terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

CR\ÔNICA: A BOLA - Luiz Fernando Veríssimo (RECONTAR A CRÔNICA; INTERPRETAÇÃO COM RESPOSTA)

 

 

 Redação nº 12                LÍNGUA PORTUGUESA                                                                                      Professora: Bernadete

NOME:         

Nº:

Ano/Série

DATA

Bimestre

PRODUÇÃO DE TEXTO

Observação: contarei uma crônica(Portão social trancado).

NOTA- VALOR DEZ

.

º E.F.

08/05/2020

    

Recontar a CRÔNICA

   Crônica

O jornal publica um fato que aconteceu: narra o fato, fiel a ele, informando o leitor da melhor maneira possível. (Onde? O que? Como? Por que? Quando ?  ACONTECEU )

O mesmo fato, que foi a notícia de jornal, pode virar crônica. Na crônica, não existe a preocupação de informar o leitor.  O cronista escreve, filtrando o fato através de suas emoções, de sua visão pessoal. O fato real (notícia de jornal) é recriado.

A crônica é literatura porque recria  o fato, não o retrata fielmente.

 A palavra “crônica” tem, na sua raiz, a palavra tempo, porque cronos significa tempo. O tempo, na crônica, é o dia a dia: baseia-se no fato cotidiano, corriqueiro.

 A crônica, normalmente, é um texto curto e simples.

 Ao fazer uma crônica, seu único compromisso é com você mesmo: descobrir o que sente e expressar, com prazer, o que descobre.

 

Leia a crônica abaixo:

A Bola    
     O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai.     

     Uma número 5 sem tento oficial de couro.
     Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
     O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
      - Como é que liga? - perguntou.
      - Como, como é que liga? Não se liga.
     O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
     - Não tem manual de instrução?
     O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
     - Não precisa manual de instrução.
     - O que é que ela faz?
     - Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
     - O quê?
     - Controla, chuta...
     - Ah, então é uma bola.
     - Claro que é uma bola.
     - Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
     - Você pensou que fosse o quê?
     - Nada, não.
    O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.
   O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
   - Filho, olha.
   O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.                                                 Luiz Fernando Veríssimo

 

Reconto de uma crônica–“A bola”-

Título: A Bola que Não Brilha

Eu sou a bola. Uma simples bola de plástico, dessas que não precisam de manual de instrução. Nem brilho, nem bateria. Só eu, redonda e pronta para rolar, saltar e voar com um chute bem dado.

Meu dia começou na prateleira de uma loja, cercada por outras bolas iguais a mim, esperando ansiosamente por um destino. E então, ele chegou: um homem nostálgico, com olhos cheios de lembranças de sua infância. Ele me pegou com cuidado, girou-me nas mãos e sorriu. Era como se eu fosse o elo entre o passado dele e o presente de alguém especial. Ele me escolheu, pagou por mim e me levou, embrulhada em papel brilhante.

Quando o embrulho foi rasgado, pensei que seria o início da minha aventura: chutes, embaixadas, jogos no quintal. O garoto que me segurou parecia curioso, mas não do jeito que eu esperava. Ele me olhou como quem olha algo estranho, como se não soubesse o que fazer comigo.

— Como é que liga? — ele perguntou.

Aquilo me atingiu como um chute forte, mas não no bom sentido. Ligue? Eu não tenho fios, não brilho, não faço barulhos. Eu sou só uma bola.

Ele procurou dentro do papel, talvez esperando encontrar um manual de instrução. O pai tentou explicar, mostrar como eu era especial, como eu poderia proporcionar horas de diversão. Mas o garoto não parecia interessado. Ele me colocou de lado, preferindo aquela coisa cheia de luzes e sons — o videogame.

Eu fiquei ali, abandonada no canto do sofá, enquanto o garoto apertava botões, concentrado em sua tela cheia de monstrinhos e gritos eletrônicos. O pai, em um último esforço, tentou me dar vida. Ele me levantou, ensaiou algumas embaixadas e chamou o garoto para ver.

— Filho, olha! — ele disse, enquanto me equilibrava no pé.

Mas o garoto apenas respondeu um desanimado "Legal" e voltou para o jogo.

A sensação de inutilidade me invadiu. Eu era uma bola. Só isso. Mas parecia que ser uma bola já não era suficiente. Lá no canto, o pai me segurou, cheirou-me como se tentasse encontrar algo que já não estava mais ali — talvez o cheiro do couro, talvez as memórias de sua infância. Ele suspirou. Eu suspirei, ao menos por dentro.

E ali fiquei, esquecida, enquanto as luzes piscavam e os sons eletrônicos ecoavam pela sala. Talvez um dia ele me pegue de novo, quando se cansar dos botões e das telas. Ou talvez não. De qualquer forma, eu espero, porque bolas não precisam de muito. Só de um chute ou de alguém que saiba dar valor ao que é simples.


