SITUAÇÃO
DE APRENDIZAGEM 6 - RECAPITULANDO OS CONTEÚDOS ESTUDADOS ATÉ AQUI
Tempo previsto: 6 aulas,
Avaliação: Auto-avaliação; Elaboração de
quadro-síntese; Elaboração de ficha de leitura; Produção de texto escrito a
partir da transposição de uma transcrição; Produção escrita de notícias
Parte l - O que aprendi até aqui?
1.Em grupos, consultem seus cadernos e façam um quadro
com todas as características dos textos estudados até aqui. Depois, faça uma socialização
dos resultados.(VERSO DA FOLHA)
2. Em seguida, leia o texto, de um gênero da mesma
tipologia estudada até aqui ("relatar"), relato de viagem . Coloque
esse texto ao lado de outro, do livro didático,( página_____)desenvolvido em
outra tipologia. Analisem os dois e indiquem qual deles é organizado a partir
das características da tipologia "relatar", justificando o porquê.
Relato de visita à Hungria - Jan/01 -
Parte 1
Estive visitando o
Leste Europeu em 98 e passei algum tempo na Hungria, um país lindíssimo que
merece ser visitado. A visita à Hungria fez parte de uma viagem que começou em
Viena, na verdade, a principal porta de saída para os que querem conhecer o
leste europeu. Espero que possa ajudar a vocês.
Saindo de Viena, a
excelente auto-estrada austríaca nos levou ate a fronteira da Hungria em cerca
de 1 hora. No posto de fronteira uma pequena fila de carros e ônibus. A demora
da burocracia já era esperada mas não levou mais de 40 minutos e estávamos
liberados. Os brasileiros precisam de visto para entrar na Hungria, assim como
todos os demais latino-americanos. A Hungria e a Republica Tcheca não fazem
parte da Comunidade Européia. Assim sendo, as regras politico-econômicas mudam
drasticamente. A começar pelo dinheiro, o Florin, que vale muito pouco em
relação ao schilling austríaco e tem muito mais zeros!!!!!! Isso faz com que os
preços na Hungria sejam muito tentadores (e eram bem mais tentadores quando o
nosso real se equiparava ao dólar!!).
Abrindo um
parêntesis, devo dizer que por ser agente de viagens, muitas vezes as
operadoras nos oferecem vantajosos descontos em seus pacotes e essas viagens,
alem de ficarem bem mais econômicas para nos, nos dá a oportunidade de testar
os serviços dessas operadoras para que possamos "vender" seus
produtos com maior segurança. Foi por esta razão que visitamos o Leste Europeu
a bordo de um grupo.
Muitas vezes esses
grupos são somente de agentes de viagens, são os chamados Famtours. Eu
pessoalmente evito os famtours e prefiro me infiltrar em grupos normais de
turistas onde acabo passando por um deles e assim posso checar a veracidade dos
serviços. Fecho o parêntesis! O fato de ter mudado de país quase não fez
diferença na estrada, a não ser nas placas, que deixavam pra trás o alemão e
eram escritas em húngaro (uma língua, alias, impronunciável!).
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Nossa primeira parada foi numa lanchonete logo apos a fronteira.
Alias, as fronteiras. Durante o domínio soviético, havia um posto fronteiriço
para deixar a Áustria e 100 metros depois, outro posto fronteiriço para
entrar na Hungria. Os 100 metros de terra entre os postos era considerado
terra de ninguém. Hoje, um desses postos esta desativado. Na lanchonete, já
do lado húngaro, os atendentes também falam alemão e o dinheiro austríaco é
aceito normalmente. A paisagem não muda. Vastos campos cultivados e quase
nenhuma montanha. O carinho com que nossa guia húngara fala de sua terra é
visível. Ela fugiu com toda a família durante o domínio comunista e viveu na
Espanha por mais de 15 anos ate que o pais foi finalmente liberto. Seu
espanhol é fluente.
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Mais uma hora de viagem e chegamos a pequena cidade de Esztergom que
alem da estupenda Basílica de Nossa Senhora não tem muitas casas. Era domingo
e a missa estava terminando. Muitos fieis estavam saindo, havia uma banda
vestida com trajes típicos tocando musicas religiosas. O enorme prédio da
Basílica fica no alto de uma colina e é preciso fôlego para subir a escadaria
que nos leva ate lá.
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A basílica é enorme, mas como não ficaríamos muito
tempo no local, alguns de nos preferimos não acompanhar as demoradas
explanações sobre vitrais, altura de abobodas, numero de tubos no órgao etc...
