas também- =como também- enfatiza a segunda oração.
MAS pode aparecer com valor aditivo: Maria era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.





ADVERSATIVA: conjunções: "Mas" , porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Por exemplo: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
e- pode ter valor adversativo  quando for igual a MAS .Ex.: Eles pesquisaram muito, e  não atingiram o resultado desejado. (por meio de muitas pesquisas, os resultados deveriam ser alcançados; no entanto, ocorreu.



ALTERNATIVA:     Conjunções: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja,
·         Saia mais cedo de casa, ou espere o trânsito acalmar.
Saia mais cedo de casa = oração coordenada assindética (não é iniciada por conjunção)
ou espere o trânsito acalmar = oração coordenada sindética alternativa (iniciada por conjunção alternativa).



CONCLUSIVA : consequência referentes à  oração anterior.
Conjunções: assim, logo, POIS(depois do verbo), portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, por consequência; consequentemente; de modo que; desse modo;
A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Cuidado! Logo pode ser advérbio: logo mais, daqui a pouco, mais tarde, em breve



EXPLICATIVA: POIS(antes do verbo), porquanto, PORQUE, QUE

Fornece um motivo, explicando a oração anterior.(= explicação, justificativa, confirmação)

Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Por exemplo: Não tenha receio, pois eu a protegerei.
Também haverá oração explicativa com a conjunção que= porque- se a primeira oração possuir verbo no imperativo: Some daqui, que o assunto não é da tua conta!





orações subordinadas - principais diferenças

ORAÇÕES SUBORDINADAS

A oração (chefe) é denominada principal e a que depende (ou a completa) da principal é a subordinada. 


ADJETIVAS (introduzidas pelo pronome relativo: que(o qual, a qual, os quais, as quais), quem, cujo, onde)

 

A) Restritiva: quando restringem o sentido do nome a que se referem (sem vírgula).Funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal. Não pode ser retirada da frase.

Nós vimos um filme que nos emocionou.(= emocionante= adjetivo)

 

B) Explicativa:  quando explicam o termo a que se referem e aparecem, na escrita, entre vírgulas. Funciona como aposto (pode ser retirada da frase) explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

 

Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do país, está muito bem cuidada.


ADVERBIAIS( introduzidas pelas conjunções SUBORDINATIVAS ) – DECORAR AS CONJUNÇÕES

A) Causal( causa/consequência): Conjunções: porque(SEM VÍRGULA/ JAMAIS NO MODO IMPERATIVO, ), porquanto, visto que, já que, uma vez que, como( SUBSTITUIDA POR PORQUE/ VEM ANTES DA ORAÇÃO PRINCIPAL), que( posso substituir por porque).

B) Comparativa: Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como(= que nem).

C) Concessiva: Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

D) Condicional: Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, a menos que, sem que

E) Conformativa: Conjunções: como(= conforme), conforme, segundo.

F) Consecutiva: Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. (Tal)...que;

G) Temporal: Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que= que , logo que, mal.

H) Final: Conjunções: a fim de que, para que, porque.

I) Proporcional: Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

 

·         PORQUE- NÃO CONFUNDIR PORQUE ADVERBIAL CAUSAL E COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA*




ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 

INTRODUZIDAS PELAS CONJUNÇÕES INTEGRANTES QUE E SE  

 A oração (chefe) é denominada principal e a que depende (ou a completa) da principal é a subordinada

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal.

Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:

1-verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.

2-verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.

Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

3-verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.(VERBO SER = PARTICÍPIO ADO OU IDO)

Atua como sujeito da oração principal (aquela que não é iniciada por conjunção). O verbo da O.P. sempre estará na terceira pessoa do singular e o sujeito encontrar-se-á na oração subordinada.

Geralmente a O.P. constará: É bom, é necessário, convém, é preciso, Consta, Parece, é provável etc.

É necessário que façamos a prova com calma.

É necessário = O.P. /Que = conjunção integrante/ Que façamos a prova com calma = Oração subordinada substantiva subjetiva

É NECESSÁRIO= predicado nominal – está faltando na frase o sujeito. 9TEREI UMA SUBJETIVA)

Verbo de ligação    predicativo do sujeito


B)Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.

(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

 

Sujeito                 verbo de ligação ( uma parte do predicado nominal / faltando na frase o predicativo do sujeito)

Observe que a última palavra da oração principal sempre será um verbo de ligação.

Meu desejo é que você encontre o teu caminho.

Meu desejo é = O.P.    Que você encontre o teu caminho = O. S. S. Predicativa.


C) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.

(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

                                            O QUÊ?

Ex. Todos desejamos / que seu futuro seja brilhante.

 

SUJEITO VERBO TRANSITIVO DIRETO ( temos o sujeito, e uma parte do predicado verbal- o verbo trans. Direto, falta-nos o objeto direto

 

Geralmente podemos observar que a última palavra da oração principal é um verbo transitivo direto, assim teremos uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Eu quero que você aprenda a lição.

Eu quero = O.P. Que = conjunção integrante     Que você aprenda a lição = Oração subordinada substantiva objetiva direta.

D) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.

(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

Geralmente podemos observar que a última palavra da oração principal é um verbo transitivo indireto (aqueles que necessitam de preposição), assim teremos uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Note que a O.P. terminará assim: VERBO + PREPOSIÇÃO + CONJUNÇÃO ( iniciando a O.S.S.)

                    DE QUÊ?

Eu preciso de que você me ajude no exame final.

Sujeito verbo transitivo indireto (de= preposição ao lado do verbo- TEREMOS UMA OBJETIVA INDIRETA)

Eu preciso = O.P.                   De que você me ajude = O. S. S. Objetiva indireta


E) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.

(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.

              VERBO                                         PREPOSIÇÃO LONGE DO BERBO, SEPARADO POR UM SUBSTANTIVO, UM ADJETIVO OU UM ADVÉRBIO

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

Geralmente a última palavra deste tipo de oração será um nome seguido de uma preposição.

Levo a leve impressão de que já vou tarde.

Levo a leve impressão = Oração principal            De que já vou tarde = O. S. S. Completiva nominal.

Não confunda OBJETIVA INDIRETA com COMPLETIVA NOMINAL:

Objetiva indireta = verbo + preposição + conjunção/Completiva nominal = nome + preposição + conjunção


F) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas, entre hífens ( - ) oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.
Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

Só espero uma coisa: que faça tudo corretamente.


terça-feira, 9 de junho de 2020

"Os miseráveis" de Victor Hugo

LÍNGUA PORTUGUESA     P3- LITERATURA         DATA da P3: ___/03/2019            Professora: Bernadete                  

8º ano  (data da entrega para o aluno- 1º dia de aula)
TRÊS GRUPOS 
GRUPO 1- NÚMEROS:
GRUPO 2- NÚMEROS:
GRUPO 3-NÚMEROS: TRÊS ALUNOS

Conteúdo:               “Os Miseráveis” de Victor Hugo

Tempo estimado -     2 aulas

Objetivo Geral:
Incentivar a leitura, compreender a necessidade de ler e articular as respostas por escrito e em grupo. Desenvolver uma linha de pensamento coerente com os assuntos abordados na obra. Responder as perguntas pertinentes aos temas propostos e organizar-se em grupo.

Objetivo Específico
Interagir com os outros alunos, compreender a importância da leitura, aprender a responder as questões e organizar suas respostas. Organizar suas ideias para participar do JÚRI SIMULADO.

Material necessário 
Leitura do livro para que os alunos possam responder as questões e participar do júri simulado.

Desenvolvimento 
Metodologia
O projeto irá se desenvolver em sala de aula. Os alunos irão se organizar em grupos e terão como função desenvolver o “Júri simulado” e as perguntas dadas.

Avaliação 
A avaliação será quantitativa e qualitativa.
A avaliação quantitativa será computando os pontos adquiridos pelas respostas corretas.
A avaliação qualitativa será de acordo com o interesse na atividade, a participação e interação com os demais alunos.






8º ano       DATA DA P3: ____/03/2019    (3 GRUPOS )                    Profª Bernadete
P3- Literatura:  “Os Miseráveis” de Victor Hugo
JÚRI SIMULADO
1-Questionamentos orais para todos os alunos:
a)Vocês dariam uma oportunidade de emprego para alguém que saiu da prisão?
b) Vocês acreditam que uma pessoa pode se redimir após sair da prisão e se tornar uma pessoa melhor? Por quê?
c) Como vocês definem ser uma pessoa miserável.
d) FORMAR GRUPOS (3 ALUNOS )
Faça um breve histórico sobre o escritor Victor Hugo e apresente  algumas considerações sobre o ROMANTISMO NA EUROPA refletindo sobre a importância do livro para a época. (observação: contextualizar o período da Revolução Francesa)
e) INDIVIDUAL: Entendimento do romance por meio de perguntas orais: levantar a mão.  
(Algumas perguntas sobre o enredo .)
2- Proposta de JÚRI SIMULADO, levando em conta aspectos da obra e também tendo em vista o poder da argumentação na sociedade em que estamos inseridos. (formar 3 grupos.  júri simulado- ter argumentos condizentes ao livro .)            
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM GRUPO:
Grupo 1- grupo de alunos terá que defender o réu, o personagem principal do livro, Jean Valjean.
Grupo 2 -  outro grupo terá  o papel de acusar o réu. (elaborar perguntas para acusar o réu)
Grupo 3 – 3 alunos - Um grupo de juízes darão a sentença final.
Pensar e responder: grupos
2.1- Na história toda, o erro era só de Jean Valjean ? Era igualmente grave o fato de ele, operário, não ter trabalho e não ter pão. Depois de a falta ter sido cometida e confessada, por acaso o castigo não foi por demais feroz e excessivo? Comente.
2.2- Onde haveria mais abuso: da parte da lei, na pena, ou da parte do culpado, no crime?
2.3- Pode a sociedade humana ter o direito de sacrificar seus  “IRMÃOS” ,  ora por sua incompreensível imprevidência, acorrentando indefinidamente um homem entre essa falta e esse excesso, falta de trabalho e excesso de castigo? 
2.4- É próprio das sentenças em que domina a impiedade, isto é, a brutalidade, transformar pouco a pouco, por uma espécie de estúpida transfiguração, um homem em animal, às vezes,  até em animal feroz. Jean Valjean renovou as fugas, tão inúteis e loucas, toda vez que se apresentou ocasião propícia, sem pensar um pouquinho nas consequências, nem nas vãs experiências já feitas. Escapava impiedosamente, como o lobo que encontra a jaula aberta. O instinto lhe dizia: "Salve-se". A razão lhe teria dito: "Fique"! Mas, diante de tentação tão violenta, o raciocínio desaparecia, ficando somente o instinto. Era o animal que agia. Quando era novamente preso, os novos castigos que lhe infligiam só serviam para torná-lo mais sobressaltado. Comente.
2.5-  A história é sempre a mesma. Essas pobres criaturas, QUE JÁ PASSARAM E PASSAM PELA MESMO PROBLEMÁTICA DE JEAN, HOJE, EM DIA, carecendo de apoio, de guia, de abrigo, ficam ao léu. Compare a história narrada com a realidade atual brasileira.
2.6- A adesão de Jean Valjean ao crime foi voluntária?

Sugestões durante a leitura do livro:
Título: OS MISERÁVEIS  Autor:  HUGO, Victor   Adaptação de Walcyr Carrasco    Editora:MODERNA   
Observe as questões: em negrito ou 1, 2 e 11 
1-Quem foi Victor Hugo? ( Sempre devemos ter alguns conhecimentos sobre o autor. )
2- Contexto histórico da época em que o livro foi escrito.( Sempre devemos ter alguns conhecimentos sobre a época em que o livro foi escrito. Tente  sempre relacionar a situação histórica vivida na época com a obra lida.)
Exemplo para adquirir conhecimentos durante leituras realizadas futuramente:
A obra “Os Miseráveis” (1862), de Victor Hugo (1802-1885), se situa entre os finais do século XVIII até meados do século XIX, exatamente na época em que ocorreu a Revolução Francesa (1789-1799), ponto de referência fundamental dando uma dimensão política à fraternidade (Monsenhor Benvindo, capítulo 2).
Em 14 de julho de 1789 o povo saiu às ruas de Paris e derrubou a Bastilha(= prisão do pensamento)- verdadeiro símbolo do regime absolutista que por muito tempo vigorou no país- desencadeou a Revolução Francesa(.Lema: Liberdade, igualdade e fraternidade)
É imprescindível salientar que foi no bojo da Revolução Francesa que o chamado Terceiro Estado, que compreendia aproximadamente 96% da nação (SOBOUL, 1989, p. 15), promoveu um amplo conjunto de reformas anti-aristocráticas, que incluíram, por exemplo, a abolição do sistema feudal, a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a elaboração de uma nova Constituição, concluída em 1791, e a constituição civil do clero
Victor Hugo foi um dos escritores com maior influência sobre os autores da 3ª Geração Romântica no Brasil, pois suas obras continham certo tipo de preocupação social e elementos de transição entre o Romantismo e o Realismo.
Em Os Miseráveis,o estilo literário de Hugo é marcado pelas vívidas descrições que nos fazem imaginar que estamos vivendo na França da época e pela narração de caráter social onde há a denúncia das injustiças. As características do Realismo que podemos encontrar na obra são: Denúncia das injustiças sociais; Contemporaneidade; Retrato fiel das personagens; Gosto pelos detalhes. As características do Romantismo que podemos encontrar na obra são: Sentimentalismo; Linguagem elegante e rica. O período literário da obra é o Romantismo com elementos de transição para o Realismo.
Os Miseráveis é uma grandiosa obra que apesar de narrar acontecimentos fictícios, serviu como denúncia às injustiças sociais da França do século XIX, o sentimentalismo do Romantismo ainda se faz presente em vários pontos do livro, muitos desses pontos são decisivos para o desenvolvimento da obra como, no início, quando o bispo fica ao lado de Jean Valjean. Características do Realismo também estão presentes, como já foi citado acima.
3- Quais são os personagens principais?
4- Onde se passa a maior parte da história?
5- Como é esse lugar?
6- Quando acontecem os fatos?
7-Como você sabe disso? Exemplifique com trechos do livro:
8. Enredo Qual é a ideia principal da história?(breve resumo/sinopse)
9. De qual parte você mais gostou? Por quê?
10- Cite  três cenas importantes da história. Identificando a que trechos se referem e a página.
11- Você gostou dessa história? Por quê?( SUGESTÕES:  REFLITA E RESPONDA PENSANDO NAS PERGUNTAS: O que a leitura acrescentou em sua vida? O que modificou em seu modo de pensar? Qual foi a mensagem deixada para você?
(Observação: para justificar se gostou ou não da leitura de algum livro ou texto é necessário sempre pensar nas perguntas acima.)
12. A história é sobre quem?
13.O que houve com ele?
14.Por que ele vivia fugindo?
15.Como foi parar na prisão?
16.Jean se sentia culpado por qual motivo?
17.Qual o fato ocorrido que mudou a história do protagonista?
18.Porque o personagem passa de homem rancoroso a generoso, capaz de ter gestos de amor ao próximo, no decorrer da história?
19. Como o Sr.Madeleine(Jean) ajuda Fantine?
20. Em quais situações podemos verificar os temas ligados à questão social abordados na obra: a) fome:            b) autoritarismo:     c) abuso do poder:     d) diferenças sociais:   e) discriminação social:           f) luta pela sobrevivência:                 g) dificuldades financeiras:    h)fraternidade( Monsenhor):
21.Dos temas abordados no livro, qual chamou mais sua atenção? Por quê?
22.Observando o título da obra e a ilustração da capa, você imaginou que a história seria essa?
23. Qual fato da história lhe chamou mais a atenção?
24. A maneira de contar e a linguagem utilizada facilitou a leitura?
25. Você identificou-se com alguma personagem? De quem mais gostou? Por quê?
26. De qual personagem você não gostou? Por quê?
27. Você gostou de Jean Valjean? O que mais chamou sua atenção no personagem?
28. Você teve Interesse em saber logo o final do livro?
29. A história prendeu a sua atenção?
30. Algum fato da história de “Os Miseráveis” fez você recordar algum fato real, da sua vida ou de leituras já realizadas?
31. Se fosse o autor da obra, mudaria algum fato na história? O quê?
32. Gostou do final da história ou mudaria? Justifique.
33. A leitura do livro proporcionou-lhe prazer, trouxe algum ensinamento? Justifique.
34. Qual a mensagem sobre a vida e a condição humana você tira após a leitura da obra?
35. Há semelhança entre a sociedade atual e os personagens da obra: Jean Valjean, o menino de rua, Fantine e Cosette? Comente.
36- Escreva  uma pequena recomendação de leitura do livro da forma mais atraente possível.(convença outro leitor a ler o  livro.)
 








































Os miseráveis-    Victor Hugo                               Adaptação: Walcyr Carrasco
Assunto: Ambição, Amor, Bondade, Caridade, Egoísmo, Generosidade, Injustiça, Liberdade, Luta pela sobrevivência, Miséria, Ódio, Preconceito, Realidade social da miséria, Solidariedade, Trajetória pessoal
Tema transversal: Ética
1. Explique qual foi o fato que mudou a história do protagonista.
Jean Valjean é acolhido por um gentil bispo, que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos.

Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido.

2. Depois desse episódio, Jean Valjean pode tornar-se um comerciante e industrial de sucesso e chega ao cargo de prefeito em uma pequena cidade, acobertado sob um nome falso. Que nome Jean Valjean adota a partir de então?
Ele se apresenta como o Sr Madeleine.
3. Na descrição que Victor Hugo faz da vida do personagem Jean Valjean, podemos observar que há o cuidado de evidenciar as circunstâncias que o levaram ao crime:

Jean Valjean, de humilde origem camponesa, ficara órfão de pai e mãe ainda pequeno e foi recolhido por uma irmã mais velha, casada e com sete filhos. Enviuvando a irmã, passou a arrimo da família, e assim consumiu a mocidade em trabalhos rudes e mal remunerados (...). Num inverno especialmente rigoroso, perdeu o emprego, e a fome bateu à porta da miserável família. Desesperado, recorreu ao crime: quebrou a vitrina de uma padaria para roubar um pão. (...) Levado aos tribunais por crime de roubo e arrombamento, foi condenado a cinco anos de galés. (...) Mesmo na sua ignorância, tinha consciência de que o castigo que lhe fora imposto era duro demais para a natureza de sua falta e que o pão que roubara para matar a fome de uma família inteira não podia justificar os longos anos de prisão a que tinha sido condenado.

4- A adesão de Jean Valjean ao crime foi voluntária?
Não, mais do que uma questão de gosto ou preferência pessoal por uma vida irregular, tratava-se de uma situação social que deveria ser encarada francamente pela sociedade em geral e pelas autoridades políticas em particular:

5. O Sr. Madeleine toma conhecimento do caso de Fantine. De que modo ele tenta ajudá-la?
Ele tenta prover as necessidades de Fantine e tenta trazer a filha para perto da mãe. Mas Fantine morre e o Sr. Madeleine adota Cosette.

6. Que destino tem esse casal [Thénardier] no final do romance?
No final do romance, com a senhora Thénardier morta na prisão, senhor Thénardier e Azelma viajam aos EUA, onde ele se torna um comerciante de escravos.

7. Identifique, brevemente, as seguintes personagens secundárias do romance:
Bienvenu ou Benvindo, Bispo de Digne (Charles François Myriel) –
Um sacerdote idoso e gentil, que é promovido a bispo por um encontro casual com Napoleão. Ele salva Valjean de ser preso após roubar sua prata e o convence a mudar de comportamento. Bienvenu morre com 82 anos, cego.

Baptistine e Madame Magloire – Respectivamente, irmã e empregada doméstica do Bispo Myriel. Baptitstine ama e venera o seu irmão. Me. Magloire teme que ele deixe a porta aberta para estranhos.

Gervais – Um garotinho que deixa cair uma moeda. Existem duas perspectivas sobre o encontro de Jean Valjean com ele. Segundo uma delas, Valjean, ainda um homem de mente criminosa, coloca o pé sobre a moeda e se recusa a devolvê-la ao menino, apesar dos protestos de Gervais. Quando o menino foge de cena e Valjean vem a seus sentidos, lembrando de que o bispo tinha feito por ele, ele sente vergonha do que fez e busca pelo menino, em vão. Outra interpretação desta cena é que Jean Valjean não sabia que ele estava pisando sobre a moeda, mas depois percebe que a moeda estava sob seus pés e se sente horrível.

Fauchelevent – Valjean salva a vida de Fauchelevent quando levanta uma carroça debaixo da qual ele estava preso, e depois arruma para ele um emprego como jardineiro num convento em Paris. Fauchelevent mais tarde vai retornar o favor dando abrigo a Valjean e Cosette no convento, e emprestando o seu nome para Valjean.

Senhor Gillenormand – Avô de Marius. Monarquista, ele tenta impedir Marius de ser influenciado por seu pai, um oficial do exército de Napoleão. Discorda de Marius em assuntos políticos, e eles têm várias discussões. Durante seu conflito perpétuo de ideias, ele não demonstra o seu amor pelo neto.

 
Os miseráveis"
"Os miseráveis" tem acentuado caráter de reflexão social. Seguir a trajetória de Jean Valjean é se deparar com conflitos humanos que ainda falam à nossa geração. Fantine, Cosette, Javert, Marius, Thénardier, Bienvenu, Fauchelevent, dentre outros, são personagens que convidam os leitores a fazer parte do universo hugoano. E cada um desses ensina uma lição diferente. Perceber que esse texto resiste à e (re)existe a partir da leitura de meninos e meninas com 13 e 14 anos é testemunhar que aquele escritor francês do século XIX, de fato, tinha algo a dizer.

O poema abaixo foi escrito pelo aluno Fernando Almeida e apresentado como conclusão de seu trabalho:
O que é miséria?
Uma coisa gerada por nós.
Onde está a miséria?
Está em todo lugar.
Quem é a miséria?
A miséria somos nós...

Não entendo essa miséria.
Não sei onde está.
Não sei onde procurar.
Mas que boba, mas que megera.

Descobri onde está.
Mas nem precisei procurar.
Descobri o que sou.
Descobri que sou um miserável
por eu mesmo gerar os miseráveis.
O vídeo a seguir é resultado do trabalho dos estudantes Ana Beatriz Vilela, Bernardo Zanetti, Caroline Dias, Gabriel Leite, Gustavo Hespanhol, Larissa Freez, Lucas Lima e Thales Buzan.
 


Foram as mais variadas expressões que povoaram as aulas de Língua Portuguesa quando das apresentações das equipes: música, dança, teatro e artes plásticas se aliaram à literatura e motivaram as leituras de "Os miseráveis".

Alegro-me pelo fato de perceber que os alunos têm se despertado para temáticas tão sérias e com tanta sensibilidade. Como lhes disse, acredito que nenhum deles vai se esquecer daqueles personagens e, mais, nenhum deles vai deixar de notar a atualidade, a presença dos miseráveis hoje e amanhã.
Escrito por Edson Munck Jr at 14:52










Os miseráveis-  Victor  Hugo ( saber contar a história com suas palavras )
 Capitulo 1: "Jean Valjean" ; Artur Henrique
          Neste capitulo, o livro fala sobre um ex-condenado, chamado de Jean Valjean, que apos passar 19 anos nas galés, foi libertado, porem, ao chegar na cidade de Digne, não foi aceito em nenhum canto. Sem ter para onde ir, foi dormir em um banco de uma praça, mas uma mulher que ali passava o aconselhou pedir abrigo e comida em uma casa próxima.

Capitulo 2: "Monsenhor Benvindo" ; Artur Henrique
       O bispo da pequena cidade de Digne, que era conhecido como Monsenhor Benvindo, era um velhinho bondoso e solidário a todos. Quando tornou-se bispo da cidade todos se espantaram, pois cedeu o grande e luxuoso palácio episcopal para que lá se instala-se um hospital e foi viver numa casa branca e pequenina, aonde se instalava o hospital.
       Após o conselho, Jean Valjean foi até a casa do bispo de Digne, para pedir comida e uma cama para dormir. O bispo ficou calmo, e logo lhe deu comida e um local para dormir. Jean valjean ficou muito espantado com a bondade do bispo, perguntou varias vezes se ele tinha certeza do que estava fazendo. Após a refeição Monsenhor levou Jean para o quarto onde ele ficaria, Jean ficou muito confuso pois, como aquela pessoa podia abrigar um estranho em um quarto tão confortável e tão próximo ao quarto dele.

