COMPLEMENTO
NOMINAL( leia e tire suas dúvidas!)
Sempre e
ache os substantivos. Em seguida, veja quais são os termos a que se referem esses
substantivos.
A professora
entregou a redação dos alunos
e falou sobre os erros que eles cometeram.
A, A, DOS
ALUNOS E OS= ADJUNTOS ADNOMINAIS
Adjunto
Adnominal
o adjunto adnominal pode ser
representado por:
·
artigo: O menino.
·
numeral: Um animal.
·
pronome (adjetivo): Meu carro.
·
adjetivo: Menina estudiosa.
·
locução adjetiva: Amor de mãe.
·
PODE OU
NÃO TER PREPOSIÇÃO
·
PODE
INDICAR POSSE
·
TEM
VALOR ATIVO= PRATICA A AÇÃO
·
COMPLETA
O SENTIDO DE SUBSTANTIVOS CONCRETOS E ABSTRATOS
|
Complemento
Nominal
o complemento
nominal pode ser representado por:
·
substantivo ou expressão substantivada: A invenção da imprensa
acelerou o progresso da humanidade.
·
pronome: O resultado foi desagradável a todos.
·
numeral: A polícia iniciou a investigação aos dois.
·
oração: Foi feita a leitura que os alunos tanto queriam.
·
TEM PREPOSIÇÃO
·
NUNCA INDICA POSSE
·
TEM VALOR PASSIVO- É SOBRE ELE QUE RECAI A AÇÃO
·
COMPLETA O SENTIDO DOS SUBSTANTIVOS ABSTRATOS,
ADVÉRBIOS E ADJETIVOS.
|
Os
termos “os” e “de Antônio” são adjuntos adnominais, pois referem-se ao
substantivo “ternos”.
Os
termos “a” e “do aluno'” são adjuntos adnominais, pois referem-se ao
substantivo “nota”.
|
O termo
“aquele” é adjunto adnominal (refere-se ao substantivo “adolescentes”) e
o termos “da escola” é complemento nominal (refere-se ao advérbio “perto”).
|
O amor dos
pais é imprescindível. ( os pais
são agentes da ação= eles sentem amor)= adjunto adnominal
O amor pelos
pais é imprescindível. (os pais sofrem a ação, ou seja, alguém sente amor
por eles, temos então um cn.)
Pâmela
tem muito amor da mãe. (AA – a mãe sente amor, é termo agente)
Pâmela
tem muito amor à mãe. (CN – a mãe recebe a ação de amar, é termo
paciente).
Temos a
confiança dos nossos amigos. (AA – os amigos sentem confiança, é
termo agente)
Temos
confiança em nossos amigos. (CN – os amigos recebem confiança, é
termo paciente).
Todos
tinham o carinho da enfermeira. (AA – a enfermeira sente
carinho, é termo agente)
Todos
tinham carinho pela enfermeira. (CN – a enfermeira recebe
carinho, é termo paciente).
A crítica
do jornalista foi exagerada. (AA – o jornalista criticou, é
termo agente)
A crítica
ao jornalista foi exagerada. (CN – o jornalista foi
criticado, é termo paciente).
A greve dos
professores é válida. AA – Os professores fazem a greve, eles realizam a
ação, é termo agente.
O livro de
Maria está em cima da mesa. AA – “De Maria” relaciona-se
ao livro (substantivo concreto) e indica posse.
O amor da
mãe é sagrado. AA – A mãe sente amor, ela realiza a ação, é
termo agente.
João mora
perto da escola. CN – “Da escola” refere-se ao advérbio “perto”.
A fuga do
ladrão foi ousada. AA – O ladrão fugiu, ele realizou a ação, é termo
agente.
Aquela criança chora sem parar.
AA – “Aquela” é termo sem preposição, portanto só pode ser AA.
Ela é
igual ao pai. CN – “Ao pai” relaciona-se ao adjetivo “igual”.
O receio dos
especialistas é considerável. AA – Os especialistas tiveram receio,
eles realizaram a ação, é termo agente.
As casas de
madeira são ótimas no inverno. AA – O termo “de madeira” refere-se
ao substantivo concreto “casas”.
A
crítica ao professor foi correta. CN – O professor foi
criticado, ele sofreu a ação, é termo paciente.
amor de mãe – a mãe
pratica a ação de amar. Por apresentar idéia ativa, a expressão exerce a função
de adjunto adnominal;
amor à mãe – a mãe recebe
o amor. Como o valor é passivo, sua função é complemento nominal.