1- A trama é relatada por um dos personagens, o pai , como este mesmo texto, esta mesma história poderia ser contada por outro personagem, ou algum objeto, que embora não seja uma pessoa, mas que representa um papel importante na história : como o dono ou vendedor da loja onde o pai comprou a bola, que não aparece no texto, mas com certeza faz parte da história; o garoto ( o filho, que ganhou a bola);  a  própria bola; o videogame, a tevê ...

 

Exemplo: Personagem - a tevê:

       “Aconteceu um fato interessante hoje.  Léo , como sempre faz todo dia, me ligou, o videogame já estava conectado, e começamos a nossa atividade incansável: os games, cada um mais divertido, quando o pai dele chegou com um embrulho estranho e deu pra ele. Léo meio que sem entender bem o que era…” 


Título: A Bola vs. A Tela

Aconteceu algo curioso hoje. Como sempre, meu dia começou com Léo me ligando. O videogame já estava conectado, pronto para mais uma maratona de jogos. Ele me conhece como ninguém, sabe exatamente quais botões apertar, quais jogos escolher e como me fazer brilhar com aquelas cores vibrantes e desafios eletrizantes.

Estávamos imersos em mais uma partida de "Monster Baú". Léo estava em plena concentração, comandando seu time de monstrinhos com habilidade e precisão, quando a porta se abriu e o pai dele entrou com um embrulho nas mãos. Parecia importante.

— Trouxe uma coisa pra você, filho! — anunciou o pai, com um sorriso animado.

Léo pausou o jogo — o que é raro — e olhou para o pacote. Ele abriu com cuidado, curioso, até que de dentro surgiu... uma bola. Ah, uma bola. Redonda, simples, sem brilho ou sons. Fiquei um pouco confusa. Como isso ia competir comigo?

Léo segurou a bola, mas parecia incerto. Ele olhou para o pai com uma expressão que misturava curiosidade e decepção.

— Como é que liga? — perguntou ele.

Aquela pergunta me fez vibrar de leve, quase rindo internamente. É claro que ele achava que a bola tinha algum tipo de tecnologia! Tudo que entra nesta casa precisa ter botão ou conexão, não é mesmo?

O pai dele tentou explicar, pacientemente:

— Não se liga. Você é que faz coisas com ela.

Léo olhou para a bola como se fosse algo de outro planeta. Depois de alguns segundos, colocou-a de lado, dizendo apenas:

— Legal.

Ele voltou para mim. Recomeçamos o jogo, e tudo parecia voltar ao normal. Mas então eu vi o pai dele, segurando a bola com as mãos. Ele a cheirou, como se quisesse buscar algo perdido no tempo. Tentou fazer umas embaixadas, chamou Léo para olhar, mas nada tirava o foco do meu brilho.

Por fim, o pai desistiu. A bola foi abandonada no sofá, enquanto eu continuava a brilhar e a entreter. No fundo, senti um pouco de pena da pobre bola, tão deslocada nesse mundo de telas. O pai queria resgatar algo do passado, mas o presente pertence a mim — a tevê que nunca deixa de surpreender.

E assim terminou o dia: Léo feliz com seus jogos, o pai nostálgico com suas lembranças, e eu, a protagonista silenciosa de mais uma história

 Título: Eu, o Videogame

Hoje foi mais um dia típico na sala de estar: Léo me ligou logo depois de acordar, como sempre faz. Ele é rápido com os controles, sabe cada comando e conhece todos os atalhos. Juntos, passamos horas enfrentando monstros, vencendo corridas e conquistando níveis impossíveis. Minha programação foi feita para isso, e eu adoro quando ele vence.

Mas algo diferente aconteceu hoje. No meio de uma partida de "Monster Baú", o pai de Léo entrou na sala com um pacote grande nas mãos, um sorriso orgulhoso no rosto. Ele entregou o embrulho para Léo, que parou de jogar por um momento. Era raro Léo desviar os olhos da tela quando está no meio de uma partida, mas parecia curioso.

Léo desembrulhou o pacote com cuidado e descobriu uma... bola. Sim, uma bola. Daquelas redondas e simples, sem luzes, sem som, sem comandos. Ele olhou para o pai, meio confuso, e perguntou:

— Como é que liga?

Quando ouvi isso, tive que segurar um risinho eletrônico. Ele achou que a bola era algum tipo de brinquedo tecnológico, como eu. Claro, quem não pensaria assim hoje em dia? Tudo precisa de um botão ou uma tela. Mas o pai dele ficou sério, tentando explicar como funcionava:

— Não se liga. Você é que faz coisas com ela.

Léo parecia intrigado e, ao mesmo tempo, um pouco desapontado. Eu já sabia o desfecho dessa história: ele colocaria a bola de lado e voltaria para mim. Não é arrogância, mas sejamos honestos: eu sou muito mais interessante.

