quinta-feira, 17 de setembro de 2015

6ª série- 7º ano______ - RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA- caderno do aluno PÁGINA 6- PESQUISA EM GRUPO



6ª série- 7º ano______ - RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA-  PÁGINA 6- PESQUISA EM GRUPO
Relato de experiência vivida – é a apresentação oral ou escrita, de experiências humanas vivenciadas que podem ser do tempo presente ou do tempo da memória (passado): diários, testemunhos, autobiografia, etc.
Avaliação:observarei a participação durante as atividades
LEIA :
1-  RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA- COMO COMECEI A ESCREVER   (Carlos Drummond de Andrade)
Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil uma vez por semana aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal, três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler o papel transformado em mingau.
Papai era assinante da Gazeta de Notícias, e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de Domingo. Tentava decifrar o mistério das letras em redor das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era preciso conquistar.
Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí por diante as experiências foram se acumulando, sem que eu percebesse que estava descobrindo a leitura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar. Ninguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava germinando. Meu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive sorte de conhecer outros rapazes que também gostavam de ler e escrever.
Então começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do café-sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas e horas sem incomodar nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de amizade crítica.
            
2-Relato de VIAGEM - Heloísa Schurmann sobre a passagem da família pela ilha de Páscoa – sul do oceano Pacífico.
                                                           Uma história de Páscoa
Em junho de 1999, quando estávamos velejando na Magalhães Global Adventure, passamos um momento especial na Ilha de Páscoa.
Localizada ao sul do Oceano Pacífico, essa ilha abriga os misteriosos moais, estátuas esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos altares espalhados pela ilha.
A lembrança que mais me emociona é ligada a Kat. Quando estávamos perto da ilha, ela tinha certeza de que os ovos de Páscoa eram fabricados lá. Afinal a ilha tem o nome de Páscoa?Os coelhinhos eram o centro das preocupações de Kat. Ao desembarcarmos, ela os procurava em todos os lugares, e não os encontrava. Como explicar-lhe onde estavam os bichinhos? Saíram de férias?
— Ah, já sei. Eles foram para a Patagônia. Lembra que vimos muitos deles lá? - eu dizia.
— Mas eu sei que eles deixaram ovinhos para mim! - ela falava com firmeza.
Procuramos por todos os supermercados da ilha, mas não encontramos nada parecido com um ovo de páscoa no mês de junho!
No meu diário de bordo transmitido online, comentei o assunto sobre os ovinhos.
Dias depois, minha sobrinha Fernanda que mora em Miami, nos enviou uma encomenda. Ao abrir o pacote, encontrei duas dúzias de ovos de plástico, lindos, coloridíssimos recheados de chocolate. Chorei de emoção. Ela havia lido o meu diário sobre a expectativa de Kat.
Ao amanhecer do dia seguinte, Jaime, tripulante do Aysso, foi em terra construir ninhos de pedra para esconder os ovinhos, num gramado bem em frente aos moais.
Kat acordou e a convidamos para ir procurar os ovos. Animada, procurou pelos ninhos em todos os montes de pedra. O desapontamento dela aumentava a cada tentativa frustrada... Quando chegou em frente aos moais, retirou uma pedra de um ninho e ao ver um objeto colorido, começou a derrubar as outras pedras, gritando:
— É aqui! Olha, quantos ovinhos! E que lindos! Viu? Não falei que aqui era a ilha da Páscoa?
Sentou-se no chão e foi colocando todos os ovos no colo e falou:
— Estou muito feliz, eu sabia que vocês não iam se esquecer de mim. Obrigado coelhinhos...
Emocionada, agradeci o carinho de Fernanda.
Feliz  Páscoa!
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Quadro com as principais características desse gênero:
RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE CADA UM DOS TEXTOS LIDOS
CARACTERÍSTICAS COMUNS ENTRE OS DOIS RELATOS
1-TÍTULO:

NOME DO AUTOR:

GÊNERO:

PUBLICADO:





2- TÍTULO:

NOME DO AUTOR:

GÊNERO:

PUBLICADO:






 Informações sobre o  GÊNERO TEXTUAL  RELATO AUTOBIOGRÁFICO”  
CONCEITO: "É o diálogo entre o passado vivido, o presente de quem relembra e os leitores do texto.
Ao utilizar a memória, sempre se faz um jogo do “agora” com o “ontem”, do “aqui” com o “lá”.
CARACTERÍSTICAS: Predomínio de verbos nos tempos presente, pretérito perfeito e pretérito imperfeito do Modo Indicativo".
ESQUEMA DE RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA
TÍTULO
1º§ O quê? Quando? Onde ocorreu a experiência?
2º§ e 3º§ Detalhes: Sequência temporal das ações.
4º§ Quais transformações ocorreram em sua vida a partir da experiência relatada? ( Acrescentar sensações e emoções)
Exemplo de um relato autobiográfico:
Leia a apresentação que faz de si mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos Queiroz:
...das saudades que não tenho
Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...
Morava numa cidade pequena do interior de Minas, enfeitada de rezas, procissões, novenas e pecados. Cidade com sabor de laranja-serra-d’água, onde minha solidão já pressentida era tomada pelo vigário, professora, padrinho, beata, como exemplo de perfeição.
(...) Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas de ninar para me trazer o sono. Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança. E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros de desventuras.
(...) Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada, é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido que ele tinha. E cada dia eu era visto como a mais exemplar das crianças, naquela cidade onde a liberdade nunca tinha aberto as asas sobre nós.
Mas a originalidade de minha mãe ninguém poderá desconhecer. Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do mundo dizia, como por exemplo: – Você, quando crescer vai ter um filho igual a você. Deus há de me atender, para você passar pelo que eu estou passando. – Mãe é uma só. (...)
(Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.) – “O mito da infância feliz”. Summus, São Paulo, 1983).

