Redação nº 12 LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete |
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Ano/Série |
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Bimestre |
PRODUÇÃO DE TEXTO |
Observação: contarei uma crônica(Portão social
trancado). NOTA- VALOR DEZ . |
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º E.F. |
08/05/2020 |
1º |
Recontar a CRÔNICA |
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Crônica
O jornal publica um fato
que aconteceu: narra o fato, fiel a ele, informando
o leitor da melhor maneira possível. (Onde? O que? Como? Por que? Quando ? ACONTECEU )
O mesmo fato, que foi a
notícia de jornal, pode virar crônica. Na crônica, não existe a preocupação de
informar o leitor. O cronista escreve,
filtrando o fato através de suas emoções, de sua visão pessoal. O fato real
(notícia de jornal) é recriado.
A crônica é literatura
porque recria o fato, não o retrata
fielmente.
A palavra “crônica” tem, na sua raiz, a
palavra tempo, porque cronos
significa tempo. O tempo, na crônica, é o dia a dia: baseia-se no fato
cotidiano, corriqueiro.
A crônica, normalmente, é um texto curto e
simples.
Ao fazer uma crônica, seu único compromisso é
com você mesmo: descobrir o que sente e expressar, com prazer, o que descobre.
Leia a crônica abaixo:
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao
filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai.
Uma número 5 sem tento oficial de couro.
Agora não era mais de couro, era de
plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a
bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando
gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola,
à procura de alguma coisa.
- Como é que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se
liga.
O garoto procurou dentro do papel de
embrulho.
- Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar
que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz
coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
- Nada, não.
O garoto agradeceu, disse
"Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê,
com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado
Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em
forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha
coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou a bola
nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé,
como antigamente, e chamou o garoto.
- Filho, olha.
O garoto disse "Legal" mas
não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou,
tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada.
Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para
a garotada se interessar. Luiz Fernando Veríssimo
Reconto de uma crônica–“A bola”-
1- A trama é relatada por um dos personagens, o pai , como este mesmo texto, esta mesma história poderia ser contada por
outro personagem, ou algum objeto, que embora não seja uma pessoa, mas que
representa um papel importante na história : como o dono ou vendedor da loja onde o pai comprou a bola, que não aparece
no texto, mas com certeza faz parte da história; o garoto ( o filho, que ganhou a bola); a própria bola; o
videogame, a tevê ...
Exemplo: Personagem - a
tevê:
“Aconteceu
um fato interessante hoje. Léo , como
sempre faz todo dia, me ligou, o videogame já estava
conectado, e começamos a nossa atividade incansável: os games, cada um mais
divertido, quando o pai dele chegou com um embrulho estranho e deu pra ele. Léo meio que sem entender bem o que era…”
Título:
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