1ª.dica: À exceção da
preposição DE (que serve às duas funções), os complementos introduzidos por
qualquer outra preposição (a, em, por) será um complemento nominal
(chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao
povo, amor por alguém).
2ª.dica: Os complementos
que vierem sob a forma verbal são complementos nominais por apresentarem essa
ideia passiva. Exemplos:
“osso duro de roer”
= a ideia é “duro de ser roído” – ideia passiva è complemento nominal
Medo de cair = a ideia é
“de sofrer uma queda” – ideia passiva è complemento nominal
Essa notícia é difícil de
acreditar = a ideia é “difícil de ser acreditada” – ideia passiva è
complemento nominal.
“Tenho
medo de abrir! Vai que evapora!”
O primeiro elemento não deve ter
gerado dúvidas. Trata-se de um complemento verbal direto. Assim, a função
exercida por “medo”, em “tenho medo” é objeto direto.
O segundo elemento liga-se ao
primeiro por meio de preposição. O termo regente é medo, um substantivo
abstrato. Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é adjunto
adnominal ou complemento nominal.
Para isso, verificaremos o valor
da expressão no contexto: A ideia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore”
– ideia passiva (o envelope não vai abrir, mas ser aberto) é complemento
nominal.
Reconheço que a vontade é grande
de indicar a ideia ativa. Afinal, a lógica induz que o sujeito vai abrir o
envelope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se justifica pela
proximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pelo sujeito).
Contudo, é preciso fazer a
seguinte distinção: o que está relacionado a “abrir” não é o verbo “ter”, mas a
ideia da abertura – ideia passiva de o envelope ser aberto.
Quando o
núcleo for um substantivo concreto
- Substantivo concreto de raiz não verbal + estrutura 'DE + NOME', indicando especificidade, posse, matéria, origem – será Adjunto Adnominal:
loja de
brinquedos (especificidade), bola
de sabão (matéria), panela de
ferro (matéria),
estante de madeira (matéria), mulher de coragem (especificidade), livro da Maria (posse), etc.
estante de madeira (matéria), mulher de coragem (especificidade), livro da Maria (posse), etc.
- Substantivo concreto de raiz verbal terminados em “-dor” e “-tor” + a expressão 'DE + NOME':
a) Será Complemento Nominal
se o substantivo equivale a uma oração adjetiva:
(1) Prenderam o matador de
animais. [= que mata animais = or. adjetiva]
(2) Premiaram o comprador de garrafas. [= que compra garrafas = idem]
(3) Foi indiciado o falsificador de passaportes. [= que falsifica passaportes = idem]
(4) Identificaram o assassino do comerciante. [= que assassinou o comerciante = idem]
(5) Ele foi vendedor de livros. [= que vendia livros = idem]
(2) Premiaram o comprador de garrafas. [= que compra garrafas = idem]
(3) Foi indiciado o falsificador de passaportes. [= que falsifica passaportes = idem]
(4) Identificaram o assassino do comerciante. [= que assassinou o comerciante = idem]
(5) Ele foi vendedor de livros. [= que vendia livros = idem]
b) Será Complemento Nominal
se o substantivo tem o significado de instrumentos, ou seja, a seres
não-animados: Quebrador de nozes.
Detector de metais. Amassador de
alho. Aparador de papéis.
c) Será Adjunto Adnominal
se a expressão 'DE + NOME' equivale a uma locução adjetiva (qualidade,
delimitação, origem). Algumas vezes a expressão pode ser trocada por adjetivo
cognato:
Matador de sangue frio. Piloto de fórmula 1. Paulo é um sedutor de fama. (= famoso).
João é um vendedor de renome. (= renomado)
No entanto, o maior problema
parece relacionar-se com a expressão 'DE + NOME' quando ligada a um substantivo
abstrato. Seguem algumas anotações:
Quando o
núcleo (Nome) for um substantivo abstrato
Os substantivos abstratos têm
subclasses, que são: abstratos de ação, de processo e de estado. Pela regra
geral, os abstratos de ação caracterizam a expressão 'DE + NOME' em Complemento
Nominal, indicando uma atividade, e os abstratos de processo e de estado
caracterizam a expressão 'DE + NOME' em Adjunto Adnominal. Exemplos:
Complemento
Nominal:
nomeação do ministro - [alguém nomeou o ministro -> o ministro foi nomeado (passividade)]
expulsão dos invasores - [alguém expulsou os invasores -> os invasores foram expulsos (passividade)]
escolha do novo diretor - [alguém escolheu o diretor –> o diretor foi escolhido (passividade)]
nomeação do ministro - [alguém nomeou o ministro -> o ministro foi nomeado (passividade)]
expulsão dos invasores - [alguém expulsou os invasores -> os invasores foram expulsos (passividade)]
escolha do novo diretor - [alguém escolheu o diretor –> o diretor foi escolhido (passividade)]
nota:
A ação aqui descrita corresponde à origem deverbal do substantivo abstrato (nomear/nomeação; expulsar/expulsão; escolher/escolha). Por serem verbos transitivos deram origem à substantivos transitivos, ou seja, exigem complementos, pedem argumentos.
