LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE
TEXTO
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VALOR: +
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07/ AGOSTO/2017
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3º
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TAREFA
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INSTRUÇÕES PARA REALIZAR A
REDAÇÃO (FAÇA O RASCUNHO NO CADERNO)
1.
Leia
com calma e atenção as orientações propostas,
2.
A
produção deverá ser escrita com caneta
(TINTA) -azul ou preta, faça um rascunho e transfira para esta folha
definitiva.
3.
Não
faça rasuras: não rabisque, não utilize corretivo líquido, nem desenhe na
redação.
4.
Escreva
com letra legível as informações da redação, revisando-as antes de
devolvê-la.
Lembre-se
de manter: GÊNERO, GRAFIA, GRAMATICIDADE, TEXTUALIDADE , DISCURSIVIDADE
|
Caulos. “Vida de passarinho”. Porto Alegre: L&PM, 1989. p.48.
1.
Por que o
joão-de-barro decide se mudar para o Planeta Marte? Porque “lá não tem
caçador!”. Por meio do diálogo entre o sabiá e o joão-de-barro, o texto nos
leva à reflexão sobre a DESTRUIÇÃO DA FAUNA.
O que você pensa sobre esse tema?
Reflita bastante e, na sequência, produza um texto em que você apresenta a
sua opinião sobre a questão ambiental retratada.
2. O seu texto deverá apresentar a seguinte
estrutura:
Início
(apresentação do tema- o que é a destruição da fauna?)
Meio (cite as
suas ideias sobre o tema com explicações ,mostrando que suas ideias estão
corretas)
POR EXEMPLO: Quais as
principais causas da destruição da fauna? Comentar , explicar sobre duas
causas. (faça um parágrafo para cada causa.)
Fim ( Qual é
a sua opinião final?).Por exemplo: O
que poderia ser feito para solucionar o problema da destruição da fauna?
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE
TEXTO
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VALOR: +
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8º E.F.
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14/ AGOSTO/2017
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3º
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TAREFA
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Leia
Produção de texto:
E você? Se pudesse fazer qualquer pedido, o que seria?
Gostaria de riquezas e poder assim como o Calvin? Ou pensa em algo diferente
como o tigre Haroldo? Reflita bastante sobre essa pergunta. Em seguida, produza
um texto em que você apresente o seu
pedido e os motivos de sua escolha. Seja convincente!
Não se esqueça: NÃO USE O PRONOME EU ( pelo verbo já sabemos quem fez a ação: Fiz, Acho, Gosto)
1.
Dê um título
ao seu texto.
2.
O seu texto
deverá seguir esta estrutura:
·
Início- Introdução
(apresentação do pedido- O que você
pediria?)
·
Meio - Desenvolvimento
(os motivos de sua escolha com argumentos)- Por que escolheu ..? Será a melhor solução?
3.
Fim- Conclusão
(sua opinião final sobre o pedido feito). Use: portanto, assim, finalmente, Dessa forma
4.
Escreva o seu
texto segundo a norma culta da língua.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE
TEXTO
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VALOR: +
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8º E.F.
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21/ AGOSTO/2017
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3º
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TAREFA
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Produção de
texto - NARRATIVA
Orientações:
1º: Observe,
atentamente, a sequência de imagens do Garfield
com seu dono ( Jon
Arbuckle):
2º: Produza uma
narrativa , a partir da sequência observada. Dessa forma, o seu texto deverá
apresentar a seguinte estrutura:• Início
• Meio • Fim
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LÍNGUA PORTUGUESA
DUPLA Professora:
Bernadete
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Bimestre
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PRODUÇÃO DE
TEXTO
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VALOR: +
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8º E.F.
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28/ AGOSTO/2017
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3º
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TAREFA
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LEIA: Texto I -
Baleia Azul, o jogo suicida que preocupa o Brasil e o mundo.