 Capitulo 3: "O roubo" ; Artur Henrique
           De madrugada, Jean Valjean acordou, e começou a pensar nos talheres e na concha de pata que ele havia visto a criada guardando mais cedo. Após pensar muito Jean foi até o armário e em silencio pegou os talheres colocou no saco e fugiu.
           Mais tarde bateram na porta da casa do bispo, era a policia que estava com Jean Valjean amarrado.O bispo ao ver ele amarrado falou que tinha dado os talheres e o perguntou por que ele também não tinha levado os castiçais. Jean Valjean ficou surpreso. Monsenhor disse que prendê-lo foi um engano e os policiais o soltaram. Antes que o homem saísse o bispo disse que ele levasse os castiçais de prata e falou para que Jean Valjean nunca se esquecesse de que prometeu usar o dinheiro dos castiçais para tornar-se um homem honesto. Ele ficou sem palavras, pois não havia feito promessa nenhuma, mas mesmo assim aceitou o que o bispo havia dito.

 Capítulo 4 - Capítulo 4: A Moeda De Prata
            Jean deixa a cidade como um fugitivo e sem perceber ele fica dando voltas e sempre acabava no mesmo lugar, estava com raiva e com uma sensação meio estranha sem saber se era arrependimento ou pura humilhação. Estava sentado atrás de uma moita quando de repente viu um garoto com uns 10 anos de idade. Era um garoto da Sabóia vestindo calças velhas e rasgadas no joelho. O garoto estava brincando com suas moedas quando uma moeda de prata caiu e rolou até Jean. Jean pôs o pé em cima. O garoto foi até ele e pediu a moeda; Jean perguntou o seu nome e o garoto disse que se chamava Gervais. Jean ordenou o menino para ir embora. O menino se atirou no pé de Jean e implorou para que Jean retirasse o pé para que ele pegasse a moeda. O menino começou a chorar e pedir para que ele levantasse o pé, mas novamente Jean mandou ele ir embora para se salvar. Gervais começou a tremer e depois saiu correndo sem fazer barulho. Quando anoiteceu, Jean não havia comido absolutamente nada. Jean olhou para moeda pegou-a, olhou para longe e não viu ninguém. Andou depressa na direção onde o menino correu e gritou com toda sua força o nome do garoto. Ninguém respondeu. Correu para uma encruzadilha iluminada pelo luar onde viu passando um padre à cavalo. Perguntou se tinha visto um menino chamado Gervais e o padre disse que não. Ele dá algumas moedas ao padre e manda entregar ao pobres, depois disso diz ao padre que ele era um ladrão. O padre se amedrontou e fugiu com seu cavalo. Jean continuou a correr procurando pelo garoto até ficar sem voz. Caiu no chão e exclamou que era um miserável. Jean chorou por muito tempo, que o fez chorar não se sabe, mas um rapaz disse que viu alguém na porta da catedral rezando.


Capitulo 5: "Cosette" ; Artur Henrique
http://www.galizacig.com/imxact/2006/12/brasil_meninas_da_rua_590.jpgDois anos se passaram. Em 1817 o rei Luiz XVIII, fez vinte e dois anos de reinado. Napoleão estava exilado, e alguns franceses ainda acreditavam na revolução onde Luis XVIII foi destronado e morto. Com o fim da revolução, boa parte das pessoas acreditava que a revolução tinha acabado. Mais ainda existiam muitos republicanos como veremos agora.
           Vivia em Paris nessa época uma jovem costureira, muito linda, alegre. Chegou a ter um namorado, mas ele a abandonou. Foi seu primeiro namorado, mais Fantine foi uma das que ele teve. Desse romance nasceu uma menina chamada Cosette.
           Abandonada, ele tentou viver da costura, mais na época do romance abandonou seus fregueses. Percebeu que estava caindo na miséria. Decidiu vender tudo e voltar para sua cidade natal. Partiu a pé Fantine e Cosette. Cosette não passava de ter três anos. Só que Fantine tinha uma preocupação. Como chegar a sua cidade com uma filha e sem esta casada?
           Elas andaram um pouco mais e encontrou duas meninas brincando em um lugarejo, e sua mãe cantando para elas. Fantine estava pensando em deixar a sua filha com ela e depois vim pegar, pois ela viu que as filha do casal Thénardier são muito bem cuidadas. Chegou lá e perguntou se a mulher podia cuidar de sua filha, e contou sua historia meio destorcida
           O casal Thénardier aceitou só que ela teria que mandar dinheiro todo mês, e Fantine também aceitou. Cosette foi crescendo na casa dos Thénardier, e sendo mal tratada, comia como animal em baixo da mesa e vivia de serva para a família, pois sua mãe atrasava o pagamento. Só que Fantine não sabia disso. Todo mês que mandava carta para saber como estava à filha, respondiam dizendo que ela estava ótima.

Capitulo 6: "A fabrica" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:4-s_7xQNdR-8FM:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmCM2Vy4W0GijxcPDQswFydF9Z1rFiVmye7DiXUn6V85bOBcXusyWZHhW1K4LA7n86GQLK2Mt990FLUlxQTfKxi_BNcugU2NPs-d4RxxdkvBnKcnduKPyCGZp3nOyA6AhqDhJ0HA9uNZEB/s400/fabrica.JPGApós ter deixado a filha com o casal Thénardier, Fantine ia rumo a sua cidade natal. Ao chegar lá, encontrou-a em grande progresso, com fábricas que produziam azeviche inglês (vidrilhos pretos da Alemanha). Isso só se tornou possível, porque há alguns anos um homem desconhecido chegou a essa cidade, e a partir daí a tornou lucrativa. Com a introdução dessa fábrica, os preços caíram, mas mesmo assim continuaram a lucrar e aumentando assim o salário. Pouco se sabia sobre aquele homem, que chegou com pouco dinheiro no bolso, pelo visto ele era um simples operário. Quando ele chegou já foi logo salvando duas crianças de um incêndio na prefeitura. Depois disso, os policiais resolveram ver a identificação dele, e descobriram que se chamava Madeleine.
         Com o descobrimento da matéria-prima, em pouco tempo ele fundou uma fábrica, com isso a cidade só cresceu, a única coisa que ele exigia era: honestidade. Ele sempre procurava ajudar, deixava moeda nas portas dos pobres sem se identificar. Em 1819, o rei o nomeou prefeito, mas ele não aceitou. Quando seus produtos fizeram sucesso, o rei insistiu para ele ser prefeito, daí ele teve que aceitar. Um certo dia ele viu nos jornais que o bispo de Digne, morreu aos 82 anos, então Madeleine fez luto profundo, todos acharam que o bispo fosse algum parente dele. Por onde ele passava todos tinha a impressão de já terem visto em algum lugar, principalmente os policiais. Quando passava por viela ele se deparou com um homem sendo esmagado por uma carroça, o cavalo já estava morto e o homem atolado na lama. Imediatamente, Madeleine perguntou quem era forte o bastante para ficar lá embaixo e empurrar a carroça, ninguém se ofereceu, então comentaram sobre um homem forte que ficou muito tempo preso nos galés, Madeleine desesperado, foi lá empurrou a carroça salvando o homem. Quando o mesmo homem estava no hospital recebeu uma carta e dinheiro de Madeleine, a carta dizia: “compro seu cavalo e sua carroça.” O homem, sabia que tudo estava em más condições mas, aceitou



Capitulo 7: "A queda" ; Artur Henrique
http://ahora.com.do/Media/imagenes/WEB/1318/PROSTITUTA-2.jpgFantine encontrou um emprego na fábrica, começou a viver do seu trabalho. Alugou um quartinho. Pensava na filha e sonhava com um futuro melhor. Não queria contar para ninguém que tinha uma filha para não perder o emprego. Mais como não sabia ler, Fantine pagava par redigir suas cartas mandadas pelos Thénardier. E sua vizinha viu o endereço. Logo após contou para todos da fabrica que Fantine tinha uma filha. Sendo assim foi despedida.
           Fantine ficou desesperada. Nessa época os Thénardier estavam pedindo aumento para cuidar de Cosette, e ainda estava devendo dois alugueis. Começou a costurar roupas de soldados. E enviava tudo para os Thénardier. Logo chegou o inverno e os Thénardier pediam mais dinheiro para agasalhar a sua filha. Como viu que não tinha mais nada o que fazer, foi em um barbeiro e mandou corta seus cabelos, pois oferecei um bom dinheiro. Fantine pegou o dinheiro comprou agasalhos e mandou para os Thénardier.
             Logo depois recebeu uma carta dos Thénardier, dizendo que Cosette estava doente. Mais era tudo mentira dês do começo. Logo depois passou por uma praça e viu que havia um dentista. Ele ofereceu duas moedas de ouro para os dois dentes da frente. Mandou tudo para os Thénardier.
             Ela estava com muita raiva do senhor Madeleine por ter demitido-a. Alguns dias depois Fantine recebeu uma nova carta dos Thénardier dizendo que queriam uma quantia mais alta. Fantine não tinha mais o que fazer, e decidiu vender o que restava de si mesmo. Tornou-se prostituta.

Capitulo 8: "Briga na rua" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:YfP9TQzinjcPaM:http://blog.etiqueta-corporativa.com.br/up/e/et/blog.etiqueta-corporativa.com.br/img/briga.GIFUm tempo depois, em uma certa noite, um boêmio se divertia no meio de uma rua, quando viu uma mulher e começou a chamá-la de feia e desdentada. O homem, pegou a neve que havia no chão fez um a bola e jogou nos ombros na mulher, ela gritou e com suas unhas atacou o boêmio. Quem era ela? Nada mais do que Fantine.. Muita gente veio ver o que estava acontecendo, enquanto ela esmurrava o homem. Ali no meio da multidão, tinha um inspetor, que pegou a mulher e levou-a presa, chegando lá ela se encolheu, e ouviu quando os policiais disseram que ela ia ficar presa por 6 meses. Fantine, armou o maior escândalo, quando os policiais levavam ela para a cela, o prefeito apareceu, Fantine com muita raiva cuspiu no rosto dele, mas ele não fez nada apenas mandou soltá-la. O prefeito perguntou quanto ela devia para os Thénardier, Ela mas uma vez com raiva não falou nada. A briga na cadeia continuou, até que Fantine foi solta, e o prefeito disse que pagaria a sua dívida com o casal e mandaria buscar a filha, ela emocionada caiu de joelhos e beijou a mão de Madeleine, então ele a mandou para o hospital, pois Fantine estava com muita febre e doente. Madeleine descobriu sobre a vida de Fantine, então escreveu para os Thénardier uma quantia muito maior da que eles pediram, mas também pedia para devolver Cosette. O senhor Thénardier inventou uma nova quantia e dizia que era para a menina, Madeleine pagou. Fantine estava muito mal no hospital, então Madeleine foi pessoalmente buscar a menina, mas antes só pediu para que Fantine assinasse um bilhete, e guardou com ele.

Capitulo 9: "O acusado" ; Artur Henrique
         Certa manhã, o prefeito estava em seu gabinete resolvendo alguns problemas da prefeitura. Foram avisar ou Madeleine que o inspetor Jevert queria falar com ele, que o mandou entra.
         Respeitosamente Jevert pediu para ser exonerado do cargo de inspetor. Madeleine surpreendeu-se. Jevert contou que tinha denunciado Madeleine, pois pensava que ele era Jean Valjeane, o ex-prisioneiro miserável, a aparência o jeito de ser. Madeleine perguntou o que tinha dito e eles falaram que esse tal de Jean Valjeane já tinha sido preso. Jevert contou que ele tinha mudado a identidade e foi pego e reconhecido como o ex-presidiário, Jean Valjeane. Embora ele ter negado. Jevert disse também que ele iria ficar em pressão perpetua. Madeleine quis saber quanto tempo duraria o processo. Era só um dia. E acabou que o jevert não foi exonerado.
         O prefeito era mesmo Jean Valjeane, o ex-presidiário. Depois de ter ganhado às pratarias do bispo, decidiu ter uma vida honesta. Enricou-se com suas indústrias. E seu lema era ajudar ao próximo. Não podia deixar o homem ser condenado em seu lugar, nem deixa de ajuda o povo Montreuil-sur-Mer. Ele também tinha que cuidar da vida de Fantine.
        Chegou a tarde foi para enfermaria ver Fantine. Chamou a enfermeira para dizer que cuide bem dela. Madeleine foi alugar um    cavalo e um tílburi, para viajar em velocidade. O prefeito disse que ira salvar o homem, pois ele não ia pagar um crime que ele não cometeu. Mais ainda pensava em Fantine e Cosette. Pensou bem e disse que o cara era ladrão mesmo, e ele continuava aqui ajudando a todos. Abriu o seu armário e decidiu livre-se de tudo que ainda restasse de Jean Valjeane. Pegou tudo e tocou fogo. Em tudo mesmo.
        Uma voz sai do fogo dizendo para tocar fogo em tudo que restou do Jean Valjeane mesmo, e que não restasse nada dele. Mandando Madeleine continuar sendo prefeito. À noite caio ouviu um barulho quando olhou era o cavalo e o tílburi. Chamaram ele. Madeleine respondeu, “Já vou.”

Capitulo 10: "Julgamento" ; Artur Henrique
       Madeleine chegou ao lugar do julgamento e já tinha começado. Ele conseguiu entrar no tribunal com facilidade por ser prefeito. Viu a situação do acusado, Champmathieu, que jurava não ser Jean Valjean. Afirmava ser carpinteiro em Paris. O juiz disse que o seu suposto empregador havia falido e não tinha sido encontrado. Além disso, ele já havia sido reconhecido como Jean Valjean por Javert e dois antigos forçados.
        Quando o juiz ia terminar o julgamento, Madeleine gritou. Perguntou às testemunhas se elas não o reconheciam, e disseram que não. Madeleine então afirmou ser Jean Valjean e pediu para que libertassem o acusado. Todos ficaram em silêncio. O juiz achou que ele estivesse louco e mandou que chamassem um médico. Madeleine continuou afirmando que era o verdade Jean Valjean e que não estava louco. Pediu para que soltassem o acusado e que o prendesse. Sem mais alternativas, Madeleine virou para os antigos forçados com quem havia passado tantos anos e começou a dizer detalhes da vida dos dois. Os forçados, surpresos, confirmaram o que Madeleine tinha dito. Ele disse que essa era a prova e que o verdadeiro Jean Valjean era ele. O tribunal se calou, todos ficaram surpresos. Madeleine saiu dizendo que o promotor sabia aonde encontrá-lo.
         Enquanto isso, o estado de Fantine piorava. Ela sempre perguntava à irmã Simplice sobre o prefeito. Depois, por ele ter ficado muito tempo sem visitá-la, pensou que ele tinha ido buscar sua filha. Ao anoitecer, Madeleine foi ver Fantine. Mas a irmã Simplice disse que era melhor não ver a doente enquanto não estivesse com Cosette. Ele insistiu, disse que precisava falar com ela, porque havia urgência. A irmã permitiu que entrasse, Fantine estava dormindo. Sua aparência era frágil, seu peito chiava. Abriu os olhos e ao ver Madeleine perguntou se estava com sua filha. Madeleine enrrolou e não disse a verdade. O médico se aproximou, disse que Fantine estava com febre e que a presença de sua filha iria agitá-la. A mãe insistiu, dizendo que já estava curada. Em seguida, virou para Madeleine dizendo que ele foi muito gentil em ter ido buscar Cosette e perguntou se ele não achava que era ela linda. Ele respondeu que sim, que Cosette era linda, mas que ela sossegasse, pois logo ia vê-la. Fantine começou a dizer que ouvia a voz de sua filha. Mas, na verdade, era apenas uma menina cantando ao longe. De repente, sua expressão mudou, o rosto empalideceu. Ela fez um sinal para Madeleine, quando ele se virou, viu Javert.
         Havia sido expedida uma ordem de prisão para Madeleine. Javert tinha ido buscá-lo. Madeleine ainda fez um pedido para Javert, que ele desse três dias para ir buscar Cosette e que se ele quisesse, podia ir junto com ele. Javert nem pensou nessa possibilidade. Fantine começou a tremer, ao perceber que sua filha não estava lá. Ela ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas não teve forças. Estendeu as mãos, como quem estava se afogando, até que caiu sem forças no travesseiro. Seus olhos perderam o brilho, estava morta. Madeleine ajoelhou-se e cochichou algo no ouvido da morta. O que ele disse, ninguém sabe. Mas irmã Simplice garantiu que viu um sorriso brotar no rosto da morta.

Capitulo 11: "Prisão" ; Artur Henrique
       A prisão de Jean foi horrível, fez até ele se esquece do bem que havia feito. Pessoas diziam ter sempre suspeitado dele, só algumas eram fiéis a ele. Entre essas pessoas tinha uma velha que era porteira do prédio onde Jean morava e para sua surpresa ele apareceu à noite e pediu para ela chamar a freira enquanto ele ia ao quarto buscar umas coisas. A velha foi até outro quarto e trouxe dois castiçais que ganhou do bispo. A freira chegou e entregou um papel a Jean que leu, mas nesse mesmo momento ouviu-se um barulho na escada, era o inspetor, Jean correu para se esconder e a freira caiu de joelhos, ao abrir a porta o inspetor ficou perturbado ao ver a freira rezando. O inspetor perguntou se ela estava sozinha no quarto, e pela primeira vez a freira mentiu e disse que estava o inspetor perguntou se a freira não havia visto o fugido Jean Valjean, a freira mentiu mais uma vez dizendo que não. Alguns dias depois, Jean foi preso de novo. Saíram várias noticias nos jornais sobre a prisão do prefeito.        
       Após a prisão a fábrica de Jean fechou, trabalhadores ficaram sem empregos, os pobres sem comida. E Jean continuava preso nas galés. Certo dia, um navio estava chegando ao porto perto de onde Jean estava preso e havia um homem preso em uma corda, que se ele caísse morreria. De repente um homem da galés sobe pela corda para o socorro, esse homem tinha pedido licença para salvar, quebrou as correntes dos pés e foi. Chegou perto do marinheiro que estava pendurado e amarrou nele uma corda que trazia na mão, em seguida o pegou e levou até seus companheiros, mas nesse caminho ele acabou desequilibrando e caindo no mar. Os outros tentaram salvá-lo, mas não conseguiram. No dia seguinte saiu a noticia no jornal: “Ontem um forçado das galés, depois de socorrer um marinheiro, caiu no mar e afogou-se. Não foi encontrado o cadáver. Chamava-se Jean Valjean.”

Capitulo 12: "A boneca de louça" ; Artur Henrique
       Aos oito anos, Cosette estava cada vez mais parecendo uma velha, pois os Thénardier maltratavam muito Cosette. Muitos trabalhos, mais um deles era ir pegar água na fonte. Era muito distante. Onde eles viviam estava em escassez de água. Cosette tinha muito medo de ir ao bosque na escuridão.
     Certa noite a água do barril acabou e chegaram mais quatro viajantes. Um dele disse que não tinham dado água para seu cavalo, e Cosette disse que tinha dado. Mais o viajante insistiu. Sendo assim o Thénardier mandou Cosette ir pegar o barriu na fonte, pois já tinha acabado. Thénardier deu uma moeda para ela e mandou Cosette trazer pão, na volta.
      Na frente de casa estava havendo uma feira de natal. Onde lá Cosette viu a boneca de louça mais bonita de sua vida. Thénardier viu Cosette lá e mandou ir logo buscar água. Cosette chegou ao bosque com muito medo. Encheu o balde, a moeda cai de seu bolso sem que ela perceba. Ergueu o balde e foi andando rumo a casa andando com dificuldade.
      De repente não sentiu mais nada. Um homem grande e de cabelos grisalho tinha acabado de pegar o balde para a menina. Estavam conversando normalmente ate que Cosette disse seu nome para a surpresa do senhor. E disse que também iria para a estalagem dos Thénardier.
      Thénardier reclamou da demora, mas ao ver o hospede tranqüilizou-se. Os Thénardier observaram o homem. Reparando ele disse que ficaria na estribaria pagando pouco, mas pagando. Tudo certo. Thénardier se lembrou do pão e Cosette disse que a padaria estava fechada. Pedindo o dinheiro, mais Cosette tinha perdido e o homem enrolando também pegou uma moeda e disse que saiu do bolso de Cosette. Thénardier percebeu mais viu que a moeda era valiosa. Com isso não ligou para a enrrolação.
       Chegaram Éponine e Azelma, as filhas do Thénardier. Eram lindas e bem vestidas. Nem sequer olharam para Cosette que brincava com uma boneca velha e quebrada. Vendo essa situação o homem foi e comprou a boneca de louça que Cosette tinha visto na feira de natal. Os Thénardier falaram mal do homem, mas viu que pelo menos tinha dinheiro.
        Era natal. Éponine, Azelma e Cosette foram dormir e deixaram os sapatinhos perto da lareira. Quando foi dormir, o viajante colocou uma moeda de ouro no sapatinho de Cosette.

Capitulo 13: "Perseguição e fuga" ; Artur Henrique
http://www.fotogarrafa.com.br/fotoarquivos/200511/pD20051101_165518_camelo_DVD_Policia.jpgO senhor Thénardier percebeu que homem apesar das roupas simples, tinha um bom dinheiro e estava disposto a levar Cosette. Na manhã seguinte ele começou a falar de como era difícil sua vida, principalmente sustentando aquela menina, e disse que só a recolheu por piedade. O desconhecido pediu para levar Cosette com ele. O senhor fingiu sentir um grande amor por Cosette, e se recusou a dar a menina, e perguntou o nome, a idade e o lugar desse desconhecido homem, e ele não quis falar nada, apenas disse que pagaria o que precisasse para ter a menina, o senhor Thénardier disse quanto queria e o homem pagou, de repente ele tira do saco de viagem, um vestido preto, meias e sapatos para Cosette, e mais uma vez o senhor percebeu que ele tinha vindo com o objetivo de levar a menina. Cosette estava muito feliz, pegou sua boneca e partiu com o homem. Ao saírem, a senhora Thénardier falou ao marido que deveria ter exigido mais dinheiro, pois a menina era uma mina de ouro, o velho concordou e correu atrás deles, ao vê-los na floresta, foi até lá e devolveu o dinheiro, dizendo que não poderia dar a menina a qualquer um, pois se a mãe foi deixá-la a mãe que venha buscá-la. O homem desconhecido pegou de dentro do saco, uma carta que dizia que o casal entregasse a filha a ele, e que todas as despesas seriam pagas. Quem era esse homem? Ninguém mais que Jean Valjean, dado como morto após salvar um marinheiro, ele conseguiu se salvar num pedaço de madeira e nadou até Paris, para tentar encontrar Cosette. O Senhor Thénardier, tentou pegar mais dinheiro, só que o homem deu as costas e foi embora com a menina, o velho ainda os seguiram por um tempo, mas logo cansou. Jean alugou um quartinho, onde cuidou e educou a menina, sempre quando Jean saia, ele dava esmolas a um mendigo que todos diziam ser espião da policia. Um dia Jean viu que o mendigo estava diferente e ficou com medo, achando que o conhecia. Após alguns dias, ele estava com Cosette no quarto, quando viu uma luz de uma vela por baixo da porta, havia alguém espiando seu quarto, eles ficaram imóveis. Ao olhar pela fechadura, viu que o homem usava um casaco e estava com um cassetete na mão. Parecia o inspetor Javert. Jean imediatamente pegou Cosette e seu dinheiro e saiu sem ninguém ver. Mas, sem perceber estava sendo seguido por quatro homens, que sempre quando Jean olhava se escondiam. Aproveitando as vielas, Jean se escondia com Cosette, havia muita neblina e isso dificultava a visualização. Em um momento, Jean entrou em um corredor e ouviu passos em sua direção, só que ao chegar ao fim desse corredor, viu que era sem saída, desesperado e ouvindo os passos em sua direção, ele pensou em pular se estivesse sozinho, mas, estava com uma menina. Ele então resolveu pular, deixar Cosette para puxá-la depois. Feito isso, despistou os homens, ao sair do outro lado do muro viu que estava em um jardim, Cosette estava com as mãos gelada e se não conseguisse se esquentar poderia morrer. Então viu uma estalagem, onde tinha o homem na porta, ele falou que pagaria o que quisessem para deixar eles dormirem lá só por uma noite, para a surpresa de Jean o home logo disse: “Senhor Madeleine?” Jean recuou, jamais esperaria ouvir o nome Madeleine de novo, ainda mais vindo de um jardineiro velho e corcunda. Jean perguntou quem era o velho, e ele disse: “Sou Fachelevent! O senhor me salvou a vida.” Nesse mesmo instante Jean lembrou que esse era o velho que ele havia salvo daquela carroça. O velho estava com guizos amarrados na perna, e explicou a Jean que homem não podia entrar ali, pois era um convento, Jean insistiu para ficar e disse que o velho tinha que recompensá-lo por ele ter salvado sua vida, então o velho disse que apresentaria Jean a madre como sendo seu irmão, nesse convento havia uma pequena creche, Jean logo pensou que Cosette seria educada ali. Passado algum tempo, Jean foi aceito no convento e Cosette ganhou uma bolsa. E os homens mandados pelo inspetor não acharam mais Jean. Cosette viveu muito feliz lá no convento com Jean onde começou desde que se conheceram a chamá-lo de pai. E viveram muito felizes por uns anos.

