Resumo
O ESTUDANTE I –Adelaide Carraro;
Para que haja entendimento do livro Estudante II, segue resumo do livro
Estudante I
Dois irmãos, sempre muito unidos e amigos, entram na escola
juntos. Renato sempre foi o melhor aluno da classe sempre com as maiores notas
e também devido ao grande respeito que apresentava a todos os seus professores.
Sempre com o objetivo de ajudar as outras pessoas, ele era muito querido por
sua familia, por seus colegas e pelos habitantes de uma comunidade que ele, em
uma associação fundada com a ajuda de amigos do colégio Rio Negro ajudam,
chamada "Eu Sou Seu Amigo". Sempre ganhava medalhas de melhor aluno e
era exemplo para toda a escola.
Eles cresceram e continuaram amigos. Até que Renato faz amizade
com um menino que um dia lhe oferece um suposto remédio para dor de cabeça que
acaba o viciando.
Seu irmão, juntamente com um de seus professores, tentam
ajudá-lo a se afastar-se desse mundo, mas tudo foi em vão. Descobre-se que
Renato também trafica maconha e queria viciar Roberto e outros alunos.
Indignados, decidem acabar com o mal pela raiz e denunciar a quadrilha.
Com muito esforço conseguem, mas Renato não abandona as drogas e decide se vingar. À noite vai a sua casa
juntamente com seus amigos da quadrilha, e nisso tem uma discussão com o pai,
no fim da discussão dos dois o pai, acaba se revoltando com o estado do filho.
Ele pega uma arma dentro de casa e acaba matando seu próprio filho para não ser
morto por Renato. Só fica, então, Roberto como filho único, a única esperança
da família, único filho que não se envolveu com drogas. A mãe de Renato e
Roberto entra em depressão.
O Estudante II
Trata-se de uma carta que Roberto encaminha para a autora do
livro, a quem chama de “mestra” contando o que aconteceu com sua família após a
morte de Renato.
Roberto tinha 15 anos e sua irmãzinha – de criação/ adotada –
Rosana tinha 3 anos quando Renato
morreu.
Roberto estava inconformado com a tragédia que ocorrera em
sua casa. Seu pai – Dr. Mascarenhas - trancou-se no quarto de Renato e só chorava e
sua mãe ao saber da notícia do
falecimento do filho entrou em estado de choque – não se movia, olhar parado,
que parecia vidro, não falava, muito branca, cabelos em desalinho, que foi
necessário colocá-la numa clínica para tratamento. Foi escolhida uma clínica em
Campinas.
Roberto saia de São
Paulo e sempre ia visitá-la na clínica em Campinas. Descobriu que sua mãe,
apesar de todo o dinheiro que seu pai pagava à clínica, estava sendo mal cuidada. Nem a presença da doce Rosana
fizera com que a mãe de Roberto - dona
Lídia – reagisse.
Diante da não melhora de sua mãe Roberto resolve resgatá-la da clínica, e tem a ajuda
de Walter, o motorista da casa. É muito
trabalhoso, pois foi numa noite chuvosa, sua mãe precisou ser carregada – não andava, não falava , encontrava-se em estado
de choque -, resgatada e passada por
cima de um muro. Dito de outra forma, fora furtada da clínica.
Ao chegar em casa colocou
dona Lídia acomodada no quarto de Renato – seu irmão falecido – tratou
dela, com a ajuda da empregada Carmem e
sua mãe dormiu alimentada e sem ajuda de
remédios.
Após, sua intenção
era avisar ao pai do que fizera.
Ao se dirigir ao local onde estava seu
pai, estava tocando o telefone. Atendeu ao telefone, era da clínica informando
tratar-se de uma emergência. Prometeu
avisar ao pai, mas não o fez. No dia
seguinte levou o pai até o quarto, mostrou sua mãe dormindo, ocasião em
que pediu-lhe desculpas pelo “resgate” de sua mãe, justificando que não poderia deixá-la longe
deles, que naquele lar não precisaria
passar fome, do uso de tranquilizantes e nem de
choques como tratamento médico.
Assim inicia-se uma
nova fase na vida de Roberto e de sua
família. Após um ano, ainda, dona
Lídia não havia se recuperado conforma a
expectativa de Roberto e seu pai.
A irmã de Lídia não
se conformava com o tratamento dado à sua irmã, pois acreditava que com tanto
dinheiro que Dr. Mascarenhas possuía
não deveria permanecer aos cuidados dos médicos e do filho de dezesseis
anos, dentro da casa, opinião diversa de Roberto que acreditava que há cura com boa alimentação, carinho, amor,
tranquilidade e por estarem sempre junto
de pessoas que os animem.
Durante a conversa a irmã de Lídia confirmou que procuraria solução judicial
sobre a permanência do tratamento de Lídia.
