6ª série- 7º ano______ - RELATO DE
EXPERIÊNCIA VIVIDA- PÁGINA 6- PESQUISA
EM GRUPO
Relato de experiência vivida –
é a apresentação oral ou escrita, de experiências humanas vivenciadas que podem
ser do tempo presente ou do tempo da memória (passado): diários, testemunhos, autobiografia,
etc.
Avaliação:observarei
a participação durante as atividades
LEIA
:
1- RELATO
DE EXPERIÊNCIA VIVIDA- COMO COMECEI A ESCREVER (Carlos Drummond de Andrade)
Aí
por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior
do Brasil uma vez por semana aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo
jornal, três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a
mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler
o papel transformado em mingau.
Papai
era assinante da Gazeta de Notícias, e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado
pelas gravuras coloridas do suplemento de Domingo. Tentava decifrar o mistério
das letras em redor das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a
escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era
preciso conquistar.
Durante
o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de
nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto
por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que
ia adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí
por diante as experiências foram se acumulando, sem que eu percebesse que
estava descobrindo a leitura. Alguns elogios da professora me animavam a
continuar. Ninguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas
estava germinando. Meu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e
livros, e me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive sorte de
conhecer outros rapazes que também gostavam de ler e escrever.
Então
começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do
café-sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas
e horas sem incomodar nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera
durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e
eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi
muito com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse
tipo de amizade crítica.
2-Relato de VIAGEM - Heloísa Schurmann sobre a
passagem da família pela ilha de Páscoa – sul do oceano Pacífico.
Uma história de Páscoa
Em
junho de 1999, quando estávamos velejando na Magalhães Global Adventure,
passamos um momento especial na Ilha de Páscoa.
Localizada
ao sul do Oceano Pacífico, essa ilha abriga os misteriosos moais, estátuas
esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos
altares espalhados pela ilha.
A lembrança
que mais me emociona é ligada a Kat. Quando estávamos perto da
ilha, ela tinha certeza de que os ovos de Páscoa eram fabricados lá.
Afinal a ilha tem o nome de Páscoa?Os coelhinhos eram o centro das
preocupações de Kat. Ao desembarcarmos, ela os procurava em todos os lugares, e
não os encontrava. Como explicar-lhe onde estavam os bichinhos? Saíram de
férias?
—
Ah, já sei. Eles foram para a Patagônia. Lembra que vimos muitos deles lá? - eu
dizia.
—
Mas eu sei que eles deixaram ovinhos para mim! - ela falava com firmeza.
Procuramos por todos os supermercados da ilha, mas não encontramos nada
parecido com um ovo de páscoa no mês de junho!
No
meu diário de bordo transmitido online, comentei o assunto sobre os
ovinhos.
Dias depois, minha sobrinha Fernanda que mora em Miami, nos enviou uma
encomenda. Ao abrir o pacote, encontrei duas dúzias de ovos de plástico,
lindos, coloridíssimos recheados de chocolate. Chorei de emoção. Ela havia lido
o meu diário sobre a expectativa de Kat.
Ao
amanhecer do dia seguinte, Jaime, tripulante do Aysso, foi em terra construir
ninhos de pedra para esconder os ovinhos, num gramado bem em frente aos moais.
Kat
acordou e a convidamos para ir procurar os ovos. Animada, procurou pelos ninhos
em todos os montes de pedra. O desapontamento dela aumentava a cada tentativa
frustrada... Quando chegou em frente aos moais, retirou uma pedra de
um ninho e ao ver um objeto colorido, começou a derrubar as outras pedras,
gritando:
— É
aqui! Olha, quantos ovinhos! E que lindos! Viu? Não falei que aqui era a ilha
da Páscoa?
Sentou-se
no chão e foi colocando todos os ovos no colo e falou:
—
Estou muito feliz, eu sabia que vocês não iam se esquecer de mim. Obrigado
coelhinhos...
Emocionada,
agradeci o carinho de Fernanda.
Feliz
Páscoa!
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Quadro com as principais características
desse gênero:
RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS
|
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE CADA UM DOS TEXTOS
LIDOS
|
CARACTERÍSTICAS COMUNS ENTRE OS DOIS
RELATOS
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1-TÍTULO:
NOME DO AUTOR:
GÊNERO:
PUBLICADO:
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2- TÍTULO:
NOME DO AUTOR:
GÊNERO:
PUBLICADO:
|
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Informações sobre o GÊNERO
TEXTUAL “RELATO AUTOBIOGRÁFICO”
CONCEITO:
"É
o diálogo entre o passado vivido, o presente de quem relembra e os leitores do
texto.
Ao
utilizar a memória, sempre se faz um jogo do “agora” com o “ontem”, do “aqui”
com o “lá”.
CARACTERÍSTICAS: Predomínio de
verbos nos tempos presente, pretérito perfeito e pretérito imperfeito do Modo
Indicativo".
ESQUEMA
DE RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA
TÍTULO
1º§ O quê? Quando? Onde
ocorreu a experiência?
2º§ e 3º§ Detalhes: Sequência
temporal das ações.
4º§ Quais transformações
ocorreram em sua vida a partir da experiência
relatada? ( Acrescentar sensações e emoções)
Exemplo de um relato
autobiográfico:
Leia a apresentação que faz de si
mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos Queiroz:
...das saudades que não tenho
Nasci com 57 anos. Meu pai me
legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos escondidos. Minha mãe me
destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados, o que herdei
foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...
Morava numa cidade pequena do
interior de Minas, enfeitada de rezas, procissões, novenas e pecados. Cidade
com sabor de laranja-serra-d’água, onde minha solidão já pressentida era tomada
pelo vigário, professora, padrinho, beata, como exemplo de perfeição.
(...) Meu pai não passeou comigo
montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas de ninar para me trazer o
sono. Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança. E
ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros
de desventuras.
(...) Tive uma educação
primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me autorizava a
comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada,
é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido
que ele tinha. E cada dia eu era visto como a mais exemplar das crianças,
naquela cidade onde a liberdade nunca tinha aberto as asas sobre nós.
Mas a originalidade de minha mãe
ninguém poderá desconhecer. Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do
mundo dizia, como por exemplo: – Você, quando crescer vai ter um filho igual a
você. Deus há de me atender, para você passar pelo que eu estou passando. – Mãe
é uma só. (...)
(Bartolomeu Campos Queiroz, em
Abramovich, Fanny (org.) – “O mito da infância feliz”. Summus, São Paulo,
1983).
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_______________________________________-Nº 6ª
SÉRIE-7º ANO____
TAREFA PARA NOTA- Texto
autobiográfico de Monteiro Lobato
Nasci
José Renato Monteiro Lobato, em Taubaté-SP, aos 18 de abril de 1882. Falei
tarde e aos 5 anos de idade ouvi, pela primeira vez, um célebre
ditado... Concordei. Aos 9 anos resolvi mudar meu nome para José
Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala de
meu pai, gravada com as iniciais J.B.M.L.
Fui
Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com palitos
nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho, Emília
e Visconde representa um pouco do que fui e um pouco do que não pude
ser.
Aos
14 anos escrevi, para o jornal "O Guarani", minha primeira crônica.
Sempre
amei a leitura. Li Carlos Magno e os 12 pares de França, o Robinson Crusoé e
todo o Júlio Verne. Formei-me em Direito em 1904, pela
Universidade de São Paulo. Queria ter cursado Belas Artes ou até
Engenharia, mas meu avô, Visconde de Tremembé, amigo de Dom Pedro II,
queria ter na família um bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
Em
maio de 1907 fui nomeado promotor em Areias - SP, casando-me no ano seguinte
com Maria Pureza da Natividade, com quem tive o Edgar, o Guilherme,
a Marta e a Rute.
Vivi
no interior, nas pequenas cidades, sempre escrevendo para jornais e revistas.
Em
1911 morreu o meu avô, Visconde de Tremembé, e dele herdei a fazenda
Buquira, passando de promotor a fazendeiro. Na fazenda escrevi o Jeca
Tatu, símbolo nacional.
Comprei
a "Revista do Brasil" e comecei, então, a editar meus livros para
adultos. "Urupês" iniciou a fila em 1918.
Surgia a primeira editora nacional "Monteiro Lobato & Cia",
neste mesmo ano. Antes de mim, os livros do Brasil eram impressos em Portugal.
Quiseram
me levar para a Academia Brasileira de Letras. Recusei. Não quis transigir com
a praxe de lá - implorar votos.
Tive
muitos convites para cargos oficiais de grande importância. Recusei a todos.
Getúlio Vargas (presidente do Brasil na ocasião) convocou-me para ser o
Ministro da Propaganda. Respondi que a melhor propaganda para o
Brasil, no exterior, era a "Liberdade do Povo", a
constitucionalização do país.
Minha
fama de propagandista decorria da minha absoluta convicção pessoal. O caso
do petróleo, por exemplo, e do ferro. Éramos ricos em energia
hidráulica e minérios e não somente café e açúcar. Durante 10
anos, gritei essas verdades. Fui sabotado e incompreendido.
Dediquei-me
à Literatura Infantil já em 1921. E, retomei a ela, anos depois,
desgostoso dos adultos. Com "Narizinho Arrebitado", lancei o
"Sítio do Picapau Amarelo". O sítio é um reino de
liberdade e encantamento. Muitos já o classificaram de República.
Eu
mesmo, por intermédio de um personagem, o Rei Carol, da
Romênia, no livro A Reforma da Natureza, disse ser o
Sítio uma República. Não; República não é, e sim um
reino. Um reino cuja rainha é a D. Benta. Uma rainha democrática,
que reina pouco. Uma rainha que permite liberdade absoluta aos seus súditos.
Súditos que também governam. Um deles, Emília, é voluntariosa,
teimosa, renitente e não renuncia os seus
desejos e projetos. Narizinho e Pedrinho são as crianças
de ontem, de hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando
suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no
futuro.