Capitulo 14: "Marius" ; Artur Henrique
http://img145.imageshack.us/img145/240/banco46hp.jpgOito ou nove anos depois dos acontecimentos anteriores. Um rapaz muito pobre que morava na antiga casa onde vivia Cosette e Jean Valjean. Chamava-se Marius.
          Ele tinha um avo que se chamava Gillenormand, um homem chato, rigoroso, gostava de brigar. Tinha cerca de noventa anos. Morava com sua filha solteira que tinha mais de cinqüenta anos. Gillenormand tinha muito dinheiro. Parte gastava e aplicava e o restante em sua renda. Rica na família era sua filha que tinha recebido a herança por parte da sua mãe. Gillenormand tinha horror da republica e da revolução por isso não aceitava o casamento de sua filha, já falecida. Seu marido foi herói do exercido napoleônico. E foi nomeado coronel e também barrão. Não era muito conhecido.
          Dessa filha nasceu um menino chamado, Marius. O avô Gillenormand idolatrava seu neto, Marius. Mais obrigava o pai, coronel de Napoleão, a jamais ver o filho. Pois era isso que ele fazia para que seu filho tivesse educação. A cada dois meses, o coronel, ia a Paris e se escondia na igreja para ver o filho de longe. O menino cresceu se tornou um rapaz. A última noticia que ele recebeu do pai foi que ele tinha morrido e tinha deixado o título de barão para ele. E disse que fizesse o bem para o sargento Thénardier que tinha o salvo da batalha de Waterloo.
          Marius não sofreu muito com a morte de seu pai, pois vivera afastado. Certo domingo Marius foi à igreja e se sentou. Onde um homem pediu para que ele saísse. No final explicou que um homem se tava naquele banco para observa seu filho que não podia fala com ele, pois o sogro não deixava. Falou que no nome dele era Pontmercy. Marius disse que era seu pai.
          Marius ficou comovido e começou a estudar a história da republica e do império napoleônico. Ele foi ate a estalagem do sargento Thénardier, mais tinha falido. O avô e a tia de Marius desconfiaram que ele tivesse namorando e foi olhar suas coisas. O avô viu a carta deixada pelo pai de Marius. Os dói brigaram, e Marius saio de casa e foi morar só, miseravelmente.
         Todos os dias, Marius ia ao parque de Luxemburgo. Observava um velho e uma moça. O velho de uns sessenta anos e uma menina que parecia que fazia internato. Passou alguns meses sem ir nesse parque. Quando voltou se surpreendeu. O velho era o mesmo mais a moça. Não era mais moça já era uma mulher muito bonita a quem Marius se apaixonou.
        No outro dia se vestiu muito bonito. Ficava admirando a moça. Dodô dia ele ia lá bonito. E ficava admirando ela toda hora. O pai percebeu. Marius seguiu os dois. Depois disso Nem a filha nem o velho aparecia mais no parque de Luxemburgo.
         Marius foi até onde moravam. Descobriu pelo porteiro que se haviam mudado sem deixar o endereço. Ficou desesperado.

Capitulo 15: "Uma família de vigaristas" ;
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:cKQpUAAS5de9MM:http://familia.martinez.sanchez.googlepages.com/familia_cullar_granada.jpg/familia_cullar_granada-full.jpgNa casa de cômodos, vivia, ao lado de Marius, uma família de quatro pessoas. Havia também um garoto de onze a doze anos, que não morava com os pais, mas nas ruas de Paris. Era um menino alegre, chamado Gavroche. Quando a família ia sendo despejada, Marius pagou os aluguéis atrasados, mas pediu que o locador não dissesse de onde veio a ajuda. Certo dia, quando Marius subia a rua, passaram sorrendo por ele suas mocinhas vestidas com farrapos. Elas comentavam que a polícia quase pegava elas. Pouco depois, ele achou um envelope caído no chão. Quando chegou em casa, resolveu abrir o envelope, para saber onde as mocinhas moravam e devolver. Dentro do envelope havia mais quatro envelopes menores e os nomes dos destinatários. Eram cartas pedindo ajuda financeira com os mais diversos pretextos. A letra era sempre a mesma, mas a assinatura era diferente. Marius desistiu de encontrar o dono e deixou o envelope no canto.
         Na manhã seguinte, bateram à porta. Era uma jovem magra, de aparência maltratada e voz rouca. Vinha entregar uma carta. Ele abriu e leu a carta. Dizia que os vizinhos sabiam que ele havia pago os aluguéis e no final pediam ajuda, pois estavam sem pão. A letra era igual à das cartas que encontrou na rua. A mocinha, sem cerimônia, queria provar que sabia escrever. Escreveu num papel: "Aí vem a polícia". Marius pegou o envelope que tinha encontrado na rua e entregou a moça. Esta agradeceu e disse que tinha que ir entregar as outras cartas. Antes que ela saísse, Marius revirou os bolsos e deu quase tudo o que tinha à mocinha.
          Marius ficou pensando, quem seriam seus vizinhos?. Ele resolveu olhar o outro cômodo, encontrou uma brecha e viu um lugar sujo, miserável. De repente, entra a filha mais velha e diz que o velho estava vindo. Marius olhava tudo atento. O homem começou a preparar o cômodo para parecer mais triste e assim despertar a piedade do homem. Bateram de leve, Jondrette mudou de atitude e abriu a porta com um sorriso falso. Um velho e uma jovem entraram. Para surpresa de Marius, eram o eles: o pai e a filha do Jardim de Luxemburgo.
         A moça pôs um embrulho na mesa. O velho explicou que eram roupas, meias e cobertores. Jondrette começou a lamentar-se e disse que o prazo do aluguel venceria no dia seguinte. O velho pôs uma moeda na mesa e disse que depois voltava para pagar o aluguel. Jondrette agradeceu. Assim que o homem saiu, Marius foi atrás dele, pois queria saber onde moravam. Foi inútil, pois eles tinham pegado uma carroça de aluguel. Voltava triste para casa quando encontrou a filha de Jondrette. Esta perguntou por que ele estava triste. Na hora, ele pediu o endereço do velho e da moça. Ela disse que seria capaz de descobrir.
         Quando Marius voltou ao quarto, ouviu a voz de Jondrette. Subiu na cômoda e espiou de novo. Ouviu ele dizendo que reconhecia o velho e que iria vingar-se dele.


Capitulo 16: "A cilada" ; http://jornale.com.br/petblog/wp-content/uploads/2007/12/arminho-antes-de-ir-para-o-papa.jpg
Jondrette saiu e disse que ia chamar alguns amigos para ajudá-lo. Marius decidiu acabar com seus planos criminosos. Disse tudo o que tinha visto ao inspetor, que por coincidência, era Javert. Este entregou duas pistolas ao rapaz e pediu para que observasse o vizinho sem ser visto. Deveriam pensar que não estava em casa. Quando a quadrilha entrasse em ação, ele deveria atirar, para todos serem pegos em flagrante. Marius fingiu sair e voltou para observar. O sino tocou seis horas, minutos depois o velho voltou. O velho colocou um maço de dinheiro em cima da mesa e disse que era para o aluguel e outras despesas.
          Jondrette ofereceu aquilo que considerava seu único tesouro, um quadro representando um homem carregando outro nas costas. Parecia uma tabuleta de estalagem. Enquanto falava entrou outra pessoa no cômodo. Jondrette começou a mostrar o quadro e a falar bastante para distrair o velho. Logo 4 homens já tinham entrado no cômodo. O velho percebeu estar cercado.
        Jondrette mudou de tática e começou a ameaçar o velho. Nesse instante, mais três homens entraram no quarto, mascarados. Um trazia um bastão, o outro trazia um machado e o último trazia uma grande chave. Jondrette insistiu, perguntou ao velho se não o reconhecia. O velho disse que não. Jondrette então, revelou sua verdadeira identidade. Disse que era Thénardier, o estalajadeiro. O velho continuou dizendo que não o conhecia. Jondrette continuou refrescando a memória do velho. Enquanto isso, Marius percebeu que aquele homem era Thénardier, o homem que seu pai pediu antes de morrer, que não desrespeitasse. Ficou sem ação.
         Quando Thénardier deu brecha, o homem empurrou a cadeira com o pé e a mesa com a mão. Pulou para a janela, estava prestes a sair, quando o seguraram. Marius ergueu a pistola, pronto para atirar, quando Thénardier gritou para que não machucassem o homem. Marius não atirou. Thénardier mandou que prendessem o homem no pé da cama. Ele disse que quera uma boa quantia e que o homem escrevesse para suafilha que viesse até aquele endereço.
       Em seu quarto, Marius esperava ansioso. Ele estava disposto a morrer para salvar a jovem. A mulher de Thénardier voltou, furiosa. Disse que o endereço era falso. Thénardier ficou furioso, enquanto isso o homem desprendeu-se da corda que o segurava. Queimou sua perna e seu rosto apenas se contraiu. Todos ficaram pasmos. Marius ao ver a cena ergueu a pistola, pronto para atirar. Quando de repente, viu um folha com a frase escrita: "Aí vem a polícia". Ele pegou o papel, colocou um pedaço de reboco para dar peso e jogou. Quando Thénardier avançava com uma faca, a mulher viu o papel. Thénardier viu que era a letra de sua filha, então foi uma correria.
        De repente, aparece Javert. Disse que eles estavam cercados. Thénardier ergueu a pistola e aponto para Javert. Este o encarou e disse que se atirasse, iria falhar. O tiro falhou. Os policiais entraram e os bandidos foram algemados. Javert pediu para que a vítima se aproximasse. Não havia ninguém. O homem, desamarrado pelos policiais, aproveitou um momento de distração e saiu pela janela.


Capitulo 17: "O primeiro beijo" ;
    Jean Valjan adotou uma nova identidade. Passava-se por um comerciante, com o nome de Último Fauchelevent. Morava em uma casa simples, na rua Plumet. Ele havia deixado o convento, achava que Cosette merecia conhecer o mundo, pois sua vida era o convento. Com a morte de Fauchelevent, ele disse a superiora que herdara uma herança e que iria deixar o convento para viver com sua filha.
     Durante algum tempo, manteve três endereços. Na casa da rua Plumet, eles não recebiam visita, seu único contato com o mundo era a caixa de correios. Era por ela que ele recebia os avisos da Guarda Nacional. Ele havia entrado na Guarda Nacional, com o nome Último Fauchelevent. Possuía um uniforme militar que vestia três ou quatro vezes por ano.
      Um dia, Cosette se viu no espelho e percebeu que era bonita. Ela ouviu comentários de que sim, era bonita, mas se vestia mal. Ela começou a se vestir com elegância. Foi aí que, como já dissemos, Marius começou a notá-la e começaram as trocas de olhares. Jean Valjean não suportava a idéia de perder Cosette, pois era nela que concentrava todo o seu amor. Então, ao perceber a troca de olhares parou de ir ao Jardim de Luxemburgo. A vida de Jean Valjean e Cosette havia se tornado mais solitária ainda.
       Marius ficou desesperado, durante dois meses ficou sem notícia de Cosette. Finalmente, Éponine cumpriu sua promessa e mostrou ao rapaz a casa na rua Plumet. Ele começou a rondar o endereço, até que descobriu uma barra de ferro que estava solta. De vez em quando Cosette assustava-se quando via a sombra de um homem. Finalmente, Marius tomou coragem. Deixou uma carta para Cosette, não se identificava, mas no fundo ela já sabia.
       Ao anoitecer, no outro dia, quando Jean Valjean saiu, a moça foi para o jardim. De repente, teve a sensação de que estava acompanhada. Virou-se, era Marius. Ela quase desmaiou. Encostou-se em uma árvore. Ele disse para ela não ter medo e perguntou se ela também o amava. Ela disse que sim. Eles não sabiam o que dizer. Apenas um beijo. Após o beijo, ela se deitou no ombro e perguntou seu nome. Ele também. A partir daí, todas as noites Marius entrava no jardim e namorava Cosette. Jean Valjean nem desconfiava dos encontros. O amor dos dois cresceu, e logo não conseguiam viver longe um do outro.
        Certa noite, Marius viu que Cosette havia chorado. Ele perguntou o que havia acontecido, ela disse que o pai dela decidiu que eles iriam para Inglaterra na outra semana. Marius então disse que só tinha uma solução. Cosette disse que ele poderia ir aonde ela fosse. Ele disse que não tinha dinheiro. A verdade é que Marius fora viver na casa de um amigo, Courfeyrac. Marius disse que não era para ela esperar ele na outra noite, ele iria sacrificar um dia, para não perdê-la pelo resto da vida. Marius lembrou que Cosette não tinha seu endereço, então ele pegou um canivete do bolso e escreveu na parede.
        A idéia de Marius era casar-se. Mas como não tinha idade, tinha que pedir perimissão ao avô. Há quatro anos não se viam, senhor Gillenormand só queria abraçar seu neto, mas seu orgulho o impediu. Marius se humilhou, disse que queria se casar. O avô queria saber das condições do filho e da noiva, quando soube que os dois não tinham dinheiro, não deixou, disse que era loucura. Marius não se conformou, saiu depressa, batendo a porta. O avô percebeu que dessa vez não tinha volta. Se desesperou, pediu para que fossem atrás do rapaz. A filha gritou, mas Marius já estava longe. Senhor Gillenormand não conteu as lágrimas.


Capitulo 18: "A barricada" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:p7OyW4YW_HluhM:http://i119.photobucket.com/albums/o143/lupus_rev/fig_barricada_cavalos_310706.jpgMarius andou sem rumo e só voltou pra casa de madrugada. Ele foi acordado por Courfeyrac e outros amigos. Perguntaram se ele não ia ao enterro do general Lamarque, que fora um herói do exército de Napoleão. Marius disse não estar bem disposto, então os amigos partiram. O rapaz colocou no bolso a pistola que Javert havia lhe entregado na noite em que os Thénardier prepararam a cilada para Jean Valjean. Vagou pelas ruas e não percebeu que havia começado uma batalha sangrenta.
        Entrou no jardim da rua Plumet, não encontrou Cosette. As janelas estavam fechadas, não havia luz. Ele percebeu que não havia ninguém em casa, desesperou-se e disse que se fosse viver sem Cosette, preferia morrer. De repente, alguém chamou por seu nome. Disse que seus amigos o esparavam na barricada da rua Chanvrerie. Pensou ter reconhecido a vozde Épinine, mas ao virar-se, só viu um rapazinho.
      Afinal, o que havia acontecido com Cosette? Naquele dia, Jean Valjean foi passear vestido de operário. Ele andava preocupado porque notou a aproximação de Thénardier na sua casa, ele fugiu da prisão, e pretendia com seus amigos assaltar a casa. Mas, naquele dia, ao passear no jardim, viu um endereço escrito na parede. Jean Valjean ficou pensando sobre o que se tratava, quando de repente, alguém jogou um papel que tinha escrito em letras grande: "MUDE-SE!". Foi Éponine. Ele foi com Cosette e sua criada para seu terceiro endereço, lá preparava sua partida para Londres. Marius nem imaginava que isso acontecera, então resolveu ir ao encontro de seus amigos.
        A batalha entre republicanos e monarquistas começara nas ruas de Paris. Os republicanos estavam em número bem menor. Cantando, gritando e correndo à frente dos demais ia Gavroche. Estava entusiasmado. Entre os poucos rebeldes havia um homem alto, grisalho, com expressão decidida. Gavroche o observava, foi até um dos líderes, Enjolras e disse que parecia se tratar de um espião e que o conhecia das ruas. Enjolras foi até ele e disse que sabiam que ele era da polícia e o homem confimou, disse que se chamava Javert. Ele foi preso e amarrado. Nos seu bolso havia uma ordem para espionar os rebeldes e depois verificar a existência de um bando de malfeitores nas margens do Sena.
        Pouco depois, Marius chegou. Foi um dos últimos, logo começaram os ataques do governo. Com tiros de pistoa, salvou Courfeyrac e Gavroche. Quase foi atingido por um disparo, mas um desconhecido entrou na frente, pôs a mão na arma e desviou o cano. Marius pegou uma tocha e ameaçou explodir os barris de pólvora. As tropas do governo recuaram. Durante essa breve trégua, ele ouviu chamarem seu nome. Era Éponine, estava ferida. Ele quis levá-la até a taverna para ser medicada, mas ao ser levantada gritou de dor. Marius viu a mão dela e láh tinha um buraco negro.
       Éponine havia salvado Marius. Ele disse que poderia cuidar do ferimento, mas ela disse que seria inútil, pois a bala havia atravessado sua mão e penetrado no peito. A moça pediu para que ele sentasse ao seu lado, assim ele fez. Ao ouvir Gavroche cantar, ela falou que ele era seu irmão. Ela disse que tinha uma carta no bolso para entregá-lo desde o dia anterior, mas não queria que chegasse em suas mãos. E fez um pedido, que ele desse um beijo em sua testa e que achava que estava apaixonada por ele. Ele pegou a carta e deu um beijo em sua testa.
       Em seguida, procurou um lugar iluminado e leu a carta, era de Cosette. Dizia que viajaria para Inglaterra dentro de oito dias, dava o endereço de onde estaria até lá com o pai. Marius sabia que seria impossível a vida com Cosette, então resolveu mandar uma carta para ela, por Gavroche. Assim ele poderia livrar Gavroche que era filho de Thénardier da morte na barricada e despedir-se de Cosette. Na carta dizia que o casamento era impossível, mas que o amor por ela seria pra sempre. Em outro papel, escreveu seu nome e pedia para que levassem seu corpo para o senhor Gillenormand e seu endereço. Este papel ele havia colocado no bolso, pois a morte no confronto final seria inevitável.
       Gavroche chegou ao endereço e perguntou se era esse o endereço correto. Jean Valjean disse que sim. O menino entregou a carta e disse que vinha da barricada da rua Chanvrerie. Gavroche partiu. Jean Valjean entrou e leu a carta. Ele pensou, seria correto deixar o rapaz morrer? Vestiu seu uniforme da Guarda Nacional e partiu na direção da barricada.


Capitulo 19: "À beira da morte" ;
        Jean Valjean chegou à barricada vestido com o uniforme, então pôde passar pelo exército e penetrar por uma das aberturas. Ao chegar, trocou seu uniforme com um pai de família que queria partir. Todos lutavam com heroísmo, mas a munição acabava. De repente, notaram um menino pulando em meio aos tiros. Era Gavroche, que carregava um cesto. Ele catava os cartuchos deixados pelos soldados do governo mortos. Ria e cantava, desafiando os atiradores. Mas uma bala certeira o atingiu. O menino caiu, mesmo assim conseguiu sentar-se e entoou uma outra canção de desafio. Uma segunda bala o matou, caiu de bruços, o pequeno herói.

A tristeza tomou conta da barricada e eles logo sofreriam um novo ataque, mas já não pudiam resistir. Enjolras foi até Javert e disse que não tinha esquecido dele. Nesse instante chegou Jean Valjean que disse que queria ter o prazer de matar aquele homem. Javert viu quem era e disse para ele se vingar. Jean Valjean pegou uma faca, cortou as cordas que amarravam Javert e disse que ele estava livre. Javert falou que não iria ficar lhe devendo um favor por causa daquilo, embora não escondesse seu espanto pelo ato de Jean Valjean. A batalha continuava e Marius fora atingido por um tiro no ombro. Perdia muito sangue, fechou os olhos e sentiu que era pego por alguém. Pensou ter sido feito prisioneiro.

Era Jean Valjean, que não perdera Marius de vista. Ele colocou Marius nas costas e ao ver umas grades no chão, pegou algumas pedras e conseguiu abrir. Ele desceu com o ferido, estava nas galerias subterrâneas do esgoto de Paris. Andou mais um pouco, parou para descansar. Examinou os bolsos de Marius e viu o recado com o nome e o endereço do avô. Usou todas as suas forças e prosseguiu. Chegou a uma extremidade da galeria, viu luz e andou até lá. Ao chegar viu uma grade, era a sua única saída. Mas esta estava trancada, e mesmo colocando toda sua força, ele não conseguiu abrir.

De repente, um homem falou que queria metade. Para sua surpresa, era Thénardier. Este não o reconheceu, pois Jean Valjean estava coberto de lama e sangue. Thénardier perguntou como ele pretendia sair. Jean Valjean não respondeu. Thénardier continuou. Disse que tinha a chave que abria a grade, mas que queria metade do que conseguiu com o homem. Agora Jean Valjean entendia as intenções de Thénardier. Thénardier achava que ele havia matado Marius para roubá-lo e estava querendo jogá-lo no rio, que era perto de lá. Jean Valjean então, pegou a própria carteira, retirou tudo que tinha e deu ao outro. Thénardier arrancou um pedaço do casaco de Marius para saber quem era o assassino e o assassinado.

Abriu a grade, Jean Valjean saiu com Marius. Foi até o rio, jogou água no rosto de Marius e viu que apesar de ter perdido muito sangue, o rapaz respirava. De repente, ele sente estar sendo observado, ergueu os olhos. Era Javert. Ao sair da barricada, prestou relatório ao chefe e foi até sua segunda missão: investigar um bando de malfeitores que haviam fugido da prisão. Sabendo disso, Thénardier deixou que Jean Valjean saisse com Marius para servirem de isca ao inspetor, Javert.

Como estava coberto de lama, Javert não reconheceu Jean Valjean. Javert perguntou quem era e ele respondeu que era Jean Valjean. Este fez um pedido ao inspetor, que fosse com ele levar Marius até a casa de seu avô. Javert aceitou, estava fascinado com a atitude de Jean Valjean. Chegaram até a casa do senhor Gillenormand e deixaram o rapaz sob os cuidados da tia dele. Javert fez um sinal para Jean Valjean e este fez mais um pedido. Pediu para que fosse para sua casa.

Eles foram, ao chegar lá Javert mandou que subisse e que ele esperaria em baixo. Javert em passos lentos chegou até uma ponte, foi ao parapeito. Estava abalado, não aceitava o fato de dever a vida a um malfeitor. Estava em um dilema: se entregasse Jean Valjean, seria ingratidão. E se não o entregasse seria uma traição com o dever policial. Para ele então, só havia uma saída. Tirou o chapéu, pulou no rio e ouviu-se um baque. Jean Valjean estava livre para sempre de Javert. Mas, enquanto isso, Marius continuava à beira da morte.