Um
dos assuntos que mais tem gerado preocupação no Brasil e no mundo é o jogo
virtual da Baleia Azul( Blue Whale). O passatempo, disputado pelas redes
sociais, propõe ao jogador 50 desafios macabros que vão desde a automultilação
até o suicídio. O game funciona como uma espécie de "siga o mestre" -
quem dita as regras e propõe os desafios é um mentor denominado “curador”, o
qual envia aos participantes mensagens com instruções do que fazer e solicita
fotos como prova do cumprimento das tarefas.
Os jogadores
geralmente são crianças e adolescentes, que, além de estarem mais suscetíveis a
influências de terceiros, passam mais tempo em redes sociais. Tudo começa de
maneira "leve" - no início,
são delegadas aos jogadores tarefas como assistir a filmes de terror, ouvir
músicas psicodélicas e desenhar uma baleia azul em um papel. Com o passar dos
dias, os adolescentes chegam a ser desafiados a se pendurarem em lugares altos
e se automutilarem, ou até tirarem a própria vida.
Ao que tudo
indica, o jogo Baleia Azul teve início na Rússia, em 2015, quando uma jovem de
15 anos cumpriu a última tarefa e pulou do alto de um edifício. Dias depois,
uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Os episódios fizeram
as autoridades do país começarem uma investigação que ligou os incidentes a um
grupo que participava de um desafio com 50 missões.https://noticias.terra.com.br/brasil/baleia-azul-o-jogo-suicida-que-preocupa-o-brasil-e-o-mundo-
adaptado
Pense: Qual é a ideia principal
do texto? Qual é a mensagem? O que o texto informa? O que o texto transmite?
Texto II - Como os cibercriminosos agem?
O
mentor”curador” ameaça as crianças e adolescentes com seus dados pessoais, como
por exemplo, nome completo, escola onde estuda e até mesmo endereço, dados
obtidos de maneira criminosa na internet.
Com os
dados em mãos o criminoso faz ameaças aos amigos e família da vítima obrigando-a
a participar dos desafios, é desta forma que vem agindo um dos cibercriminosos
identificado como Victor Moreira que enviou a seguinte tarefa para uma de suas
vítimas: "Primeira tarefa: desenhe uma baleia com estilete no braço,
depois tire uma foto quando estiver sangrando e me envie". Victor afirmou
para o participante que caso não recebesse a foto em 10 minutos, ele seria
responsável pela morte de seus amigos e familiares.
Mas fique
atento: Isto não é um jogo, é sim uma maneira de cometer um crime hediondo.
Esses “curadores” são criminosos que arquitetaram uma maneira rápida e prática
para praticar o mal.
http://br.blastingnews.com/brasil/2017/04/desafio-da-baleia-azul-jogo-do-suicidio-chega-ao-brasil-e-ja-ha-vitimas-001621133.html-
adaptado
Pense: Qual é a ideia principal
do texto? Qual é a mensagem? O que o texto informa? O que o texto transmite?
III- 10 Dicas de
prevenção
1.Não fique
trancado no quarto por muito tempo sozinho; nem ouvindo sons com temas fúnebres
ou depressivos.
2.Se está sofrendo
com algum problema “fale”, peça ajuda aos seus pais ou para uma pessoa adulta
de confiança;
3.Leve seus amigos
para sua casa de vez em quando. Dê oportunidade para que seus pais façam parte
da sua vida. Não se exclua.
4.Tenha intimidade
com seus pais, faça projetos de vida juntos; tracem metas como uma viagem ou
até algo mais simples como programar um fim de semana.
5. Sinta-se à
vontade para falar com seus pais sobre suas frustrações e anseios.
6.Divida suas
angústia com quem te ama de verdade: “seus pais” ou algum parente próximo que
você confia. Não guarde sentimentos negativos ou pessimistas.
7.Fale com seus
pais sobre o que sentir vontade. Procure manter um diálogo franco sem reservas.
8.Não ceda às
ameaças de ninguém. Não seja manipulado, porque você não é marionetes.
9.Tenha opinião
própria não deixe se levar por ninguém.