Mas
eu precisava de instrumentos idôneos para que o trânsito do mundo real para o
fantástico fosse possível, pois, como ir à Grécia? Como ir à Lua? Como
alcançar os anéis de Saturno? Bem, a lógica das coisas impunha
a existência desse instrumento. Primeiro surgiu o "O Pó de
Pirlimpimpim" que transportaria para todo e sempre, os personagens de um
lugar para outro, vencendo o "ESPAÇO". O "FAZ-DE-CONTA", pó
número 2, venceria a barreira do
"TEMPO", suprindo as impossibilidades de
acontecimentos. Finalmente pensei no "SUPER-PÓ", inventado
pelo Visconde de Sabugosa, em o Minotauro, que transportaria, num
átimo, para qualquer lugar indeterminado, desde que desejado.
Como
disse a Emília: "é um absurdo
terminar a vida assim,
analfabeto!". Eu poderia ter escrito muito mais, perdi muito tempo
escrevendo para gente grande. Precisava ter aprendido mais...
Hoje
aos 4 de julho de 1948, vítima de um colapso, na cidade de São Paulo parto para
outra dimensão.
Mas
o que tinha de essencial, meu espírito jovem, minha coragem, está vivo no
coração de cada criança. Viverá para sempre, enquanto estiver presente a
palavra inconfundível de "Emília".
Monteiro
Lobato
RESPONDA:
1. Anote as informações mais
importante que o texto apresenta sobre cada um dos assuntos citados abaixo.
a. Nascimento (local e ano)
b. Obras lidas na infância
c. Antepassados (avô)
d. Obras literárias
2. Porque o autor decide mudar de nome, aos nove anos de idade?
3.a. O texto autobiográfico de
Monteiro Lobato é marcada por objetividade e a convicção de quem sempre soube o
que queria da vida.
b. O relato dos fatos no texto
autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças, de um colorido
emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a
subjetividade.
c. Um texto autobiográfico é uma
história/relato de vida em que autor — aquele que diz eu — é simultaneamente
produtor textual e personagem. Predominam as marcas lingüísticas de primeira
pessoa e verbos nos tempos do pretérito.
Transcreva passagens do texto que
comprovem as afirmações acima essa afirmação.
a-
b-
c-
4. Interprete a seguinte passagem do texto:
“ Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de
chuchu com palitos nas pernas.
Por isso, cada um de meus personagens;
Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde representa um pouco do que
fui e um pouco do que não pude ser.”
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Nome
_________________________________________nº 6ªsérie-7º
ano-____
PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA
1-Assista
a um programa de televisão(filme) e escreva um relato a um amigo, contando o
que viram .
Dê
um título:
1º§(
parágrafo) O quê? Quando? Onde ocorreu a experiência?
2º§
e 3º§ (parágrafos)Detalhes: Sequência temporal das ações.
4º§
(parágrafo)Quais transformações ocorreram em sua vida a partir da experiência
relatada? ( Acrescentar sensações e emoções)
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Nome
_________________________________________nº 6ªsérie-7º ano-____
PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA
2-. Escrevam um relato de experiência
vivida sobre sua primeira infância: onde e com quem moravam; que influências
recebiam de sua família (pais, avós, tios); que acontecimentos daquela época
consideram mais importantes em sua história.Dê um título:
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Nome
_________________________________________nº 6ªsérie-7º
ano-____
PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA
3-Escrevam
uma página de diário sobre um livro de literatura infanto-juvenil que já leram
em outras séries ou que estejam lendo no momento, contando sobre suas
impressões: o que acharam ou estão achando do livro; como são as personagnes,
se indicariam o livro aos amigos etc.
Dê
um título:
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Nome
_________________________________________nº 6ªsérie-7º
ano-____
PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA - ATIVIDADE
4 –relatem o que compreenderam dessa sequência: quem são as personagens o que
elas estão fazendo; por que elas estão fazendo isso; etc
Conte o que compreendeu desta sequência; quem
são as personagens; o que elas estão fazendo; onde estão;quando aconteceu;
Por que estão fazendo isso;
Página
11- ADVÉRBIOS E LOCUÇÕES ADVERBIAIS
1.Definição: Os advérbios
são palavras invariáveis em gênero e em número que modificam verbos, adjetivos,
outros advérbios ou frases. Podem ser organizados em várias subclasses e são
, normalmente, classificados de acordo com a circunstância que exprimem.
1.1
Subclasse dos advérbios
Advérbios
de tempo - hoje, ontem, anteontem, amanhã, antes, depois,
agora, ainda, cedo, tarde, já, depois, logo, antigamente, outrora, sempre,
nunca*, jamais*, etc
Advérbios
de lugar - abaixo, acima, acolá, adiante, ali, aí, além, aqui,
cá, dentro, atrás, debaixo, perto, longe, junto, algures, defronte, etc.
Advérbios
de modo - bem, mal, assim, depressa, devagar, debalde,
sobretudo, muitos advérbios terminados em –mente, como felizmente,
tranquilamente, etc.
Advérbios
de afirmação - sim, certamente, efectivamente, decerto, etc.
Advérbios
de negação - não *
Advérbios de
quantidade/intensidade - bastante, assaz, muito, pouco, bem, tanto, tão,
quanto, demais,
Advérbios
de dúvida - mais, menos, quase, etc.talvez, acaso, porventura,
possivelmente, provavelmente, etc.
Advérbios
de inclusão - até, inclusivamente, mesmo, também, etc.
Advérbios
de exclusão - apenas, só, somente, senão, unicamente,
exclusivamente, etc.
Advérbios
interrogativos:
de lugar - onde?
de tempo - quando?
de modo - como?
de causa - porque?
* Há autores que consideram os advérbios jamais e nunca,
como advérbios de negação; há outros que consideram que o não é o
único advérbio de negação, incluindo jamais e nunca na
subclasse dos advérbios de tempo.
2.
Locuções adverbiais
Definição- Uma locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que tem uma
função semelhante à de um advérbio. Normalmente, é formada por uma preposição e um
nome, ou adjectivo ou advérbio.
Tal
como acontece com os advérbios, as locuções adverbiais também se inserem em
diferentes subclasses.
2. 1 Subclasses das locuções adverbiais
Locuções
adverbiais de tempo - à noite, de manhã, à tarde, de
dia, de noite, em breve, pela manhã, de vez em quando, etc.
Locuções
adverbiais de lugar - ao lado, de longe, de perto, por
ali, por aqui, por perto, à direita, à esquerda, de cima, etc.
Locuções
adverbiais de modo - à pressa, à vontade, em silêncio,
de cor, em vão, ao acaso, a custo, etc.
Locuções
adverbiais de afirmação - com certeza, sem dúvida,
etc.
Locuções
adverbiais de negação - de modo nenhum, de forma
alguma, etc.
Locuções
adverbiais de quantidade/intensidade - de pouco, de
todo, etc.
6ª SÉRIE- 7º ANO
PÁGINA 10
GRIFE OS VERBOS DAS FRASES
ABAIXO, DÊ O TEMPO VERBAL E OBSERVE A CONCORDÂNCIA VERBAL:
1- Fui
eu que falei. (eu falei)-
FUI(PRETÉRITO PERFEITO DO
INDICATIVO/FALEI-PRET.PERF. IND.
2- Fomos nós que falamos. (nós falamos)
3- Fui
eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)
4- João foi
um dos que saíram.
5- Vossa Alteza deve viajar.- DEVE
VIAJAR- LOCUÇÃO VERBAL/ DEVE- _________
VIAJAR- INFINITIVO-AR
6- Vossas
Altezas devem viajar.
7- O
relógio deu onze horas.-
8- Deram
onze horas.
9- O cardume escapou da rede.
10- Os cardumes escaparam da rede.
11- O
bando de passarinhos cantava no jardim.
12- Um grupo de professores acompanhou os estudantes.
13- O
bando de passarinhos cantavam no jardim.
14- Um grupo de professores acompanharam os estudantes
15-Cavalos
são alugados.
16- Nesta
sala há bons e maus alunos. (= existe)
17- Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)
18- Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)
19- Tudo,
jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.
20- Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.
21- Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.
22- Eu,
tu e ele resolvemos o mistério.
23- O
diretor, tu e eu saímos apressados.
24- O professor e eu fomos à reunião.
25- Tu e ele deveis fazer a
tarefa. (2ª pessoa)
26-- Tu e
ele riam à beça.
27- Em que língua tu e ele falavam?
28-- Os
Andes ficam na América do Sul.
29--
Santos fica em São Paulo.
30- “Memórias Póstumas de Brás
Cubas” consagrou Machado de Assis.
32- “Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.
33 Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor.
34- Quem
são os eleitos?
35- Que seriam aqueles ruídos estranhos?
36- Que são dois meses?
37- Que são células?
38- Quem foram os responsáveis?
39- É uma
hora.
40- São duas horas.
41- São nove e quinze da noite.
42- É um minuto para as três.
43- Já são dez para uma.
44- Da praia até a nossa casa, são cinco minutos.
45- Hoje é ou são 14 de julho?
46- Eu
sou o chefe.
47- Nós somos os responsáveis.
48- Eu sou a diretora.
49- Tudo
são flores.
50- Isso são lembranças de viagens.
51- Tudo
é flores.
52-
Oitocentos reais é muito.
53- Cinco quilos é suficiente.