Capitulo 20: "O casamento" ;
http://www.cid.com.br/admin/imagens/capas/casamento.jpgDurante muito tempo Marius teve entra a vida e a morte. Só vivia chamando Cosette, foi melhorando e não sabia quem tinha o salvo naquele dia. Seu avo ofereceu um bife para que ficasse forte. E disse que queria se casar. Seu avô dessa vez concordou dando-lhe força para se casar, querendo que ele fosse feliz. Avô e neto se reconciliaram.
        Cosette soube de tudo. Foi um reencontro lindo com muito amor, e marcaram o casamento. Todos resolveram ajudar. O avô disse que o quanto ele estivesse vivo não faltaria nada para eles. Jean Valjean disse que a moça tinha um dote muito rico o dinheiro que ganhava quando industrial e a tia de Marius não quis ficar parta traz e fez um testamento em nome do casal.
        No dia da cerimônia o pai da noiva alegou ter sofrido um acidente na sua mão direta. Então não podia assinar, pois assinaria o nome falso e poderia destruir o casamento. Sua filha queria que ele fosse viver com ela. Na casa da família de Marius
        No dia seguinte Jean Valjean foi procurar Marius e disse toda a verdade sobre sua vida mais só as coisas ruins. Marius mandou ele sair. Jean insistiu para ver sua filha todo dia a tarde. Marius aceitou mais foi excluindo Jean de sua casa. Ate chegar um dia que não tinha, mas nada onde os dois se encontravam. E Jean desistiu de ir lá mandando a criada ir perguntar como estava Cosette e o porteiro respondendo que tinha viajado.
       Apaixonada a moça só dedicava-se inteiramente ou marido. Com o tempo, parou de perguntar sobre seu pai. A felicidade ao lado de Marius era suficiente.


Capitulo 21: "A hora do adeus" ;
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:XU_LMEZy41syVM:http://www.roteiroromanceado.com/flagrantes/img/caixao3.jpgMarius queria afasta Jean Valjean de Cosette. Investigou e recebeu informações erradas. Concluiu que Jean era ladro e assassino. Uma noite, recebeu uma carta. O criado avisou que a pessoa que escreveu estava na sala de espera. Era Thénardier que dizia saber um segredo da família. Marius estava feliz, pois só podia se trata do homem que salvou seu pai na batalha de Waterloo.
          Mandou entra. Apareceu um homem estranho. Mais era Thénardier disfarçado. Tentando enrolar Marius perguntando se lembrava dele. Mais no final pediu uma ajuda financeira. Marius estranho, pois ele não tinha nada a ver que o homem fosse para a America.
          Disse que tinha um assassino em sua casa e que o nome dele era Jean Valjean. Mais Marius já sabia de tudo. Principalmente o nome dele. Era Thénardier, que tirou seu disfarce. Marius disse que segundo as suas investigações, Jean Valjean havia roubado um rico industrial chamado Madeleine e matado o inspetor de polícia Javert. Ele estava seguro do que dizia. Mais Thénardier contou a verdadeira historia. Que ele era assassino e ladrão pelos seus outros crimes.
        Thénardier continuou disse que encontrou Jean Valjean numa galeria de esgoto com um rapaz nas costas. Ele mostrou o pedaço do casaco que havia tirado do homem para depois identificar, PIS sabia que Jean tinha roubado o garoto rico. Marius reconhecendo seu casaco gritou que o rapaz era ele. Marius deu um maço de dinheiro para ele. Que foi para America fazer trafico de escravos.
         Assim que Thénardier saiu de sua casa, Marius gritou por Cosette. E foram a encontro do homem que salvou sua vida, Jean Valjean. A emoção foi muito grande no encontro de Cosette e Jean Valjean. Todos se explicaram e se perdoaram. Jean Valjean estava prestes a morrer, mas com tudo isso morria feliz. Ele falou como ganhava o dinheiro do dote. O porteiro entrou e perguntou se não queriam que ele chamasse um padre. Jean Valjean que já havia um lá. Apontou para alguém invisível. Talvez estivesse vendo o bispo.
       Jean Valjean morreu. Seu corpo foi enterrado em uma cova rasa longe de todos os mausoléus, como ele queria. Não tinha nada escrito. Depois de muitos anos alguém rabiscou na pedra:

"Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa
Ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo;
Partiu com a merma simplicidade
Como a chegada da noite após o dia".




















































Os personagens existentes em Os Miseráveis são construídos para suscitar a discussão da situação social da França no século XVII. São capazes de denunciar a miséria, a falta de justiça e a necessidade da construção de um mundo melhor. Podem-se perceber distintas “misérias” na construção da vida desses personagens.


A obra “Os Miseráveis” (1862), de Victor Hugo (1802-1885), se situa entre os finais do século XVIII até meados do século XIX, exatamente na época em que ocorreu a Revolução Francesa (1789-1799), ponto de referência fundamental dando uma dimensão política à fraternidade (Monsenhor Benvindo, capítulo 2).

Em 14 de julho de 1789 o povo saiu às ruas de Paris e derrubou a Bastilha(= prisão do pensamento)- verdadeiro símbolo do regime absolutista que por muito tempo vigorou no país- desencadeou a Revolução Francesa.
É imprescindível salientar que foi no bojo da Revolução Francesa que o chamado terceiro estado, que compreendia aproximadamente 96% da nação (SOBOUL, 1989, p. 15), promoveu um amplo conjunto de reformas anti  - aristocráticas, que incluíram, por exemplo, a abolição do sistema feudal, a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a elaboração de uma nova Constituição, concluída em 1791, e a constituição civil do clero
Por fim, a sucinta introdução acima realizada pode ser resumida no principal mote
criado quando da
instalação da República em meio à Revolução, em 1789, que se
consubstanciava no seguinte preceito:
Liberté, Egalité, Fraternité
. E é por isso que a
Revolução Francesa constitui referência fundamental que pioneiramente alçou a fraternidade
ao lado da Liber
dade e Igualdade, formando a tríade de ideais necessários à sustentação de
uma sociedade democrática



Constata-se que uma das inferências que advém dessa análise diz respeito ao fato de
que embora guardasse na casa simples seus preciosos talheres e castiçais de prata, única
vaidade e herança da família, o bispo da cidade francesa de Digne deixava a porta sem
fechaduras nem trancas. Nesse sentido, pode-se dizer que a fraternidade é a porta entreaberta,
sem fechaduras nem trancas, tal qual a de Monsenhor Benvindo, vez que a sua essência se
consubstancia em preceitos como universalidade, identidade comum, pacto entre iguais e de
onde se pode estar no lar-comunhão uns com os outros, tal qual a norma, que se estabelece
cerrada, e que também se rompe, identificando-se com a abertura de sua base principiológica,
premente de fraternidade, chave de “porta que se abre”, sem fechaduras e sem tranca.

ida e obra de Victor Hugo
É inegável que Victor Hugo, poeta e romancista, sagrou
-
se como um dos
principais
escritores da literatura universal. Um dos fatores que justifica tal assertiva talvez resida na
diversidade temática e riqueza presente em todos os seus escritos. Nessa linha de raciocínio,
confira
-
se excerto da reportagem do Jornal do Brasil, p
ublicada quando do bicentenário de
Victor Hugo:
Autor de uma obra que, de tão conhecida, virou de musical da
Broadway
a desenho
animado da Disney, conheceu a glória em vida. Foi sempre sucesso editorial e de
bilheteria (
Hernani
, a primeira peça, de 1830,
foi um recorde. Ela será reencenada
na
Placedes Vosgues
todas as noites de junho e julho). Morreu rico, vivendo de
8
A metáfora foi tomada por empréstimo de Rouanet (2002).
9
Conferir Gallo (2007) e Szac (
2010).
Monsenhor Benvindo e a Porta Sem Fechaduras Nem Trancas: Uma Análise Interdisciplinar d
a ..
.
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Revista Thesis Juri
s
São Paulo, V.2, N.2, pp. 535
-
560
, Jul./dez.2013
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542
direitos autorais. À morte, era membro da
Académie Française
. Morto, teve o maior
enterro que a França já viu, com um milhão de pessoas no co
rtejo que seguiu do
Arco do Triunfo ao
Panthéon
. ''Isso se explica porque ele introduziu no romance um
personagem inexistente até então: o povo'', diz ao
JB
, por telefone, de sua casa em
Paris, Arnaud Laster, professor da
Sorbonne
e uma das maiores autorida
des mundiais
das obras do escritor. ''Isso mudou totalmente o estatuto do romance e a massa
passou a se reconhecer no texto. E ele não fez isso pelo pitoresco, queria uma
mudança social (WERNECK, 2002, p. internet).
Victor Hugo nasceu em 1803, em Besançon
, Paris (VICTOR HUGO, p. internet).
Após analisar alguns aspectos de sua biografia, é possível perceber que inúmeros fatores
certamente influenciaram o que viria a escrever no futuro. Constata
-
se que havia grande
discordância em matéria de política e relig
ião entre os pais do escritor (PCO, 2010, p.
internet). O pai era um general ateu republicano que devotava Napoleão. Por outro lado, a
mãe era uma radical católica defensora da casa Real. Talvez por conta da convivência com a
mãe
-
os pais se separaram qua
ndo ainda era criança
-
em seus primeiros escritos Victor Hugo
demonstrava
-
se monarquista e católico convicto. Com o tempo, rompeu com o reinado de
Carlos X, passando a defender os ideais liberais da burguesia revolucionária. Torna
-
se um
republicano, porém
, com a revolução de 1830, passando a crítico da igreja e por fim, da
própria burguesia (PCO, 2010, p. internet).
Desde muito jovem o autor demonstrava aptidão à literatura, mesmo a contragosto do
pai:
Ainda na adolescência, morando em Paris integra
-
se ao
s círculos literários estudantis
e recebe seus primeiros prêmios literários. Primeiro na Academia Francesa em 1817,
e depois na Academia de Jogos Florais de Toulouse dois anos mais tarde. Em 1819
funda também seu primeiro jornal literário,
O Conservador Li
terário
.
(...)
Seu primeiro reconhecimento literário viria em 1822, com a coletânea de
poemas
Odes
. Nele incluía
-
se o poema Ode sobre a Morte do Duque de Berry, que
chama a atenção do rei Luis XVIII, que satisfeito, lhe premia com uma pensão
anual. Ele tin
ha então apenas 20 anos (PCO, 2010, p. internet).
Em 1827 publica o drama teatral
Cromwell
, cujo importante prefácio foi considerado o
primeiro manifesto técnico do romantismo francês. Com efeito, essa obra contribuiu para a
Monsenhor Benvindo e a Porta Sem Fechaduras Nem Trancas: Uma Análise Interdisciplinar d
a ..
.
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Revista Thesis Juri
s
São Paulo, V.2, N.2, pp. 535
-
560
, Jul./dez.2013
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543
consolidação da imagem de Hug
o como o principal expoente do romantismo na França,
obtendo prestígio não apenas da juventude rebelde francesa, mas também entre a Corte de
Carlos X (PCO, 2010, p. internet).
Porém, como mencionado, com o tempo Victor Hugo passou a expressar os primeiros
sinais de uma dissidência, inicialmente com a publicação da obra
O Último Dia de um
Condenado
, crítica feroz à pena de morte instituída pelo rei. Inclusive, constata
-
se que seu
segundo drama teatral,
Marion Delorne
, não passou pela censura real (PCO, 2010,
p.
internet).
Com o famoso romance
O Corcunda de Notre Dame
(1831), Victor Hugo professa
expressamente sua fé no liberalismo como ideologia política e no republicanismo como a
forma ideal do Estado:
A imagem do livro expressava sua ideologia de defesa dos
setores mais oprimidos
da sociedade, esmagados sob o peso da miséria, desfigurados, mas espiritualmente
sublimes, em oposição à corrupção monstruosa do representante da Igreja na
história, que revelavam também as críticas do escritor à organização polític
a da
Igreja Católica, apesar de nunca ter abandonado suas crenças religiosas (PCO, 2010,
p. internet).
Finalmente, em 1848 o autor rompe com o Partido Conservador e, posteriormente, em
1851, parte para o exílio, na Bélgica. Escreve lá
Os Castigos
, de 1853,
e
As Contemplações
, de
1856, onde reitera suas posições contra a ditadura em que vive a França e nega a anistia oferecida
por Luis Napoleão (PCO, 2010, p. internet). Foi no exílio que escreveu também a sua obra capital,
Os Miseráveis
(1861), na qual o aut
or trabalhara 16 anos, bem como sua obra definitiva,
Os
Trabalhadores do Mar
, de 1866.
Merecem referência as palavras de Rouanet, no sentido acima exposto:
Hugo disse que o romantismo era o liberalismo em literatura.
A linguagem de Hugo
foi mais que isso,
foi a revolução francesa na literatura.
Como ele escreveu
em
Réponse à um acte d’accusation,
o idioma que ele encontrou ao estrear na vida
literária era como o antigo regime, em que povo e nobreza viviam segregado em
castas. Havia a palavra nobre e a pala
vra familiar, que nenhum literato sério ousaria
empregar. Havia vocábulos
-
duques e vocábulos plebeus. Sobre os batalhões de
alexandrinos, Hugo fez soprar um vento revolucionário, e pôs um barrete vermelho
no velho dicionário. Os tropos, escondidos debaixo
das saias da Academia,
Monsenhor Benvindo e a Porta Sem Fechaduras Nem Trancas: Uma Análise Interdisciplinar d
a ..
.
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Revista Thesis Juri
s
São Paulo, V.2, N.2, pp. 535
-
560
, Jul./dez.2013
_______________________________________________________________
_______________
544
tremeram. Hugo declarou as palavras livres e iguais. Então a ode, abraçando
Rabelais, tomou uma bebedeira, enquanto as nove Musas, de seios nus, dançavam a
Carmagnole. Sim, ele foi esse Danton, foi esse Robespierre. Bateu as mãos, be
beu o
sangue das frases, tomou e demoliu a Bastilha das rimas, quebrou o jugo de ferro
que prendia a palavra
-
povo, fez do pronome pessoal um jacobino, do particípio uma
hiena e do verbo a hidra da anarquia. Graças a ele, a língua foi posta em liberdade
(RO
UANET, 2002)
.
Ainda:
Mais tarde Hugo se torna virulentamente antimonarquista, e na
Légende dês siècles
condena todos os reis, presentes e passados, sem abrir nenhuma exceção a favor de
Napoleão. Fica evidente, nessa fase, que para Hugo o império é a nega
ção dos
princípios de liberdade individual estabelecidos pela Revolução francesa e do direito
de autodeterminação dos povos que a consciência civilizada do universo estava
impondo no século 19. O último poema de
Feuilles d’automne
é um grande hino de
cólera
contra todas as prepotências imperiais: Odeio a opressão com um ódio
profundo; / Por isso, quando ouço, em qualquer canto do mundo, / sob um céu
inclemente, sob um rei assassino, / Um povo que degolam debater
-
se e gritar; /
Quando pelos reis cristãos entr
egue aos carrascos turcos / A Grécia, nossa mãe,
agoniza trespassada pela espada... / Quando Lisboa, outrora bela e festiva / Pende
enforcada, com os pés de Miguel na cabeça... / Quando um cossaco horrível,
possesso de raiva / Estupra Varsóvia, descabelada
e morta.../ Então, oh, eu maldigo
em sua corte, em seu antro, / Esses reis cujos cavalos têm sangue até o ventre! /
Sinto que o poeta é seu juiz! Sinto / Que a musa indignada, com seus punhos
possantes,/ Pode, como num pelourinho, amarrá
-
los em seu trono
/ E fazer
-
lhes um
jugo com sua covarde coroa .../ Marcados na testa com um verso que o futuro lerá
(ROUANET, 2002).
Com a derrubada do ditador Luis Napoleão, retorna a Paris, em 1870, e elege
-
se como
deputado, defendendo um programa liberal contra a pena
de morte, a concessão de anistia aos
presos políticos do regime e a dissolução da Assembléia (PCO, 2010, p. internet).
Após uma viagem que realiza às pressas para Bordeaux, quando recebe a notícia da
morte de seu filho, explode em Paris, o levante operári
o da Comuna. O escritor
retorna à capital e compra o ódio de toda a burguesia francesa ao defender os
Monsenhor Benvindo e a Porta Sem Fechaduras Nem Trancas: Uma Análise Interdisciplinar d
a ..
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São Paulo, V.2, N.2, pp. 535
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, Jul./dez.2013
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545
revolucionários nas barricadas. Era já então um escritor universalmente adorado pela
população (PCO, 2010, p. internet).
Victor Hugo falece em sua residên
cia, em maio de 1885. Seu corpo foi velado pela
população durante nove dias, embalsamado em um esquife de vidro. Em seu cortejo fúnebre,
o corpo de Victor Hugo foi acompanhado de cerca de um milhão de pessoas
(WERNECK,
2002, p. internet).
2.2
.
“Os Miseráv
eis”: considerações gerais
Na tradução e adaptação de Walcyr Carrasco, a obra encontra
-se dividida em cinco partes: a primeira, intitulada “A liberdade”, que será avaliada no presente tópico, situa-se no
século XIX, em 1815, e começa retratando a chegada
de Jean Valjean à cidade francesa de
Digne, onde ninguém o conhecia.
Em um dos primeiros dias de outubro, em 1815, antes do pôr
-
do
-
sol, um homem
viajava a pé. Tinha aparência assustadora. Seria difícil encontrar alguém com
aspecto mais miserável. Era for
te, de estatura mediana. Parecia ter de quarenta e
cinco a cinqüenta anos. Na cabeça, um boné com aba de couro. A camisa, de tecido
grosseiro, mal fechada deixava ver o peito cabeludo. Calças esfarrapadas. Sapatos
sem meias. Nas costas, um volumoso saco de
viagem de soldado. Trazia na mão um
cajado de madeira, cheio de nós. Cabeça raspada e barba crescida. O suor e o pó da
estrada tornavam sua aparência ainda pior. Chegou à cidade francesa de Digne
(HUGO, 2001, p. 10).
Ao procurar uma estalagem para jantar
e dormir, Jean Valjean logo é humilhado e tem
a hospedagem negada em todos os lugares. O motivo era um só: descobriu
-
se no local que o
mesmo era um ex
forçado das galés. Um cumpridor de penas, a quem teriam dado um único
destino, a não ser pela disposição
de um Monsenhor.
O dono da hospedaria, entretanto, não tirava os olhos do homem.
Escreveu uma mensagem. Deu
-
a a um rapazinho que lá trabalhava. Este correu para
a Prefeitura. O forasteiro, com fome, perguntou:
E o jantar?
Não demora
respondeu La
barre.



A obra objeto deste estudo, no caso “Os Miseráveis” (1862), de Victor Hugo (1802
-
1885), se situa nos finais do século XVIII até meados do
século XIX, exatamente na época em
10
O modelo da autopoies
e decorre da teoria biológica de dois grandes cientistas, Humberto Maturana e
Francisco Varela, os quais, referem que a palavra deriva do grego
autos
(por si próprio) e
poiesis
(criação,
produção) (NEVES, 2006, p. 80).
11
A
Teoria de Santiago
tem, em sua
concepção primeva, a identificação da cognição, do processo de
conhecimento, com o processo de viver. Segundo Maturana e Varela, a cognição é a atividade que garante a
autogeração e a autoperpetuação das redes vivas. Em outras palavras, é o próprio proces
so da vida. A atividade
organizadora dos sistemas vivos, em todos os níveis de vida, é uma atividade mental. As interações de um
organismo vivo
vegetal, animal ou humano
com seu ambiente são interações cognitivas. Assim, a vida e a
cognição tornam
-
se i
nseparavelmente ligadas. A mente
-
ou melhor, a atividade mental
é algo imanente à
matéria, em todos os níveis de vida (CAPRA, 2003, p. 50).
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556
que ocorreu a Revolução Francesa (1789
-
1799). Diante disso, o
presente buscou na referida
obra o fundamento para examinar a fraternidade enquanto expressão política e, portanto, de
expressivo reconhecimento e marco histór
ico, a Revolução da Bastilha, deterá singular
importância a pesquisa ora proposta.
O
trabalho foi distribuído em três pontos: primeiro, propôs
-
se estudar a fraternidade
em seus principais aspectos de universalidade, identidade comum, pacto entre iguais e
de
onde se pode estar no lar
-
comunhão uns com os outros.
Em segundo lugar, foi examinada a obra literária em comento, com destaque para a
personagem Monsenhor Benvindo, que se encontra distribuído, na edição em estudo, no
Capítulo II (HUGO, 2001). Nesse se
ntido, pode ser dito que a fraternidade é a porta
entreaberta, sem fechaduras nem trancas, tal qual a de Monsenhor Benvindo, e tal qual a
norma que se estabelece cerrada, e que também se rompe, identificando
-
se com a abertura de
sua base principiológica, p
remente de fraternidade, chave de “porta que se abre”, sem
fechaduras e sem trancas.
Por último, foi proposto um paralelo entre as duas fontes de estudo, no caso as
representações da fraternidade na obra prima de Victor Hugo e, como tal, a pesquisa procur
ou
desvelar uma tal graça ou milhares delas, de tal forma a anunciar a graça que tem permitido
ao homem o compromisso com a fraternidade.
Para atingir o objetivo firmado, utilizou
-
se como método de abordagem o dedutivo, e
como método de procedimento o his
tórico, descritivo e argumentativo.
Imbuídos de tais objetivos, o trabalho partiu da Revolução Francesa. A conclusão é
que o estabelecimento desta conferiu valores políticos, diferentes aos esperados pelos
comandos reais. Ao invés de uma determinação para
com o destino dos súditos, obteve
-
se a
liberdade, a igualdade e a fraternidade, que passam a compor a base política da nação
francesa, expandindo e alcançando outros povos, até serem recepcionados pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos, em 26 de ag
osto de 1789, como a base política do solene
compromisso entre os povos de velar e conjuntamente jurar por tais princípios, reafirmada na
Revolução de 1848, e com a vitória dos republicanos de 1879, esta segue sendo compromisso
político, base jurídica e pr
incipiológica de muitas gerações, ponto de referência fundamental
que pioneiramente deu uma dimensão política à fraternidade.
Firme em tal contexto tem
-
se a obra de Victor Hugo,
poeta e romancista, e um dos
principais escritores da literatura universal, qu
e obteve em vida prestígio e reconhecimento.
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As características de seus personagens, muitos deles ligados às bases populares,
cidadãos comuns, premidos pela pobreza, a quem ele nomina “Miseráveis”, e como um sinal
dos novos tempos, salvos pela pia batisma
l, a genialidade de Victor Hugo os brinda com uma
nova condição
revelada pela crítica que ele sutilmente foi revelando ao longo do romance,
como uma tarefa de desvelar o véu de Ísis, de que nos acusa
Pierre Hadot (2006).
Nessa linha,
suave ao leitor, mas
certamente, fruto de muitas lutas para os contemporâneos ali retratados,
foi introduzida a figura de Monsenhor Benvindo, para quem aguardara as características de
um Estado
-
providência, que acolhe, bendiz e ampara.
O presente trabalho, que recortou a atu
ação da personagem Monsenhor Benvindo, cuja
tradução literal na língua portuguesa, quer dizer exatamente aquele que se faz bem
-
vindo, e na
lição do bispo, que nasceu Charles
-
Francois Myriel (2001), e de quem se esperava a
centralização do Poder político vi
sando a determinação do destino de seus súditos, segundo o
modelo do ditador de regras, ao invés, entreabre a porta de sua casa, que bem poderia ser um
palácio, o qual fora cedido ao hospital, e agora, é a “casa acanhada”, onde todos são bem
vindos!
À per
gunta, qual a razão deste mestre maior da literatura ocupar o espaço da literatura
universal, com destaque e aceitação (?)
A resposta certamente ocupa justificativas que vão desde a diversidade temática e
riqueza presente em todos os seus escritos e person
agens, porém, ao introduzir aqueles a
quem chamavam “miseráveis”, Hugo os apresenta como benditos, que são bem
-
vindos, o que
é significativo da atuação de Valjean, e a sua recepção na “casa acanhada” de Monsenhor
Benvindo (HUGO, 2001).
A partir daí, tem
-
s
e o estabelecimento de seu romance, que poderia ser qualquer outro
conflito amoroso, de qualquer época, mas, torna
-
se representativo de um romance universal,
porque confere à cena, os ausentes, os errantes, a quem o escritor expressa a condição de
Miseráve
is, e que dispostos nos conflitos ali apresentados, serviram de pano de fundo para o
estabelecimento de um novo modelo de dialogicidade, revelador de participação e deliberação
de uma graça infinda. Onde, porém está centrada a representação da fraternidade
na obra de
Victor Hugo em exame?
Na obra “Os Miseráveis” (2001), certamente a maior graça, aquela que confere a
representação da fraternidade, reside justamente na perspectiva política conferida na “casa
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acanhada”, “sem fechaduras, nem trancas”, que se
estabelece em torno da relacionalidade,
mudança de paradigma, da mensagem do amor ao(s) o