Em vez disso, ficamos, meu marido e eu, apreciando um pouco mais a musica,
observando as pessoas com seus trajes dominicais e seus rostos contritos. A
primeira impressão que tive do povo húngaro é que eram pessoas sofridas e
tristes, apesar da musica. Depois de uma rápida olhada dentro da Basílica, que
embora fosse grande e muito bonita era apenas mais uma igreja, caminhamos ao
redor do prédio e nos deparamos, nos fundos, com um imenso rio. Era o Danubio, o
mesmo que corta Viena, o mesmo que inspirou Strauss a compor sua mais famosa
valsa. Do outro lado do rio havia uma pequena cidade e ruínas de pilares no
meio do rio indicavam que ali existira outrora uma ponte. Viemos a saber que a
ponte havia sido destruída durante a II Guerra e jamais fora reconstruída. A
pequena vila na outra margem pertencia a outro pais, a Republica da Eslováquia,
parte do que costumava ser a Tchecoslováquia.
Seguimos nossa viagem e cerca de uns 40 minutos
depois chegávamos a Budapeste, capital da Hungria. Até chegarmos ao nosso
hotel, rodamos um pouco pela cidade e pude antever que aquela seria uma visita
surpreendente. Nosso hotel ficava fora da área central da cidade, embora bem
servido por linhas do metro. Fomos brindados com um quarto com vista para o
Danubio. O hotel era moderno, e como grande parte dos hotéis em Budapeste,
também tinha suas termas e todos os serviços decorrentes dela, um verdadeiro
spa, piscinas térmicas de diferentes temperaturas, massagens etc, etc. Era tentador
e não tivemos forcas para dizer não. Nos metemos em nossos roupões, alugamos
maiôs e passamos o resto da tarde relaxando nas termas.
Budapeste tem aproximadamente 120 fontes medicinais
e mais de 30 spas especializados para tratamentos além de piscinas e balneários
a maioria públicos. Os serviços são de excelente qualidade sempre, boa herança
do regime soviético. Nos balneários, podem ser encontrados todos os tipos de
pessoas, desde simplórios zeladores de prédios a emergentes empresários
pós-comunismo, todos juntos jogando xadrez em seus tabuleiros flutuantes. No
hotel, o único serviço pago por fora eram as massagens, que mesmo assim eram
muito baratas (cerca de US5 por 30 minutos!!!!).
Havia um programa para aquela noite. Completamente
relaxados e viçosos, as 19:30 horas estávamos na recepção aguardando nosso
ônibus que nos levaria ao restaurante Hdharhaz onde jantaríamos e
assistiríamos um show de danças típicas. Nesta época do ano (inicio de
junho)anoitece tarde. Quando chegamos ao restaurante (que ficava num bairro
fora do centro) por volta das 20 horas, o sol ainda brilhava no céu. O
restaurante ficava numa pequena colina de onde se podia ver todas as pontes
sobre o rio Danubio: sete ao todo.
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Logo na entrada ganhamos uma pequena garrafa de cerâmica
com um tipo de aguardente. A garrafinha tinha a quantidade suficiente para uma
dose e não tinha tampa. Assim sendo, ou você bebia o conteúdo ou jogava fora.
Eu fiquei com ambas opções: experimentei um pouco e joguei fora o resto. A
bebida era fortíssima!! Fui informada de que era aguardente de damasco, bebida
muito popular por aqui, chamada "barak". Eu só senti mesmo o gosto do
álcool !!!
No jantar, uma tabua de frios de diversos tipos,
todos muito estranhos mas deliciosos. Pareciam-se com mocelas mas tinham sabor
diferente. Havia também patês e uma sopa chamada "paprika gulyas"
feita com carne bovina, cebolas, batatas e condimentos, sendo o principal deles
a paprica. Alias, a paprica é o principal
ingrediente da cozinha húngara. Maiores e melhores produtores de paprica
do mundo, os húngaros a usam em quase tudo! Pra quem não esta familiarizado, a
paprica parece-se com uma pimenta mas adquire sabores de doce a picante de
acordo com a maneira como é secada.
A Hungria também produz vinhos. O vinho chamado
"Tokaji" é muito popular e muito gostoso, não muito doce e nem tão
seco. Nos restaurantes ele é servido em enormes jarros de vidro com um comprido
gargalo de cerca de 1 m de comprimento por 2 cm de diâmetro na base do vaso. Os
garçons carregam o vaso por trás da cabeça, miram as tacas com o gargalo
comprido e servem o vinho a distancias incríveis sem derramar uma gota sequer
fora da taca!!!!! Eles controlam tudo com o dedo que abre ou fecha o gargalo.