Indicativo do
verbo ter
Presente do Indicativo
eu tenho
tu tens
ele tem
nós temos
vós tendes
eles têm
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu tive
tu tiveste
ele teve
nós tivemos
vós tivestes
eles tiveram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu
tu
ele
nós
vós
eles
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu tivera
tu tiveras
ele tivera
nós tivéramos
vós tivéreis
eles tiveram
Futuro do Presente do Indicativo
eu terei
tu terás
ele terá
nós teremos
vós tereis
eles terão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu teria
tu terias
ele teria
nós teríamos
vós teríeis
eles teriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha tido
tu tinhas tido
ele tinha tido
nós tínhamos tido
vós tínheis tido
eles tinham tido
|
Indicativo do verbo ir
Presente do
Indicativo
eu vou
tu vais
ele vai
nós vamos
vós ides
eles vão
Pretérito Perfeito
do Indicativo
eu fui
tu foste
ele foi
nós fomos
vós fostes
eles foram
Pretérito Imperfeito
do Indicativo
eu ia
tu ias
ele ia
nós íamos
vós íeis
eles iam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fora
tu foras
ele fora
nós fôramos
vós fôreis
eles foram
Futuro do Presente
do Indicativo
eu irei
tu irás
ele irá
nós iremos
vós ireis
eles irão
Futuro do Pretérito
do Indicativo
eu iria
tu irias
ele iria
nós iríamos
vós iríeis
eles iriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha ido
tu tinhas ido
ele tinha ido
nós tínhamos ido
vós tínheis ido
eles tinham ido
|
Indicativo do verbo ser
Presente do
Indicativo
eu sou
tu és
ele é
nós somos
vós sois
eles são
Pretérito Perfeito
do Indicativo
eu fui
tu foste
ele foi
nós fomos
vós fostes
eles foram
Pretérito Imperfeito
do Indicativo
eu era
tu eras
ele era
nós éramos
vós éreis
eles eram
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fora
tu foras
ele fora
nós fôramos
vós fôreis
eles foram
Futuro do Presente
do Indicativo
eu serei
tu serás
ele será
nós seremos
vós sereis
eles serão
Futuro do Pretérito
do Indicativo
eu seria
tu serias
ele seria
nós seríamos
vós seríeis
eles seriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha sido
tu tinhas sido
ele tinha sido
nós tínhamos sido
vós tínheis sido
eles tinham sido
|
indicativo do verbo haver
Presente do
Indicativo
eu hei
tu hás
ele há
nós havemos
vós haveis
eles hão
Pretérito Perfeito
do Indicativo
eu houve
tu houveste
ele houve
nós houvemos
vós houvestes
eles houveram
Pretérito Imperfeito
do Indicativo
eu havia
tu havias
ele havia
nós havíamos
vós havíeis
eles haviam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu houvera
tu houveras
ele houvera
nós houvéramos
vós houvéreis
eles houveram
Futuro do Presente
do Indicativo
eu haverei
tu haverás
ele haverá
nós haveremos
vós havereis
eles haverão
Futuro do Pretérito
do Indicativo
eu haveria
tu haverias
ele haveria
nós haveríamos
vós haveríeis
eles haveriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha havido
tu tinhas havido
ele tinha havido
nós tínhamos havido
vós tínheis havido
eles tinham havido
|
Indicativo do verbo fazer
Presente do
Indicativo
eu faço
tu fazes
ele faz
nós fazemos
vós fazeis
eles fazem
Pretérito Perfeito
do Indicativo
eu fiz
tu fizeste
ele fez
nós fizemos
vós fizestes
eles fizeram
Pretérito Imperfeito
do Indicativo
eu fazia
tu fazias
ele fazia
nós fazíamos
vós fazíeis
eles faziam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fizera
tu fizeras
ele fizera
nós fizéramos
vós fizéreis
eles fizeram
Futuro do Presente
do Indicativo
eu farei
tu farás
ele fará
nós faremos
vós fareis
eles farão
Futuro do Pretérito
do Indicativo
eu faria
tu farias
ele faria
nós faríamos
vós faríeis
eles fariam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha feito
tu tinhas feito
ele tinha feito
nós tínhamos feito
vós tínheis feito
eles tinham feito
|
Indicativo do verbo pôr
Presente
do Indicativo
eu ponho
tu pões
ele põe
nós pomos
vós pondes
eles põem
Pretérito
Perfeito do Indicativo
eu pus
tu puseste
ele pôs
nós pusemos
vós pusestes
eles puseram
Pretérito
Imperfeito do Indicativo
eu punha
tu punhas
ele punha
nós púnhamos
vós púnheis
eles punham
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu pusera
tu puseras
ele pusera
nós puséramos
vós puséreis
eles puseram
Futuro
do Presente do Indicativo
eu porei
tu porás
ele porá
nós poremos
vós poreis
eles porão
Futuro
do Pretérito do Indicativo
eu poria
tu porias
ele poria
nós poríamos
vós poríeis
eles poriam
Mais-que-perfeito
Composto do Indicativo
eu tinha posto
tu tinhas posto
ele tinha posto
nós tínhamos posto
vós tínheis posto
eles tinham posto
|
Indicativo do verbo vir
Presente
do Indicativo
eu venho
tu vens
ele vem
nós vimos
vós vindes
eles vêm
Pretérito
Perfeito do Indicativo
eu vim
tu vieste
ele veio
nós viemos
vós viestes
eles vieram
Pretérito
Imperfeito do Indicativo
eu vinha
tu vinhas
ele vinha
nós vínhamos
vós vínheis
eles vinham
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu viera
tu vieras
ele viera
nós viéramos
vós viéreis
eles vieram
Futuro
do Presente do Indicativo
eu virei
tu virás
ele virá
nós viremos
vós vireis
eles virão
Futuro
do Pretérito do Indicativo
eu viria
tu virias
ele viria
nós viríamos
vós viríeis
eles viriam
Mais-que-perfeito
Composto do Indicativo
eu tinha vindo
tu tinhas vindo
ele tinha vindo
nós tínhamos vindo
vós tínheis vindo
eles tinham vindo
|
Indicativo do verbo amar
Presente
do Indicativo
eu amo
tu amas
ele ama
nós amamos
vós amais
eles amam
Pretérito
Perfeito do Indicativo
eu amei
tu amaste
ele amou
nós amamos
vós amastes
eles amaram
Pretérito
Imperfeito do Indicativo
eu amava
tu amavas
ele amava
nós amávamos
vós amáveis
eles amavam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu amara
tu amaras
ele amara
nós amáramos
vós amáreis
eles amaram
Futuro
do Presente do Indicativo
eu amarei
tu amarás
ele amará
nós amaremos
vós amareis
eles amarão
Futuro
do Pretérito do Indicativo
eu amaria
tu amarias
ele amaria
nós amaríamos
vós amaríeis
eles amariam
Mais-que-perfeito
Composto do Indicativo
eu tinha amado
tu tinhas amado
ele tinha amado
nós tínhamos amado
vós tínheis amado
eles tinham amado
|
Indicativo do verbo vender
Presente
do Indicativo
eu vendo
tu vendes
ele vende
nós vendemos
vós vendeis
eles vendem
Pretérito
Perfeito do Indicativo
eu vendi
tu vendeste
ele vendeu
nós vendemos
vós vendestes
eles venderam
Pretérito
Imperfeito do Indicativo
eu vendia
tu vendias
ele vendia
nós vendíamos
vós vendíeis
eles vendiam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu vendera
tu venderas
ele vendera
nós vendêramos
vós vendêreis
eles venderam
Futuro
do Presente do Indicativo
eu venderei
tu venderás
ele venderá
nós venderemos
vós vendereis
eles venderão
Futuro
do Pretérito do Indicativo
eu venderia
tu venderias
ele venderia
nós venderíamos
vós venderíeis
eles venderiam
Mais-que-perfeito
Composto do Indicativo
eu tinha vendido
tu tinhas vendido
ele tinha vendido
nós tínhamos vendido
vós tínheis vendido
eles tinham vendido
|
Indicativo do verbo partir
Presente
do Indicativo
eu parto
tu partes
ele parte
nós partimos
vós partis
eles partem
Pretérito
Perfeito do Indicativo
eu parti
tu partiste
ele partiu
nós partimos
vós partistes
eles partiram
Pretérito
Imperfeito do Indicativo
eu partia
tu partias
ele partia
nós partíamos
vós partíeis
eles partiam
Pretérito
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu partira
tu partiras
ele partira
nós partíramos
vós partíreis
eles partiram
Futuro
do Presente do Indicativo
eu partirei
tu partirás
ele partirá
nós partiremos
vós partireis
eles partirão
Futuro
do Pretérito do Indicativo
eu partiria
tu partirias
ele partiria
nós partiríamos
vós partiríeis
eles partiriam
Mais-que-perfeito
Composto do Indicativo
eu tinha partido
tu tinhas partido
ele tinha partido
nós tínhamos partido
vós tínheis partido
eles tinham partido
|
GÊNERO
TEXTUAL”RELATO AUTOBIOGRÁFICO”-
OBS.:LER COM MUITA ATENÇÃO!
Faz parte dos gêneros pertencentes ao
domínio social da memorização e documentação das experiências humanas,
situando-as no tempo. Servem de exemplos de gêneros dessa natureza: diários
íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas,
relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
É feito em 1ª pessoa, de forma subjetiva, detalhada, geralmente com
linguagem coloquial. O assunto é abordado de forma a destacar a participação ou
o ponto de vista do enunciador sobre o que é relatado, ou seja, sobre o fato
ocorrido no passado. Por isso mesmo que o tempo verbal é o pretérito perfeito.
Redigir é sempre uma aventura e um
desejo de todos. Para começar, é preciso refletir sobre a
situação de comunicação em que a escrita será produzida.
Qual o tema do relato?
Qual a razão ou quais as razões que levam os autores a escrever?
Quais
as características do gênero textual escolhido?
O que os autores desejam comunicar aos
leitores?
Quem são esses leitores, o que esperam sentir e compreender ao lerem o
texto?
Em que veículo o texto será publicado?
O espaço para o texto está definido? Qual o número mínimo e o máximo de
palavras que poderá ser usado?
Há recomendações específicas para a diagramação do texto?
Como ele será divulgado? Por meio de qual suporte?