07.
Considerando
-
se o contexto político e social no qual foi produzida a obra Os Miseráveis, verifica
-
se que há
um d
iscurso:
a)
conformista, que procura defender as instituições centralizadoras de poder
(Igreja, Aristocracia) nas quais
repousava
m
a autoridade e os privilégios.
b)
engajado pois se alicerça na discussão sobre a relação entre o bem e o mal, levantando questões
sobre
lei, justiça
e reflete sobre a condição humana.
c)
pacifista, que procura defender os ideais libertários de forma a minimizar a violência entre as ações da
Igreja, da Aristocracia e a classe mais pobre.
d)
D
esmistificador
,
que critica por meio de uma narr
ativa ágil e
detalhada
um conjunto de ideais que
envolvem liberdade, igualdade e fraternidade.
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08.
Os personagens existentes
em O
s
Miseráveis são construídos para suscitar a discussão da situação social
da França no século XVII. São capazes de denunciar a m
iséria, a falta de justiça e a necessidade da
construção de um mundo melhor. Pode
m
-
se perceber distintas “misérias” na construção da vida desses
personagens.
Analise as alternativas abaixo e assinale aquela que
NÃO
corresponde à
descrição
acima:
a)
Cosette:
Aos oito anos já havia sofrido tanto que às vezes parecia uma velha. Tinha uma mancha negra
no olho de um murro dado pela senhora Thénardier. (...) tomava cuidado para encher os jarros, as
garrafas e o barril da estalagem durante o dia. Morria de medo de
ir no bosque na escuridão. (p. 36)
b)
Javert: (...) homem alto, de casacão, chapéu na cabeça e uma bengala nas mãos. (...)Tinha um apego
estrito à lei. Mostrava
-
se implacável no seu dever de policial. Seria capaz de denunciar o próprio pai ou a
mãe. (p. 22 e
23)
c)
Fantine: Na luz trêmula da vela, via
-
se um buraco negro na boca. Tinha vendido os dentes. (...) Perdeu a
vaidade. Andava com roupas remendadas. Às vezes passava a noite chorando, com tosse. Sentia uma
dor no ombro.(p.25)
d)
Jean Valjean: Quando criança
,
n
ão aprendeu a ler. Ao crescer, tornou
-
se podador de árvores. Órfão de
pai e mãe, foi criado por uma irmã mais velha (...) Passou a sustentar a irmã e os sobrinhos com trabalhos
grosseiros e mal remunerados. (p. 12)
09.
O romance Os Miseráveis de Victor Hugo,
adaptado por Walcyr Carrasco, traz como prevê o Gênero, várias
narrativas. Estas se compõem de relatos de fugas, trapaças, armadilhas, mas também de questões sobre lei,
justiça e solidariedade. Em relação à construção da narrativa e assim, a materializaçã
o dos relatos é
CORRETO
afirmar que:
a)
a existência de diálogos no romance proporciona entre outras coisas, a observação da conduta pessoal e
social das personagens.
b)
a obra dividida em partes tem como propósito didatizar os relatos existentes fazendo
com que sua leitura
possa ser linear.
c)
a narração é feita em terceira pessoa por um narrador que quase sempre sabe os passos dos
personagens e futuras ações.
d)
a obra traz como estratégia narrativa o uso de
flashbacks
em qu
e o narrador e os personagens
m
oportunidade de explicitar fatos.
10.
Pode
m
-
se perceber distintas problemáticas que envolvem a obra Os Miseráveis. Dentre as afirmativas
abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde a uma questão explicitada na obra:
a)
Jean Valjean é o pobre vitimado pela
lei, o inspetor é uma 'corporificação' do rigor da lei, o Monsenhor
Bienvenu é a 'caridade cristã'. Fantine é a mulher seduzida e abandonada, vítima do destino, assim como
Cosette é a criança adotada e humilhada, e Maurius é o jovem idealista.
b)
Victor Hugo
encena em
Os Miseráveis
as experiências de amplas camadas humanas e do começo da
tomada de consciência do operariado. A narrativa é ainda, um romance atual e pleno de sinais e
ensinamentos que visam à conscientização do leitor.
c)
Percebe
-
se na leitura da o
bra a ênfase ao contexto social da França do século XV
I em que a sucessão
dos acontec
imentos e as difíceis circustâncias vividas pelas personagens levantam questões sobre lei,
justiça e solidariedade.
d)
O ideal romântico de confiança no homem e na sua capac
idade de travar as injustiças, a fome e a
opressão, capazes, por fim, de transformarem a realidade, superando
-
a, estão plenamente expressos no
romance













L
ÍNGUA
P
ORTUGUESA E
L
ITERATURA
Q
UESTÕES DE
01
A
10
Analise os textos abaixo para responder as questões 1 e 2.
Texto I
miserável
(latim
miserabilis,
-
e
)
adj. 2 g.
1.
Que é muito pobre.
ABASTADO,
OPULENTO,
RICO
2.
Que não tem valor.
=
INSIGNIFICANTE
,
RELES
3.
Que tem dimensões muito pequenas.
=
ÍNFIMO
adj. 2 g. s. 2 g.
4.
Que ou quem vive na miséria.
=
INDIGENTE,
POBRE
5.
Que ou o que desperta compaixão.
=
DESGRAÇADO,
INFELIZ,
MÍSERO
FELIZ
6.
Que ou o que inspira desprezo.
=
DESPREZÍVEL,
TORPE,
VIL
(FERREIRA, A.B.H.
Aurélio século XXI
: o dicionário de Lingua Portuguesa. 3 ed. Ver. E ampl. Rio e Janeiro: Nova Fronteira, 1999.)
Texto II
Disponível em:
http://www.granjahoje.com/2011/03/charge
-
do
-
dia
-
%E2%80%9Cos
-
miseraveis%E2%80%9D/
. Acesso em 11 Jul. 2013.)
01.
Ana
lisando a definição de Miserável no texto I e os efeitos de sentido
sugeridos
no texto II é
CORRETO
afirmar que:
I
-
o significado 1 do primeiro texto é confirmado na oração “Somos isentos porque somos
miseráveis...”
II
-
o significado 3 do primeiro text
o é explicitado em “(...) miseráveis porque somos isentos.”
III
-
o significado 1 do primeiro texto é confirmado na oração “Somos isentos porque somos miseráveis”,
assim como o significado 2 do primeiro texto é confirmado em “(...) miseráveis porque som
os
isentos”.
Estão
CORRETAS
as afirmativas:
a)
I, II e II
I.
b)
I e III, apenas.
c)
III, apenas.
d)
I e II, apenas.
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02.
Observe o enunciado abaixo:
Discordo do nobre colega...
A Miséria é um bem
inalienável
.
Assinale a alternativa em que a substituição da
palavra destacada NÃO traz prejuízo de sentido:
a)
indiscutível
b
)
intransferível
c)
insustentável
d)
insubstituível
Leia os dois textos abaixo, ref
e
rentes às questões 3,
4 e 5, os quais abordam um assunto em comum: miséria.
I
-
“Vivia para a família
. Falava pouco, tinha o semblante pensativo. Quando comia, muitas vezes a
irmã tirava o melhor pedaço do seu prato para dar a uma das crianças, e ele sempre permitia. Mas
seu trabalho e o da irmã eram insuficientes para sustentar uma família tão grande. A
miséria
aumentou. Certo ano, em um inverno rigoroso, Jean Valjean não encontrou trabalho. A família ficou
sem pão. Sem pão. Exatamente como está escrito. Sete crianças. Em uma noite de domingo, o
padeiro da aldeia ouviu uma pancada na vidraça gradeada. Cor
reu. Chegou a tempo de ver um
braço passando por uma abertura feita por um murro na vidraça. O braço pegou um pão. O padeiro
perseguiu o ladrão, que tentava fugir. Era Jean Valjean.” (Cap.3. O Roubo)
II
-
“Sem dinheiro, homem é preso após roubar leite pa
ra alimentar filha recém
-
nascida. Policiais ainda
tentaram pagar o produto, mas a gerência de supermercado não aceitou. Um homem foi preso na
tarde da segunda
-
feira, (29), acusado de roubo em um supermercado localizado em um dos trechos
da Avenida Durval d
e Góes Monteiro, no bairro do Tabuleiro, parte alta de Macéio. Edilson José da
Silva Júnior, 27, sem residência fixa, foi preso acusado de ter roubado três pacotes de leite em pó do
estabelecimento. Em depoimento, na Central da Polícia, Edilson revelou que
não tinha dinheiro e
sem opção em conseguir alimento para uma filha recém
-
nascida, foi „obrigado‟ a roubar. Mas a
versão do preso não sensibilizou a gerência do supermercado que não retirou a queixa e Edilson
terminou autuado em flagrante pelo crime de ro
ubo.”
(Disponível em:
http://wwwriachueloemacao.blogspot.com.br/2012/10/homem
-
foi
-
preso
-
apos
-
ter
-
roubado
-
uma.html. Acesso
em: 02 jul.2013
.
)
03.
Em contraste com o texto II, na estruturação do texto I, destacam
-
se:
a)
o emprego sistemático de orações coordenadas de forma a dar dinamismo às ações e emoções descritas.
b)
a
construção de oposições semânticas e o emprego recorrente de f
iguras de linguagem, como a
metonímia.
c)
a apresentação e
a
descrição das ações do personagem principal de maneira objetiva e sintética.
d)
o uso de períodos longos e de orações subordinadas gerando uma narrativa mais densa e elaborada.
04.
No texto I, o narrador
manifesta a sua indignação em relação às difíceis circunstâncias vividas pela família.
Tal
sentimento fica claramente expresso no trecho:
a)
“Vivia para a família. Falava pouco, tinha o semblante pensativo.”
b)
“[...] o padeiro da aldeia ouviu uma pancada na
vidraça gradeada.”
c)
“A família ficou sem pão. Sem pão. Exatamente como está escrito.”
d)
“[...] em um inverno rigoroso, Jean Valjean não encontrou trabalho.”
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05.
Quando se trata de escrever uma história, não é raro que se faça confusão entre narrativa e relato
. Em
ambos se encontram elementos comuns, entretanto algumas particularidades definem as estratégias
comunicativas desses gêneros. Em relação aos
fragmentos
dos textos I e II é
CORRETO
afirmar que:
a)
o texto I é uma narrativa ficcional, enquanto o texto II
é um relato porque caracteriza
-
se pela apresentação
ou enumeração de informações básicas sobre um acontecimento.
b)
os textos I e II são exemplos de narrativas ficcionais porque t
ê
m um episódio,
uma
mudança de fatos
na
sequência temporal entre as ações
dos pe
rsonagens que atuam naquela determinada história.
c)
o
texto I é um exemplo de relato, enquanto o texto II trata
-
se de uma narrativa ficcional pois tem um
enredo, ou seja, conjunto de fatos que se sucedem, desencadeando em conflitos, com personagens,
tempo e
espaço.
d)
o
s dois textos são caracteristicamente exemplos de relatos pois apresentam informações sobre fatos e
acontecimentos e isso nos permite identificar uma característica e uma função do relato: a de informar.
06.
Leia os textos abaixo e responda a quest
ão 6.
“Os Miseráveis, a narrativa que você vai ler agora, foi publicada pela primeira vez, na França, em 1862. Transformou
-
se logo em
grande sucesso. Foi traduzida para diversas línguas. Percorreu o mundo. É uma história com forte cunho social, mas o enre
do, em
que um ex
-
prisioneiro é perseguido sem tréguas por um inspetor fanático, tem elementos de trama policial. Jean Valjean, o herói, foi
condenado a trabalho forçado por roubar um pão para a família faminta. Cumpriu pena. Mesmo assim, para fugir de seu
perseguidor
e se reabilitar, precisou trocar de identidade.”
(Ligia Cademartori, p. prefácio)
“A França de 1789 era um país rural. Havia 23 milhões de camponeses no país, com 26 milhões de habitantes. [...] A pobreza do
s
camponeses parecia maior ainda qu
ando comparada à vida de luxo dos nobres. [...] se faltava comida no campo, imagine na cidade.
A fome atingia duramente os trabalhadores urbanos, os sans
-
culotte, que eram os operários, artesãos, donos de pequenos
negócios, como oficinas. Quando havia cris
e no campo e o abastecimento piorava, eles eram as principais vítimas. O pão se tornava
caro e escasso. [...] o pão era a base das refeições diárias dos pobres.
(SCHMIDT, M.F. Nova História Crítica. 1 edição. São Paulo: Editora Nova Geração, 2011,
p
.279
-
280
.
)
O
s
textos
sugerem
que o roubo do pão, na obra, não se trata de uma construção metafórica porque o
alimento era a base das refeições diárias dos pobres. Quando faltava pão, faltava comida. É
CORRETO
afirmar que o léxico pão na obra tem o mesmo sentid
o que na expressão:
a)
O
pão
é primordial à vida!
b)
Trabalha para adquirir o
pão.
c)
Carlos Frederico é um pão.
d)
Ele comeu o pão que o diabo amassou.
07.
Considerando
-
se o contexto político e social no qual foi produzida a obra Os Miseráveis, verifica
-
se que há
um d
iscurso:
a)
conformista, que procura defender as instituições centralizadoras de poder
(Igreja, Aristocracia) nas quais
repousava
m
a autoridade e os privilégios.
b)
engajado pois se alicerça na discussão sobre a relação entre o bem e o mal, levantando questões
sobre
lei, justiça
e reflete sobre a condição humana.
c)
pacifista, que procura defender os ideais libertários de forma a minimizar a violência entre as ações da
Igreja, da Aristocracia e a classe mais pobre.
d)
D
esmistificador
,
que critica por meio de uma narr
ativa ágil e
detalhada
um conjunto de ideais que
envolvem liberdade, igualdade e fraternidade.
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08.
Os personagens existentes
em O
s
Miseráveis são construídos para suscitar a discussão da situação social
da França no século XVII. São capazes de denunciar a m
iséria, a falta de justiça e a necessidade da
construção de um mundo melhor. Pode
m
-
se perceber distintas “misérias” na construção da vida desses
personagens.
Analise as alternativas abaixo e assinale aquela que
NÃO
corresponde à
descrição
acima:
a)
Cosette:
Aos oito anos já havia sofrido tanto que às vezes parecia uma velha. Tinha uma mancha negra
no olho de um murro dado pela senhora Thénardier. (...) tomava cuidado para encher os jarros, as
garrafas e o barril da estalagem durante o dia. Morria de medo de
ir no bosque na escuridão. (p. 36)
b)
Javert: (...) homem alto, de casacão, chapéu na cabeça e uma bengala nas mãos. (...)Tinha um apego
estrito à lei. Mostrava
-
se implacável no seu dever de policial. Seria capaz de denunciar o próprio pai ou a
mãe. (p. 22 e
23)
c)
Fantine: Na luz trêmula da vela, via
-
se um buraco negro na boca. Tinha vendido os dentes. (...) Perdeu a
vaidade. Andava com roupas remendadas. Às vezes passava a noite chorando, com tosse. Sentia uma
dor no ombro.(p.25)
d)
Jean Valjean: Quando criança
,
n
ão aprendeu a ler. Ao crescer, tornou
-
se podador de árvores. Órfão de
pai e mãe, foi criado por uma irmã mais velha (...) Passou a sustentar a irmã e os sobrinhos com trabalhos
grosseiros e mal remunerados. (p. 12)
09.
O romance Os Miseráveis de Victor Hugo,
adaptado por Walcyr Carrasco, traz como prevê o Gênero, várias
narrativas. Estas se compõem de relatos de fugas, trapaças, armadilhas, mas também de questões sobre lei,
justiça e solidariedade. Em relação à construção da narrativa e assim, a materializaçã
o dos relatos é
CORRETO
afirmar que:
a)
a existência de diálogos no romance proporciona entre outras coisas, a observação da conduta pessoal e
social das personagens.
b)
a obra dividida em partes tem como propósito didatizar os relatos existentes fazendo
com que sua leitura
possa ser linear.
c)
a narração é feita em terceira pessoa por um narrador que quase sempre sabe os passos dos
personagens e futuras ações.
d)
a obra traz como estratégia narrativa o uso de
flashbacks
em qu
e o narrador e os personagens
m
oportunidade de explicitar fatos.
10.
Pode
m
-
se perceber distintas problemáticas que envolvem a obra Os Miseráveis. Dentre as afirmativas
abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde a uma questão explicitada na obra:
a)
Jean Valjean é o pobre vitimado pela
lei, o inspetor é uma 'corporificação' do rigor da lei, o Monsenhor
Bienvenu é a 'caridade cristã'. Fantine é a mulher seduzida e abandonada, vítima do destino, assim como
Cosette é a criança adotada e humilhada, e Maurius é o jovem idealista.
b)
Victor Hugo
encena em
Os Miseráveis
as experiências de amplas camadas humanas e do começo da
tomada de consciência do operariado. A narrativa é ainda, um romance atual e pleno de sinais e
ensinamentos que visam à conscientização do leitor.
c)
Percebe
-
se na leitura da o
bra a ênfase ao contexto social da França do século XV
I em que a sucessão
dos acontec
imentos e as difíceis circustâncias vividas pelas personagens levantam questões sobre lei,
justiça e solidariedade.
d)
O ideal romântico de confiança no homem e na sua capac
idade de travar as injustiças, a fome e a
opressão, capazes, por fim, de transformarem a realidade, superando
-
a, estão plenamente expressos no
romance
U
NIVERSIDADE
F
EDERAL DE
V
IÇOSA
D
IRETORIA DE
V
ESTIBULAR E
E
XAMES
EXAME DE SELEÇÃO PAR
A O COLUNI 201
4
GABARITO OFICIAL
Gabarito
Questão1b
2b]
4c
7b
88
10 anulada



 “Os Miseráveis” de Victor Hugo
1- Questionamentos orais para todos os alunos:
a)Vocês dariam uma oportunidade de emprego para alguém que saiu da prisão?
b) Vocês acreditam que uma pessoa pode se redimir após sair da prisão e se tornar uma pessoa melhor? Por quê?
c) Como vocês definem ser uma pessoa miserável.

d) FORMAR GRUPOS (3 ALUNOS ) Faça  um breve histórico sobre o escritor Victor Hugo e apresentamos algumas considerações sobre o romantismo na Europa refletindo sobre a importância do livro para a época. (observação: contextualizar o período da r evolução francesa)

e) INDIVIDUAL: Entendimento do romance por meio de perguntas orais: levantar a mão.  

2- Proposta de júri simulado, levando em conta aspectos da obra e também tendo em vista o poder da argumentação na sociedade em que estamos inseridos. (formar 3 grupos.  júri simulado- ter argumentos condizentes ao livro .)                                                                            organização do trabalho em grupo.
Grupo 1- grupo de alunos terá que defender o réu, o personagem principal do livro, Jean Valjean.
Grupo 2 -  outro grupo terá  o papel de acusar o réu.
Grupo 3 – 3 alunos - Um grupo de juízes darão a sentença final.
Pensar  :
2.1- Na história toda, o erro era só de Jean Valjean ? Era igualmente grave o fato de ele, operário, não ter trabalho e não ter pão. Depois de a falta ter sido cometida e confessada, por acaso o castigo não foi por demais feroz e excessivo? Comente.
2.2- Onde haveria mais abuso: da parte da lei, na pena, ou da parte do culpado, no crime?
2.3- Pode a sociedade humana ter o direito de sacrificar seus  “IRMÃOS” ,  ora por sua incompreensível imprevidência, acorrentando indefinidamente um homem entre essa falta e esse excesso, falta de trabalho e excesso de castigo? 
2.4- É próprio das sentenças em que domina a impiedade, isto é, a brutalidade, transformar pouco a pouco, por uma espécie de estúpida transfiguração, um homem em animal, às vezes até em animal feroz. Jean Valjean renovou as fugas, tão inúteis e loucas, toda vez que se apresentou ocasião propícia, sem pensar um pouquinho nas consequências, nem nas vãs experiências já feitas. Escapava impiedosamente, como o lobo que encontra a jaula aberta. O instinto lhe dizia: "Salve-se". A razão lhe teria dito: "Fique"! Mas, diante de tentação tão violenta, o raciocínio desaparecia, ficando somente o instinto. Era o animal que agia. Quando era novamente preso, os novos castigos que lhe infligiam só serviam para torná-lo mais sobressaltado. Comente.
2.5-  A história é sempre a mesma. Essas pobres criaturas, QUE JÁ PASSARAM E PASSAM PELA MESMO PROBLEMÁTICA DE JEAN, HOJE, EM DIA, carecendo de apoio, de guia, de abrigo, ficam ao léu. Compare a história narrada com a realidade atual brasileira.





















2.1- Na história toda, o erro era só de Jean Valjean ? Era igualmente grave o fato de ele, operário, não ter trabalho e não ter pão. Depois de a falta ter sido cometida e confessada, por acaso o castigo não foi por demais feroz e excessivo? Comente.
2.2- Onde haveria mais abuso: da parte da lei, na pena, ou da parte do culpado, no crime?
Não haveria excesso de peso em um dos pratos da balança, justamente naquele em que está a expiação?
Por que o exagero da pena não apagava completamente o crime, quase que invertendo a situação, substituindo a falta do delinquente pela da Justiça, fazendo do culpado a vítima, do devedor credor, pondo definitivamente o direito justamente do lado de quem cometeu o furto?  Comente.
2.3- Pode a sociedade humana ter o direito de sacrificar seus membros, ora por sua incompreensível imprevidência, acorrentando indefinidamente um homem entre essa falta e esse excesso, falta de trabalho e excesso de castigo? Não era, talvez, exagero a sociedade tratar desse modo precisamente os seus membros mais mal dotados na repartição dos bens de fortuna, e, consequentemente, os mais dignos de atenção? Comente.
2.4- É próprio das sentenças em que domina a impiedade, isto é, a brutalidade, transformar pouco a pouco, por uma espécie de estúpida transfiguração, um homem em animal, às vezes até em animal feroz. As sucessivas e obstinadas tentativas de evasão, bastariam para provar o estranho trabalho feito pela lei sobre a alma humana. Jean Valjean renovou as fugas, tão inúteis e loucas, toda vez que se apresentou ocasião propícia, sem pensar um pouquinho nas consequências, nem nas vãs experiências já feitas. Escapava impiedosamente, como o lobo que encontra a jaula aberta. O instinto lhe dizia: "Salve-se". A razão lhe teria dito: "Fique"! Mas, diante de tentação tão violenta, o raciocínio desaparecia, ficando somente o instinto. Era o animal que agia. Quando era novamente preso, os novos castigos que lhe infligiam só serviam para torná-lo mais sobressaltado. Comente.
2.5-  A história é sempre a mesma. Essas pobres criaturas, QUE JÁ PASSARAM E PASSAM PELA MESMO PROBLEMÁTICA DE JEAN, HOJE, EM DIA, carecendo de apoio, de guia, de abrigo, ficam ao léu, quem sabe até, indo cada uma para seu lado, mergulhando na fria bruma que absorve tantos destinos solitários, mornas trevas onde, na sombria marcha do gênero humano desaparecem sucessivamente tantas cabeças desafortunadas. Compare a história narrada com a realidade atual brasileira. e faça um paralelo com a sociedade realista.