10.Seja
autoconfiante, procure manter sua autoestima elevada fazendo coisas que tragam
prazer. Se ame mais e procure viver o lado bom da vida.
Obs:Se você souber de alguém ou mesmo se
você estiver sendo vítima do jogo Baleia Azul, busque ajuda, denuncie à
polícia, procure a Delegacia Especializada em #Cibercrime.
Após
realizar a leitura dos textos I,II e III redija um texto com a finalidade de convencer seu leitor
de que o jogo denominado “Blue Whale” – (Baleia azul) não é uma prática
válida é um atentado à vida.
Seu texto deverá:
- ser redigido na norma culta; - ter no
mínimo 15 linhas; -ter título; -ter coerência ( não fuja do tema);-ter três
parágrafos no mínimo ( introdução, desenvolvimento e conclusão).
-Ao escrever, recorra às palavras e expressões abaixo para
explicitar as relações lógicas entre as orações, os períodos e parágrafos, ou
seja, para dar coesão ao seu texto.
ü Causa, explicação, motivo:pois porque;
ü Consequência:portanto, então, por isso, desse modo, dessa forma, assim;
ü Exemplificação: por exemplo, como, ou seja, isto é;
ü Oposição: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, ao contrário;
ü Concessão: ainda que, apesar de, embora;
ü Reafirmação ou resumo: em outras palavras, em resumo, de fato;
ü Ligação temporal: assim que, em seguida, até que, quando, por fim , depois;
ü Ligação espacial: ao lado, sobre, à esquerda, no meio, no fundo;
ü Comparação e ênfase: do mesmo modo, igualmente, dessa forma;
ü Adição: e, depois, além disso, também;
ü Conclusão: portanto, assim, enfim, em resumo, concluindo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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8º E.F.
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04/ SETEMBRO/2017
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3º
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TAREFA
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Na tira acima, o menino Calvin e o
tigre Haroldo conversam sobre a transformação de um espaço. Os dois não
conseguem acreditar no que estão vendo. No lugar dos bosques, a construção de
condomínios. Assim, não há mais animais no local. Reflita sobre essa situação,
buscando identificar as causas, as
consequências e possíveis soluções. Em seguida, produza um texto
sobre a destruição de um espaço
natural.
Orientações para a produção:
1.
Escreva o
seu texto , seguindo esta estrutura:
– Título;
–
Introdução: apresentação do assunto do texto “a destruição de um espaço natural”.
–
Desenvolvimento: as suas ideias
sobre o tema com argumentos;
–
Conclusão: a sua opinião sobre o
tema abordado.
2.
O seu
texto deve ser escrito segundo a norma culta da língua.
3.
A sua produção
deve conter no mínimo 15 linhas e, no máximo, 20 linhas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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11 / Setembro/2017
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3º
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TAREFA
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Leia a crônica abaixo:
Macacos me mordam – Crônica de Fernando Sabino
Morador de
uma cidade do interior de Minas me
deu conhecimento do fato: diz ele que há tempos um cientista local passou telegrama
para outro cientista, amigo seu, residente
em Manaus:
“Obsequio providenciar remessa 1 ou 2 macacos”.
Necessitava
ele de fazer algumas inoculações em macaco, animal difícil de ser encontrado na
localidade. Um belo dia, já esquecido da encomenda, recebeu resposta:
“Providenciada remessa 600 restante seguirá
oportunamente”.
Não entendeu
bem: o amigo lhe arranjara apenas um macaco, por seiscentos cruzeiros? Ficou
aguardando, e só foi entender quando o chefe da estação veio comunicar-lhe:
– Professor,
chegou sua encomenda. Aqui esta o conhecimento para o senhor assinar. Foi
preciso trem especial.
E
acrescentou:
– É macaco
que não acaba mais!
Ficou
aterrado: o telégrafo errara ao transmitir “1 ou 2 macacos”, transmitira “1002
macacos”! E na
estação, para começar, nada menos que seiscentos macacos engaiolados aguardavam
desembaraço. Telegrafou imediatamente ao amigo:
“Pelo amor Santa Maria Virgem suspenda remessa
restante”.