Depois de algumas tentativas de convencer Léo a brincar com a bola, o pai desistiu. Ele tentou até fazer embaixadas, mostrando como era divertido, mas Léo só murmurou um "Legal" sem nem olhar para ele. Estava claro que o pai queria reviver algo de sua infância, mas Léo vive em outro tempo, e nesse tempo, eu sou o protagonista.

A bola foi largada no sofá enquanto Léo voltou para mim. Continuamos jogando "Monster Baú", e ele venceu mais uma partida. O pai, coitado, cheirou a bola como se procurasse nela alguma memória perdida, algo que ele sabia que não estava mais ali.

No fundo, eu senti um pouco de pena da bola. Ela era só uma bola, sem telas ou manual de instruções. Seu tempo havia passado, mas o meu está só começando. Sou o centro do mundo de Léo, e enquanto ele quiser, estarei aqui, brilhando e piscando, pronto para mais uma aventura.

E assim terminou o dia: eu, mais uma vez, vitorioso, enquanto a pobre bola permanecia esquecida no canto

Título:_______________________________



Interpretação e análise da crônica "A Bola"

Respostas da Interpretação e Análise da Crônica "A Bola"

1. Compreensão do texto
a) Qual presente o pai deu ao filho?
O pai deu ao filho uma bola.

b) Por que o pai escolheu esse presente?
Porque ele se lembrou do prazer que sentiu ao ganhar sua primeira bola quando era criança e quis transmitir essa experiência ao filho.

c) O que o filho perguntou ao abrir o presente?
Ele perguntou: “Como é que liga?”

d) Como o pai reagiu à pergunta do filho?
O pai ficou surpreso e desanimado, percebendo que os tempos mudaram e que seu filho não entendia o valor de uma bola.

e) O que o garoto fez logo após receber a bola?
Ele agradeceu, disse “Legal” e logo voltou a jogar videogame, deixando a bola de lado.

2. Análise de elementos da crônica
a) Qual é o tema principal da crônica?
O tema principal é o contraste entre as gerações e a transformação do que as crianças consideram diversão, com uma reflexão sobre a passagem do tempo e mudanças culturais.

b) O que o título "A Bola" representa na narrativa?
Representa o objeto que simboliza a conexão entre as gerações e a diferença de percepções sobre o que é importante ou divertido para cada uma delas.

c) Explique como a relação entre pai e filho é abordada no texto.
A relação é mostrada de forma sutil, revelando o esforço do pai em compartilhar algo significativo de sua infância com o filho, enquanto o garoto demonstra interesse por outras formas de entretenimento.

d) Identifique elementos do cotidiano presentes na crônica.
A interação entre pai e filho, a compra de um presente, o videogame e a nostalgia do pai são exemplos de elementos do cotidiano que tornam a história próxima da realidade.

3. Reflexão e interpretação crítica
a) Por que o filho considerou necessário um manual de instrução para a bola?
Porque ele está acostumado com brinquedos e tecnologias que precisam de explicações para funcionar, mostrando sua dependência de objetos interativos e eletrônicos.

b) O que a atitude do filho em relação à bola revela sobre os tempos atuais?
Revela como as novas gerações valorizam mais a tecnologia e a interatividade virtual do que brinquedos tradicionais que exigem atividades físicas e criatividade.

c) Compare a visão do pai sobre a bola com a do filho. O que isso sugere sobre as mudanças de gerações?
O pai vê a bola como uma fonte de diversão e nostalgia, enquanto o filho a enxerga como um objeto sem utilidade tecnológica. Isso sugere que as gerações atuais estão mais conectadas ao mundo digital e menos ao mundo físico e simbólico.

d) O autor utiliza humor na crônica. Cite um exemplo e explique o efeito desse recurso no texto.
Um exemplo é quando o garoto pergunta: “Como é que liga?” O humor está na ironia da situação, já que uma bola, objeto tão simples, é confundida com algo tecnológico. Esse recurso alivia a tensão e torna a crítica à mudança de gerações mais leve.

4. Elementos da crônica
a) Identifique no texto o uso da linguagem simples e cotidiana, característica da crônica.
A linguagem é clara e direta, com frases como “O pai deu uma bola de presente ao filho” e diálogos simples, o que facilita a identificação com o cotidiano.

b) A crônica apresenta um fato corriqueiro. Qual é esse fato?
O fato corriqueiro é um pai presenteando o filho com uma bola e o filho preferindo brincar com videogames.

c) O tempo na crônica é linear ou fragmentado? Justifique.
O tempo é linear, pois a história é narrada de forma sequencial, do momento em que o pai dá o presente até o desfecho com o filho jogando videogame.

d) A subjetividade é uma característica marcante da crônica. Identifique trechos onde o autor expõe a visão pessoal do pai.
Um exemplo é: “O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.” Esse trecho mostra a percepção nostálgica e reflexiva do pai.