Produzimos textos em diferentes circunstâncias e a cada circunstância
correspondem:
finalidades
diferentes; interlocutores diversos; lugares de circulação determinados;
gêneros discursivos específicos
Finalidade de um relato de experiência
: Relatar o processo de desenvolvimento de uma ação social protagonizada
pelos alunos como um todo. Esse relato servirá para compor, juntamente com
tantos outros, o incentivo à escrita e à leitura.
Pergunte-se
sempre:qual o tema do relato? qual a razão ou quais as razões que nos levam a
escrever? o que desejamos comunicar aos leitores?
Interlocutores dos relatos de experiência -
O público em geral é interessado em
educação e participação, organizações e instituições interessadas em trabalho
protagonizado por jovens. Pergunte-se sempre:quem serão nossos leitores? o que
nós gostaríamos que eles sentissem e compreendessem ao ler nosso texto?
Lugares de
circulação dos relatos de experiências :Escola – Internet – comunidade
virtual – mídia impressa – outras mídias.
Pergunte-se
sempre: em que veículo o texto será publicado?o espaço para o texto está
definido? qual o número mínimo e máximo de palavras / caracteres que
poderá ser usado? há recomendações específicas para a diagramação do texto?
As características
de autoria são reveladas quando o autor se coloca como sujeito de uma
experiência que mobilizou sentimentos.
Marcas de autoria
nos relatos de experiência
Exemplos de
expressões que revelam sentimentos pessoais:
“...senti-me
confusa...”, “essa tarefa constitui um desafio...”, “senti a insegurança...”,
“sinalizam-me limitações...”.
Verbos na
primeira pessoa: (no nosso caso, será em terceira pessoa, pois estamos
falando de uma experiência coletiva da escola).
Apresento,
senti-me, venho, minhas atitudes, sinalizam-me, senti, sou, apodera-se de mim,
vejo-me, foi-me, vai me, minha, gosto, estou...
O autor
revela no relato sua experiência vivida pelo uso de:
adjetivos que
aproximam o leitor dos sentimentos vividos por ele;
•
pronomes pessoais e de tratamento que
o autor usa, como se dialogasse com o leitor;
•
formas de expressões pessoais, às
vezes inusitadas;
•
expressões típicas de sua região.
Mais
marcas de autoria
Exemplos de
expressões que identificam os autores:
•
“Desde que me /nos
senti(mos) responsável (responsáveis) por ...”
•
“Dou-me (nos damos conta) conta
de meus (nossos) sentimentos de ...”
•
“... uma dúvida acompanhando os meus
(nossos) passos.”
•
“Foi o que me (nos) trouxe esta
experiência.”
Alguns adjetivos
usados junto aos pronomes e verbos que expressam sentimentos de uma autora:
(senti-me) desafiada”,
(sinalizam-me) contraditórias , (sou a) única.
Marcas de
autoria, marcas de diálogo
A vivência das pessoas nunca é
solitária. Assim, o autor de relatos de
experiência também revela em seu texto o diálogo com outros sujeitos que dela
participaram:
rememorando
situações vividas com outros sujeitos;
•
trazendo vozes desses sujeitos para
seu texto, citando direta ou indiretamente o que eles disseram;
•
marcando a introdução direta dessas
vozes com dois pontos, aspas ou travessões;
•
marcando a introdução indireta das vozes
com o uso de verbos de dizer: como ele disse..., na hora em que ele falou
que..., o pai da criança contou..., a diretora da escola observou...
MARCAS DE TEMPO NO
RELATO
Quem relata
qualquer fato, em qualquer situação, necessita da memória e dos registros.
•
No caso desta proposta, os autores
estão sendo convidados a recordar uma experiência vivida recentemente e
escrever sobre ela.
•
O gênero textual relato de
experiência que os autores devem utilizar é um diálogo entre o passado
recente vivido, o presente de quem relembra
e os leitores do texto.
•
Ao utilizar a memória, sempre se faz
um jogo do “agora” com o “ontem”, do “aqui” com o “lá”.
•
Por essa razão, aparecerão no texto
marcas desse jogo, por meio do verbos e dos tempos verbais.
•
Os verbos usados expressam o ato de
lembrar para mostrar esse vai e vem da memória: “rememorar”, “reviver”,
“rever”.
Esses verbos são
usados, ora no presente (“Eu me lembro...”), ora no pretérito imperfeito
(“Alunos pensavam e precisavam...”), ora no pretérito perfeito (“Decidi
que ia abordar a situação de outro jeito”).
Eduardo e Mônica
Legião Urbana / Composição; Renato Russo
Quem um dia irá
dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas
pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe
razão...?
Eduardo abriu os
olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu
que horas eram
Enquanto Mônica
tomava um conhaque
No outro canto da
cidade, como eles disseram...
Eduardo e Mônica um
dia se encontraram sem querer
E conversaram muito
mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do
cursinho do Eduardo que disse:
-Tem uma festa
legal, e a gente quer se divertir...
Festa estranha, com
gente esquisita
-Eu não tou
legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu, e
quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho
que tentava impressionar
E o Eduardo, meio
tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas,
eu vou me ferrar...
Eduardo e Mônica
trocaram telefone
Depois telefonaram
e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu
uma lanchonete,
Mas a Mônica queria
ver o filme do Godard
Se encontraram
então no parque da cidade
A Mônica de moto e
o Eduardo de camelo
O Eduardo achou
estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha
tinta no cabelo
Eduardo e Mônica
eram nada parecidos
Ela era de Leão e
ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina
e falava alemão
E ele ainda nas
aulinhas de inglês
Ela gostava do
Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos
Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava
de novela
E jogava
futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas
sobre o Planalto Central
Também magia e
meditação
E o Eduardo ainda
tava no esquema "escola, cinema, clube, televisão"...
|
E mesmo com tudo
diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se
ver
E os dois se
encontravam todo dia
E a vontade
crescia, como tinha de ser...
Eduardo e Mônica
fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato,
e foram viajar
A Mônica explicava
pró Eduardo
Coisas sobre o céu,
a terra, a água e o ar...
Ele aprendeu a
beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu
trabalhar... (Nããããoooo!)
E ela se formou no
mesmo mês
Que ele passou no
vestibular
E os dois
comemoraram juntos
E também brigaram
juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz
que ele completa ela
E vice-versa, que
nem feijão com arroz
Construíram uma
casa uns dois anos atrás
Mais ou menos
quando os gêmeos vieram
Batalharam grana,
seguraram legal
A barra mais pesada
que tiveram
Eduardo e Mônica
voltaram pra Brasília
E a nossa amizade
dá saudade no verão
Só que nessas
férias, não vão viajar
Porque o filhinho
do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!
E quem um dia irá
dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas
pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe
razão...?
Tema: _____________________________
Elementos da narrativa:
Personagens:
Tempo:
Espaço:
Enredo-o que aconteceu? Como? Por quê?
Foco narrativo-
Qual é o relato de experiência vivida por eles?
Grifar marcas da oralidade.
PARA QUE SERVEM AS RETICÊNCIAS EM UMA LETRA DE MÚSICA?-PÁGINA 20
|
|
Egotrip – Blitz Composição: Evandro Mesquita/António
Pedro/ Ricardo Barreto/Patrícia Travassos
Um indivíduo alto
magro vestindo um terno azul (quem vem lá? quem será?)
Desceu de um
coletivo às quatro e meia da manhã
(olha lá, quem
será?)
Atravessou a rua
assoviando uma canção
Só uma suspeita
silhueta na escuridão
Tem um cara na
esquina
O que ele tem na
mão?
Tem um cara na
esquina
Qual será sua
intenção?
Não foi difícil
entrar no edifício mil e três
Da avenida
Copacabana bloco cinco posto seis
O porteiro disse
que ouviu o vento soprar
E alguma coisa
estranha vindo lá do nono andar
Tem um cara na
escada
O que ele tem na
mão?
Tem um cara na
escada
Qual será sua
intenção?
Quem é? (sou eu)
Quem é? (sou eu,
princesa, o batata)
Batata, a essa
hora?
Ah! desculpe,
princesa, mas tinha que ser agora
Ai, deixa pelo
menos eu vestir alguma coisa
Hum! você tá
linda
|
Sabe o que é,
princesa
Hoje eu encontrei a
pessoa que eu procuro (jura)
Bom, se isso te
satisfaz, eu juro, eu juro disse que juro (oh! batata)
Uma pessoa que eu
quisesse comigo vinte e cinco horas por dia
Uma pessoa que me
entendesse, que eu pudesse confiar
Oh,
batatinha, eu eu sinto isso também
E essa pessoa,
princesa (diz diz)
Essa pessoa (diz)
Sou eu!
Eu te amo eu me
adoro j bis
Eu não consigo te
ver sem mim
Hei! vamos
ver o sol nascer ali na praça
Você faz café ou
quer que eu faça?
Ah! já não
sei mais se eu quero que você vá ou que você fique
Nem sei se eu quero
aturar sua egotrip porque... refrão Ninguém entendeu quando o dia amanheceu
Os dois pelados na
praça da Bandeira cantando o samba da Mangueira
Quando chegaram os
camburões
Saíram assoviando o
hino da República dos Camarões
Eu te amo eu me
adoro | bis
Tema: _____________________________
Elementos da narrativa:
Personagens:
Tempo:
Espaço:
Enredo-o que aconteceu? Como? Por quê?
Foco narrativo
Qual é o relato de experiência vivida por eles?
Grifar marcas da oralidade
|
|
|
|
|
Há palavras que expressam surpresa, alegria,
aplauso, emoções . Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de
modo vivo, um sentimento.
Classificação de interjeição:
aclamação: Viva!
advertência: Atenção! Alerta! Cuidado! calma!
agradecimento: Grato!
afugentamento: Arreda!
alegria: Ah! Oh! Viva! Oba! Eh!
animação: Coragem!