Lem







brem-se Queridos: a obra é Romântica/Realista. Reflitam sobre a transição Romântismo/Realismo e as três instituições criticadas no Realismo: Igreja, Casamento e Sociedade Burguesa. Leiam os questionamentos e escrevam com as palavras de vocês! Vou considerar muito!

Os Miseráveis é um clássico da literatura francesa escrito no século XIX. É um livro que trata de vários temas referentes a questões morais. Trata também questões sentimentais e principalmente fala sobre as injustiças sociais.
O livro tem como personagem principal Jean Valjean, ex-presidiário, rancoroso, que por roubar pão para ajudar uma família cumpriu pena por 19 anos nas Gales. Gales, eram barcos movidos a remo onde os remadores trabalhavam acorrentados e recebiam um soldo mínimo que ficava guardado até libertarem-nos Ao sair do presídio Jean tentou levar uma vida honesta, buscou por vários trabalhos, mas quando conseguia, recebia menos que os demais, isso devido a sua condição de ex-presidiário. Por isso tentou buscar outra cidade, mas chegando lá, ao tentar alojar-se, seus proprietários faziam uma consulta cadastral, onde ao obterem a resposta de que era um ex-detento, não deixavam-no sequer hospedar-se mesmo pagando. Isso o deixava revoltado.
Uma senhora vendo-o a noite deitado no banco da praça a noite, levou-o até a Casa Paroquial, onde o Bispo o recebeu generosamente. Jean pensou que ele era um simples padre e foi logo contando seu problema. Por sua vez, o Bispo com sua índole elevada acolheu-o de bom coração sem julgá-lo. Na Casa Paroquial havia riquezas em objetos como castiçais de prata, usados nos rituais eucarísticos. Ao acordar de madrugada, Jean recordando a sua história e vida amarga, começo a pensar nas riquezas que havia no cofre que ficava aberto e decidiu roubar-lo. Assim cuidadosamente abriu o armário e guardou os utensílios de prata no saco em seguida pulou a janela e fugiu. Desconfiados os policiais da cidade o prenderam portando aqueles objetos e o levaram ao reconhecimento do Bispo. Perguntando se Jean o havia roubado. O Bispo em um gesto nobre e para não prejudicá-lo disse que havia doado os utensílios de parta, para que Jean vendesse e pudesse usar para recomeçar a sua vida tornando-se um homem honesto e de bem.
Libertaram-no e devido aquele ato nobre Jean agradeceu e partiu pensativo. Em suas perambulações conheceu várias pessoas que seriam importantes em algum momento em sua vida. Assim ele mudou de cidade, vendeu os utensílios e montou uma fábrica usando outro nome. Lá conheceu Fantine que contou tudo de sua vida a ele que prometeu ajudá-la.
Fantine antes de morrer havia dito que tinha uma filha que devido as circunstancias vivia em casa de uma família chamada Ostenardier, pessoas essas de índole duvidosa e gostaria que a buscasse. Fantine faleceu e neste meio tempo Jean foi ao encontro desta família encontrando Corsette. Ele a levou e a criou e ela o chamava de pai. Mesmo sendo empresário ,devido a estar em uma cidade onde poucos o conheciam, havia um policial que o perseguia e vigiava em busca de descobrir algo sobre sua vida. Esse policial chamava-se Javert.
 Assim Jean tentava levar uma vida simples para não chamar muita atenção com sua filha Corssete e como Javert vivia perseguindo-o ele resolveu buscar ajuda com um senhor que em momentos outros de sua vida, necessitou de sua ajuda. O senhor Fauchelevent retribuiu o favor escondendo-os no Convento e conseguindo um abrigo para que morassem. Jean tornou-se jardineiro do convento, sua filha Corsette estudava como aluna bolsista do convento e assim ficaram cerca de 10 anos ocultos e livres da perseguição do policial .
Corsette cresceu e tornou-se moça conheceu Marius e mais tarde casou-se com ele. Marius investigando a vida do sogro descobriu que ele era ex-presidiário e proibiu as visitas da filha que Jean havia criado com todo o carinho. Ambos ficaram afastados do convívio e sofreram muito por isso por anos a fio.
Marius acreditava que Jean havia matado o policial que o perseguia e roubara o empresário tomando posse dos seus pertences, sem saber que o empresário era ele próprio só que com outro nome. Certo dia, Marius recebeu a visita do senhor Thenard que lhe contou a verdade. O policial havia sido morto pelo delegado e o senhor Madeleine era na verdade o senhor Jean. E contou-lhe principalmente que o senhor Jean havia salvado sua vida nas barricadas. Arrependido, encaminhou-se junto a Corsette a casa de Jean que doente estava já a um passo da morte.
Marius, pediu-lhe perdão e Jean o perdoou. Corsette e Jean não tinham sequer palavras, pois estavam longe há anos. Mais o amor de ambos era sólido. Jean havia falado que sempre estava a vê-la mesmo que distante e que a saudade o devorava. Jean avisou que não havia mais tempo esta já a retirar-se da vida sendo chamado por Deus.
Jean no final de sua vida, resignado e libertado de seu rancor, perdoou e falou de sentimentos nobres para filha e Marius principalmente do amor de ambos e ao próximo como a si mesmo. Ao falecer ele disse estar enxergando um padre.
Na verdade, o padre que acompanhava a sua passagem e que ele enxergava era o mesmo que lhe auxiliou a uma vida destinada a ajudar aos outros a ter sentimentos puros e nobres e a combater as injustiças sociais. Mostrando que devemos transformar nossos sentimentos negativos dando lugar a sentimentos generosos.

"Os miseráveis" tem acentuado caráter de reflexão social. Seguir a trajetória de Jean Valjean é se deparar com conflitos humanos que ainda falam à nossa geração. Fantine, Cosette, Javert, Marius, Thénardier, Bienvenu, Fauchelevent, dentre outros, são personagens que convidam os leitores a fazer parte do universo hugoano. E cada um desses ensina uma lição diferente. Perceber que esse texto resiste à e (re)existe a partir da leitura de meninos e meninas com 13 e 14 anos é testemunhar que aquele escritor francês do século XIX, de fato, tinha algo a dizer.

O poema abaixo foi escrito pelo aluno Fernando Almeida e apresentado como conclusão de seu trabalho:
O que é miséria?
Uma coisa gerada por nós.
Onde está a miséria?
Está em todo lugar.
Quem é a miséria?
A miséria somos nós...

Não entendo essa miséria.
Não sei onde está.
Não sei onde procurar.
Mas que boba, mas que megera.

Descobri onde está.
Mas nem precisei procurar.
Descobri o que sou.
Descobri que sou um miserável
por eu mesmo gerar os miseráveis.
O vídeo a seguir é resultado do trabalho dos estudantes Ana Beatriz Vilela, Bernardo Zanetti, Caroline Dias, Gabriel Leite, Gustavo Hespanhol, Larissa Freez, Lucas Lima e Thales Buzan.
 


Foram as mais variadas expressões que povoaram as aulas de Língua Portuguesa quando das apresentações das equipes: música, dança, teatro e artes plásticas se aliaram à literatura e motivaram as leituras de "Os miseráveis".

Alegro-me pelo fato de perceber que os alunos têm se despertado para temáticas tão sérias e com tanta sensibilidade. Como lhes disse, acredito que nenhum deles vai se esquecer daqueles personagens e, mais, nenhum deles vai deixar de notar a atualidade, a presença dos miseráveis hoje e amanhã.

Os Miseráveis é um clássico da literatura francesa escrito no século XIX. É um livro que trata de vários temas referentes a questões morais. Trata também questões sentimentais e principalmente fala sobre as injustiças sociais.
O livro tem como personagem principal Jean Valjean, ex-presidiário, rancoroso, que por roubar pão para ajudar uma família cumpriu pena por 19 anos nas Gales. Gales, eram barcos movidos a remo onde os remadores trabalhavam acorrentados e recebiam um soldo mínimo que ficava guardado até libertarem-nos Ao sair do presídio Jean tentou levar uma vida honesta, buscou por vários trabalhos, mas quando conseguia, recebia menos que os demais, isso devido a sua condição de ex-presidiário. Por isso tentou buscar outra cidade, mas chegando lá, ao tentar alojar-se, seus proprietários faziam uma consulta cadastral, onde ao obterem a resposta de que era um ex-detento, não deixavam-no sequer hospedar-se mesmo pagando. Isso o deixava revoltado.
Uma senhora vendo-o a noite deitado no banco da praça a noite, levou-o até a Casa Paroquial, onde o Bispo o recebeu generosamente. Jean pensou que ele era um simples padre e foi logo contando seu problema. Por sua vez, o Bispo com sua índole elevada acolheu-o de bom coração sem julgá-lo. Na Casa Paroquial havia riquezas em objetos como castiçais de prata, usados nos rituais eucarísticos. Ao acordar de madrugada, Jean recordando a sua história e vida amarga, começo a pensar nas riquezas que havia no cofre que ficava aberto e decidiu roubar-lo. Assim cuidadosamente abriu o armário e guardou os utensílios de prata no saco em seguida pulou a janela e fugiu. Desconfiados os policiais da cidade o prenderam portando aqueles objetos e o levaram ao reconhecimento do Bispo. Perguntando se Jean o havia roubado. O Bispo em um gesto nobre e para não prejudicá-lo disse que havia doado os utensílios de parta, para que Jean vendesse e pudesse usar para recomeçar a sua vida tornando-se um homem honesto e de bem.
Libertaram-no e devido aquele ato nobre Jean agradeceu e partiu pensativo. Em suas perambulações conheceu várias pessoas que seriam importantes em algum momento em sua vida. Assim ele mudou de cidade, vendeu os utensílios e montou uma fábrica usando outro nome. Lá conheceu Fantine que contou tudo de sua vida a ele que prometeu ajudá-la.
Fantine antes de morrer havia dito que tinha uma filha que devido as circunstancias vivia em casa de uma família chamada Ostenardier, pessoas essas de índole duvidosa e gostaria que a buscasse. Fantine faleceu e neste meio tempo Jean foi ao encontro desta família encontrando Corsette. Ele a levou e a criou e ela o chamava de pai. Mesmo sendo empresário ,devido a estar em uma cidade onde poucos o conheciam, havia um policial que o perseguia e vigiava em busca de descobrir algo sobre sua vida. Esse policial chamava-se Javert.
 Assim Jean tentava levar uma vida simples para não chamar muita atenção com sua filha Corssete e como Javert vivia perseguindo-o ele resolveu buscar ajuda com um senhor que em momentos outros de sua vida, necessitou de sua ajuda. O senhor Fauchelevent retribuiu o favor escondendo-os no Convento e conseguindo um abrigo para que morassem. Jean tornou-se jardineiro do convento, sua filha Corsette estudava como aluna bolsista do convento e assim ficaram cerca de 10 anos ocultos e livres da perseguição do policial .
Corsette cresceu e tornou-se moça conheceu Marius e mais tarde casou-se com ele. Marius investigando a vida do sogro descobriu que ele era ex-presidiário e proibiu as visitas da filha que Jean havia criado com todo o carinho. Ambos ficaram afastados do convívio e sofreram muito por isso por anos a fio.
Marius acreditava que Jean havia matado o policial que o perseguia e roubara o empresário tomando posse dos seus pertences, sem saber que o empresário era ele próprio só que com outro nome. Certo dia, Marius recebeu a visita do senhor Thenard que lhe contou a verdade. O policial havia sido morto pelo delegado e o senhor Madeleine era na verdade o senhor Jean. E contou-lhe principalmente que o senhor Jean havia salvado sua vida nas barricadas. Arrependido, encaminhou-se junto a Corsette a casa de Jean que doente estava já a um passo da morte.
Marius, pediu-lhe perdão e Jean o perdoou. Corsette e Jean não tinham sequer palavras, pois estavam longe há anos. Mais o amor de ambos era sólido. Jean havia falado que sempre estava a vê-la mesmo que distante e que a saudade o devorava. Jean avisou que não havia mais tempo esta já a retirar-se da vida sendo chamado por Deus.
Jean no final de sua vida, resignado e libertado de seu rancor, perdoou e falou de sentimentos nobres para filha e Marius principalmente do amor de ambos e ao próximo como a si mesmo. Ao falecer ele disse estar enxergando um padre.
Na verdade, o padre que acompanhava a sua passagem e que ele enxergava era o mesmo que lhe auxiliou a uma vida destinada a ajudar aos outros a ter sentimentos puros e nobres e a combater as injustiças sociais. Mostrando que devemos transformar nossos sentimentos negativos dando lugar a sentimentos generosos.
 Os miseráveis-    Victor Hugo                               Adaptação: Walcyr Carrasco
Assunto: Ambição, Amor, Bondade, Caridade, Egoísmo, Generosidade, Injustiça, Liberdade, Luta pela sobrevivência, Miséria, Ódio, Preconceito, Realidade social da miséria, Solidariedade, Trajetória pessoal
Tema transversal: Ética
1. Explique qual foi o fato que mudou a história do protagonista.
Jean Valjean é acolhido por um gentil bispo, que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos.

Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido.

2. Depois desse episódio, Jean Valjean pode tornar-se um comerciante e industrial de sucesso e chega ao cargo de prefeito em uma pequena cidade, acobertado sob um nome falso. Que nome Jean Valjean adota a partir de então?
Ele se apresenta como o Sr Madeleine.
3. Na descrição que Victor Hugo faz da vida do personagem Jean Valjean, podemos observar que há o cuidado de evidenciar as circunstâncias que o levaram ao crime:

Jean Valjean, de humilde origem camponesa, ficara órfão de pai e mãe ainda pequeno e foi recolhido por uma irmã mais velha, casada e com sete filhos. Enviuvando a irmã, passou a arrimo da família, e assim consumiu a mocidade em trabalhos rudes e mal remunerados (...). Num inverno especialmente rigoroso, perdeu o emprego, e a fome bateu à porta da miserável família. Desesperado, recorreu ao crime: quebrou a vitrina de uma padaria para roubar um pão. (...) Levado aos tribunais por crime de roubo e arrombamento, foi condenado a cinco anos de galés. (...) Mesmo na sua ignorância, tinha consciência de que o castigo que lhe fora imposto era duro demais para a natureza de sua falta e que o pão que roubara para matar a fome de uma família inteira não podia justificar os longos anos de prisão a que tinha sido condenado.

4- A adesão de Jean Valjean ao crime foi voluntária?
Não, mais do que uma questão de gosto ou preferência pessoal por uma vida irregular, tratava-se de uma situação social que deveria ser encarada francamente pela sociedade em geral e pelas autoridades políticas em particular:

5. O Sr. Madeleine toma conhecimento do caso de Fantine. De que modo ele tenta ajudá-la?
Ele tenta prover as necessidades de Fantine e tenta trazer a filha para perto da mãe. Mas Fantine morre e o Sr. Madeleine adota Cosette.

6. Que destino tem esse casal [Thénardier] no final do romance?
No final do romance, com a senhora Thénardier morta na prisão, senhor Thénardier e Azelma viajam aos EUA, onde ele se torna um comerciante de escravos.

7. Identifique, brevemente, as seguintes personagens secundárias do romance:
Bienvenu ou Benvindo, Bispo de Digne (Charles François Myriel) –
Um sacerdote idoso e gentil, que é promovido a bispo por um encontro casual com Napoleão. Ele salva Valjean de ser preso após roubar sua prata e o convence a mudar de comportamento. Bienvenu morre com 82 anos, cego.

Baptistine e Madame Magloire – Respectivamente, irmã e empregada doméstica do Bispo Myriel. Baptitstine ama e venera o seu irmão. Me. Magloire teme que ele deixe a porta aberta para estranhos.

Gervais – Um garotinho que deixa cair uma moeda. Existem duas perspectivas sobre o encontro de Jean Valjean com ele. Segundo uma delas, Valjean, ainda um homem de mente criminosa, coloca o pé sobre a moeda e se recusa a devolvê-la ao menino, apesar dos protestos de Gervais. Quando o menino foge de cena e Valjean vem a seus sentidos, lembrando de que o bispo tinha feito por ele, ele sente vergonha do que fez e busca pelo menino, em vão. Outra interpretação desta cena é que Jean Valjean não sabia que ele estava pisando sobre a moeda, mas depois percebe que a moeda estava sob seus pés e se sente horrível.

Fauchelevent – Valjean salva a vida de Fauchelevent quando levanta uma carroça debaixo da qual ele estava preso, e depois arruma para ele um emprego como jardineiro num convento em Paris. Fauchelevent mais tarde vai retornar o favor dando abrigo a Valjean e Cosette no convento, e emprestando o seu nome para Valjean.

Senhor Gillenormand – Avô de Marius. Monarquista, ele tenta impedir Marius de ser influenciado por seu pai, um oficial do exército de Napoleão. Discorda de Marius em assuntos políticos, e eles têm várias discussões. Durante seu conflito perpétuo de ideias, ele não demonstra o seu amor pelo neto.

 
"Os miseráveis"
"Os miseráveis" tem acentuado caráter de reflexão social. Seguir a trajetória de Jean Valjean é se deparar com conflitos humanos que ainda falam à nossa geração. Fantine, Cosette, Javert, Marius, Thénardier, Bienvenu, Fauchelevent, dentre outros, são personagens que convidam os leitores a fazer parte do universo hugoano. E cada um desses ensina uma lição diferente. Perceber que esse texto resiste à e (re)existe a partir da leitura de meninos e meninas com 13 e 14 anos é testemunhar que aquele escritor francês do século XIX, de fato, tinha algo a dizer.

O poema abaixo foi escrito pelo aluno Fernando Almeida e apresentado como conclusão de seu trabalho:
O que é miséria?
Uma coisa gerada por nós.
Onde está a miséria?
Está em todo lugar.
Quem é a miséria?
A miséria somos nós...

Não entendo essa miséria.
Não sei onde está.
Não sei onde procurar.
Mas que boba, mas que megera.

Descobri onde está.
Mas nem precisei procurar.
Descobri o que sou.
Descobri que sou um miserável
por eu mesmo gerar os miseráveis.
O vídeo a seguir é resultado do trabalho dos estudantes Ana Beatriz Vilela, Bernardo Zanetti, Caroline Dias, Gabriel Leite, Gustavo Hespanhol, Larissa Freez, Lucas Lima e Thales Buzan.
 


Foram as mais variadas expressões que povoaram as aulas de Língua Portuguesa quando das apresentações das equipes: música, dança, teatro e artes plásticas se aliaram à literatura e motivaram as leituras de "Os miseráveis".

Alegro-me pelo fato de perceber que os alunos têm se despertado para temáticas tão sérias e com tanta sensibilidade. Como lhes disse, acredito que nenhum deles vai se esquecer daqueles personagens e, mais, nenhum deles vai deixar de notar a atualidade, a presença dos miseráveis hoje e amanhã.
Escrito por Edson Munck Jr at 14:52





Os miseráveis-  Victor  Hugo
 Capitulo 1: "Jean Valjean" ; Artur Henrique
Neste capitulo, o livro fala sobre um ex-condenado, chamado de Jean Valjean, que apos passar 19 anos nas galés, foi libertado, porem, ao chegar na cidade de Digne, não foi aceito em nenhum canto. Sem ter para onde ir, foi dormir em um banco de uma praça, mas uma mulher que ali passava o aconselhou pedir abrigo e comida em uma casa próxima.

Capitulo 2: "Monsenhor Benvindo" ; Artur Henrique
O bispo da pequena cidade de Digne, que era conhecido como Monsenhor Benvindo, era um velhinho bondoso e solidário a todos. Quando tornou-se bispo da cidade todos se espantaram, pois cedeu o grande e luxuoso palácio episcopal para que lá se instala-se um hospital e foi viver numa casa branca e pequenina, aonde se instalava o hospital.
Após o conselho, Jean Valjean foi até a casa do bispo de Digne, para pedir comida e uma cama para dormir. O bispo ficou calmo, e logo lhe deu comida e um local para dormir. Jean valjean ficou muito espantado com a bondade do bispo, perguntou varias vezes se ele tinha certeza do que estava fazendo. Após a refeição Monsenhor levou Jean para o quarto onde ele ficaria, Jean ficou muito confuso pois, como aquela pessoa podia abrigar um estranho em um quarto tão confortável e tão próximo ao quarto dele.


Capitulo 3: "O roubo" ; Artur Henrique
De madrugada, Jean Valjean acordou, e começou a pensar nos talheres e na concha de pata que ele havia visto a criada guardando mais cedo. Após pensar muito Jean foi até o armário e em silencio pegou os talheres colocou no saco e fugiu.
Mais tarde bateram na porta da casa do bispo, era a policia que estava com Jean Valjean amarrado.O bispo ao ver ele amarrado falou que tinha dado os talheres e o perguntou por que ele também não tinha levado os castiçais. Jean Valjean ficou surpreso. Monsenhor disse que prendê-lo foi um engano e os policiais o soltaram. Antes que o homem saísse o bispo disse que ele levasse os castiçais de prata e falou para que Jean Valjean nunca se esquecesse de que prometeu usar o dinheiro dos castiçais para tornar-se um homem honesto. Ele ficou sem palavras, pois não havia feito promessa nenhuma, mas mesmo assim aceitou o que o bispo havia dito.


Capítulo 4 - Capítulo 4: A Moeda De Prata
Jean deixa a cidade como um fugitivo e sem perceber ele fica dando voltas e sempre acabava no mesmo lugar, estava com raiva e com uma sensação meio estranha sem saber se era arrependimento ou pura humilhação. Estava sentado atrás de uma moita quando de repente viu um garoto com uns 10 anos de idade. Era um garoto da Sabóia vestindo calças velhas e rasgadas no joelho. O garoto estava brincando com suas moedas quando uma moeda de prata caiu e rolou até Jean. Jean pôs o pé em cima. O garoto foi até ele e pediu a moeda; Jean perguntou o seu nome e o garoto disse que se chamava Gervais. Jean ordenou o menino para ir embora. O menino se atirou no pé de Jean e implorou para que Jean retirasse o pé para que ele pegasse a moeda. O menino começou a chorar e pedir para que ele levantasse o pé, mas novamente Jean mandou ele ir embora para se salvar. Gervais começou a tremer e depois saiu correndo sem fazer barulho. Quando anoiteceu, Jean não havia comido absolutamente nada. Jean olhou para moeda pegou-a, olhou para longe e não viu ninguém. Andou depressa na direção onde o menino correu e gritou com toda sua força o nome do garoto. Ninguém respondeu. Correu para uma encruzadilha iluminada pelo luar onde viu passando um padre à cavalo. Perguntou se tinha visto um menino chamado Gervais e o padre disse que não. Ele dá algumas moedas ao padre e manda entregar ao pobres, depois disso diz ao padre que ele era um ladrão. O padre se amedrontou e fugiu com seu cavalo. Jean continuou a correr procurando pelo garoto até ficar sem voz. Caiu no chão e exclamou que era um miserável. Jean chorou por muito tempo, que o fez chorar não se sabe, mas um rapaz disse que viu alguém na porta da catedral rezando.


Capitulo 5: "Cosette" ; Artur Henrique
http://www.galizacig.com/imxact/2006/12/brasil_meninas_da_rua_590.jpgDois anos se passaram. Em 1817 o rei Luiz XVIII, fez vinte e dois anos de reinado. Napoleão estava exilado, e alguns franceses ainda acreditavam na revolução onde Luis XVIII foi destronado e morto. Com o fim da revolução, boa parte das pessoas acreditava que a revolução tinha acabado. Mais ainda existiam muitos republicanos como veremos agora.

Vivia em Paris nessa época uma jovem costureira, muito linda, alegre. Chegou a ter um namorado, mas ele a abandonou. Foi seu primeiro namorado, mais Fantine foi uma das que ele teve. Desse romance nasceu uma menina chamada Cosette.