Naquela noite ocorreu um fato que deixou a família muito feliz: Roberto encontrou dona Lídia em pé, perto de
sua cama, fitando-o. Ela olhava-o, bem como havia sorrido, ligado o botão que fazia
a orquestra dos anjinhos de Renato se movimentarem. Depois,
como se não os conhecesse, passou por eles, foi até sua cama, deitou-se,
cobriu-se e fechou os olhos, finalmente adormeceu. Que progresso! Quanta
alegria!.
Roberto propõe ao
pai que Rosana seja colocada numa escola e indica o Rio Negro, mas seu pai
sugere-lhe que procure pelo colégio Pequeno Rei, frequentado por crianças tremendamente selecionadas e que
têm dinheiro para a manutenção.
.....
A partir daqui a história que Roberto conta para a “mestra”
intitula-se O PEQUENO REI e passa a informar toda a trajetória do
desenvolvimento de Rosana, a irmã caçula de Roberto, que apesar de
demonstrar uma inteligência incomum,
apresenta um caráter um tanto arrogante e exibicionista.
Roberto, juntamente com seu pai, leva Rosana para conhecer a
escola e efetuar sua matrícula, mas quando o diretor constata que Rosana não é branca, recusa-se em recebe-la como aluna do colégio Pequeno Rei,
afirmando que as regras do colégio não aceitavam crianças de cor. Cor, como,
digamos...mulatas, isto na presença de Rosana.
Em decorrência da postura do diretor este foi agredido pelo pai de Roberto, bem
como houve diálogo entre os dois, quando o diretor justificava a
atitude de só receber alunos brancos e Dr. Mascarenhas após vários argumentos,
não obteve êxito diante da postura do diretor.
Dr. Mascarenhas foi até Brasília, solicitou que o Presidente da República – Dr. Figueiredo – intercedesse junto à direção do colégio, e, finalmente Rosana
foi aceita no colégio.
Nessa época Rosana, tão pequena, já demonstrava atitudes de
preconceito para com os empregados, era arrogante e muito vaidosa.
Com todo o acontecimento
sobre a matrícula, Roberto passou a observar a irmã e constatou que realmente Rosana estava se transformando, ficando mais
escura e os cabelos anelados em
pequenos caracóis. Como Rosana fora adotada pela família, perguntou-se: seria
Rosana filha de pretos? Estava absorto em seus pensamentos quando percebeu que
Rosaninha tinha em suas costas uma mancha avermelhada, em forma de coração. Ficou sabendo, por meio de Dalva – a
pajem – que aquela manchinha estava nascendo.
A imprensa procurou Dr. Mascarenhas para entrevista-lo e publicou a história de Rosana descrevendo que a linda boneca que
tem um coraçãozinho encravado o ombro,
foi barrada num dos mais caros colégios de São Paulo, porque um dos diretores a
achou negra. Que precisou a interferência do Presidente da República para que
ela fosse admitida como aluna. Na reportagem lembraram, também, que a mesma
fora adotada por imposição de Renato Lopes Mascarenhas, que, como todos devem
lembrar-se, foi assassinado pelo próprio
pai, que preferiu sacrificar a vida do
filho traficante e viciado em drogas que tentava matar o irmão, que havia denunciado à polícia a
poderosa quadrilha de traficantes que
agiam em inúmeros colégios. Expõe, também, a situação de dona Lídia, mãe de Renato, que
vivia como autômato. Finaliza a reportagem
dizendo que Deus mandou um anjo moreno de olhos de esmeralda que, com
certeza, faria com que todos seriam,
novamente felizes.
Para levar Rosaninha
ao colégio, foi selecionado um motorista, chamado Carlos de Souza, rapaz
de 30 anos, loiro e de olhos verdes. Que dirigiria o Alfa Romeo dourado que Dr. Mascarenhas comprara, a pedido de Rosaninha, pois o
diretor da escola tinha um igual,
Juntamente com Rosinha e Carlos iam acompanhados da pajem Dalva.
Rosaninha não gostava
de Carlos e o evitava. Roberto presenciava que Carlos a tratava bem, mas
seu coração não confiava em Carlos, ao ponto de acordar, uma noite, sonhando que Rosana não estava entre eles e
dirigiu-se ao quarto dela. Encontrou-a muito bem, dormindo.
Roberto conversando com seu pai avaliou a situação da família e como tudo estava normal,
pois dona Lídia estava progredindo, Rosaninha aceita no colégio, entre os
amigos, com a professora, serventes – a cor de Rosana vencera – , a saúde e negócios do Dr. Mascarenhas estavam bem, resolvera voltar
a estudar.
Logo em seguida, numa noite, Rosaninha fora sequestrada, de
dentro de casa.
Ao gritar que
raptaram Rosaninha, Dona Lídia saiu a situação em que se encontrava
desde a morte de Renato, reagindo à notícia do sequestro.
Por mais que se esforçaram, não foi possível impedir o
sequestro e nem acompanhar o carro que levava Rosana, mas Roberto consegue
capturar um dos bandidos e deixa-o aos cuidados de Carlos, que o deixa escapar.
A família ficou no aguardo do contato do sequestrador e manteve-se
em contato com a Polícia.
Delegado passou a fazer perguntas aos empregados. Dalva estava em estado de
choque, Cármem, a empregada da noite, disse não obter percebido qualquer
irregularidade e havia tomado chá que a Zefa, a cozinheira, sempre deixa
para ela tomar. Uma curiosidade que foi
contada sobre o chá, foi que desapareceu a garrafa térmica onde ficava o chá.
Também foram entrevistados os quatro seguranças sendo que um
deles lembrou-se que um dos carros da família
estava fora do lugar, função esta
de responsabilidade do Carlos.
Continuando, o Delegado
procurou fotos da Rosana, viu a matéria
no jornal e como bom observador, descobriu o coraçãozinho na pele de
Rosana.
Os sequestradores
ligaram e solicitaram que a polícia não
permanecesse no caso.
Faltavam ser entrevistados o
motorista Walter e o motorista,
de Rosana, Carlos.
O delegado não gostou da postura do Carlos e conduziu
muito bem a entrevista de forma que
Carlos manifestou-se alegando que Dalva
implorara que ele ficasse com ela e eles
ficaram juntos no quarto de Carlos, até que aconteceu o sequestro.
O policial solicitou ao Carlos que pulasse na piscina para
achar a garrafa térmica que sumira e foi a forma que escolheu para descobrir mais
informações sobre o Carlos. Não
acharam a garrafa térmica e despediu-se do Carlos dizendo que nada tinha contra ele.
Após a saída de Carlos,
o delegado contou à família
que acreditava ser o Carlos o “cabeça”
do sequestro. Comentou que o sequestro não era por dinheiro, nem vingança dos
traficantes amigos de Renato, mas acreditava que Carlos era o pai de Rosaninha,
pois o mesmo coraçãozinho escarlate que Rosaninha tinha, o Carlos também tinha nas costas.
Tão logo Carlos saiu da casa, foi seguido pelos policiais da equipe, enquanto o delegado falava com Dalva que comentou que Carlos
insistiu que ela fosse em seu quarto e tomasse o chá. Zefa ouviu a resposta de
Dalva e desmaiou.
Assim, todo o mistério fora desvendado, Zefa era a verdadeira mãe de Rosaninha e
Carlos o seu pai. Zefa contou que por ela ter dado a filha Carlos não a
perdoava e não sabia onde estava a criança, mas tinha certeza de que ele
mataria a filha, por vingança.
O delegado perguntou onde poderia encontrar o Carlos e soube
que ele tinha um casebre num canavial em
Vinhedo.
O delegado, sua equipe, Dr. Mascarenhas, Zefa e Roberto
dirigiram-se para o local, onde houve troca de tiros mas foi um sucesso o
resgate de Rosana e, durante o resgate
Carlos foi morto.
Foi sugerida a troca dos empregados para que o assunto não
fosse lembrado e Rosana não soubesse que era adotada.
Permaneceram somente Walter, o motorista e Zefa, a mãe de
Rosaninha, pois aquela implorou para dona Lídia que permanecesse junto à filha.
Foram passar uma temporada na fazenda, para esquecimento do
que ocorrera.
Também a família resolveu comprar outra casa para morarem,
de forma que fosse afastada lembrança tão ruim. A casa antiga foi doada a
Roberto.
Roberto voltou a estudar e preparava-se para ser engenheiro.
Na casa nova Rosaninha se comportava, às vezes, com finura
de pessoas de alta classe e lembrava muito Renato quando pequeno, exigindo que
os empregados lhe amarrassem os sapatos, pegassem tudo o que caía e que
permanecessem a sua volta, satisfazendo-lhe as
vontades. Pelo fato do pai fazer todas as vontades de Rosaninha, dona
Lídia achava-a independente, orgulhosa e às vezes má, principalmente como
tratava aos empregados. Tinha aversão, raiva e ódio por Zefa. Chegou a comentar
com o irmão que ela era uma negra idiota, cozinheira bastarda, cabeça de
macaco, intitulando-se racista.
Roberto foi estudar nos Estados Unidos e ficou 6 anos fora
de São Paulo e do Brasil.
Retorna ao Brasil, estando com vinte e quatro anos e Rosaninha já está com onze anos. Roberto
ganha um escritório, se seu pai, na Avenida Paulista.
Roberto relembra que Renato encontrou Rosaninha, que fora
adotada e a família sempre preservou-a
da história da adoção.
Passado algum tempo Rosaninha contou à família que a professora havia solicitado uma redação
sobre a família, momento em que uma
coleguinha levantou-se e disse que outra coleguinha não poderia fazer a redação
pois fora adotada. Rosaninha reagiu ao
fato da adoção :”credo, que vergonha! Ser adotada!.
Aconteceu um incidente, quando Rosana pediu ao irmão, que
para comemorar seu aniversário gostaria de
usar o jardim da casa. Rosaninha gostaria de pegar, na antiga casa, um livro com os
modelos de vestidos antigos. Roberto deu a ela a chave da casa e durante a
pesquisa ela localizou as reportagens do
caso Rosana Lopes Mascarenha, a filha adotiva. Rosaninha esperneou, gritou com
o irmão, com a mãe, chamando-os de
traidores, porcos, mentirosos,
alegou ser uma abandonada, enjeitada, repudiada. Saiu da casa antiga e foi, de
carro, com o chofer e a pajem, para a
atual casa.
Quando Roberto e dona Lídia chegaram em casa souberam que
Rosana teria descido do carro na Praça da Sé, dizendo:”Vou para o meu lugar. Lá
onde ficam as crianças abandonadas e sem família” não retornando para casa.
Roberto foi à procura de Rosana até a Praça da Sé
encontrou-a, mas ficou por perto
observando o que se passava. Ela fora abordada
por moleques de rua que lhe ofereceram
cola de sapateiro, cigarro, pinga. Rosana estava rodeada pelos
moleques e presenciou eles furtando
bolsa de moça que passava pelo loca,
dinheiro de senhor idoso, sendo que depois se reuniam para dividir o
produto do furto. Soube que alguns moravam na rua desde quatro anos de idade,
outros tinham para e mãe, bêbados e desempregados que mandavam as crianças
pedir esmola. Contaram para ela que se chegassem em casa sem dinheiro
apanhavam, motivo que preferiam permanecer na Praça.
Roberto ouve quando um dos garotos dizem para Rosana que é o
mesmo que não ter família e permanecem alí na esperança de que alguém passe e
diga: “ _ Puxa, que menino bonito! Vou adotar ele”. Continuando o menino diz
que se alguém os adotassem eles não estariam ali.
Rosana conta que é adotada, momento em que os garotos se
afastam dela, pois estava chegando um
rapaz xingando, com os olhos
vermelhos pela droga e lhe arrancou a
correntinha, sendo que posteriormente outros lhe furtaram as fivelas de
ouro que trazia no cabelo, a blusa, deixando-a somente com a camisa e saia.
Um dos garotos -
Vitor - avisou que a polícia estava
chegando, todos se retiraram e ele ficou com a Rosaninha. Disse que ela que
havia mentido sobre a polícia e precisariam fugir, pois caso contrário
apanhariam dos garotos e garotas.
Rosana achou melhor
ir para casa, saiu correndo e disse para Vitor que solicitaria a seu irmão para buscá-lo.
Roberto negou com um taxista para pegar Rosaninha e leva-la para casa, o que foi
feito.
Roberto seguiu o taxi até sua casa e entrou em contato com
os pais dizendo que Rosana estava voltando.
Rosaninha foi recebida pelos pais e disse que os amava muito. Deu um abraço em Roberto
quando este disse-lhe: “ – Aposto que está atrasada para o jantar. Ela riu,
entre lágrimas e disse: - Estou, mas
será a última vez.
Roberto termina a carta informando à Adelaide que trata-se
de parte de sua vida sem a presença do
seu adorado irmão Renato. Informa que está no ano de 1983 e em 1988 contará
outra parte da sua vida.
Li esse livro aos 13 anos, quase 20 anos atrás e foi tão impactante que nunca quis experimentar qualquer tipo de droga, nem por vontade, nem por curiosidade. Realmente essencial.
ResponderExcluirÉ uma história atemporal, que no meu ponto de vista produz gatilhos benéficos. Sempre tive em mente que quando tivesse filhos, ao invés de usar a didática clichê de combate às drogas, os conduziria à leitura dele.
Eu fui atrás do Roberto. Andei por quase o Morumbi inteiro, cheguei muito próximo pois um segurança do hospital Albert Einstein me confirmou que Roberto, de fato, era um dos engenheiros responsáveis pela nova construção na época. Eu devo ter batido em umas 50 mansões procurando por ele. Muitas pessoas confirmaram que ele realmente existia e morava lá, mas não sabiam informar a casa. Enfim, eu era uma adolescente na época, no auge dos meus 13 anos.
ResponderExcluir