Período
Composto Por Coordenação e Subordinação
Período Composto
Período
composto é o período que se constitui de mais de uma oração. Os períodos
compostos podem ser formados das seguintes maneiras: podem ser compostos por
coordenação, compostos por subordinação, ou ainda compostos por coordenação e
subordinação, simultaneamente.
a)Períodos compostos por
subordinação
são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações, possuem uma
oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração
subordinada está sintaticamente vinculada à oração principal, podendo funcionar
como termo essencial, integrante ou acessório da oração principal. As orações
subordinadas que se conectam à oração principal através de conjunções
subordinativas são chamadas orações subordinadas . As orações que não
apresentam conjunções subordinativas geralmente apresentam seus verbos nas
formas nominais, sendo chamadas orações reduzidas.
b)Períodos compostos por
coordenação
são os períodos que, possuindo duas ou mais orações, apresentam orações
coordenadas entre si. Cada oração coordenada possui autonomia de sentido em
relação às outras, e nenhuma delas funciona como termo da outra. As orações
coordenadas, apesar de sua autonomia em relação às outras, complementam
mutuamente seus sentidos. A conexão entre as orações coordenadas podem ou não
ser realizadas através de conjunções coordenativas. Sendo vinculadas por
conectivos ou conjunções coordenativas, as orações são coordenadas sindéticas.
Não apresentando conjunções coordenativas, as orações são chamadas orações
coordenadas assindéticas.
a)
I. Orações Subordinadas
Substantivas:
São
seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)
A) Subjetiva: funciona como sujeito da
oração principal.
Existem
três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva
subjetiva:
verbo de ligação +
predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. É necessário que façamos nossos deveres.
verbo
unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.
Verbo
unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir,
constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer.
Ex. Convém que façamos nossos deveres.
verbo
na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.
Atua
como sujeito da oração principal (aquela que não é iniciada por conjunção). O
verbo da O.P. sempre estará na terceira pessoa do singular e o sujeito
encontrar-se-á na oração subordinada.
Geralmente
a O.P. constará: É bom, é necessário, convém, é preciso, Consta, Parece, é
provável etc.
É
necessário que façamos a prova com calma.
É
necessário = O.P.
Que
= conjunção integrante
Que
façamos a prova com calma = Oração subordinada substantiva subjetiva
B) Objetiva Direta: funciona como objeto
direto da oração principal.
(sujeito)
+ VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.
Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.
Geralmente
podemos observar que a última palavra da oração principal é um verbo transitivo
direto, assim teremos uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Eu
quero que você aprenda a lição.
Eu
quero = O.P.
Que
= conjunção integrante
Que
você aprenda a lição = Oração subordinada substantiva objetiva direta.
C) Objetiva Indireta: funciona como objeto
indireto da oração principal.
(sujeito)
+ VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Ex. Lembro-me de que tu me amavas.
Geralmente
podemos observar que a última palavra da oração principal é um verbo transitivo
indireto (aqueles que necessitam de preposição), assim teremos uma oração
subordinada substantiva objetiva indireta.
Note
que a O.P. terminará assim: VERBO + PREPOSIÇÃO + CONJUNÇÃO ( iniciando a
O.S.S.)
Eu
preciso de que você me ajude no exame final.
Eu
preciso = O.P.
De
que você me ajude = O. S. S. Objetiva indireta.
D) Completiva Nominal: funciona como
complemento nominal de um termo da oração principal.
(sujeito)
+ verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva
completiva nominal.
Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.
Geralmente
a última palavra deste tipo de oração será um nome seguido de uma preposição.
Levo
a leve impressão de que já vou tarde.
Levo
a leve impressão = Oração principal
De
que já vou tarde = O. S. S. Completiva nominal.
Não confunda OBJETIVA
INDIRETA com COMPLETIVA NOMINAL.
Objetiva indireta = verbo +
preposição + conjunção
Completiva nominal = nome +
preposição + conjunção
E) Apositiva: funciona como aposto da
oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após
dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas, entre hífens ( - )
oração
principal + : + oração subordinada
substantiva apositiva.
Ex. Todos querem o mesmo
destino: que atinjamos a felicidade.
Só
espero uma coisa: que faça tudo corretamente.
