domingo, 22 de janeiro de 2023

Crônica - ler e elaborar

 

 Redação nº 12                LÍNGUA PORTUGUESA                                                                                      Professora: Bernadete

NOME:         

Nº:

Ano/Série

DATA

Bimestre

PRODUÇÃO DE TEXTO

Observação: contarei uma crônica(Portão social trancado).

NOTA- VALOR DEZ

.

º E.F.

08/05/2020

    

Recontar a CRÔNICA

   Crônica

O jornal publica um fato que aconteceu: narra o fato, fiel a ele, informando o leitor da melhor maneira possível. (Onde? O que? Como? Por que? Quando ?  ACONTECEU )

O mesmo fato, que foi a notícia de jornal, pode virar crônica. Na crônica, não existe a preocupação de informar o leitor.  O cronista escreve, filtrando o fato através de suas emoções, de sua visão pessoal. O fato real (notícia de jornal) é recriado.

A crônica é literatura porque recria  o fato, não o retrata fielmente.

 A palavra “crônica” tem, na sua raiz, a palavra tempo, porque cronos significa tempo. O tempo, na crônica, é o dia a dia: baseia-se no fato cotidiano, corriqueiro.

 A crônica, normalmente, é um texto curto e simples.

 Ao fazer uma crônica, seu único compromisso é com você mesmo: descobrir o que sente e expressar, com prazer, o que descobre.

 

Leia a crônica abaixo:

A Bola    
     O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai.     

     Uma número 5 sem tento oficial de couro.
     Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
     O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
      - Como é que liga? - perguntou.
      - Como, como é que liga? Não se liga.
     O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
     - Não tem manual de instrução?
     O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
     - Não precisa manual de instrução.
     - O que é que ela faz?
     - Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
     - O quê?
     - Controla, chuta...
     - Ah, então é uma bola.
     - Claro que é uma bola.
     - Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
     - Você pensou que fosse o quê?
     - Nada, não.
    O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.
   O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
   - Filho, olha.
   O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.                                                 Luiz Fernando Veríssimo

 

Reconto de uma crônica–“A bola”-

1- A trama é relatada por um dos personagens, o pai , como este mesmo texto, esta mesma história poderia ser contada por outro personagem, ou algum objeto, que embora não seja uma pessoa, mas que representa um papel importante na história : como o dono ou vendedor da loja onde o pai comprou a bola, que não aparece no texto, mas com certeza faz parte da história; o garoto ( o filho, que ganhou a bola);  a  própria bola; o videogame, a tevê ...

 

Exemplo: Personagem - a tevê:

       “Aconteceu um fato interessante hoje.  Léo , como sempre faz todo dia, me ligou, o videogame já estava conectado, e começamos a nossa atividade incansável: os games, cada um mais divertido, quando o pai dele chegou com um embrulho estranho e deu pra ele. Léo meio que sem entender bem o que era…” 

 

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