Muito louco!!
A impressão inicial de que os húngaros eram
pessoas tristes começou a desaparecer a partir do momento que ouvi suas
musicas e vi suas danças, todas muito cheias de movimento e de ritmo rápido.
Pensei que um povo que canta e dança assim não poderia ser triste. Me
impressionou também o colorido de suas roupas, tanto os trajes típicos quanto
as roupas comuns do dia-a-dia.Havia muitas cores vibrantes como o
vermelho, o laranja e o amarelo. Definitivamente, pensei naquela noite em
rever essas impressões no dia seguinte.
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Depois do jantar, ainda havia outro programa antes
de voltar ao hotel: um passeio de barco pelo rio Danubio. O ônibus nos deixou
no píer bem no centro da cidade e tomamos um barco junto com muitos outros
turistas, para percorrer por cerca de 30 minutos, os trechos mais bonitos do
rio. Foi quando me apaixonei definitivamente por Budapeste. Em ambas as margens
do rio, os prédios históricos, os palácios e pontes estavam iluminados. A
sensação era de magia. No alto da colina toda no escuro, o Castelo de Buda,
iluminado, parecia flutuar. Tudo era incrivelmente deslumbrante e apos algumas
explicações do guia, tudo o que o sistema de som do barco transmitia eram os
acordes da valsa Danubio Azul. Eu tinha escolhido ficar bem na popa do barco.
Assim, o vento da noite, as luzes da cidade e a musica me levaram a
experimentar sensações maravilhosas. Foi realmente um passeio inesquecível.
Tanto que ate esqueci de bater algumas fotos!!!!
Ainda bem que tinha mais 2 dias na cidade. Havia
tanto para ver e experimentar que fui dormir ansiosa para a manha seguinte
chegar!
Analisem
os dois(relato de viagem e o da página ___) e indiquem qual deles é organizado
a partir das características da tipologia "relatar", justificando o
porquê.
2.
Leia um novo gênero textual da tipologia "relatar" (crônicas sociais
e esportivas- O são Paulino do sushi e a pobre menina rica ). Leia as crônicas.
3.Tarefa de casa- organiza
uma ficha de leitura, contendo dados técnicos (nome do autor, dotexto, onde foi
publicada, em que ano, em que livro ou jornal / revista) e informações sobre o
tema discutido no texto.
nome do autor
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nome do autor
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nome do texto -Relato de visita à Hungria
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nome do texto- A pobre menina rica
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onde foi publicada,
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onde foi publicada,
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em que ano
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em que ano
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em que livro ou jornal /
revista
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em que livro ou jornal /
revista
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Reflita sobre a questão dos textos da tipologia
"relatar" que tem como característica básica a "documentação e memorização
das ações humanas / representação pelo discurso (oral ou escrito) de experiências
vividas", situadas no tempo.
Observe
que nas crônicas lidas,esses traços aparecem; ou seja, há uma tentativa nesses
textos de registrar fatos acontecidos em um determinado tempo e lugar e que
mostram ao leitor como as pessoas se comportam, agem, vivem etc. No entanto, o
que se tem como informação, na crônica (a menos que seja literária), não é
história contada a partir de um enredo, de uma trama, característica do conto,
por exemplo, e não tem o compromisso de re-tratar a realidade ou as vivências
do autor.
4.Quais as diferenças e semelhanças entre os dois gêneros(relato
e crônica)?
5.
Apresente aos estudantes alguns trechos pequenos de transcrições literais de
falas (conversas, relatos) e peça que façam, individualmente, a transposição
para a escrita, utilizando os recursos já estudados, acrescentando o que for
necessário ou retirando o que estiver em excesso.(entregar ). Observar diferenças
entre linguagem oral e escrita, principalmente os que se referem à pontuação e
aos elementos coesivos.
Parte
2 - Escrevendo notícias
Escrevam
pequenas notícias. Use as informações básicas Selecione pelos menos quatro
notícias diferentes e destaque suas informações básicas. Como exemplo, observe
a atividade sobre clonagem na apostila
anterior.
A
partir das informações estudadas na seqüência anterior, elabore uma notícia
curta. Não se esqueça de criar uma manchete.
Quem?
O
quê?
Quando?
Onde?
Como?
Porquê?
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