LÍNGUA PORTUGUESA
PROJETO DE LEITURA
O PEQUENO
PRÍNCIPE
Ensino Fundamental- 7ª SÉRIE /8º ANO.
Profª Maria
Bernadete Lizareli Wippich
Ano 2013
PROJETO - O Pequeno Príncipe
(leitura do livro,
acompanhado do filme ou desenho animado)
Este projeto consiste
em apresentar durante o primeiro bimestre, o livro O Pequeno príncipe
O Pequeno Príncipe" é uma homenagem à infância. O
autor, que escreveu o livro já adulto, acha que as crianças são as pessoas mais
sensatas, sinceras e cativantes que existem. Para ele, os adultos são chatos,
sérios e não sabem nada sobre as coisas que realmente importam: aquelas que são
invisíveis aos olhos e que só o coração é capaz de ver.
Talvez as crianças sejam legais por causa disso: elas vêem o mundo com o coração. E talvez, ao lerem ou assistirem ao filme ou à peça do Pequeno Príncipe, as crianças não vejam nada demais na obra. Afinal, seu mundo sempre foi assim, e é desse jeito mesmo que elas são.
Talvez as crianças sejam legais por causa disso: elas vêem o mundo com o coração. E talvez, ao lerem ou assistirem ao filme ou à peça do Pequeno Príncipe, as crianças não vejam nada demais na obra. Afinal, seu mundo sempre foi assim, e é desse jeito mesmo que elas são.
Objetivo geral:
O Pequeno Príncipe -
Antoine
de Saint-Exupery.
O Projeto – o livro visa desenvolver os aspectos necessários para
o avanço no rendimento escolar, priorizando o desenvolvimento humano em busca
de uma postura reflexiva de melhores
condições de vida; dar oportunidade do aluno refletir sobre os seus sonhos; conscientizar-se de que quando se tem objetivos e
metas é muito mais fácil conquistar um futuro melhor; a importância do papel do
ser humano na realização de seus desejos; e principalmente moldar o seu próprio
destino em relação aos estudos, contando com a aplicação da amizade e
companheirismo.
Sinopse do filme - É um musical dos
anos 1970. Portanto, esqueça efeitos especiais de última geração, piadas
"espertinhas" ou aventuras alucinantes. O filme "O Pequeno
Príncipe", de Stanley Donne de Lerner, é poético sem ser chato. Richard
Kiley faz o simpático piloto que cai no deserto, Bob Fosse é a cínica serpente,
Gene Wilder (o Willy Wonka da primeira "Fantástica Fábrica de
Chocolate") é a raposa carente e o loirinho Steven Warner faz um Pequeno
Príncipe que cativa qualquer um.
Objetivos específicos:
Apresentar
aos alunos o livro evidenciando a
necessidade de mudanças quanto ao comportamento atual relacionados a sonhos e metas; amizades e companheirismos.
Possibilitar
a reflexão por parte dos alunos ao construir, aplicar e moldar o próprio
destino por meio do desejo, reflexão, amizade
e companheirismo.
Conteúdos:
Leitura
do livro e/ou assistir ao filme;
Discutir
sobre a importância dos sonhos infantis, da amizade e companheirismo, na vida das pessoas. Deixá-los falar sobre o
assunto;
Organizar
os alunos em grupos e orientá-los para que conversem a respeito do livro e/ou filme,
relacioná-los com os sonhos infantis e atuais;
Dizer
aos alunos que esse é um momento muito especial, pois escreverão sobre os seus
sonhos e desejos, amizade e companheirismo.
Pedir
aos alunos que respondam as perguntas relativas ao livro e usem do próprio
texto para recordar e aplicar as lições que envolvem a gramática..
Atividades a serem desenvolvidas:
Português:
Leitura
Elaboração
das respostas às indagações referentes aos capítulos do livro.
Interpretação
do texto
Participação
oral
Troca
de idéias e opiniões;
Uso
dos textos aplicados à Gramática – morfologia.
Avaliação:
Português:
Observar
se todos os alunos estão participando
Leitura
das produções de textos.
Entrega
dos questionamentos
Entregados
exercícios de gramática
“ O Pequeno Príncipe” –
Antoine de Saint Exupery
1. Qual o
capítulo que você mais gostou? Por quê?
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2. Na sua opinião, qual(is) a(s) mensagem(ns) que a
obra “ O Pequeno Príncipe “ nos transmite?
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Professora
Bernadete
Comentários sobre o livro e autor.
É curioso perceber como no mundo da literatura algumas frases destacam-se da obra em que foram concebidas para seguir sozinhas mundo afora. Sem muito esforço, é possível lembrar dos versos de Fernando Pessoa que foram transformados em slogan na boca de adolescentes que atravessam a primeira crise amorosa: "Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena".
Talvez a campeã absoluta na categoria "Epígrafe em página de agenda para adolescente" seja a seguinte frase: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos". Este é o segredo que a raposa revela no livro "O pequeno príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry.
Publicado pela primeira vez em 1943, "O pequeno príncipe" é a salvação para algumas pessoas que possuem um estreito horizonte literário e que se vêem na situação de expor publicamente o seu livro preferido. O exemplo clássico são os concursos de miss. Neste ponto, vale observar que entre as misses brasileiras o livro de Saint-Exupéry tem como forte concorrente o romance "Feliz ano velho", de Marcelo Rubens Paiva.