Eia! Vamos! Firme
alívio: ufa! Arre! Uf! Ah!
Aprovação, aplauso:bravo! Bios! Viva!
Apelo, chamamento:olá, alô., psiu!
Socorro! Ei! Eh!
Concordância claro! , sim ! pois não!
tá !
Desaprovação credo! Fora!, basta! Francamente !
puxa!
Desejo: oh!, Oxalá! tomara ! pudera!
Dor: ai! Ui!
Dúvida: qual! Epa! Ora!
Impaciência: hum! Hem! Raios! Diabo! Puxa! Pô!
pena: Oh!
Medo, terror: ui! Credo! Cruzes!
Saudação: Salve!
Adeus! Oi! Olá! Alô!
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Surpresa, espanto admiração: ah! Oh! Uai! Puxa!
Caramba! Putz! Xi! Ué!
ESPANTO ADMIRAÇÃO : Ei,!
Locução Interjetiva- São duas ou mais palavras com valor de
interjeição.
Exemplos: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!... Eta vida besta,. Meu deus!
Viva! _
Caluda! _ Apre! _ Coragem! _ Uf! _ Oxalá! _ Ai! _ bolas!
Atividades:
1. Complete as frases seguintes com as interjeições
encontradas acima:
a. Finalmente terminei o trabalho!
b. Estás sempre a fazer asneiras!
c. O público gritava: !
d. Não chores! Ele vai ficar bom. !
e. , meninos! Não consigo ouvir nada!
f. Prometeram-lhe trabalho a partir do mês que vem. !
g. O gato arranhou-me!
h. Voltei a deixar ficar os óculos em casa!…
2- Forme frases com interjeições de :
Alívio-
Agradecimento
Alegria
chamamento
surpresa
Interjeição
- página 20
Há palavras que expressam surpresa, alegria,
aplauso, emoções . Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de
modo vivo, um sentimento.
Classificação de interjeição:
aclamação: Viva!
advertência: Atenção! Alerta! Cuidado! calma!
agradecimento: Grato!
afugentamento: Arreda!
alegria: Ah! Oh! Viva! Oba! Eh!
animação: Coragem!
Eia! Vamos! Firme
alívio: ufa! Arre! Uf! Ah!
Aprovação, aplauso:bravo! Bios! Viva!
Apelo, chamamento:olá, alô., psiu!
Socorro! Ei! Eh!
Concordância claro! , sim ! pois não!
tá !
Desaprovação credo! Fora!, basta! Francamente !
puxa!
Desejo: oh!, Oxalá! tomara ! pudera!
Dor: ai! Ui!
Dúvida: qual! Epa! Ora!
Impaciência: hum! Hem! Raios! Diabo! Puxa! Pô!
pena: Oh!
Medo, terror: ui! Credo! Cruzes!
Saudação: Salve!
Adeus! Oi! Olá! Alô!
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Surpresa, espanto admiração: ah! Oh! Uai! Puxa!
Caramba! Putz! Xi! Ué!
ESPANTO ADMIRAÇÃO : Ei,!
Locução Interjetiva- São duas ou mais palavras com valor de
interjeição.
Exemplos: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!... Eta vida besta,. Meu deus!
Viva! _
Caluda! _ Apre! _ Coragem! _ Uf! _ Oxalá! _ Ai! _ bolas!
Atividades:
1. Complete as frases seguintes com as interjeições
encontradas acima:
a. Finalmente terminei o trabalho!
b. Estás sempre a fazer asneiras!
c. O público gritava: !
d. Não chores! Ele vai ficar bom. !
e. , meninos! Não consigo ouvir nada!
f. Prometeram-lhe trabalho a partir do mês que vem. !
g. O gato arranhou-me!
h. Voltei a deixar ficar os óculos em casa!…
2- Forme frases com interjeições de :
Alívio-
Agradecimento
Alegria
chamamento
surpresa
Emprego dos sinais de pontuação - Os sinais
de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar
recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de
silêncio, pausas, etc...
Divisão e emprego dos sinais de pontuação:
PONTO ( . )
a) indicar o final de uma frase
declarativa.Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.Ex.: Fica
comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas.Ex.: Av.; V. Ex.ª
DOIS-PONTOS ( : )
a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então
o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas,
enumerações ou seqüência de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.Ex.: Meus amigos são poucos:
Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação.Ex.: Como já dizia
Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
RETICÊNCIAS ( ... )
a) indicar dúvidas ou hesitação do
falante.Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente
incompleta.Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente
completa com a intenção de sugerir prolongamento de idéia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns
longes cor-de-rosa...”
d) indicar supressão de palavra (s) numa
frase transcrita.Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.”
PARÊNTESES ( () )
a) isolar palavras, frases intercaladas de
caráter explicativo e datas.Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu
inúmeras perdas humanas."Uma manhã lá no Cajapió ( Joca lembrava-se como
se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O
milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)
Os parênteses também podem substituir a
vírgula ou o travessão.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo.Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As
violetas de Nossa Sra.- Humberto de Campos).
b) Após imperativo.Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição.Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem
caráter emocional.Ex.: Que pena!
PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
a) Em perguntas diretas.Ex.: Como você se
chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de
exclamação.Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!
TRAVESSÃO ( - )
a) dar início à fala de um personagem.Ex.: O
filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos
diálogos.
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará
bom.
c) unir grupos de palavras que indicam
itinerário.Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Também pode ser usado em substituição à
virgula em expressões ou frases explicativas.
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.
ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à
norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e
expressões populares.Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.Conversando com meu superior, dei a
ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
b) indicar uma citação textual.Ex.: “Ia
viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue
na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Se, dentro de um trecho já destacado por
aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. (
' ' )
Recursos alternativos para
pontuação:Parágrafo ( § )Chave ( { } )Colchete ( [ ] )Barra (
/ )
VÍRGULA ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado
com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de
participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora
única da Sena.
Podemos concluir que, quando há uma relação
sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.
Não se separam por vírgula:
·
predicado
de sujeito;objeto de verbo;adjunto adnominal de nome;complemento nominal de
nome;predicativo do objeto do objeto;oração principal da subordinada
substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me
uma xícara de café.A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do
país.
b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete,
minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou
intercalado. Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.Ex.:
Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo
ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a
viagem.
f) separar conjunções intercaladas.Ex.: Não
havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico
antecipado.Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de
datas.Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados
assindéticos.Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente
o verbo).Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
Termos coordenados ligados pelas conjunções
e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. Ex.: Conversaram sobre futebol, religião
e política.
Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me
decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar
ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro,
nem à missa de sétimo dia.
A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas
explicativas.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas
e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu
banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no
exame.
Há três casos em que se usa a vírgula antes
da conjunção:
1) quando as orações coordenadas tiverem
sujeitos diferentes.Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada
vez mais pobres.
2) quando a conjunção e vier repetida com a
finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de
alegria.
3) quando a conjunção e assumir valores
distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
c) separar orações subordinadas adverbiais
(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração
principal.Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda
mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de
Alencar)
d) separar as orações intercaladas. Ex.:
"- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar
plantando..."
Essas orações poderão ter suas vírgulas
substituídas por duplo travessão. Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho
grandes contentamentos em a estar plantando..."
e) separar as orações substantivas antepostas
à principal.Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um
decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:I- advertência;II- suspensão;III-
demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V- destituição de cargo em
comissão;
VI- destituição de função comissionada. ( cap. V das penalidades Direito
Administrativo)
b) separar orações coordenadas muito extensas
ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições
inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais
se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o
inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de
Taunay)
O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente
letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e
sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos
de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam
a lógica e o bom senso. Como no caso da música Eduardo e Mônica, do álbum
“Dois” da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada
sempre como alienada e inconsciente, enquanto a feminina (Mônica) é a portadora
de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos. analisemos o que diz a
letra.
Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e
indolente (
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar; Ficou
deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo que tenta dar uma imagem
forte e charmosa à Mônica (
enquanto Mônica tomava um conhaque noutro
canto da cidade como eles disseram). Ora, se esta cena tiver se
passado de manhã como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação:
acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um
conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.
Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo
de maneira frágil e imatura (
Festa estranha, com gente esquisita).
Bom, “Festa estranha” significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer
bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são
contra o sistema. “Gente esquisita” é, basicamente, um bando de sujeitos que
têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são
as garotas mais horrorosas da via-láctea. Enfim, esta era a tal “festa legal”
em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra
agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir.
Assim temos
(- Eu não estou legal. Não agüento mais birita).
Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira
do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao
contrário de Mônica, uma notória bêbada sem-vergonha do underground.
Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se
encontraram (
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho
que tentava impressionar). Vamos por partes: em “E a Mônica riu”
nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Mônica para com
Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente! Mais à frente, é bom esclarecer o
que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se “quis saber um pouco mais” leia-se”
quis dar para”! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal
Mônica.
A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo “boyzinho” que tentava
impressionar”! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo
como “boyzinho”. Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria
ido se encontrar com Mônica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (
Se
encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo).
Se alguém aí age como boy, esta seria Mônica, que vai ao encontro pilotando uma
ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 (
Ela era de Leão e ele
tinha dezesseis) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai,
principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Mônica.
E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua
galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais
fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu?
Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Mônica impor suas preferências,
uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do
afável Eduardo (
O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria
ver filme do Godard). Atitude esta, nada democrática para quem se
julga uma liberal.
Na verdade, Mônica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (
Pseudo
Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos,
cabeças e viadinhos vestidos de preto em geral), que acham que todo
filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência
francês, preto e branco, arrastado para caralho e com bastante cenas de
baitolagem.
Em seguida Russo utiliza o eufemismo “menina” para se referir suavemente à
Mônica (
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar. Mas a menina
tinha tinta no cabelo). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado.
Ainda há pouco vimos Mônica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e
ele ainda a chama de menina? Além disto, se Mônica pinta o cabelo é porque é
uma balzaca querendo fisgar um garotão viril. Ou então porque é uma baranga
escrota.