Só
espero uma coisa = O.P.
Que
faça tudo corretamente = O.S.S. Apositiva.
F) Predicativa: funciona como predicativo
do sujeito do verbo de ligação da oração principal.
(sujeito)
+ VL + oração subordinada substantiva predicativa.
Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas
posses.
Observe
que a última palavra da oração principal sempre será um verbo de ligação.
Meu
desejo é que você encontre o teu caminho.
Meu
desejo é = O.P.
Que
você encontre o teu caminho = O. S. S. Predicativa.
Nota: As subordinadas
substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:
Pronomes
interrogativos (quem, que, qual...)
Advérbios
interrogativos (onde, como, quando...)
Perguntou-se
quando
ele chegaria.
Não
sei onde
coloquei minha carteira.
II-Orações Subordinadas
Adverbiais
São nove as orações
subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa.
A) Causal: funciona como adjunto adverbial
de causa.
Conjunções: porque,
porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.
Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo
temporal.
B) Comparativa: funciona como adjunto
adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido
Conjunções: (mais) ... que,
(menos)... que, (tão)... quanto, como.
Ex. Miro era mais esforçado que o irmão(era).
C) Concessiva: funciona como adjunto
adverbial de concessão.
Conjunções: embora,
conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que,
posto que, ainda que, em que pese.
Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.
D) Condicional: funciona como adjunto
adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que,
desde que, caso, contanto que.
Ex. Você terá um futuro
brilhante, desde que se esforce.
E) Conformativa: funciona como adjunto
adverbial de conformidade.
Conjunções: como, conforme,
segundo.
Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela
Prefeitura.
F) Consecutiva: funciona como adjunto
adverbial de conseqüência.
Conjunções: (tão)... que,
(tanto)... que, (tamanho)... que.
Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
G) Temporal: funciona como adjunto
adverbial de tempo.
Conjunções: quando,
enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.
Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.
H) Final: funciona como adjunto adverbial
de finalidade.
Conjunções: a fim de que,
para que, porque.
Ex. Ele não precisa do
microfone, para que todos o ouçam.
I) Proporcional: funciona como adjunto
adverbial de proporção.
Conjunções: à proporção que,
à medida que, tanto mais.
À medida que o tempo passa,
mais experientes ficamos.
Orações Reduzidas
quando uma oração
subordinada se apresenta sem conjunção
ou pronome relativo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio
ou de gerúndio.
III-Orações Subordinadas
Adjetivas
As orações subordinadas
adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as orações
subordinadas adjetivas:
A) Restritiva: é aquela que limita,
restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva
funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser
isolada por vírgulas.
Ex.:A garota com quem simpatizei está à sua procura.
Os
alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.
B) Explicativa: serve para esclarecer
melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma
característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto
explicativo e é sempre isolada por vírgulas.
Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do
país, está muito bem cuidada.
b)
Período Composto por
Coordenação
Um
período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são
orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação
sintática entre as orações do período.
Há
dois tipos de orações coordenadas:
Orações Coordenadas
Assindéticas São as orações não iniciadas
por conjunção coordenativa.
Ex.
Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar.
Orações Coordenadas
SindéticasSão
cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.
A) Aditiva: Exprime uma relação de soma,
de adição.
Conjunções: e, nem, mas
também, mas ainda.
Ex. Não só reclamava da
escola, mas também atenazava os colegas.
B) Adversativa: exprime uma idéia
contrária à da outra oração, uma oposição.
Conjunções: mas, porém,
todavia, no entanto, entretanto, contudo.
Ex. Sempre foi muito
estudioso, no entanto não se adaptava à
nova escola.
C) Alternativa: Exprime idéia de opção, de
escolha, de alternância.
Conjunções: ou, ou...ou,
ora... ora, quer... quer.
Estude, ou não sairá nesse sábado.
D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da
idéia contida na outra oração.
Conjunções: logo, portanto,
por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas.
Ex. Estudou como nunca
fizera antes, por isso conseguiu a
aprovação.
E) Explicativa: Exprime uma explicação.
Conjunções: porque, que,
pois - antes do verbo.
Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.
Observação: ...! A Conjunção "e" pode
apresentar-se com sentido adversativo:
nb
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