Abandonada, ele tentou viver da costura, mais na época do romance abandonou seus fregueses. Percebeu que estava caindo na miséria. Decidiu vender tudo e voltar para sua cidade natal. Partiu a pé Fantine e Cosette. Cosette não passava de ter três anos. Só que Fantine tinha uma preocupação. Como chegar a sua cidade com uma filha e sem esta casada?

Elas andaram um pouco mais e encontrou duas meninas brincando em um lugarejo, e sua mãe cantando para elas. Fantine estava pensando em deixar a sua filha com ela e depois vim pegar, pois ela viu que as filha do casal Thénardier são muito bem cuidadas. Chegou lá e perguntou se a mulher podia cuidar de sua filha, e contou sua historia meio destorcida

O casal Thénardier aceitou só que ela teria que mandar dinheiro todo mês, e Fantine também aceitou. Cosette foi crescendo na casa dos Thénardier, e sendo mal tratada, comia como animal em baixo da mesa e vivia de serva para a família, pois sua mãe atrasava o pagamento. Só que Fantine não sabia disso. Todo mês que mandava carta para saber como estava à filha, respondiam dizendo que ela estava ótima.

Capitulo 6: "A fabrica" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:4-s_7xQNdR-8FM:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmCM2Vy4W0GijxcPDQswFydF9Z1rFiVmye7DiXUn6V85bOBcXusyWZHhW1K4LA7n86GQLK2Mt990FLUlxQTfKxi_BNcugU2NPs-d4RxxdkvBnKcnduKPyCGZp3nOyA6AhqDhJ0HA9uNZEB/s400/fabrica.JPGApós ter deixado a filha com o casal Thénardier, Fantine ia rumo a sua cidade natal. Ao chegar lá, encontrou-a em grande progresso, com fábricas que produziam azeviche inglês (vidrilhos pretos da Alemanha). Isso só se tornou possível, porque há alguns anos um homem desconhecido chegou a essa cidade, e a partir daí a tornou lucrativa. Com a introdução dessa fábrica, os preços caíram, mas mesmo assim continuaram a lucrar e aumentando assim o salário. Pouco se sabia sobre aquele homem, que chegou com pouco dinheiro no bolso, pelo visto ele era um simples operário. Quando ele chegou já foi logo salvando duas crianças de um incêndio na prefeitura. Depois disso, os policiais resolveram ver a identificação dele, e descobriram que se chamava Madeleine.

Com o descobrimento da matéria-prima, em pouco tempo ele fundou uma fábrica, com isso a cidade só cresceu, a única coisa que ele exigia era: honestidade. Ele sempre procurava ajudar, deixava moeda nas portas dos pobres sem se identificar. Em 1819, o rei o nomeou prefeito, mas ele não aceitou. Quando seus produtos fizeram sucesso, o rei insistiu para ele ser prefeito, daí ele teve que aceitar. Um certo dia ele viu nos jornais que o bispo de Digne, morreu aos 82 anos, então Madeleine fez luto profundo, todos acharam que o bispo fosse algum parente dele. Por onde ele passava todos tinha a impressão de já terem visto em algum lugar, principalmente os policiais. Quando passava por viela ele se deparou com um homem sendo esmagado por uma carroça, o cavalo já estava morto e o homem atolado na lama. Imediatamente, Madeleine perguntou quem era forte o bastante para ficar lá embaixo e empurrar a carroça, ninguém se ofereceu, então comentaram sobre um homem forte que ficou muito tempo preso nos galés, Madeleine desesperado, foi lá empurrou a carroça salvando o homem. Quando o mesmo homem estava no hospital recebeu uma carta e dinheiro de Madeleine, a carta dizia: “compro seu cavalo e sua carroça.” O homem, sabia que tudo estava em más condições mas, aceitou



Capitulo 7: "A queda" ; Artur Henrique
http://ahora.com.do/Media/imagenes/WEB/1318/PROSTITUTA-2.jpgFantine encontrou um emprego na fábrica, começou a viver do seu trabalho. Alugou um quartinho. Pensava na filha e sonhava com um futuro melhor. Não queria contar para ninguém que tinha uma filha para não perder o emprego. Mais como não sabia ler, Fantine pagava par redigir suas cartas mandadas pelos Thénardier. E sua vizinha viu o endereço. Logo após contou para todos da fabrica que Fantine tinha uma filha. Sendo assim foi despedida.

Fantine ficou desesperada. Nessa época os Thénardier estavam pedindo aumento para cuidar de Cosette, e ainda estava devendo dois alugueis. Começou a costurar roupas de soldados. E enviava tudo para os Thénardier. Logo chegou o inverno e os Thénardier pediam mais dinheiro para agasalhar a sua filha. Como viu que não tinha mais nada o que fazer, foi em um barbeiro e mandou corta seus cabelos, pois oferecei um bom dinheiro. Fantine pegou o dinheiro comprou agasalhos e mandou para os Thénardier.

Logo depois recebeu uma carta dos Thénardier, dizendo que Cosette estava doente. Mais era tudo mentira dês do começo. Logo depois passou por uma praça e viu que havia um dentista. Ele ofereceu duas moedas de ouro para os dois dentes da frente. Mandou tudo para os Thénardier.

Ela estava com muita raiva do senhor Madeleine por ter demitido-a. Alguns dias depois Fantine recebeu uma nova carta dos Thénardier dizendo que queriam uma quantia mais alta. Fantine não tinha mais o que fazer, e decidiu vender o que restava de si mesmo. Tornou-se prostituta.

Capitulo 8: "Briga na rua" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:YfP9TQzinjcPaM:http://blog.etiqueta-corporativa.com.br/up/e/et/blog.etiqueta-corporativa.com.br/img/briga.GIFUm tempo depois, em uma certa noite, um boêmio se divertia no meio de uma rua, quando viu uma mulher e começou a chamá-la de feia e desdentada. O homem, pegou a neve que havia no chão fez um a bola e jogou nos ombros na mulher, ela gritou e com suas unhas atacou o boêmio. Quem era ela? Nada mais do que Fantine.. Muita gente veio ver o que estava acontecendo, enquanto ela esmurrava o homem. Ali no meio da multidão, tinha um inspetor, que pegou a mulher e levou-a presa, chegando lá ela se encolheu, e ouviu quando os policiais disseram que ela ia ficar presa por 6 meses. Fantine, armou o maior escândalo, quando os policiais levavam ela para a cela, o prefeito apareceu, Fantine com muita raiva cuspiu no rosto dele, mas ele não fez nada apenas mandou soltá-la. O prefeito perguntou quanto ela devia para os Thénardier, Ela mas uma vez com raiva não falou nada. A briga na cadeia continuou, até que Fantine foi solta, e o prefeito disse que pagaria a sua dívida com o casal e mandaria buscar a filha, ela emocionada caiu de joelhos e beijou a mão de Madeleine, então ele a mandou para o hospital, pois Fantine estava com muita febre e doente. Madeleine descobriu sobre a vida de Fantine, então escreveu para os Thénardier uma quantia muito maior da que eles pediram, mas também pedia para devolver Cosette. O senhor Thénardier inventou uma nova quantia e dizia que era para a menina, Madeleine pagou. Fantine estava muito mal no hospital, então Madeleine foi pessoalmente buscar a menina, mas antes só pediu para que Fantine assinasse um bilhete, e guardou com ele.

Capitulo 9: "O acusado" ; Artur Henrique
Certa manhã, o prefeito estava em seu gabinete resolvendo alguns problemas da prefeitura. Foram avisar ou Madeleine que o inspetor Jevert queria falar com ele, que o mandou entra.

Respeitosamente Jevert pediu para ser exonerado do cargo de inspetor. Madeleine surpreendeu-se. Jevert contou que tinha denunciado Madeleine, pois pensava que ele era Jean Valjeane, o ex-prisioneiro miserável, a aparência o jeito de ser. Madeleine perguntou o que tinha dito e eles falaram que esse tal de Jean Valjeane já tinha sido preso. Jevert contou que ele tinha mudado a identidade e foi pego e reconhecido como o ex-presidiário, Jean Valjeane. Embora ele ter negado. Jevert disse também que ele iria ficar em pressão perpetua. Madeleine quis saber quanto tempo duraria o processo. Era só um dia. E acabou que o jevert não foi exonerado.

O prefeito era mesmo Jean Valjeane, o ex-presidiário. Depois de ter ganhado às pratarias do bispo, decidiu ter uma vida honesta. Enricou-se com suas indústrias. E seu lema era ajudar ao próximo. Não podia deixar o homem ser condenado em seu lugar, nem deixa de ajuda o povo Montreuil-sur-Mer. Ele também tinha que cuidar da vida de Fantine.

Chegou a tarde foi para enfermaria ver Fantine. Chamou a enfermeira para dizer que cuide bem dela. Madeleine foi alugar um cavalo e um tílburi, para viajar em velocidade. O prefeito disse que ira salvar o homem, pois ele não ia pagar um crime que ele não cometeu. Mais ainda pensava em Fantine e Cosette. Pensou bem e disse que o cara era ladrão mesmo, e ele continuava aqui ajudando a todos. Abriu o seu armário e decidiu livre-se de tudo que ainda restasse de Jean Valjeane. Pegou tudo e tocou fogo. Em tudo mesmo.

Uma voz sai do fogo dizendo para tocar fogo em tudo que restou do Jean Valjeane mesmo, e que não restasse nada dele. Mandando Madeleine continuar sendo prefeito. À noite caio ouviu um barulho quando olhou era o cavalo e o tílburi. Chamaram ele. Madeleine respondeu, “Já vou.”

Capitulo 10: "Julgamento" ; Artur Henrique
Madeleine chegou ao lugar do julgamento e já tinha começado. Ele conseguiu entrar no tribunal com facilidade por ser prefeito. Viu a situação do acusado, Champmathieu, que jurava não ser Jean Valjean. Afirmava ser carpinteiro em Paris. O juiz disse que o seu suposto empregador havia falido e não tinha sido encontrado. Além disso, ele já havia sido reconhecido como Jean Valjean por Javert e dois antigos forçados.

Quando o juiz ia terminar o julgamento, Madeleine gritou. Perguntou às testemunhas se elas não o reconheciam, e disseram que não. Madeleine então afirmou ser Jean Valjean e pediu para que libertassem o acusado. Todos ficaram em silêncio. O juiz achou que ele estivesse louco e mandou que chamassem um médico. Madeleine continuou afirmando que era o verdade Jean Valjean e que não estava louco. Pediu para que soltassem o acusado e que o prendesse. Sem mais alternativas, Madeleine virou para os antigos forçados com quem havia passado tantos anos e começou a dizer detalhes da vida dos dois. Os forçados, surpresos, confirmaram o que Madeleine tinha dito. Ele disse que essa era a prova e que o verdadeiro Jean Valjean era ele. O tribunal se calou, todos ficaram surpresos. Madeleine saiu dizendo que o promotor sabia aonde encontrá-lo.

Enquanto isso, o estado de Fantine piorava. Ela sempre perguntava à irmã Simplice sobre o prefeito. Depois, por ele ter ficado muito tempo sem visitá-la, pensou que ele tinha ido buscar sua filha. Ao anoitecer, Madeleine foi ver Fantine. Mas a irmã Simplice disse que era melhor não ver a doente enquanto não estivesse com Cosette. Ele insistiu, disse que precisava falar com ela, porque havia urgência. A irmã permitiu que entrasse, Fantine estava dormindo. Sua aparência era frágil, seu peito chiava. Abriu os olhos e ao ver Madeleine perguntou se estava com sua filha. Madeleine enrrolou e não disse a verdade. O médico se aproximou, disse que Fantine estava com febre e que a presença de sua filha iria agitá-la. A mãe insistiu, dizendo que já estava curada. Em seguida, virou para Madeleine dizendo que ele foi muito gentil em ter ido buscar Cosette e perguntou se ele não achava que era ela linda. Ele respondeu que sim, que Cosette era linda, mas que ela sossegasse, pois logo ia vê-la. Fantine começou a dizer que ouvia a voz de sua filha. Mas, na verdade, era apenas uma menina cantando ao longe. De repente, sua expressão mudou, o rosto empalideceu. Ela fez um sinal para Madeleine, quando ele se virou, viu Javert.

Havia sido expedida uma ordem de prisão para Madeleine. Javert tinha ido buscá-lo. Madeleine ainda fez um pedido para Javert, que ele desse três dias para ir buscar Cosette e que se ele quisesse, podia ir junto com ele. Javert nem pensou nessa possibilidade. Fantine começou a tremer, ao perceber que sua filha não estava lá. Ela ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas não teve forças. Estendeu as mãos, como quem estava se afogando, até que caiu sem forças no travesseiro. Seus olhos perderam o brilho, estava morta. Madeleine ajoelhou-se e cochichou algo no ouvido da morta. O que ele disse, ninguém sabe. Mas irmã Simplice garantiu que viu um sorriso brotar no rosto da morta.

Capitulo 11: "Prisão" ; Artur Henrique
A prisão de Jean foi horrível, fez até ele se esquece do bem que havia feito. Pessoas diziam ter sempre suspeitado dele, só algumas eram fiéis a ele. Entre essas pessoas tinha uma velha que era porteira do prédio onde Jean morava e para sua surpresa ele apareceu à noite e pediu para ela chamar a freira enquanto ele ia ao quarto buscar umas coisas. A velha foi até outro quarto e trouxe dois castiçais que ganhou do bispo. A freira chegou e entregou um papel a Jean que leu, mas nesse mesmo momento ouviu-se um barulho na escada, era o inspetor, Jean correu para se esconder e a freira caiu de joelhos, ao abrir a porta o inspetor ficou perturbado ao ver a freira rezando. O inspetor perguntou se ela estava sozinha no quarto, e pela primeira vez a freira mentiu e disse que estava o inspetor perguntou se a freira não havia visto o fugido Jean Valjean, a freira mentiu mais uma vez dizendo que não. Alguns dias depois, Jean foi preso de novo. Saíram várias noticias nos jornais sobre a prisão do prefeito. Após a prisão a fábrica de Jean fechou, trabalhadores ficaram sem empregos, os pobres sem comida. E Jean continuava preso nas galés. Certo dia, um navio estava chegando ao porto perto de onde Jean estava preso e havia um homem preso em uma corda, que se ele caísse morreria. De repente um homem da galés sobe pela corda para o socorro, esse homem tinha pedido licença para salvar, quebrou as correntes dos pés e foi. Chegou perto do marinheiro que estava pendurado e amarrou nele uma corda que trazia na mão, em seguida o pegou e levou até seus companheiros, mas nesse caminho ele acabou desequilibrando e caindo no mar. Os outros tentaram salvá-lo, mas não conseguiram. No dia seguinte saiu a noticia no jornal: “Ontem um forçado das galés, depois de socorrer um marinheiro, caiu no mar e afogou-se. Não foi encontrado o cadáver. Chamava-se Jean Valjean.”

Capitulo 12: "A boneca de louça" ; Artur Henrique
Aos oito anos, Cosette estava cada vez mais parecendo uma velha, pois os Thénardier maltratavam muito Cosette. Muitos trabalhos, mais um deles era ir pegar água na fonte. Era muito distante. Onde eles viviam estava em escassez de água. Cosette tinha muito medo de ir ao bosque na escuridão.

Certa noite a água do barril acabou e chegaram mais quatro viajantes. Um dele disse que não tinham dado água para seu cavalo, e Cosette disse que tinha dado. Mais o viajante insistiu. Sendo assim o Thénardier mandou Cosette ir pegar o barriu na fonte, pois já tinha acabado. Thénardier deu uma moeda para ela e mandou Cosette trazer pão, na volta.

Na frente de casa estava havendo uma feira de natal. Onde lá Cosette viu a boneca de louça mais bonita de sua vida. Thénardier viu Cosette lá e mandou ir logo buscar água. Cosette chegou ao bosque com muito medo. Encheu o balde, a moeda cai de seu bolso sem que ela perceba. Ergueu o balde e foi andando rumo a casa andando com dificuldade.

De repente não sentiu mais nada. Um homem grande e de cabelos grisalho tinha acabado de pegar o balde para a menina. Estavam conversando normalmente ate que Cosette disse seu nome para a surpresa do senhor. E disse que também iria para a estalagem dos Thénardier.

Thénardier reclamou da demora, mas ao ver o hospede tranqüilizou-se. Os Thénardier observaram o homem. Reparando ele disse que ficaria na estribaria pagando pouco, mas pagando. Tudo certo. Thénardier se lembrou do pão e Cosette disse que a padaria estava fechada. Pedindo o dinheiro, mais Cosette tinha perdido e o homem enrolando também pegou uma moeda e disse que saiu do bolso de Cosette. Thénardier percebeu mais viu que a moeda era valiosa. Com isso não ligou para a enrrolação.

Chegaram Éponine e Azelma, as filhas do Thénardier. Eram lindas e bem vestidas. Nem sequer olharam para Cosette que brincava com uma boneca velha e quebrada. Vendo essa situação o homem foi e comprou a boneca de louça que Cosette tinha visto na feira de natal. Os Thénardier falaram mal do homem, mas viu que pelo menos tinha dinheiro.

Era natal. Éponine, Azelma e Cosette foram dormir e deixaram os sapatinhos perto da lareira. Quando foi dormir, o viajante colocou uma moeda de ouro no sapatinho de Cosette.

Capitulo 13: "Perseguição e fuga" ; Artur Henrique
http://www.fotogarrafa.com.br/fotoarquivos/200511/pD20051101_165518_camelo_DVD_Policia.jpgO senhor Thénardier percebeu que homem apesar das roupas simples, tinha um bom dinheiro e estava disposto a levar Cosette. Na manhã seguinte ele começou a falar de como era difícil sua vida, principalmente sustentando aquela menina, e disse que só a recolheu por piedade. O desconhecido pediu para levar Cosette com ele. O senhor fingiu sentir um grande amor por Cosette, e se recusou a dar a menina, e perguntou o nome, a idade e o lugar desse desconhecido homem, e ele não quis falar nada, apenas disse que pagaria o que precisasse para ter a menina, o senhor Thénardier disse quanto queria e o homem pagou, de repente ele tira do saco de viagem, um vestido preto, meias e sapatos para Cosette, e mais uma vez o senhor percebeu que ele tinha vindo com o objetivo de levar a menina. Cosette estava muito feliz, pegou sua boneca e partiu com o homem. Ao saírem, a senhora Thénardier falou ao marido que deveria ter exigido mais dinheiro, pois a menina era uma mina de ouro, o velho concordou e correu atrás deles, ao vê-los na floresta, foi até lá e devolveu o dinheiro, dizendo que não poderia dar a menina a qualquer um, pois se a mãe foi deixá-la a mãe que venha buscá-la. O homem desconhecido pegou de dentro do saco, uma carta que dizia que o casal entregasse a filha a ele, e que todas as despesas seriam pagas. Quem era esse homem? Ninguém mais que Jean Valjean, dado como morto após salvar um marinheiro, ele conseguiu se salvar num pedaço de madeira e nadou até Paris, para tentar encontrar Cosette. O Senhor Thénardier, tentou pegar mais dinheiro, só que o homem deu as costas e foi embora com a menina, o velho ainda os seguiram por um tempo, mas logo cansou. Jean alugou um quartinho, onde cuidou e educou a menina, sempre quando Jean saia, ele dava esmolas a um mendigo que todos diziam ser espião da policia. Um dia Jean viu que o mendigo estava diferente e ficou com medo, achando que o conhecia. Após alguns dias, ele estava com Cosette no quarto, quando viu uma luz de uma vela por baixo da porta, havia alguém espiando seu quarto, eles ficaram imóveis. Ao olhar pela fechadura, viu que o homem usava um casaco e estava com um cassetete na mão. Parecia o inspetor Javert. Jean imediatamente pegou Cosette e seu dinheiro e saiu sem ninguém ver. Mas, sem perceber estava sendo seguido por quatro homens, que sempre quando Jean olhava se escondiam. Aproveitando as vielas, Jean se escondia com Cosette, havia muita neblina e isso dificultava a visualização. Em um momento, Jean entrou em um corredor e ouviu passos em sua direção, só que ao chegar ao fim desse corredor, viu que era sem saída, desesperado e ouvindo os passos em sua direção, ele pensou em pular se estivesse sozinho, mas, estava com uma menina. Ele então resolveu pular, deixar Cosette para puxá-la depois. Feito isso, despistou os homens, ao sair do outro lado do muro viu que estava em um jardim, Cosette estava com as mãos gelada e se não conseguisse se esquentar poderia morrer. Então viu uma estalagem, onde tinha o homem na porta, ele falou que pagaria o que quisessem para deixar eles dormirem lá só por uma noite, para a surpresa de Jean o home logo disse: “Senhor Madeleine?” Jean recuou, jamais esperaria ouvir o nome Madeleine de novo, ainda mais vindo de um jardineiro velho e corcunda. Jean perguntou quem era o velho, e ele disse: “Sou Fachelevent! O senhor me salvou a vida.” Nesse mesmo instante Jean lembrou que esse era o velho que ele havia salvo daquela carroça. O velho estava com guizos amarrados na perna, e explicou a Jean que homem não podia entrar ali, pois era um convento, Jean insistiu para ficar e disse que o velho tinha que recompensá-lo por ele ter salvado sua vida, então o velho disse que apresentaria Jean a madre como sendo seu irmão, nesse convento havia uma pequena creche, Jean logo pensou que Cosette seria educada ali. Passado algum tempo, Jean foi aceito no convento e Cosette ganhou uma bolsa. E os homens mandados pelo inspetor não acharam mais Jean. Cosette viveu muito feliz lá no convento com Jean onde começou desde que se conheceram a chamá-lo de pai. E viveram muito felizes por uns anos.

Capitulo 14: "Marius" ; Artur Henrique
http://img145.imageshack.us/img145/240/banco46hp.jpgOito ou nove anos depois dos acontecimentos anteriores. Um rapaz muito pobre que morava na antiga casa onde vivia Cosette e Jean Valjean. Chamava-se Marius.

Ele tinha um avo que se chamava Gillenormand, um homem chato, rigoroso, gostava de brigar. Tinha cerca de noventa anos. Morava com sua filha solteira que tinha mais de cinqüenta anos. Gillenormand tinha muito dinheiro. Parte gastava e aplicava e o restante em sua renda. Rica na família era sua filha que tinha recebido a herança por parte da sua mãe. Gillenormand tinha horror da republica e da revolução por isso não aceitava o casamento de sua filha, já falecida. Seu marido foi herói do exercido napoleônico. E foi nomeado coronel e também barrão. Não era muito conhecido.

Dessa filha nasceu um menino chamado, Marius. O avô Gillenormand idolatrava seu neto, Marius. Mais obrigava o pai, coronel de Napoleão, a jamais ver o filho. Pois era isso que ele fazia para que seu filho tivesse educação. A cada dois meses, o coronel, ia a Paris e se escondia na igreja para ver o filho de longe. O menino cresceu se tornou um rapaz. A última noticia que ele recebeu do pai foi que ele tinha morrido e tinha deixado o título de barão para ele. E disse que fizesse o bem para o sargento Thénardier que tinha o salvo da batalha de Waterloo.

Marius não sofreu muito com a morte de seu pai, pois vivera afastado. Certo domingo Marius foi à igreja e se sentou. Onde um homem pediu para que ele saísse. No final explicou que um homem se tava naquele banco para observa seu filho que não podia fala com ele, pois o sogro não deixava. Falou que no nome dele era Pontmercy. Marius disse que era seu pai.

Marius ficou comovido e começou a estudar a história da republica e do império napoleônico. Ele foi ate a estalagem do sargento Thénardier, mais tinha falido. O avô e a tia de Marius desconfiaram que ele tivesse namorando e foi olhar suas coisas. O avô viu a carta deixada pelo pai de Marius. Os dói brigaram, e Marius saio de casa e foi morar só, miseravelmente.

Todos os dias, Marius ia ao parque de Luxemburgo. Observava um velho e uma moça. O velho de uns sessenta anos e uma menina que parecia que fazia internato. Passou alguns meses sem ir nesse parque. Quando voltou se surpreendeu. O velho era o mesmo mais a moça. Não era mais moça já era uma mulher muito bonita a quem Marius se apaixonou.