O autor insiste em retratar Mônica como uma gênia sem par. (
Ela
fazia Medicina e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (
E
ele ainda nas aulinhas de inglês). Note a comparação de intelecto
entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil
aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para Medicina.
Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar “iéis”, “nou” e
“mai neime is Eduardo”! Incomoda como são usadas as palavras “ainda” e
“aulinhas”, para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor,
respectivamente.
Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (
Ela
gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de
Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.A., muito
usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é
tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira
Filho, que usou-se a expressão “do Bandeira”. Francamente, “Bandeira” é aquele
juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal
dessa moçada aí cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o
nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem
de rimar “Êta” com “Tiêta” e neguinho ainda diz que ele é gênio!
Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (
E o
Eduardo gostava de novela) e crianção (
E jogava futebol de
botão com seu avô). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que
adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando
videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho
pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico
jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na
letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É
óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.
Continuando, temos (
Ela falava coisas sobre o Planalto Central,
Também magia e meditação). Falava merda, isso sim! Nesses assuntos
esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé
lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que?
Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo
doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Mônica? Eduardo é claro,
o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (
E
o Eduardo ainda estava no esquema escola – cinema – clube – televisão).
O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse “bar da esquina – terreiro de
macumba – sauna gay – delegacia”?? E qual é o problema de se ir a escola?!?
Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por
Mônica (
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro,
artesanato e foram viajar). Por ordem:
1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto.
2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo.
3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!
Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (
A Mônica
explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar).
Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos:
Mônica trabalha na previsão do tempo? Não. Mônica é geóloga? Não. Mônica é
professora de química? Não. A porra da Mônica é alguma aviadora? Também não.
Então que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água
e ar que uma muriçoca não saiba?
Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar
alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo caô
mais furado do mundo. Santa inocência… Ainda em (
Ele aprendeu a beber),
não precisa ser muito esperto pra sacar com quem… é claro, com a campeã do
alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis, como o código morse
ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como
encher a cara de pinga. Muito bem, Mônica! Grande contribuição!
Depois, temos (
deixou o cabelo crescer). Pobre Eduardo.
Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos
outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o
estrago causado por Mônica na cabeça do iludido Eduardo.
Sempre à frente em tudo, Mônica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio,
consegue entrar na universidade (
E ela se formou no mesmo mês em que
ele passou no vestibular). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o
diploma, Mônica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel.
Outra prova da parcialidade do autor está em (
porque o filhinho do
Eduardo tá de recuperação). É interessante notar que é o filho do
Eduardo e não de Mônica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é
burro que nem uma porta.
O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo
estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é
salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente
evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está
incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. É
sabido que em todas culturas e povos existentes o homem sempre oprimiu a
mulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores
que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo
feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam
sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que? Ora, porque tanto homens
quanto mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é
aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até…
Renato!
a) Eu não estou legal. Não aguento mais “birita”.
b) E quase duas, “eu vou me ferrar”.
c) Foi um “carinha” do cursinho do Eduardo que disse.
d) Tem uma festa legal e a gente vai se divertir.
e) Se encontraram então no parque da cidade. A Monica de moto e o Eduardo de
“camelo”.
f) “Batalharam” grana e “seguraram” legal.
g) A “barra mais pesada” que tiveram.
h) “Que nem feijão com arroz”.
Roteiro para análise
1. Dados sumários sobre o texto:
a) Autor: ______________________________________
b) Título da obra: _______________________________
2. Personagens
a) Traços físicos e psicológicos dos principais personagens:
Eduardo:
Mônica:
b) Qual das duas personagens mais lhe chamou a atenção? Por quê?
3. Enredo
a) Faça um resumo da história (princípio – meio – fim) contendo as principais
informações a respeito das personagens, do local e do tempo dos acontecimentos.
b) Qual a parte mais importante da história, antes do final?
c) Onde e como se dá o desfecho? (é o final da história; é a conclusão do
problema, da complicação, da aventura)
4. Ambiente
Qual é o tipo de ambiente predominante: físico (a natureza, o campo, a cidade)
ou social (algum agrupamento social específico, alguma parcela da comunidade,
fábrica, colégio, clube, família)?
5. Estilo
Foco narrativo – O narrador é narrador-personagem ou narrador-observador?
6. Mensagem
a) Qual a mensagem que você descobriu na obra?
b) Em que sentido a mensagem da obra contribuiu para o enriquecimento de sua
personalidade?
7. Conclusão
Acha que valeu a pena ouvir a música? Por quê?
LEIA E FAÇA O RESUMO.(GRIFE AS IDÉIAS
PRINCIPAIS)
Como gênero textual, o relato de experiência
de prática pedagógica tem características muito próprias, que o diferenciam de
outros gêneros.
É um gênero de texto que põe em evidência
a autoria de quem o escreveu e tem marcas que refletem essa autoria.
Essas marcas de autoria aparecem no texto todas as vezes que o autor faz
referência a experiências muito particulares que somente ele viveu com
seus alunos em particular, ou na coordenação de grupos de formação de
professores, em sua sala de aula, em sua escola.
Como está relatando essa experiência para
alguém com quem pode partilhá-la porque também tem experiências semelhantes,
ele faz uso de pronomes pessoais e de tratamento, como se dialogasse com
esse leitor. Além disso, como o relato fala de situações experimentadas pelo
autor, revela as sensações e emoções vividas nessas experiências. Isso é
marcado pelo uso de adjetivos que aproximam o leitor dos sentimentos
vividos pelo autor do relato. Outro aspecto forte no relato de experiência é
que a vivência das pessoas nunca é solitária. Assim, seu autor também revela em
seu texto o diálogo com outros sujeitos que dela participaram, relembrando
momentos, trazendo vozes dos professores que dela participaram.
Concluindo, podemos afirmar que a escrita de
bons relatos de prática pedagógica parte, como em outros gêneros textuais, da
reflexão do autor sobre os elementos da situação de comunicação em que seu
texto será produzido e da inclusão desses elementos em sua escrita.
Roteiro para a
elaboração do relato de prática pedagógica(EXEMPLO)
Veja a seguir como
podemos identificar esses elementos, retomando aquilo que o autor necessita
para relatar uma experiência a seus leitores:
1.
Refletir sobre as razões que o levam a produzir esse
texto: refletir sobre as experiências de ensino de língua com gêneros textuais
como instrumento e registrá-las para compartilhá-las com leitores da Comunidade
Virtual.
2. Considerar que sua experiência prática é o tema, o centro do relato.
3. Considerar que os leitores estão interessados em saber as particularidades
da experiência vivida por você e pelos seus alunos e de que maneira essa
prática relaciona a teoria dos gêneros e seqüências didáticas com seu projeto
de ensino da escola.
4. Conscientizar-se de que vai escrever um texto sobre uma experiência vivida
que mobilizou seus sentimentos e, de certa forma, transformou sua prática
pedagógica.
5. Saber que o gênero textual "relato de experiência vivida" é um
diálogo entre um momento passado vivido pelo autor, o presente de quem recorda
a experiência e os leitores do texto.
6. Saber que quem relata qualquer fato, em qualquer situação, necessita da
memória.
7. Verificar que, ao utilizar memória, um autor sempre faz um jogo do “agora”
com o “ontem”, do “aqui” com o “lá”. Por essa razão, aparecerão no texto marcas
desse jogo, por meio de verbos, dos tempos verbais. Esses verbos são usados,
ora no presente (“eu me lembro”), ora no pretérito imperfeito (“os professores
estavam animados e falavam bastante”), ora no pretérito perfeito (“decidi que
ia abordar a situação de outro jeito”).
8. Ter sempre em mente que o autor rememora situações vividas com outros
sujeitos, trazendo vozes desses sujeitos para seu texto, citando direta ou
indiretamente o que eles disseram. O autor pode marcar a introdução direta
dessas vozes com dois pontos, aspas ou travessões. Outras vezes, os “verbos de
dizer” também podem ser marcas do diálogo que se dá ao longo da experiência, evidenciando
a introdução dessas vozes: “um dos alunos disse...”, “na hora em que ele
falou...”, “a colega contou...”, “a diretora da escola observou...”,
etc.
9. Observar cuidados comuns que devem ser tomados na escrita de qualquer texto:
situar o leitor, dando referências de quando e onde a situação relatada
ocorreu; garantir coerência ao relato, relatando primeiramente o início da
experiência e prosseguindo com fatos que ocorreram na seqüência; finalizar com
uma reflexão sobre os resultados da prática pedagógica a qual se refere.
exto autobiográfico de Monteiro Lobato
Nasci José Renato Monteiro Lobato, em Taubaté-SP, aos 18 de abril de 1882.
Falei tarde e aos 5 anos de idade ouvi, pela primeira vez, um célebre ditado…
Concordei. Aos 9 anos resolvi mudar meu nome para José Bento Monteiro Lobato
desejando usar uma bengala de meu pai, gravada com as iniciais J.B.M.L.
Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com
palitos nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho,
Emília e Visconde representa um pouco do que fui e um pouco do que não pude
ser.
Aos 14 anos escrevi, para o jornal “O Guarani”, minha primeira crônica.
Sempre amei a leitura. Li Carlos Magno e os 12 pares de França, o Robinson
Crusoé e todo o Júlio Verne. Formei-me em Direito em 1904, pela Universidade de
São Paulo. Queria ter cursado Belas Artes ou até Engenharia, mas meu avô,
Visconde de Tremembé, amigo de Dom Pedro II, queria ter na família um bacharel
em Ciências Jurídicas e Sociais.
Em maio de 1907 fui nomeado promotor em Areias – SP, casando-me no ano seguinte
com Maria Pureza da Natividade, com quem tive o Edgar, o Guilherme, a Marta e a
Rute.