A ação aqui descrita corresponde à origem deverbal do substantivo abstrato (nomear/nomeação; expulsar/expulsão; escolher/escolha). Por serem verbos transitivos deram origem à substantivos transitivos, ou seja, exigem complementos, pedem argumentos.
Adjunto
Adnominal:
o crescimento da economia [crescer – processo (acontecimento)]
envelhecimento da pele [envelhecer – processo (acontecimento)]
queda da inflação [cair (inanimado) processo – acontecimento]
chegada da primavera [chegar (inanimado) - processo - acontecimento]
competência do ministro [ter competência – estado (qualidade]
sensibilidade da moça [ser sensível – estado (qualidade)]
a bravura dos soldados [ser bravo – estado (qualidade)]
o crescimento da economia [crescer – processo (acontecimento)]
envelhecimento da pele [envelhecer – processo (acontecimento)]
queda da inflação [cair (inanimado) processo – acontecimento]
chegada da primavera [chegar (inanimado) - processo - acontecimento]
competência do ministro [ter competência – estado (qualidade]
sensibilidade da moça [ser sensível – estado (qualidade)]
a bravura dos soldados [ser bravo – estado (qualidade)]
Subjetividade
VS Objetividade
Há casos, no entanto, em que a
expressão DE + NOME, mesmo ligada a um substantivo abstrato deverbal de ação
seja caracterizada como um Adjunto Adnominal. Por isso, o critério da
subjetividade VS objetividade parece ser o mais seguro para a distinção
entre os dois casos. Observa-se, pois:
Será Adjunto Adnominal se
expressão 'DE + NOME' estiver ligada a substantivo abstrato mesmo que seja de
ação, de processo ou de estado relacionada com a função de sujeito
(subjetividade):
A chegada
do papa. [o papa chega]
A corrida de cavalos. [os cavalos correm]
A chegada da primavera. [a primavera chega]
A ambição dos poderosos. [os poderosos são ambiciosos]
A bravura dos soldados. [soldados são bravos]
A dedicação do aluno foi notável. [o aluno dedicou-se]
A resposta do professor foi correta. - [o professor respondeu]
Recebemos notícia do repórter.[o repórter enviou notícia]
A crítica do jornalista foi exagerada. [o jornalista criticou]
A marcha dos soldados foi fantástica. [os soldados marcham]
O direito dos escravos. [os escravos têm direito]
A corrida de cavalos. [os cavalos correm]
A chegada da primavera. [a primavera chega]
A ambição dos poderosos. [os poderosos são ambiciosos]
A bravura dos soldados. [soldados são bravos]
A dedicação do aluno foi notável. [o aluno dedicou-se]
A resposta do professor foi correta. - [o professor respondeu]
Recebemos notícia do repórter.[o repórter enviou notícia]
A crítica do jornalista foi exagerada. [o jornalista criticou]
A marcha dos soldados foi fantástica. [os soldados marcham]
O direito dos escravos. [os escravos têm direito]
Será Complemento Nominal
se expressão 'DE + NOME' estiver ligada a substantivo abstrato mesmo que seja
de ação, de processo ou de estado relacionada com a função de objeto
(objetividade):
A matança
dos peixes. [alguém] mata peixes
A venda da fazenda. [alguém] vende a fazenda
A destruição da natureza. [alguém] destrói a natureza
O doente tentava o domínio da dor. [doente] dominava a dor
A compra da casa foi em novembro. [alguém] comprou a casa
A descoberta de ouro no Acre animou o pessoal. [alguém] descobre ouro
Eles estão em busca de pães e jornais. [buscam] pães e jornais
Conhecedor do assunto. [alguém] conhece o assunto
A resposta ao professor foi correta. [alguém] respondeu ao professor
Homenagem ao escritor. [alguém] homenageou o escritor
Recordação da cena fez-me triste. [recordei] a cena
Libertação dos escravos. [libertaram] os escravos
A venda da fazenda. [alguém] vende a fazenda
A destruição da natureza. [alguém] destrói a natureza
O doente tentava o domínio da dor. [doente] dominava a dor
A compra da casa foi em novembro. [alguém] comprou a casa
A descoberta de ouro no Acre animou o pessoal. [alguém] descobre ouro
Eles estão em busca de pães e jornais. [buscam] pães e jornais
Conhecedor do assunto. [alguém] conhece o assunto
A resposta ao professor foi correta. [alguém] respondeu ao professor
Homenagem ao escritor. [alguém] homenageou o escritor
Recordação da cena fez-me triste. [recordei] a cena
Libertação dos escravos. [libertaram] os escravos
O adjunto
adnominal é o termo da oração que acompanha e modifica um substantivo,
conferindo-lhe características e atributos. Acompanha sempre o substantivo
nuclear de uma determinada função sintática (do sujeito, do objeto
direto,…).