No outro dia se vestiu muito bonito. Ficava admirando a moça. Dodô dia ele ia lá bonito. E ficava admirando ela toda hora. O pai percebeu. Marius seguiu os dois. Depois disso Nem a filha nem o velho aparecia mais no parque de Luxemburgo.

Marius foi até onde moravam. Descobriu pelo porteiro que se haviam mudado sem deixar o endereço. Ficou desesperado.

Capitulo 15: "Uma família de vigaristas" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:cKQpUAAS5de9MM:http://familia.martinez.sanchez.googlepages.com/familia_cullar_granada.jpg/familia_cullar_granada-full.jpgNa casa de cômodos, vivia, ao lado de Marius, uma família de quatro pessoas. Havia também um garoto de onze a doze anos, que não morava com os pais, mas nas ruas de Paris. Era um menino alegre, chamado Gavroche. Quando a família ia sendo despejada, Marius pagou os aluguéis atrasados, mas pediu que o locador não dissesse de onde veio a ajuda. Certo dia, quando Marius subia a rua, passaram sorrendo por ele suas mocinhas vestidas com farrapos. Elas comentavam que a polícia quase pegava elas. Pouco depois, ele achou um envelope caído no chão. Quando chegou em casa, resolveu abrir o envelope, para saber onde as mocinhas moravam e devolver. Dentro do envelope havia mais quatro envelopes menores e os nomes dos destinatários. Eram cartas pedindo ajuda financeira com os mais diversos pretextos. A letra era sempre a mesma, mas a assinatura era diferente. Marius desistiu de encontrar o dono e deixou o envelope no canto.

Na manhã seguinte, bateram à porta. Era uma jovem magra, de aparência maltratada e voz rouca. Vinha entregar uma carta. Ele abriu e leu a carta. Dizia que os vizinhos sabiam que ele havia pago os aluguéis e no final pediam ajuda, pois estavam sem pão. A letra era igual à das cartas que encontrou na rua. A mocinha, sem cerimônia, queria provar que sabia escrever. Escreveu num papel: "Aí vem a polícia". Marius pegou o envelope que tinha encontrado na rua e entregou a moça. Esta agradeceu e disse que tinha que ir entregar as outras cartas. Antes que ela saisse, Marius revirou os bolsos e deu quase tudo o que tinha à mocinha.

Marius ficou pensando, quem seriam seus vizinhos?. Ele resolveu olhar o outro cômodo, encontrou uma brecha e viu um lugar sujo, miserável. De repente, entra a filha mais velha e diz que o velho estava vindo. Marius olhava tudo atento. O homem começou a preparar o cômodo para parecer mais triste e assim despertar a piedade do homem. Bateram de leve, Jondrette mudou de atitude e abriu a porta com um sorriso falso. Um velho e uma jovem entraram. Para surpresa de Marius, eram o eles: o pai e a filha do Jardim de Luxemburgo.

A moça pôs um embrulho na mesa. O velho explicou que eram roupas, meias e cobertores. Jondrette começou a lamentar-se e disse que o prazo do aluguel venceria no dia seguinte. O velho pôs uma moeda na mesa e disse que depois voltava para pagar o aluguel. Jondrette agradeceu. Assim que o homem saiu, Marius foi atrás dele, pois queria saber onde moravam. Foi inútil, pois eles tinham pegado uma carroça de aluguel. Voltava triste para casa quando encontrou a filha de Jondrette. Esta perguntou por que ele estava triste. Na hora, ele pediu o endereço do velho e da moça. Ela disse que seria capaz de descobrir.

Quando Marius voltou ao quarto, ouviu a voz de Jondrette. Subiu na cômoda e espiou de novo. Ouviu ele dizendo que reconhecia o velho e que iria vingar-se dele.


Capitulo 16: "A cilada" ; Artur Henrique
http://jornale.com.br/petblog/wp-content/uploads/2007/12/arminho-antes-de-ir-para-o-papa.jpgJondrette saiu e disse que ia chamar alguns amigos para ajudá-lo. Marius decidiu acabar com seus planos criminosos. Disse tudo o que tinha visto ao inspetor, que por coincidência, era Javert. Este entregou duas pistolas ao rapaz e pediu para que observasse o vizinho sem ser visto. Deveriam pensar que não estava em casa. Quando a quadrilha entrasse em ação, ele deveria atirar, para todos serem pegos em flagrante. Marius fingiu sair e voltou para observar. O sino tocou seis horas, minutos depois o velho voltou. O velho colocou um maço de dinheiro em cima da mesa e disse que era para o aluguel e outras despesas.

Jondrette ofereceu aquilo que considerava seu único tesouro, um quadro representando um homem carregando outro nas costas. Parecia uma tabuleta de estalagem. Enquanto falava entrou outra pessoa no cômodo. Jondrette começou a mostrar o quadro e a falar bastante para distrair o velho. Logo 4 homens já tinham entrado no cômodo. O velho percebeu estar cercado.

Jondrette mudou de tática e começou a ameaçar o velho. Nesse instante, mais três homens entraram no quarto, mascarados. Um trazia um bastão, o outro trazia um machado e o último trazia uma grande chave. Jondrette insistiu, perguntou ao velho se não o reconhecia. O velho disse que não. Jondrette então, revelou sua verdadeira identidade. Disse que era Thénardier, o estalajadeiro. O velho continuou dizendo que não o conhecia. Jondrette continuou refrescando a memória do velho. Enquanto isso, Marius percebeu que aquele homem era Thénardier, o homem que seu pai pediu antes de morrer, que não desrespeitasse. Ficou sem ação.

Quando Thénardier deu brecha, o homem empurrou a cadeira com o pé e a mesa com a mão. Pulou para a janela, estava prestes a sair, quando o seguraram. Marius ergueu a pistola, pronto para atirar, quando Thénardier gritou para que não machucassem o homem. Marius não atirou. Thénardier mandou que prendessem o homem no pé da cama. Ele disse que quera uma boa quantia e que o homem escrevesse para suafilha que viesse até aquele endereço.

Em seu quarto, Marius esperava ansioso. Ele estava disposto a morrer para salvar a jovem. A mulher de Thénardier voltou, furiosa. Disse que o endereço era falso. Thénardier ficou furioso, enquanto isso o homem desprendeu-se da corda que o segurava. Queimou sua perna e seu rosto apenas se contraiu. Todos ficaram pasmos. Marius ao ver a cena ergueu a pistola, pronto para atirar. Quando de repente, viu um folha com a frase escrita: "Aí vem a polícia". Ele pegou o papel, colocou um pedaço de reboco para dar peso e jogou. Quando Thénardier avançava com uma faca, a mulher viu o papel. Thénardier viu que era a letra de sua filha, então foi uma correria.

De repente, aparece Javert. Disse que eles estavam cercados. Thénardier ergueu a pistola e aponto para Javert. Este o encarou e disse que se atirasse, iria falhar. O tiro falhou. Os policiais entraram e os bandidos foram algemados. Javert pediu para que a vítima se aproximasse. Não havia ninguém. O homem, desamarrado pelos policiais, aproveitou um momento de distração e saiu pela janela.


Capitulo 17: "O primeiro beijo" ; Artur Henrique

Jean Valjan adotou uma nova identidade. Passava-se por um comerciante, com o nome de Último Fauchelevent. Morava em uma casa simples, na rua Plumet. Ele havia deixado o convento, achava que Cosette merecia conhecer o mundo, pois sua vida era o convento. Com a morte de Fauchelevent, ele disse a superiora que herdara uma herança e que iria deixar o convento para viver com sua filha.

Durante algum tempo, manteve três endereços. Na casa da rua Plumet, eles não recebiam visita, seu único contato com o mundo era a caixa de correios. Era por ela que ele recebia os avisos da Guarda Nacional. Ele havia entrado na Guarda Nacional, com o nome Último Fauchelevent. Possuía um uniforme militar que vestia três ou quatro vezes por ano.

Um dia, Cosette se viu no espelho e percebeu que era bonita. Ela ouviu comentários de que sim, era bonita, mas se vestia mal. Ela começou a se vestir com elegância. Foi aí que, como já dissemos, Marius começou a notá-la e começaram as trocas de olhares. Jean Valjean não suportava a idéia de perder Cosette, pois era nela que concentrava todo o seu amor. Então, ao perceber a troca de olhares parou de ir ao Jardim de Luxemburgo. A vida de Jean Valjean e Cosette havia se tornado mais solitária ainda.

Marius ficou desesperado, durante dois meses ficou sem notícia de Cosette. Finalmente, Éponine cumpriu sua promessa e mostrou ao rapaz a casa na rua Plumet. Ele começou a rondar o endereço, até que descobriu uma barra de ferro que estava solta. De vez em quando Cosette assustava-se quando via a sombra de um homem. Finalmente, Marius tomou coragem. Deixou uma carta para Cosette, não se identificava, mas no fundo ela já sabia.

Ao anoitecer, no outro dia, quando Jean Valjean saiu, a moça foi para o jardim. De repente, teve a sensação de que estava acompanhada. Virou-se, era Marius. Ela quase desmaiou. Encostou-se em uma árvore. Ele disse para ela não ter medo e perguntou se ela também o amava. Ela disse que sim. Eles não sabiam o que dizer. Apenas um beijo. Após o beijo, ela se deitou no ombro e perguntou seu nome. Ele também. A partir daí, todas as noites Marius entrava no jardim e namorava Cosette. Jean Valjean nem desconfiava dos encontros. O amor dos dois cresceu, e logo não conseguiam viver longe um do outro.

Certa noite, Marius viu que Cosette havia chorado. Ele perguntou o que havia acontecido, ela disse que o pai dela decidiu que eles iriam para Inglaterra na outra semana. Marius então disse que só tinha uma solução. Cosette disse que ele poderia ir aonde ela fosse. Ele disse que não tinha dinheiro. A verdade é que Marius fora viver na casa de um amigo, Courfeyrac. Marius disse que não era para ela esperar ele na outra noite, ele iria sacrificar um dia, para não perdê-la pelo resto da vida. Marius lembrou que Cosette não tinha seu endereço, então ele pegou um canivete do bolso e escreveu na parede.

A idéia de Marius era casar-se. Mas como não tinha idade, tinha que pedir perimissão ao avô. Há quatro anos não se viam, senhor Gillenormand só queria abraçar seu neto, mas seu orgulho o impediu. Marius se humilhou, disse que queria se casar. O avô queria saber das condições do filho e da noiva, quando soube que os dois não tinham dinheiro, não deixou, disse que era loucura. Marius não se conformou, saiu depressa, batendo a porta. O avô percebeu que dessa vez não tinha volta. Se desesperou, pediu para que fossem atrás do rapaz. A filha gritou, mas Marius já estava longe. Senhor Gillenormand não conteu as lágrimas.


Capitulo 18: "A barricada" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:p7OyW4YW_HluhM:http://i119.photobucket.com/albums/o143/lupus_rev/fig_barricada_cavalos_310706.jpgMarius andou sem rumo e só voltou pra casa de madrugada. Ele foi acordado por Courfeyrac e outros amigos. Perguntaram se ele não ia ao enterro do general Lamarque, que fora um herói do exército de Napoleão. Marius disse não estar bem disposto, então os amigos partiram. O rapaz colocou no bolso a pistola que Javert havia lhe entregado na noite em que os Thénardier prepararam a cilada para Jean Valjean. Vagou pelas ruas e não percebeu que havia começado uma batalha sangrenta.

Entrou no jardim da rua Plumet, não encontrou Cosette. As janelas estavam fechadas, não havia luz. Ele percebeu que não havia ninguém em casa, desesperou-se e disse que se fosse viver sem Cosette, preferia morrer. De repente, alguém chamou por seu nome. Disse que seus amigos o esparavam na barricada da rua Chanvrerie. Pensou ter reconhecido a vozde Épinine, mas ao virar-se, só viu um rapazinho.

Afinal, o que havia acontecido com Cosette? Naquele dia, Jean Valjean foi passear vestido de operário. Ele andava preocupado porque notou a aproximação de Thénardier na sua casa, ele fugiu da prisão, e pretendia com seus amigos assaltar a casa. Mas, naquele dia, ao passear no jardim, viu um endereço escrito na parede. Jean Valjean ficou pensando sobre o que se tratava, quando de repente, alguém jogou um papel que tinha escrito em letras grande: "MUDE-SE!". Foi Éponine. Ele foi com Cosette e sua criada para seu terceiro endereço, lá preparava sua partida para Londres. Marius nem imaginava que isso acontecera, então resolveu ir ao encontro de seus amigos.

A batalha entre republicanos e monarquistas começara nas ruas de Paris. Os republicanos estavam em número bem menor. Cantando, gritando e correndo à frente dos demais ia Gavroche. Estava entusiasmado. Entre os poucos rebeldes havia um homem alto, grisalho, com expressão decidida. Gavroche o observava, foi até um dos líderes, Enjolras e disse que parecia se tratar de um espião e que o conhecia das ruas. Enjolras foi até ele e disse que sabiam que ele era da polícia e o homem confimou, disse que se chamava Javert. Ele foi preso e amarrado. Nos seu bolso havia uma ordem para espionar os rebeldes e depois verificar a existência de um bando de malfeitores nas margens do Sena.

Pouco depois, Marius chegou. Foi um dos últimos, logo começaram os ataques do governo. Com tiros de pistoa, salvou Courfeyrac e Gavroche. Quase foi atingido por um disparo, mas um desconhecido entrou na frente, pôs a mão na arma e desviou o cano. Marius pegou uma tocha e ameaçou explodir os barris de pólvora. As tropas do governo recuaram. Durante essa breve trégua, ele ouviu chamarem seu nome. Era Éponine, estava ferida. Ele quis levá-la até a taverna para ser medicada, mas ao ser levantada gritou de dor. Marius viu a mão dela e láh tinha um buraco negro.

Éponine havia salvado Marius. Ele disse que poderia cuidar do ferimento, mas ela disse que seria inútil, pois a bala havia atravessado sua mão e penetrado no peito. A moça pediu para que ele sentasse ao seu lado, assim ele fez. Ao ouvir Gavroche cantar, ela falou que ele era seu irmão. Ela disse que tinha uma carta no bolso para entregá-lo desde o dia anterior, mas não queria que chegasse em suas mãos. E fez um pedido, que ele desse um beijo em sua testa e que achava que estava apaixonada por ele. Ele pegou a carta e deu um beijo em sua testa.

Em seguida, procurou um lugar iluminado e leu a carta, era de Cosette. Dizia que viajaria para Inglaterra dentro de oito dias, dava o endereço de onde estaria até lá com o pai. Marius sabia que seria impossível a vida com Cosette, então resolveu mandar uma carta para ela, por Gavroche. Assim ele poderia livrar Gavroche que era filho de Thénardier da morte na barricada e despedir-se de Cosette. Na carta dizia que o casamento era impossível, mas que o amor por ela seria pra sempre. Em outro papel, escreveu seu nome e pedia para que levassem seu corpo para o senhor Gillenormand e seu endereço. Este papel ele havia colocado no bolso, pois a morte no confronto final seria inevitável.

Gavroche chegou ao endereço e perguntou se era esse o endereço correto. Jean Valjean disse que sim. O menino entregou a carta e disse que vinha da barricada da rua Chanvrerie. Gavroche partiu. Jean Valjean entrou e leu a carta. Ele pensou, seria correto deixar o rapaz morrer? Vestiu seu uniforme da Guarda Nacional e partiu na direção da barricada.


Capitulo 19: "À beira da morte" ; Artur Henrique

Jean Valjean chegou à barricada vestido com o uniforme, então pôde passar pelo exército e penetrar por uma das aberturas. Ao chegar, trocou seu uniforme com um pai de família que queria partir. Todos lutavam com heroísmo, mas a munição acabava. De repente, notaram um menino pulando em meio aos tiros. Era Gavroche, que carregava um cesto. Ele catava os cartuchos deixados pelos soldados do governo mortos. Ria e cantava, desafiando os atiradores. Mas uma bala certeira o atingiu. O menino caiu, mesmo assim conseguiu sentar-se e entoou uma outra canção de desafio. Uma segunda bala o matou, caiu de bruços, o pequeno herói.

A tristeza tomou conta da barricada e eles logo sofreriam um novo ataque, mas já não pudiam resistir. Enjolras foi até Javert e disse que não tinha esquecido dele. Nesse instante chegou Jean Valjean que disse que queria ter o prazer de matar aquele homem. Javert viu quem era e disse para ele se vingar. Jean Valjean pegou uma faca, cortou as cordas que amarravam Javert e disse que ele estava livre. Javert falou que não iria ficar lhe devendo um favor por causa daquilo, embora não escondesse seu espanto pelo ato de Jean Valjean. A batalha continuava e Marius fora atingido por um tiro no ombro. Perdia muito sangue, fechou os olhos e sentiu que era pego por alguém. Pensou ter sido feito prisioneiro.

Era Jean Valjean, que não perdera Marius de vista. Ele colocou Marius nas costas e ao ver umas grades no chão, pegou algumas pedras e conseguiu abrir. Ele desceu com o ferido, estava nas galerias subterrâneas do esgoto de Paris. Andou mais um pouco, parou para descansar. Examinou os bolsos de Marius e viu o recado com o nome e o endereço do avô. Usou todas as suas forças e prosseguiu. Chegou a uma extremidade da galeria, viu luz e andou até lá. Ao chegar viu uma grade, era a sua única saída. Mas esta estava trancada, e mesmo colocando toda sua força, ele não conseguiu abrir.

De repente, um homem falou que queria metade. Para sua surpresa, era Thénardier. Este não o reconheceu, pois Jean Valjean estava coberto de lama e sangue. Thénardier perguntou como ele pretendia sair. Jean Valjean não respondeu. Thénardier continuou. Disse que tinha a chave que abria a grade, mas que queria metade do que conseguiu com o homem. Agora Jean Valjean entendia as intenções de Thénardier. Thénardier achava que ele havia matado Marius para roubá-lo e estava querendo jogá-lo no rio, que era perto de lá. Jean Valjean então, pegou a própria carteira, retirou tudo que tinha e deu ao outro. Thénardier arrancou um pedaço do casaco de Marius para saber quem era o assassino e o assassinado.

Abriu a grade, Jean Valjean saiu com Marius. Foi até o rio, jogou água no rosto de Marius e viu que apesar de ter perdido muito sangue, o rapaz respirava. De repente, ele sente estar sendo observado, ergueu os olhos. Era Javert. Ao sair da barricada, prestou relatório ao chefe e foi até sua segunda missão: investigar um bando de malfeitores que haviam fugido da prisão. Sabendo disso, Thénardier deixou que Jean Valjean saisse com Marius para servirem de isca ao inspetor, Javert.

Como estava coberto de lama, Javert não reconheceu Jean Valjean. Javert perguntou quem era e ele respondeu que era Jean Valjean. Este fez um pedido ao inspetor, que fosse com ele levar Marius até a casa de seu avô. Javert aceitou, estava fascinado com a atitude de Jean Valjean. Chegaram até a casa do senhor Gillenormand e deixaram o rapaz sob os cuidados da tia dele. Javert fez um sinal para Jean Valjean e este fez mais um pedido. Pediu para que fosse para sua casa.

Eles foram, ao chegar lá Javert mandou que subisse e que ele esperaria em baixo. Javert em passos lentos chegou até uma ponte, foi ao parapeito. Estava abalado, não aceitava o fato de dever a vida a um malfeitor. Estava em um dilema: se entregasse Jean Valjean, seria ingratidão. E se não o entregasse seria uma traição com o dever policial. Para ele então, só havia uma saída. Tirou o chapéu, pulou no rio e ouviu-se um baque. Jean Valjean estava livre para sempre de Javert. Mas, enquanto isso, Marius continuava à beira da morte.


Capitulo 20: "O casamento" ; Artur Henrique
http://www.cid.com.br/admin/imagens/capas/casamento.jpgDurante muito tempo Marius teve entra a vida e a morte. Só vivia chamando Cosette, foi melhorando e não sabia quem tinha o salvo naquele dia. Seu avo ofereceu um bife para que ficasse forte. E disse que queria se casar. Seu avô dessa vez concordou dando-lhe força para se casar, querendo que ele fosse feliz. Avô e neto se reconciliaram.

Cosette soube de tudo. Foi um reencontro lindo com muito amor, e marcaram o casamento. Todos resolveram ajudar. O avô disse que o quanto ele estivesse vivo não faltaria nada para eles. Jean Valjean disse que a moça tinha um dote muito rico o dinheiro que ganhava quando industrial e a tia de Marius não quis ficar parta traz e fez um testamento em nome do casal.

No dia da cerimônia o pai da noiva alegou ter sofrido um acidente na sua mão direta. Então não podia assinar, pois assinaria o nome falso e poderia destruir o casamento. Sua filha queria que ele fosse viver com ela. Na casa da família de Marius

No dia seguinte Jean Valjean foi procurar Marius e disse toda a verdade sobre sua vida mais só as coisas ruins. Marius mandou ele sair. Jean insistiu para ver sua filha todo dia a tarde. Marius aceitou mais foi excluindo Jean de sua casa. Ate chegar um dia que não tinha, mas nada onde os dois se encontravam. E Jean desistiu de ir lá mandando a criada ir perguntar como estava Cosette e o porteiro respondendo que tinha viajado.

Apaixonada a moça só dedicava-se inteiramente ou marido. Com o tempo, parou de perguntar sobre seu pai. A felicidade ao lado de Marius era suficiente.


Capitulo 21: "A hora do adeus" ; Artur Henrique
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:XU_LMEZy41syVM:http://www.roteiroromanceado.com/flagrantes/img/caixao3.jpgMarius queria afasta Jean Valjean de Cosette. Investigou e recebeu informações erradas. Concluiu que Jean era ladro e assassino. Uma noite, recebeu uma carta. O criado avisou que a pessoa que escreveu estava na sala de espera. Era Thénardier que dizia saber um segredo da família. Marius estava feliz, pois só podia se trata do homem que salvou seu pai na batalha de Waterloo.

Mandou entra. Apareceu um homem estranho. Mais era Thénardier disfarçado. Tentando enrolar Marius perguntando se lembrava dele. Mais no final pediu uma ajuda financeira. Marius estranho, pois ele não tinha nada a ver que o homem fosse para a America.

Disse que tinha um assassino em sua casa e que o nome dele era Jean Valjean. Mais Marius já sabia de tudo. Principalmente o nome dele. Era Thénardier, que tirou seu disfarce. Marius disse que segundo as suas investigações, Jean Valjean havia roubado um rico industrial chamado Madeleine e matado o inspetor de polícia Javert. Ele estava seguro do que dizia. Mais Thénardier contou a verdadeira historia. Que ele era assassino e ladrão pelos seus outros crimes.

Thénardier continuou disse que encontrou Jean Valjean numa galeria de esgoto com um rapaz nas costas. Ele mostrou o pedaço do casaco que havia tirado do homem para depois identificar, PIS sabia que Jean tinha roubado o garoto rico. Marius reconhecendo seu casaco gritou que o rapaz era ele. Marius deu um maço de dinheiro para ele. Que foi para America fazer trafico de escravos.

Assim que Thénardier saiu de sua casa, Marius gritou por Cosette. E foram a encontro do homem que salvou sua vida, Jean Valjean. A emoção foi muito grande no encontro de Cosette e Jean Valjean. Todos se explicaram e se perdoaram. Jean Valjean estava prestes a morrer, mas com tudo isso morria feliz. Ele falou como ganhava o dinheiro do dote. O porteiro entrou e perguntou se não queriam que ele chamasse um padre. Jean Valjean que já havia um lá. Apontou para alguém invisível. Talvez estivesse vendo o bispo.

Jean Valjean morreu. Seu corpo foi enterrado em uma cova rasa longe de todos os mausoléus, como ele queria. Não tinha nada escrito. Depois de muitos anos alguém rabiscou na pedra:

"Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa

Ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo;

Partiu com a merma simplicidade

Como a chegada da noite após o dia".