Vivi no interior, nas pequenas cidades, sempre escrevendo para jornais e
revistas.
Em 1911 morreu o meu avô, Visconde de Tremembé, e dele herdei a fazenda
Buquira, passando de promotor a fazendeiro. Na fazenda escrevi o Jeca Tatu,
símbolo nacional.
Comprei a “Revista do Brasil” e comecei, então, a editar meus livros para
adultos. “Urupês” iniciou a fila em 1918. Surgia a primeira editora nacional
“Monteiro Lobato & Cia”, neste mesmo ano. Antes de mim, os livros do Brasil
eram impressos em Portugal.
Quiseram me levar para a Academia Brasileira de Letras. Recusei. Não quis
transigir com a praxe de lá – implorar votos.
Tive muitos convites para cargos oficiais de grande importância. Recusei a
todos. Getúlio Vargas (presidente do Brasil na ocasião) convocou-me para ser o
Ministro da Propaganda. Respondi que a melhor propaganda para o Brasil, no
exterior, era a “Liberdade do Povo”, a constitucionalização do país.
Minha fama de propagandista decorria da minha absoluta convicção pessoal. O
caso do petróleo, por exemplo, e do ferro. Éramos ricos em energia hidráulica e
minérios e não somente café e açúcar. Durante 10 anos, gritei essas verdades.
Fui sabotado e incompreendido.
Dediquei-me à Literatura Infantil já em 1921. E, retomei a ela, anos depois,
desgostoso dos adultos. Com “Narizinho Arrebitado”, lancei o “Sítio do Picapau
Amarelo”. O sítio é um reino de liberdade e encantamento. Muitos já o
classificaram de República.
Eu mesmo, por intermédio de um personagem, o Rei Carol, da Romênia, no livro A
Reforma da Natureza, disse ser o Sítio uma República. Não; República não é, e
sim um reino. Um reino cuja rainha é a D. Benta. Uma rainha democrática, que
reina pouco. Uma rainha que permite liberdade absoluta aos seus súditos.
Súditos que também governam. Um deles, Emília, é voluntariosa, teimosa,
renitente e não renuncia os seus desejos e projetos. Narizinho e Pedrinho são
as crianças de ontem, de hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes,
confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre
acreditando no futuro.
Mas eu precisava de instrumentos idôneos para que o trânsito do mundo real para
o fantástico fosse possível, pois, como ir à Grécia? Como ir à Lua? Como
alcançar os anéis de Saturno? Bem, a lógica das coisas impunha a existência desse
instrumento. Primeiro surgiu o “O Pó de Pirlimpimpim” que transportaria para
todo e sempre, os personagens de um lugar para outro, vencendo o “ESPAÇO”. O
“FAZ-DE-CONTA”, pó número 2, venceria a barreira do “TEMPO”, suprindo as
impossibilidades de acontecimentos. Finalmente pensei no “SUPER-PÓ”, inventado
pelo Visconde de Sabugosa, em o Minotauro, que transportaria, num átimo, para
qualquer lugar indeterminado, desde que desejado.
Como disse a Emília: “é um absurdo terminar a vida assim, analfabeto!”. Eu
poderia ter escrito muito mais, perdi muito tempo escrevendo para gente grande.
Precisava ter aprendido mais…
Hoje aos 4 de julho de 1948, vítima de um colapso, na cidade de São Paulo parto
para outra dimensão.
Mas o que tinha de essencial, meu espírito jovem, minha coragem, está vivo no
coração de cada criança. Viverá para sempre, enquanto estiver presente a
palavra inconfundível de “Emília”.
O que o aluno poderá aprender com esta aula
- conhecer
o relato de experiência vivida como gênero da ordem do relatar,
pertencente ao domínio social da memorização e documentação das
experiências humanas, situando-as no tempo.
- analisar
textos biográficos e autobiográficos;
- reconhecer
e identificar as características do gênero relato de
experiência vivida
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
- Estrutura
básica da narrativa.
Estratégias e recursos da aula
- utilização
do laboratório de informática e sala de vídeo;
- atividades
realizadas em grupo ou duplas de alunos;
- utilização
de tiras, imagens, textos e vídeos veiculados na internet.
Aula 01 (50 minutos)
Relato de experiência vivida – é a apresentação oral ou escrita,
de experiências humanas vivenciadas que podem ser do tempo presente ou do tempo
da memória (passado): diários, testemunhos,
autobiografia, etc.
Atividade
I -Para apresentar o tema a ser estudado nessa aula – relato de
experiência vivida -, o professor deverá reproduzir para os alunos cópia
da tirinha da Mafalda, apresentada abaixo.
Disponível em:
http://www.portalibahia.com.br/blogs/brincantes/?m=200911&paged=2
II- O professor deverá solicitar que os alunos respondam as questões abaixo
sobre a tirinha:
1.Observe a pergunta de Mafalda a Suzanita, no primeiro quadrinho.
a. Esse tipo de pergunta relaciona-se a experiências vividas? Justifiqu
b. A resposta de Suzanita mostra que ela entendeu o teor da pergunta da
Mafalda? Por quê?
c. O que sugerem as supostas lembranças de Suzanita?
d. Por que Mafalda apresenta uma expressão de desapontamento?
Explique.
2. Compare a natureza da pergunta de Mafalda e a resposta de Suzanita.
O que elas sugerem em relação a visão de vida de cada uma delas?
3. Você se lembra de como foi o início de sua vida escolar?
a. Tente se lembrar dos professores, dos colegas, dos primeiros livros, de
algum acontecimento marcante dessa época
b. Há muita diferença em relação ao seu jeito de ser hoje em relação ao seu
jeito de ser naquela época?
c. Junte-se a um colega e conte a ele como foi esse período de sua vida.
- Professor,
faça a correção das questões, instigando os alunos a falar sobre suas
vidas.
Aula 02 (50 minutos)
Atividade
I- o professor deverá levar os alunos ao laboratório de informática
para assistirem aos vídeos sobre a vida de Monteiro Lobato.
II – O professor deverá pedir aos alunos para ficarem atentos aos fatos da
vida do autor, porque esses dados contribuirão para a compreensão da leitura do
texto autobiográfico do autor.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=95cKeHNUtyI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=udpwPqlY_BQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=FpyRWuIAon8&feature=related
Entrevista com Monteiro Lobato:
http://www.youtube.com/watch?v=KD9LdEbvp1I&feature=related
Aula 03 (50 minutos)
Atividade
O professor deverá reproduzir para os alunos a cópia do texto da
autobiografia de Monteiro Lobato. Eles deverão fazer a leitura silenciosa
do texto com muita atenção.
Disponível em:
http://historianovest.blogspot.com/2009_09_01_archive.html
- Professor,
corrija as questões oralmente, sempre solicitando aos alunos participação
nas discussões.
Aula 04 ( 50 minutos)
Atividade
Produção de texto
O professor deverá apresentar aos alunos a seguinte proposta de produção
textual:
Assim como Monteiro Lobato, todos nós temos experiências vividas para
contar.
Escreva um texto autobiográfico (narrador de primeira pessoa) para contar
como foi a sua experiência de aprender a ler e a
escrever:
a. Quais dificuldades e alegrias você viveu? Quem foram as
pessoas que o marcaram positiva ou negativamente nessa fase?
b. O que você pensa, hoje, em relação à leitura e à escrita?
O texto do aluno deverá ser lido em sala de aula para ser
apreciado pelos colegas e professor e, depois exposto no
mural da sala de aula, se o aluno autorizar.
Recursos Complementares
Para enriquecer o estudo do gênero discursivo - relato de experiências
vividas - o professor poderá exibir para os alunos os vídeos seguintes:
a. Memória e experiência de vida 001
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=5FHO02XInN8
b. Monteiro lobato: influência a outras gerações de escritores
http://www.youtube.com/watch?v=irnAK-cXev8
Avaliação
Os alunos serão avaliados coletivamente durante a realização das atividades
de interpretação e análise do texto autobiográfico de Monteiro Lobato e,
individualmente, por meio da produção de um texto autobiográfico.
Opinião
de quem acessou
A
enchente
Em uma típica manhã de primavera, fui visitar
uma pequenina amiga de 5 anos que morava em um lugar que sempre acontecia
enchentes.
Sendo ela muito pequena, não entendia porque
aconteciam enchentes e começou a me encher de perguntas. Vendo tanta curiosidade
diante deste problema, resolvi lhe explicar que as enchentes são causadas
porque as pessoas jogam lixo em locais não apropriados, ou seja, nas ruas, nos
rios. Com essa atitude, os bueiros vão sendo entupidos e a água da chuva não
tem por onde escorrer. Essa água acaba enchendo as ruas e invadindo as casas,
causando destruições e provocando doenças.
Minha amiguinha, então, me contou sua idéia
que era conversar com a vizinhança, conscientizando-os do problema e combinando
com eles medidas para tentar acabar com as enchentes como, reciclar lixo,
reduzir lixo e jogá-lo somente em locais apropriados.
Aquela minha pequenina amiga era muito mais
inteligente e sensata do que muitos adultos e por isso resolvi ajudá-la a
combater esse tipo de poluição.
Essa atitude pode ajudar a salvar nosso
planeta. Com práticas saudáveis o planeta aos poucos se recupera, livre das
impurezas que a poluição pode causar.
Minha última festa
Olá, sou Larissa e minha festa de aniversário foi assim:
Era quase o dia do meu aniversário e fomos as compras. Compramos as bexigas, os
pratos, os garfos, a vela, mas faltava uma coisa essencial, o bolo; como minha
mãe não leva jeito para fazer bolos de aniversário recheado, decidimos encomendar.
Passou-se um dia e chegou o meu dia esperado: a festa de aniversário. Acordei
pulando de alegria, ajudei minha mãe a fazer os brigadeiros, enchemos as
bexigas, arrumamos a mesa e o meu pai foi buscar o bolo. Quando meu pai chegou
com o bolo nas mãos, o meu sorriso ficava estampado de alegria, tirei o
plástico e o bolo era de chocolate escrito com chantilly: Parabéns Larissa!