O adjunto
adnominal é um dos termos acessórios da oração. A classificação de uma palavra
em adjunto adnominal é feita apenas quando há uma análise sintática da
frase.
Sendo um
termo acessório da oração, o adjunto adnominal pode ser retirado da frase sem
alterar a sua estrutura sintática. Contudo, poderá também ser essencial para a
compreensão da mensagem transmitida.
Exemplos de adjuntos adnominais
Como o
adjunto adnominal apresenta uma função adjetiva, pode ser representado por um
adjetivo, por uma locução adjetiva, por um pronome adjetivo, por um numeral
adjetivo e por um artigo.
Exemplos de adjuntos adnominais representados por
adjetivos
- Agitada: Adoro música agitada.
- Branca: Aquela casa branca foi vendida.
- Inteligente: Surpreendentemente, foi dada uma resposta inteligente.
Exemplos de adjuntos adnominais representados por
pronomes adjetivos
- Meu: Meu carro está muito longe.
- Minhas: Minhas amigas prepararam tudo para a festa.
- Aquele: Aquele professor reprovou o aluno de propósito.
Exemplos de adjuntos adnominais representados por
numerais adjetivos
- Vinte: Vinte candidatos foram selecionados.
- Primeiro: O primeiro atleta foi o vencedor.
- Mil: O departamento recebeu mais de mil candidaturas à vaga de estagiário.
Exemplos de adjuntos adnominais representados por
locuções adjetivas
- De verão: Noites de verão são deliciosas!
- De abelha: Picadas de abelha doem muito.
- Do rio: A água do rio está poluída.
Exemplos de adjuntos adnominais representados por
artigos
- O: O aluno passou no teste.
- A: A menina era extremamente simpática.
- Uma: Você aceita uma fatia de bolo?
Quando o
substantivo é substituído por um pronome, todos os adjuntos adnominais são
igualmente substituídos pelo pronome, deixando de aparecer na frase.
Exemplos com substituição por pronomes
- Aquela saia rosa foi vendida = Ela foi vendida.
- Minhas queridas amigas esperaram por mim.= Elas esperaram por mim.
- Uma bola rápida atingiu o famoso jogador. = Ela atingiu-o.
Análise sintática com adjuntos adnominais
Uma dor
intensa atingiu o paciente moribundo.
Sujeito:
uma dor intensa
uma: adjunto adnominal
dor: núcleo do sujeito
intensa: adjunto adnominal
uma: adjunto adnominal
dor: núcleo do sujeito
intensa: adjunto adnominal
Predicado:
atingiu o paciente moribundo
atingiu: verbo transitivo direto, núcleo do predicado
objeto direto: o paciente moribundo
o: adjunto adnominal
paciente: núcleo do objeto direto
moribundo: adjunto adnominal
atingiu: verbo transitivo direto, núcleo do predicado
objeto direto: o paciente moribundo
o: adjunto adnominal
paciente: núcleo do objeto direto
moribundo: adjunto adnominal
Adjunto adnominal ou complemento nominal?
Embora
sejam parecidos e facilmente confundíveis, o adjunto adnominal e o complemento
nominal apresentam várias diferenças.
O adjunto
adnominal é dispensável, apresentado uma informação acessória a um nome. Já o
complemento nominal é obrigatório, sendo utilizado para completar o
sentido de um nome que apresenta uma significação incompleta.
O adjunto
adnominal se refere a um substantivo concreto, podendo ser ou não precedido de
uma preposição. Já o complemento nominal está relacionado com um substantivo
abstrato, adjetivo ou advérbio e é sempre precedido de uma preposição.
Adjunto
adnominal: Coração
de mãe é imenso!
Complemento nominal: Estamos longe de todos.
Complemento nominal: Estamos longe de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário