segunda-feira, 29 de maio de 2017

RESUMO: O ESTUDANTE I- Adelaide Carraro



Resumo
O ESTUDANTE I –Adelaide Carraro;
Para que haja entendimento do  livro Estudante II, segue resumo do livro Estudante I
Dois irmãos, sempre muito unidos e amigos, entram na escola juntos. Renato sempre foi o melhor aluno da classe sempre com as maiores notas e também devido ao grande respeito que apresentava a todos os seus professores. Sempre com o objetivo de ajudar as outras pessoas, ele era muito querido por sua familia, por seus colegas e pelos habitantes de uma comunidade que ele, em uma associação fundada com a ajuda de amigos do colégio Rio Negro ajudam, chamada "Eu Sou Seu Amigo". Sempre ganhava medalhas de melhor aluno e era exemplo para toda a escola.
Eles cresceram e continuaram amigos. Até que Renato faz amizade com um menino que um dia lhe oferece um suposto remédio para dor de cabeça que acaba o viciando.
Seu irmão, juntamente com um de seus professores, tentam ajudá-lo a se afastar-se desse mundo, mas tudo foi em vão. Descobre-se que Renato também trafica maconha e queria viciar Roberto e outros alunos. Indignados, decidem acabar com o mal pela raiz e denunciar a quadrilha.
Com muito esforço conseguem, mas Renato não abandona as drogas e decide se vingar. À noite vai a sua casa juntamente com seus amigos da quadrilha, e nisso tem uma discussão com o pai, no fim da discussão dos dois o pai, acaba se revoltando com o estado do filho. Ele pega uma arma dentro de casa e acaba matando seu próprio filho para não ser morto por Renato. Só fica, então, Roberto como filho único, a única esperança da família, único filho que não se envolveu com drogas. A mãe de Renato e Roberto entra em depressão.

O Estudante II
Trata-se de uma carta que Roberto encaminha para a autora do livro, a quem chama de “mestra” contando o que aconteceu com sua família após a morte de Renato.
Roberto tinha 15 anos e sua irmãzinha – de criação/ adotada – Rosana tinha 3 anos quando  Renato morreu.
Roberto estava inconformado com a tragédia que ocorrera em sua casa. Seu pai – Dr. Mascarenhas -  trancou-se no quarto de Renato e só chorava e sua mãe ao saber  da notícia do falecimento do filho entrou em estado de choque – não se movia, olhar parado, que parecia vidro, não falava, muito branca, cabelos em desalinho, que foi necessário colocá-la numa clínica para tratamento. Foi escolhida uma clínica em Campinas.
Roberto  saia de São Paulo e sempre ia visitá-la na clínica em Campinas. Descobriu que sua mãe, apesar de todo o dinheiro que seu pai pagava à clínica, estava sendo  mal cuidada. Nem a presença da doce Rosana fizera com que a mãe de Roberto  - dona Lídia – reagisse.
Diante da não melhora de sua mãe Roberto  resolve resgatá-la da clínica, e tem a ajuda de Walter, o motorista da casa.   É muito trabalhoso, pois foi numa noite chuvosa, sua mãe  precisou ser carregada – não  andava, não falava , encontrava-se em estado de choque  -, resgatada e passada por cima de um muro. Dito de outra forma, fora furtada da clínica.
Ao chegar em casa colocou  dona Lídia acomodada no quarto de Renato – seu irmão falecido – tratou dela, com a ajuda da empregada  Carmem e sua mãe dormiu alimentada e sem  ajuda de remédios.
Após, sua intenção  era avisar  ao pai do que fizera. Ao se dirigir  ao local onde estava seu pai, estava tocando o telefone. Atendeu ao telefone, era da clínica informando tratar-se  de uma emergência. Prometeu avisar  ao pai, mas não o fez. No dia seguinte levou o pai até o quarto, mostrou sua mãe dormindo, ocasião em que   pediu-lhe desculpas pelo “resgate” de sua mãe,  justificando que não poderia deixá-la longe deles, que naquele lar  não precisaria passar fome, do uso de tranquilizantes e nem de  choques como tratamento médico.
Assim  inicia-se uma nova fase na vida de Roberto  e de sua família. Após um ano, ainda, dona Lídia não havia se recuperado conforma a  expectativa de Roberto e seu pai.
A irmã de Lídia  não se conformava com o tratamento dado à sua irmã, pois acreditava que com tanto dinheiro que Dr. Mascarenhas possuía   não deveria permanecer aos cuidados dos médicos e do filho de dezesseis anos, dentro da casa, opinião diversa de Roberto que acreditava que  há cura com boa alimentação, carinho, amor, tranquilidade e por estarem  sempre junto de pessoas que os animem.
Durante a conversa a irmã de Lídia  confirmou que procuraria solução judicial sobre a permanência do tratamento de Lídia.
Naquela noite ocorreu um fato  que deixou a família muito feliz:  Roberto encontrou dona Lídia em pé, perto de sua cama, fitando-o. Ela olhava-o, bem como havia sorrido, ligado o botão  que fazia  a orquestra dos anjinhos de Renato se movimentarem.  Depois,  como se não os conhecesse, passou por eles, foi até sua cama, deitou-se, cobriu-se e fechou os olhos, finalmente adormeceu. Que progresso! Quanta alegria!.
  Roberto propõe ao pai que Rosana seja colocada numa escola e indica o Rio Negro, mas seu pai sugere-lhe que procure pelo colégio Pequeno Rei, frequentado  por crianças tremendamente selecionadas e que têm dinheiro para a manutenção.
.....
A partir daqui a história que Roberto conta para a “mestra” intitula-se O PEQUENO REI e passa a informar toda a trajetória do desenvolvimento de Rosana, a irmã caçula de Roberto, que apesar de demonstrar  uma inteligência incomum, apresenta um caráter um tanto arrogante e exibicionista.
Roberto, juntamente com seu pai, leva Rosana para conhecer a escola e efetuar sua matrícula, mas quando o diretor  constata que Rosana  não é branca, recusa-se em  recebe-la como aluna do colégio Pequeno Rei, afirmando que as regras do colégio não aceitavam crianças de cor. Cor, como, digamos...mulatas, isto na presença de Rosana.
Em decorrência da postura do diretor  este foi agredido pelo pai de Roberto, bem como  houve diálogo  entre os dois, quando o diretor justificava a atitude de só receber alunos brancos e Dr. Mascarenhas após vários argumentos, não obteve êxito diante da postura do diretor.
Dr. Mascarenhas foi até Brasília, solicitou que o  Presidente da República – Dr.  Figueiredo – intercedesse junto  à direção do colégio, e, finalmente Rosana foi aceita no colégio.
Nessa época Rosana, tão pequena, já demonstrava atitudes de preconceito para com os empregados, era arrogante e muito vaidosa.
Com todo o acontecimento  sobre a matrícula, Roberto passou a observar a irmã e constatou que  realmente Rosana  estava se transformando,  ficando mais  escura e os cabelos  anelados em pequenos caracóis. Como Rosana fora adotada pela família, perguntou-se: seria Rosana filha de pretos? Estava absorto em seus pensamentos quando percebeu que Rosaninha tinha em suas costas uma mancha avermelhada, em forma de  coração. Ficou sabendo, por meio de Dalva – a pajem – que aquela manchinha estava nascendo.
A imprensa procurou Dr. Mascarenhas para entrevista-lo e  publicou a história  de Rosana descrevendo que a linda boneca que tem um coraçãozinho encravado  o ombro, foi barrada num dos mais caros colégios de São Paulo, porque um dos diretores a achou negra. Que precisou a interferência do Presidente da República para que ela fosse admitida como aluna. Na reportagem lembraram, também, que a mesma fora adotada por imposição de Renato Lopes Mascarenhas, que, como todos devem lembrar-se, foi  assassinado pelo próprio pai, que preferiu  sacrificar a vida do filho traficante e viciado em drogas que tentava matar  o irmão, que havia denunciado à polícia a poderosa quadrilha de traficantes que  agiam em inúmeros colégios. Expõe, também,  a situação de dona Lídia, mãe de Renato, que vivia como autômato. Finaliza a reportagem  dizendo que Deus mandou um anjo moreno de olhos de esmeralda que, com certeza, faria com que todos  seriam, novamente felizes.
Para levar Rosaninha  ao colégio, foi selecionado um motorista, chamado Carlos de Souza, rapaz de 30 anos, loiro e de olhos verdes. Que dirigiria o Alfa Romeo dourado   que Dr. Mascarenhas  comprara, a pedido de Rosaninha, pois o diretor  da escola tinha um igual, Juntamente com Rosinha e Carlos iam acompanhados da pajem Dalva.
Rosaninha não gostava  de Carlos e o evitava. Roberto presenciava que Carlos a tratava bem, mas seu coração não confiava em Carlos, ao ponto de acordar, uma noite,  sonhando que Rosana não estava entre  eles e  dirigiu-se ao quarto dela. Encontrou-a muito bem, dormindo.
Roberto conversando com seu pai avaliou  a situação da família e como tudo estava normal, pois dona Lídia estava progredindo, Rosaninha aceita no colégio, entre os amigos, com a professora, serventes – a cor de Rosana vencera – ,  a saúde e negócios do  Dr. Mascarenhas estavam bem, resolvera voltar a estudar.
Logo em seguida, numa noite, Rosaninha fora sequestrada, de dentro de casa.
Ao gritar que  raptaram Rosaninha, Dona Lídia saiu a situação em que se encontrava desde a morte de Renato, reagindo à notícia do sequestro.
Por mais que se esforçaram, não foi possível impedir o sequestro e nem acompanhar o carro que levava Rosana, mas Roberto consegue capturar um dos bandidos e deixa-o aos cuidados de Carlos, que o deixa escapar.
A família ficou no aguardo do contato do sequestrador e manteve-se em contato com a   Polícia.
Delegado passou a fazer perguntas  aos empregados. Dalva estava em estado de choque, Cármem, a empregada da noite, disse não obter percebido qualquer irregularidade e  havia tomado chá  que a Zefa, a cozinheira, sempre deixa para  ela tomar. Uma curiosidade que foi contada sobre o chá, foi que desapareceu a garrafa térmica onde ficava o chá.
Também foram entrevistados os quatro seguranças sendo que um deles lembrou-se que um dos carros da família  estava fora do lugar, função esta  de responsabilidade do Carlos.
Continuando, o Delegado  procurou  fotos da Rosana,  viu a matéria  no jornal e como bom observador, descobriu o coraçãozinho na pele de Rosana.
 Os sequestradores ligaram e solicitaram  que a polícia não permanecesse no caso.
Faltavam ser entrevistados o  motorista Walter  e o motorista, de Rosana, Carlos.
O delegado não gostou da postura do Carlos e conduziu muito  bem a entrevista de forma que Carlos  manifestou-se alegando que Dalva implorara  que ele ficasse com ela e eles ficaram juntos no quarto de Carlos, até que aconteceu o sequestro.
O policial solicitou ao Carlos que pulasse na piscina para achar a garrafa térmica que sumira e foi a forma que escolheu para  descobrir mais  informações sobre o Carlos.  Não acharam a  garrafa térmica e despediu-se  do Carlos dizendo que nada tinha contra ele.
Após a saída de Carlos,  o delegado  contou à família que  acreditava ser o Carlos o “cabeça” do sequestro. Comentou que o sequestro não era por dinheiro, nem vingança dos traficantes amigos de Renato, mas acreditava que Carlos era o pai de Rosaninha, pois o mesmo coraçãozinho escarlate que Rosaninha tinha, o Carlos também  tinha nas costas.
Tão logo Carlos saiu da casa, foi seguido pelos  policiais da equipe, enquanto o delegado  falava com Dalva que comentou que Carlos insistiu que ela fosse em seu quarto e tomasse o chá. Zefa ouviu a resposta de Dalva e desmaiou.
Assim, todo o mistério fora desvendado,  Zefa era a verdadeira mãe de Rosaninha e Carlos o seu pai. Zefa contou que por ela ter dado a filha Carlos não a perdoava e não sabia onde estava a criança, mas tinha certeza de que ele mataria a filha, por vingança.
O delegado perguntou onde poderia encontrar o Carlos e soube que ele tinha um casebre num canavial  em Vinhedo.
O delegado, sua equipe, Dr. Mascarenhas, Zefa e Roberto dirigiram-se para o local, onde houve troca de tiros mas foi um sucesso o resgate de Rosana  e, durante o resgate Carlos foi morto.
Foi sugerida a troca dos empregados para que o assunto não fosse lembrado e Rosana não soubesse que era adotada.

Permaneceram somente Walter, o motorista e Zefa, a mãe de Rosaninha, pois aquela implorou para dona Lídia que permanecesse junto  à filha.
Foram passar uma temporada na fazenda, para esquecimento do que ocorrera.
Também a família resolveu comprar outra casa para morarem, de forma que fosse afastada lembrança tão ruim. A casa antiga foi doada a Roberto.
Roberto voltou a estudar e preparava-se para ser engenheiro.
Na casa nova Rosaninha se comportava, às vezes, com finura de pessoas de alta classe e lembrava muito Renato quando pequeno, exigindo que os empregados lhe amarrassem os sapatos, pegassem tudo o que caía e que permanecessem a sua volta, satisfazendo-lhe as  vontades. Pelo fato do pai fazer todas as vontades de Rosaninha, dona Lídia achava-a independente, orgulhosa e às vezes má, principalmente como tratava aos empregados. Tinha aversão, raiva e ódio por Zefa. Chegou a comentar com o irmão que ela era uma negra idiota, cozinheira bastarda, cabeça de macaco, intitulando-se  racista.
Roberto foi estudar nos Estados Unidos e ficou 6 anos fora de São Paulo e do Brasil.
Retorna ao Brasil, estando com vinte e quatro anos  e Rosaninha já está com onze anos. Roberto ganha um escritório, se seu pai, na Avenida Paulista.
Roberto relembra que Renato encontrou Rosaninha, que fora adotada e a família  sempre preservou-a da história da adoção.
Passado algum tempo Rosaninha contou à família que  a professora havia solicitado uma redação sobre a  família, momento em que uma coleguinha levantou-se e disse que outra coleguinha não poderia fazer a redação pois fora adotada. Rosaninha reagiu  ao fato da adoção :”credo, que vergonha! Ser adotada!.
Aconteceu um incidente, quando Rosana pediu ao irmão, que para comemorar seu aniversário gostaria de  usar o jardim da casa. Rosaninha gostaria de  pegar, na antiga casa, um livro com os modelos de vestidos antigos. Roberto deu a ela a chave da casa e durante a pesquisa ela  localizou as reportagens do caso Rosana Lopes Mascarenha, a filha adotiva. Rosaninha esperneou, gritou com o irmão, com a mãe, chamando-os de  traidores, porcos,  mentirosos, alegou ser uma abandonada, enjeitada, repudiada. Saiu da casa antiga e foi, de carro, com o chofer e a pajem,  para a atual casa.
Quando Roberto e dona Lídia chegaram em casa souberam que Rosana teria descido do carro na Praça da Sé, dizendo:”Vou para o meu lugar. Lá onde ficam as crianças abandonadas e sem família”  não retornando para casa.

Roberto foi à procura de Rosana até a Praça da Sé encontrou-a, mas  ficou por perto observando o que se passava. Ela fora abordada  por moleques de rua que lhe ofereceram  cola de sapateiro, cigarro, pinga. Rosana estava rodeada pelos moleques  e presenciou eles furtando bolsa de moça que passava pelo loca,  dinheiro de senhor idoso, sendo que depois se reuniam para dividir o produto do furto. Soube que alguns moravam na rua desde quatro anos de idade, outros tinham para e mãe, bêbados e desempregados que mandavam as crianças pedir esmola. Contaram para ela que se chegassem em casa sem dinheiro apanhavam, motivo que preferiam permanecer na Praça.
Roberto ouve quando um dos garotos dizem para Rosana que é o mesmo que não ter família e permanecem alí na esperança de que alguém passe e diga: “ _ Puxa, que menino bonito! Vou adotar ele”. Continuando o menino diz que se alguém os adotassem eles não estariam ali.
Rosana conta que é adotada, momento em que os garotos se afastam dela, pois estava chegando um  rapaz  xingando, com os olhos vermelhos pela droga e lhe arrancou a  correntinha, sendo que posteriormente outros lhe furtaram as fivelas de ouro que trazia no cabelo, a blusa, deixando-a somente com a camisa e saia.
Um dos garotos  - Vitor - avisou que  a polícia estava chegando, todos se retiraram e ele ficou com a Rosaninha. Disse que ela que havia mentido sobre a polícia e precisariam fugir, pois caso contrário apanhariam dos garotos e garotas.
Rosana achou melhor  ir para casa, saiu correndo e disse para Vitor que   solicitaria a seu irmão para  buscá-lo.
Roberto negou com um taxista para pegar  Rosaninha e leva-la para casa, o que foi feito.
Roberto seguiu o taxi até sua casa e entrou em contato com os pais dizendo que Rosana estava voltando.
Rosaninha foi recebida pelos pais e disse que  os amava muito. Deu um abraço em Roberto quando este disse-lhe: “ – Aposto que está atrasada para o jantar. Ela riu, entre lágrimas e disse: - Estou,  mas será a última vez.
Roberto termina a carta informando à Adelaide que trata-se de parte de sua vida sem  a presença do seu adorado irmão Renato. Informa que está no ano de 1983 e em 1988 contará outra parte da sua vida.

2 comentários:

  1. Li esse livro aos 13 anos, quase 20 anos atrás e foi tão impactante que nunca quis experimentar qualquer tipo de droga, nem por vontade, nem por curiosidade. Realmente essencial.
    É uma história atemporal, que no meu ponto de vista produz gatilhos benéficos. Sempre tive em mente que quando tivesse filhos, ao invés de usar a didática clichê de combate às drogas, os conduziria à leitura dele.

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  2. Eu fui atrás do Roberto. Andei por quase o Morumbi inteiro, cheguei muito próximo pois um segurança do hospital Albert Einstein me confirmou que Roberto, de fato, era um dos engenheiros responsáveis pela nova construção na época. Eu devo ter batido em umas 50 mansões procurando por ele. Muitas pessoas confirmaram que ele realmente existia e morava lá, mas não sabiam informar a casa. Enfim, eu era uma adolescente na época, no auge dos meus 13 anos.

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