O espectro de auto-ajuda que envolve a obra de Saint-Exupéry pode ser verificado facilmente por meio da Internet. Para ficar em apenas um exemplo, encontrei um site dedicado exclusivamente a este livro e que apresenta a declaração de um ex-alcoólatra que encontrou nas páginas de "O pequeno príncipe" forças para largar o vício.
Para os leitores interessados em ultrapassar a superfície deste livro que traz em suas camadas mais profundas uma reflexão poética e filosófica sobre o amor e a amizade, recomendo que se faça uma breve pesquisa sobre Antoine de Saint-Exupéry. É na biografia do autor de "O pequeno príncipe", e no lugar que este livro tem no conjunto de sua obra, que podemos ter uma dimensão mais ampla do significado de suas palavras.
Nascido em 1900 na cidade francesa de Lyon, Saint-Exupéry torna-se piloto de avião aos 21 anos de idade e algum tempo depois será pioneiro do correio aéreo nas perigosas rotas entre a França, a África e a América do Sul. Por 12 anos executa vôos sobre o Mediterrâneo, o Saara, o oceano Atlântico, a Patagônia e os Andes. Sofre vários acidentes e precisa fazer pousos forçados em diversas ocasiões.
Toda a obra de Saint-Exupéry é resultado de suas vivências como piloto. Em "Vôo Noturno" (1931) ele mistura aventuras aéreas com interrogações e angústias do ser humano frente ao próprio destino. O livro "Terra dos homens" (1939) é um dos mais calcados nas experiências do autor e foi agraciado com o Grande Prêmio da Academia Francesa na categoria romance pelo seu estilo poético unido a uma densidade filosófica.
Um ótimo trabalho de interpretação de "O pequeno príncipe" dentro da biografia e das obras de Saint-Exupéry está no texto de Michael Quesnel, que serve de prefácio à luxuosa edição comemorativa dos cinqüenta anos deste livro no Brasil (1952-2002) e que vem a público pela editora Agir.
Com o título de "O nascimento do pequeno príncipe", o texto de Quesnel cita uma passagem do livro "Terra dos homens" em que Saint-Exupéry, trabalhando como repórter, é enviado a Moscou num trem que levava trabalhadores deportados da França de volta a seu país. Num dos vagões ele se encanta com o rosto de um menino dormindo feito um anjo dourado e pensa: "Eis aí a figura de um músico, de um Mozart em criança; uma bela promessa de vida. Aqueles pequenos príncipes das lendas...". Aí nasce o personagem que todos nós conhecemos.
O episódio acima citado ocorre em 1935, mesmo ano em que Saint-Exupéry tem problemas num vôo sobre a Líbia, sendo obrigado a pousar em pleno deserto e andar durante cinco dias até ser encontrado por uma caravana de nômades que o salva. A história da pane e do encontro com o menino narrado em "O pequeno príncipe" acabava de nascer.
O ano de 1935 guarda, ainda, mais um fato interessante: as primeiras aparições gráficas do pequeno garoto. Saint-Exupéry rabisca em guardanapos de restaurantes e nas cartas que escreve a silhueta inconfundível daquele que virá a ser o Pequeno Príncipe.
A Europa atravessa um período de tensões. Em 1936, eclode a Guerra Civil na Espanha e Saint-Exupéry é enviado para cobri-la como repórter da imprensa francesa. Com o início da Segunda Guerra Mundial, o escritor vai combater nos céus da França de setembro de 1939 a agosto de 1940. No fim deste ano, ele desembarca nos EUA, onde pretende passar algumas semanas, mas acaba ficando durante 27 meses.
Em Nova York, Saint-Exupéry escreve "Piloto de guerra", publicado em 1942. Neste livro, ele reúne suas recordações sobre uma missão de reconhecimento executada durante a guerra que corre. Esse trabalho tem sucesso imediato, sendo considerado "a melhor resposta das democracias ao 'Mein Kampf'". A obra expõe ao mundo a resistência francesa contra a invasão do exército de Hitler.
Apesar de tamanho sucesso, Saint-Exupéry sente-se cada vez mais amargurado, apreensivo por sua família que ficou na França e angustiado pelo destino de seu país. A esposa de seu editor nos EUA, buscando distraí-lo, convida-o para realizar uma história destinada às crianças, baseada no personagem que ele rascunhava em suas cartas. É neste ambiente sombrio, portanto, que o Pequeno Príncipe ganha voz.
Em novembro de 1942, os americanos decidem iniciar o combate na África do Norte e Saint-Exupéry pede para juntar-se às forças aéreas. Assim, no inicio de 1943, o escritor parte para a costa africana, deixando em Nova York um jogo de provas corrigidas da obra-prima chamada "O pequeno príncipe". Em julho de 1944, o comandante Saint-Exupéry, cumprindo mais uma de suas missões aéreas, some sem deixar vestígios.
É claro que ninguém precisa saber de tudo isso para gostar de "O pequeno príncipe", pois um de seus méritos é justamente abordar temas complexos de modo simples e imediato, de forma a agradar tanto às misses quanto aos poetas mais exigentes. Aliás, aos que vão se aventurar nas páginas deste livro pela primeira vez, recomendo mesmo que se deixem levar pela emoção para melhor desfrutar da beleza que delas emanam.
No entanto, futuras releituras ganham em significado quando a obra é contextualizada, deixando que ela exponha em seu corpo as marcas de seu tempo e reforçando o que nela existe de universal. Somente dessa forma se compreenderá o que há por trás das frases que se destacam das obras, seguindo mundo afora em carreira solo.
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