5. Criatividade e produção textual
a) Imagine que a história fosse contada pela perspectiva da bola. Escreva uma breve narrativa do ponto de vista dela.
"Eu estava tão empolgada para finalmente ser usada! Quando o garoto me desembrulhou, pensei que seria o início de muitas aventuras. Mas, para minha surpresa, ele me olhou como se eu fosse algo estranho e me deixou de lado. Vi o pai dele tentar me dar uma chance, fazer umas embaixadas... Mas parece que meu tempo já passou. Aqui estou, esquecida no canto, enquanto eles brincam com uma tela brilhante que nem tem graça!"

b) Escreva um desfecho alternativo para a crônica, no qual o filho demonstra maior interesse pelo presente.
Quando o pai começou a fazer embaixadas, algo despertou no garoto. Ele largou o controle do videogame e pediu para aprender. Juntos, pai e filho foram para o quintal. O garoto deu seus primeiros chutes desajeitados, enquanto o pai sorria, lembrando de sua infância. A bola, finalmente, encontrou seu lugar.

Interpretação e Reflexão sobre "A Bola"

1. Qual a principal diferença entre a relação do pai com a bola e a do filho?
O pai valoriza a bola como um objeto de diversão livre e como símbolo de lembranças afetivas de sua infância. Já o filho enxerga a bola como algo ultrapassado, buscando nela uma funcionalidade tecnológica que se alinha às suas expectativas modernas.

2. O que simboliza a bola na história?
A bola simboliza a passagem do tempo e as diferenças geracionais, evidenciando a transformação nas formas de entretenimento e nos valores culturais. Também representa o desejo do pai de conectar-se ao filho por meio de algo que lhe era significativo na infância.

3. Qual a crítica implícita na crônica?
A crônica apresenta uma crítica à dependência da tecnologia, que muitas vezes substitui brincadeiras mais simples e livres, e ao distanciamento emocional e cultural entre pais e filhos causado por essas mudanças.

4. Qual o significado do título "A Bola"?
O título sintetiza o foco da história: a bola como um objeto simples, que conecta a infância do pai à tentativa de aproximar-se do filho. Além disso, remete à ideia de algo passado de uma geração para outra, simbolizando tradições que nem sempre são compreendidas pelas novas gerações.

5. Qual a importância do cheiro da bola no texto?
O cheiro da bola simboliza a memória afetiva do pai, remetendo à sua infância e às emoções que ele associava ao objeto. A ausência de cheiro na bola nova representa o distanciamento emocional e a perda de conexão com as tradições passadas.

Elementos da Crônica

1. Narrador
O narrador é de 3ª pessoa onisciente, permitindo ao leitor acessar os pensamentos e sentimentos tanto do pai quanto do filho, o que aprofunda a reflexão sobre o conflito geracional.

2. Personagens

  • Pai: Representa a nostalgia, os valores tradicionais e o desejo de transmitir experiências significativas ao filho.
  • Filho: Simboliza a nova geração, habituada à tecnologia e à busca por novidades imediatas.

3. Tempo
Embora a história se passe em um tempo contemporâneo, o tema é atemporal, abordando a relação entre gerações e os impactos das mudanças culturais e tecnológicas.

4. Espaço
O espaço não é detalhado, mas sugere um ambiente familiar, provavelmente a sala de casa, reforçando a ideia de que o conflito narrado pode ocorrer em qualquer lar.

5. Linguagem
A linguagem é simples, cotidiana e carregada de leve ironia. Veríssimo utiliza a ironia para suavizar a crítica social e tornar a narrativa mais acessível e reflexiva.

6. Tema
O tema central é a passagem do tempo e como as mudanças tecnológicas e culturais afetam as relações familiares e a forma como as crianças interagem com o mundo.

Outras questões para reflexão e respostas pessoais:

1. Qual a sua opinião sobre a relação entre tecnologia e brincadeiras infantis?
A tecnologia trouxe novas formas de aprendizado e diversão, mas também afastou muitas crianças de brincadeiras simples e físicas, que promovem criatividade, interação social e saúde. É importante buscar equilíbrio entre ambos.

2. Você concorda com a crítica de Veríssimo?
Sim, a crítica é válida. A tecnologia pode alienar crianças de experiências mais livres e criativas, além de limitar a conexão emocional entre pais e filhos. O texto convida à reflexão sobre resgatar o equilíbrio nas relações familiares.

3. Quais outras crônicas de Veríssimo você conhece?
Outras crônicas notáveis de Veríssimo incluem "O Analista de Bagé", "Amor em Tempos de Cólera" e "As Cobras". Todas exploram temas do cotidiano com humor, ironia e reflexões profundas.

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