Mas na hora que fui pegar a vela pra por no bolo, ela estava rachada e quase
quebrando, acho que quando está b vamos fazendo compras meu pai colocou alguma
coisa em cima. Meu pai foi no mercado comprar outras vela, coloquei-a e vieram
os convidados: Minha tia Denise, o tio Sandro, o Vinícius e a Ana Luz, mas na
hora que eles vieram por espanto meu avô João tinha chegado, fiquei muito feliz
porque ele quase nunca vem em casa. Começou a festa, todo mundo comendo e
bebendo e chegou a hora esperada, a hora de cantar parabéns, cantamos, quando
fui assoprar a vela desejei uma coisa: que meu avô tornasse meu melhor amigo e
que eu fosse à praia. A vela apagou e meu avô se aproximou de mim e disse para
eu esticar as mãos e ele me deu um pacote de moedas e me deu um abraço. Passou
o meu aniversário e a vela realizou meu desejo, fui a praia mas aconteceu uma
coisa ruim, depois que eu voltei da praia meu avô morreu, mas pelo menos ele
teve a oportunidade de vir no meu aniversário de 9 anos que realizou-se no dia
20 de Junho de 2010. Larissa Vitória Aparecida Ramos de Deus 5º ano E - Profª Carla
FAÇA UM QUADRO ORGANIZATIVO(OLHAR P.06 E 07)
COM AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS TEXTOS.
RELATO
DE EXPERIÊNCIA VIVIDA- cairá no SARESP- página 9 pesquisa individual
1.
Situações
vivenciadas por uma pessoa (individualmente ou não), relacionadas com períodos
específicos da sua vida(infância, adolescência, férias na escola, segundo ano
de escolaridade...), espaços determinados (acontecimentos ocorridos no sítio,
tempo de residência no interior, tempo vivido na cidade grande, tempo de vida
num apartamento), temas pontuais(travessuras, situações engraçadas, situações
tristes, momentos de medo, demonstrações de amizade, situações de bullling, p.
e.).
2.
ORGANIZAÇÃO
COMPOSICIONAL
Contextualização inicial do relato, identificando tema/espaço/período.
Identificação do relator como sujeito das ações relatadas e experiências
vivenciadas.
Referência à(s) ação(ões)/situação(ões) que será(ão) relatada(s).
3.
Apresentação
das ações:
seqüenciando-as temporalmente, estabelecendo relação com o tema/espaço/período
focalizado no texto,
explicitando sensações, sentimentos,emoções provocados pelas experiências.
Nesse processo poderá ou não ser estabelecida relação de causalidade entre as
ações/fatos relatados, pois se trata de ações acontecidas no domínio do real e,
dessa maneira, o que define a relação de causalidade são os fatos, em si, ou a
perspectiva/compreensão do relator.
4.
Encerramento,
pontuando os sentimentos, efeitos, repercussões das ações relatadas na vida do
relator e dos envolvidos.A experiência vivenciada por uma pessoa, pode envolver
terceiros, o que pode derivar na introdução das vozes desse terceiro no relato
elaborado.
5.
MARCAS
LINGÜÍSTICAS
Relato de experiência vivida é organizado na primeira pessoa, seja do singular
ou do plural. Essa marca de autoria se revela na pessoa do verbo e, além disso,
nos pronomes pessoais utilizados, por exemplo.
6.
O relato
rememora experiências. Dessa forma, na textualização haverá marcas desse
processo por meio da alternância entre hoje e ontem, aquie lá:Hoje, quando
penso na maneira como tudo aconteceu...;
Naquela época, quando estudava na escola D. João VI, eu não pensava como agora,
certo?
7.
As
experiências relatadas acontecem em um contexto que pode ou não envolver terceiros.
Nessa perspectiva, é possível que, no texto, sejam introduzidas as vozes desses
terceiros, quer seja por meio do discurso indireto, quer seja por meio de
discurso direto. Se houver essa introdução, as marcas da mesma comporão o texto
com a utilização dos recursos cabíveis.
8.
Pode
haver marcas do diálogo do relator com o interlocutor. Nesse sentido, poderão
aparecer pronomes pessoais e de tratamento para explicitar essa relação. Por
exemplo:Você quer saber? A partir daquele dia não me interessei mais por casas
abandonadas...;Mas depois desse grito – pode acreditar – fiquei muito mais
aliviado.
O
cão abandonado e Relato de experiência vivida
Um dia encontrei um cachorro abandonado numa rua alagada; o
cachorro estava com fome.
Ele tinha apenas uma coleira com seu nome escrito.
Eu iria procurar pelo dono quantos dias fossem necessários
para o dono achar o seu cachorro.
Tirei umas fotos, fiz alguns cartazes, coloquei meu telefone
para o dono ser achado.
Passou-se um dia recebi uns telefonemas mas nenhum deles era
o dono do cão.
No outro dia não recebi nenhum telefonema, mas no outro dia
veio uma pessoa a minha casa procurar um cachorro, falei que o seu nome era
Tobi, mas infelizmente não era.
Não demorou muito e veio outra pessoa, mas antes de eu
começar a falar o Tobi pulou encima dele e os dois foram embora.
Fiquei triste mas logo me conformei e pensei como existe
animais abandonados então pensei mais um pouco e resolvi ir procurar outros
cachorros para o dono achar. Autora: Bruna Pacheco.
Relato de experiência vivida
No dia 20 de julho, eu e minha amiga Helena fizemos uma
festa de aniversário juntas, nessa festa convidamos nossas amigas da escola e
alguns meninos da nossa sala.O primeiro a chegar foi o Paulo, logo a pós chegou
as meninas elas vieram todas juntas com a Clara por volta de umas 3h10, o
último menino a chegar foi o Diego e as últimas meninas a chegar foram a Maria
Paula e a Miqueluzzi, na festa tinha cama elástica, brincamos de volêi,
esconde-esconde e policia e ladrão. Logo depois do parabéns nós comemos
bolo,salgadinho, docinho, cachorro quente e algumas balas. Perto de acabar a
festa as meninas dançaram.No final nós ficamos todos na cama elàstica
conversando, alguns esperavam seus pais chegar. Depois de arrumar todo o salão,
fiquei pensando eu e minha amiga que tantos preparativos como "anteninha",
"marabu", gravata, lápis e óculos para uma tarde só.Helena e eu
abrimos os presente e adoramos todos.
Postado por Coordenadora:
Bethânia Medeiros Geremias às Marcadores:Postado por Gabriela Cardoso Vieira Escola Básica Municipal
Beatriz de Souza Brito. Bairro: Pantanal. Cidade: Florianópolis. Estado: Santa
Catarina (Brasil)
O meu guri Interpretação da música.
A
letra da música, escrita por Chico Buarque, tem como eu-lírico uma mulher. Esta
conta a história de seu filho para alguém (em todas as estrofes ela se refere
ao ‘seu moço’, o que indica a relação entre ela e quem a escuta).
A
vida da mãe junto ao seu filho é de miséria, ela não tinha condições de
sustentá-lo (Já foi nascendo/Com cara de fome/Como fui levando/Não sei lhe
explicar), a mãe não tem sequer documentos para registrar o filho e
torná-lo cidadão perante o estado (E eu não tinha nem nome/Prá lhe dar).
Os dois moram em favela (Chega no morro/Cá no alto)
Fica
claro que o guri não quer continuar nessa situação de pobreza (E na sua
meninice/Ele um dia me disse/Que chegava lá). Ele deseja objetos
associados à riqueza, fama e dignidade tanto para ele quanto para a mãe:
presente, bolsa, corrente de ouro. Nesses objetos estão embutidos os valores
que ele busca.
Já
na segunda estrofe inicia-se a transformação e o guri assume o seu fazer (Traz
sempre um presente/Pra me Encabular/Tanta corrente de ouro/Seu moço/Que haja
pescoço/Pra enfiar /Me trouxe uma bolsa/Já com tudo dentro/chave,
caderneta/Terço e patuá) e transforma sua vida e a vida de sua mãe. Saem
da miséria e anonimato (Um lenço e uma penca de documentos/Pra finalmente
eu me identificar). Ele consegue tudo isso através de um elemento que fica
implícito no texto da canção: o roubo. Essa idéia fica comprometida pelo usa da
palavra ‘carregamento’ que possui uma carga semântica que, no jargão policial,
significa/identifica o transporte de mercadorias ilegais ou contrabandeadas,
ilícitas. E também pelo fato de ele trazer uma bolsa para sua mãe com tudo
dentro, até documentos.
Se
a mãe sabe ou não que o filho participa dessas atividades não fica claro.
Existe uma dúvida se ela não sabe ou se prefere acreditar que ele tem um
trabalho honesto (Chega suado/E veloz do batente /E o danado já foi
trabalhar/Rezo até ele chegar/Cá no alto/Essa onda de assaltos/Tá um horror/ Eu
não entendo essa gente/Seu moço!/Fazendo alvoroço demais).
Na
quarta estrofe a história é finalizada. O menino morre (O guri no mato/Acho
que tá rindo/Acho que tá lindo/De papo pro ar) , tudo indica que foi
assassinado e noticiam sua morte em páginas policiais de um jornal. Os
elementos colocados na letra indicam que ele é menor de idade (Chega estampado/Manchete,
retrato/Com venda nos olhos/Legenda e as iniciais). A mãe conta e de certa
forma se mostra orgulhosa (Ele disse que chegava lá).
Durante
toda a música a mãe repete (Olha aí!/Ai o meu guri, olha aí), e essa
repetição deixa, para quem escuta a música, uma sensação de que a mãe chama por
seu filho de maneira orgulhosa durante toda a canção, como se quisesse dizer
“esse é meu filho”.