Cara de Índio- Djavan
Índio cara
pálida,
cara de
índio.
Índio cara
pálida,
cara de
índio.
Sua ação é
válida, meu caro índio.
Sua ação é
válida, válida ao índio.
Nessa terra
tudo dá,
terra de
índio.
Nessa terra
tudo dá,
não para o
índio.
Quando
alguém puder plantar,
quem sabe
índio.
Quando
alguém puder plantar,
não é índio.
Índio quer
se nomear,
nome de
índio.
Índio quer
se nomear,
duvido
índio.
Isso pode
demorar,
te cuida
índio.
Isso pode
demorar,
coisa de
índio.
Índio sua pipoca,
tá pouca
índio.
Índio quer
pipoca,
te toca
índio.
Se o índio
se tocar,
touca de
índio.
Se o índio
toca,
não chove
índio.
Se quer
abrir a boca,
pra sorrir
índio.
Se quer
abrir a boca,
na toca
índio.
A minha
também tá pouca,
cota de
índio.
Apesar da minha
roupa,
também sou
índio.
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Índios
Legião Urbana
Quem me dera
ao menos uma vez
Ter de volta
todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me
convencer que era prova de amizade
Se alguém
levasse embora até o que eu não tinha
Quem me dera
ao menos uma vez
Esquecer que
acreditei que era por brincadeira
Que se
cortava sempre um pano de chão
De linho
nobre e pura seda
Quem me dera
ao menos uma vez
Explicar o
que ninguém consegue entender
Que o que
aconteceu ainda está por vir
E o futuro
não é mais como era antigamente
Quem me dera
ao menos uma vez
Provar que
quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre
se convence que não tem o bastante
Fala demais
por não ter nada a dizer
Quem me dera
ao menos uma vez
Que o mais
simples fosse visto como o mais importante
Mas nos
deram espelhos
E vimos um
mundo doente
Quem me dera
ao menos uma vez
Entender
como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo
Deus foi morto por vocês
Sua maldade,
então, deixaram Deus tão triste
Eu quis o
perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude
trazer você de volta pra mim
Quando
descobri que é sempre só você
Que me
entende do início ao fim
E é só você
que tem a
Cura pro meu
vício de insistir
Nessa
saudade que eu sinto
De tudo que
eu ainda não vi
Quem me dera
ao menos uma vez
Acreditar
por um instante em tudo que existe
E acreditar
que o mundo é perfeito
E que todas
as pessoas são felizes
Quem me dera
ao menos uma vez
Fazer com
que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo
e mesmo assim
Ninguém lhe
diz ao menos obrigado
Quem me dera
ao menos uma vez
Como a mais
bela tribo
Dos mais
belos índios
Não ser
atacado por ser inocente
Eu quis o
perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude
trazer você de volta pra mim
Quando
descobri que é sempre só você
Que me
entende do início ao fim
E é só você
que tem a
Cura pro meu
vício de insistir
Nessa
saudade que eu sinto
De tudo que
eu ainda não vi
Nos deram
espelhos e vimos um mundo doente
Tentei
chorar e não consegui
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Todo Dia Era Dia de Índio
Baby do Brasil
Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar
Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim
Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis
Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril
Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril
Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar
Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora
Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria
Da alegria de viver!
Da alegria de viver!
E no entanto,hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim
Terêrê,oh yeah!
Terêreê,oh!
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Um Índio Caetano Veloso
Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
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segunda-feira, 29 de maio de 2017
índio - músicas apostila 5-
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