Ia para a
estação, mas a população local, surpreendida pelo acontecimento, já se
concentrava ali, curiosa, entusiasmada, apreensiva:
– O que será
que o professor pretende com tanto macaco?
E a
macacada, impaciente e faminta, aguardava destino, empilhada em gaiolas na
plataforma da estação, divertindo a todos com suas macaquices. O professor não
teve coragem de aproximar-se: fugiu correndo, foi se esconder no fundo de sua
casa. A noite, porém, o agente da estação veio desentocá-la:
– Professor,
pelo amor de Deus, vem dar um jeito naquilo.
O professor
pediu tempo para pensar. O homem coçava a cabeça, perplexo:
– Professor,
nós todos temos muita estima e muito respeito pelo senhor, mas tenha paciência:
se o senhor não der um jeito eu vou mandar trazer a macacada para sua casa.
– Para minha
casa? Você está maluco?
O impasse
prolongou-se ao longo de todo o dia seguinte. Na cidade não se comentava outra
coisa, e os ditos espirituosos circulavam:
– Macacos me
mordam!
– Macaco,
olha o teu rabo.
A noite,
como o professor não se mexesse, o chefe da estação convocou as pessoas gradas
do lugar: o prefeito, o delegado, o juiz.
– Mandar de
volta por conta da prefeitura?
– A
prefeitura não tem dinheiro para gastar com macacos.
– O
professor muito menos.
– Já estão
famintos, não sei o que fazer.
– Matar? Mas
isso seria uma carnificina!
– Nada disso – ponderou o delegado: – Dizem que macaco guisado(comida:refogada
ou ensopado) é um bom prato…
Você
percebeu que a história dos macacos ficou interrompida, sem uma solução.
Seria bom
saber o que, finalmente, fizeram com os 600 macacos que estavam entupindo a
estação da cidadezinha de Minas. Mas o autor não contou...
Esse é um bom convite para você pôr em ação sua capacidade
criativa, inventando um final para esta história.
Escreva, com o título: COMO SE RESOLVEU O PROBLEMA DA MACACADA. Explique sua
sugestão para o professor, o prefeito, o juiz, o chefe de estação e o delegado,
que já não sabiam o que fazer com tanto macaco.
COMO SE RESOLVEU O PROBLEMA DA
MACACADA.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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VALOR: +
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8º E.F.
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18 / Setembro/2017
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3º
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TAREFA
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Essa é a história de um beijo eterno. O que a enfermeira Greta Zimmer
Friedman e o marinheiro George Mendonsa, segundo o próprio relato dela,
deram em 14 de agosto de 1945 em
Nova York
Procure
explorar, na imaginação, tudo o que a ilustração possa sugerir. Escreva, em
seguida, um pequeno texto, baseado na ilustração.
Título:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Bernadete
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Ano/Série
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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VALOR: +
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8º E.F.
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25 / Setembro/2017
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3º
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TAREFA
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Leia: A cheia do rio Paraíba - Menino do Engenho- José Lins do Rego
A notícia corria de boca em boca. No engenho era no que se falava. A canoa já estava calafetada e pintada de novo. Nós todos dormíamos pensando na cabeça de cheia ( enxurrada)que não tardaria. Eu aguardava com uma ansiedade medonha essa cheia de que tanto se falava. No Recife, vira o Capibaribe nos seus dias de enchente, coberto de balsas, mas o Capibaribe vivia todos os dias a encher e a vazar com as marés. Por isto pensava tanto na cheia do Paraíba, como em coisa inédita para mim.
A notícia corria de boca em boca. No engenho era no que se falava. A canoa já estava calafetada e pintada de novo. Nós todos dormíamos pensando na cabeça de cheia ( enxurrada)que não tardaria. Eu aguardava com uma ansiedade medonha essa cheia de que tanto se falava. No Recife, vira o Capibaribe nos seus dias de enchente, coberto de balsas, mas o Capibaribe vivia todos os dias a encher e a vazar com as marés. Por isto pensava tanto na cheia do Paraíba, como em coisa inédita para mim.
Vieram dizer, ao engenho:
-
O chefe da
estação de Pilar recebeu um aviso de que a cheia já vinha em Itabaiana.
Não custava, portanto, a apontar entre nós. Diziam que o rio vinha de
barreira a barreira. E uma tarde um moleque chegou às carreiras, gritando:
-
A cheia vem
no engenho de seu Lula!
Todos correram para a beira do rio - os moleques, os meninos, os
trabalhadores do engenho, o meu avô. E começava-se a ouvir a gritaria da gente
que ficava pelas margens:
- Olha a cheia! Olha a cheia!
-
Ainda vem
longe - diziam uns.
-
Qual nada.
Olha os urubus a voarem por ali!
De fato, dentro em pouco, um fio de água apontava, numa ligeireza
coleante e espantosa de cobra. Era a cabeça da cheia correndo. E quando passava
por perto da gente, arrastando basculhos e garranchos, já a vista alcançava o
leito do rio todo tomado de água.
-
É muita
água. O rio vai às vargens. Vem com força de açude(represa) arrombado.
O povo a gritar por todos os lados. E o barulho das águas que cresciam
em ondas enchendo-nos os ouvidos. Num instante não se via nem um banco de areia
descoberto. Tudo estava inundado. E as águas subiam pelas barreiras. Começavam
então a descer grandes tábuas de espumas, árvores inteiras arrancadas pela
raiz.
-
Lá vem um
boi morto! Olha uma cangalha!
E uma linha de madeira lavrada.
- Aquilo é cumieira de casa que a cheia deitou abaixo.
Longe ouvia-se um gemido como um urro de boi. Estavam tocando o búzio
para os que ficavam mais distantes. O
rumor que as águas faziam nem deixava ouvir-se o que gritavam do outro lado
do rio. As ribanceiras que a correnteza ruía por baixo arriavam com estrondo
abafado de terra caída.
Com a noite, um coro melancólico de não sei quantos sapos roncava
sinistramente, como vozes que viessem do fundo da terra cavada pelos seus confins
pela verruma dos redemoinhos.
Eu fiquei a pensar de onde viria tanta água barrenta, tanta espuma,
tantos pedaços de pau. E custava a crer que uma chuvada no sertão desse para
tanta coisa.
Quando
acordei, de manhã,
a várzea era um lago de água barrenta. Apenas, aqui e ali, uns pedaços verdes
de canavial, como ilhas de verdura. O rio entrara pelos sangradouros das lagoas
e deixava-nos cercados de um lado e de outro. Ia até os pés da caatinga.
Meu avô, de pé, olhava de uma ponta
da calçada as suas plantas de cana submersas, com a safra quase toda perdida.
Mas não se lastimava, porque sabia que riqueza em limo lhe trouxera o rio para
as suas terras. Ele mesmo dizia:
— Gosto mais de perder com água do que com sol.
Mais tarde os canoeiros chegaram
contando os trabalhos da madrugada. Encontraram gente dentro de casa com água
pelo peito. Mulheres chorando, sem esperança de mais nada.
Passaram para o alto para mais de cem
pessoas, e cacarecos, e criações. Tinha, porém, desaparecido o negro Salvador,
quando procurava passar a nado pelo riacho da Ponte. Era preciso mandar comida
para todo aquele povo desarvorado. Meu avô dava ordens para levarem uma barrica de bacalhau.
— E o povo de Maravalha? — perguntava ele aos canoeiros.
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·
O texto de José Lins do Rego apresentou os
efeitos desastrosos da cheia no Nordeste(*Zona da Mata= chuvas abundantes).
Traz a destruição, problemas e inquietações.
O
avô do menino diz: “ — Gosto mais
de perder com água do que com sol.”
Você concorda com ele? O que é mais difícil
enfrentar: as chuvas ou a seca?
Quais são suas ideias a respeito desses problemas.
T
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