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TAREFA PARA NOTA- Texto autobiográfico de Monteiro Lobato
Nasci José Renato Monteiro Lobato, em Taubaté-SP, aos 18 de abril de 1882. Falei tarde e aos 5 anos de idade ouvi,  pela primeira vez, um célebre ditado... Concordei. Aos 9 anos resolvi  mudar meu nome para José Bento Monteiro Lobato desejando  usar  uma bengala de meu pai, gravada com as iniciais J.B.M.L.
Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com palitos nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde representa um  pouco do que fui e um pouco do que não pude ser.
Aos 14 anos escrevi, para o jornal "O Guarani", minha primeira crônica.
Sempre amei a leitura. Li Carlos Magno e os 12 pares de França, o Robinson Crusoé e todo o Júlio Verne. Formei-me  em  Direito em 1904, pela Universidade de São Paulo. Queria ter cursado Belas Artes ou até Engenharia, mas meu avô, Visconde de Tremembé, amigo de Dom Pedro II, queria ter na família um bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
Em maio de 1907 fui nomeado promotor em Areias - SP, casando-me no ano seguinte com Maria Pureza da Natividade,  com quem tive o Edgar, o Guilherme, a Marta e a Rute.    
Vivi no interior, nas pequenas cidades, sempre escrevendo para jornais e revistas.
Em 1911 morreu o meu avô, Visconde de Tremembé, e dele herdei a fazenda Buquira, passando de promotor a fazendeiro.  Na fazenda escrevi o Jeca Tatu, símbolo nacional.
Comprei a "Revista do Brasil" e comecei, então, a editar meus livros para adultos.  "Urupês"  iniciou a fila em 1918. Surgia a primeira editora nacional "Monteiro Lobato & Cia", neste mesmo ano. Antes de mim, os livros do Brasil eram impressos em Portugal.  
Quiseram me levar para a Academia Brasileira de Letras. Recusei. Não quis transigir com a praxe de lá - implorar votos.
Tive muitos convites para cargos oficiais de grande importância. Recusei a todos. Getúlio Vargas (presidente do Brasil na ocasião) convocou-me para ser o Ministro da Propaganda.  Respondi que a melhor propaganda para o Brasil, no exterior, era a "Liberdade do Povo", a constitucionalização do país.
Minha fama de propagandista decorria da minha absoluta convicção pessoal. O caso do petróleo, por exemplo, e do ferro.  Éramos ricos em energia hidráulica e minérios e não  somente café e açúcar. Durante 10 anos, gritei essas verdades. Fui sabotado e incompreendido.
Dediquei-me à Literatura Infantil já em 1921. E, retomei a ela, anos depois, desgostoso dos adultos. Com "Narizinho Arrebitado", lancei o "Sítio do Picapau Amarelo". O sítio é um reino de liberdade e encantamento.  Muitos já o classificaram de República.
Eu mesmo, por intermédio de um personagem,  o Rei Carol,  da Romênia, no livro A Reforma da Natureza, disse ser o Sítio  uma  República. Não; República não é, e sim um reino.  Um reino cuja rainha é a D. Benta. Uma rainha democrática, que reina pouco. Uma rainha que permite liberdade absoluta aos seus súditos. Súditos que também governam. Um deles, Emília, é voluntariosa, teimosa, renitente e não renuncia os seus desejos  e  projetos. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, de hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro.
 
Mas eu precisava de instrumentos idôneos para que o trânsito do mundo real para o fantástico fosse possível, pois, como ir à Grécia? Como ir à Lua? Como alcançar os anéis de Saturno?  Bem, a lógica das coisas impunha a existência desse instrumento. Primeiro surgiu o "O Pó de Pirlimpimpim" que transportaria para todo e sempre, os personagens de um lugar para outro, vencendo o "ESPAÇO". O "FAZ-DE-CONTA", pó número 2, venceria a barreira do   "TEMPO",  suprindo as impossibilidades de acontecimentos. Finalmente pensei no "SUPER-PÓ",  inventado pelo Visconde de Sabugosa, em o Minotauro, que transportaria,  num átimo,  para qualquer lugar indeterminado, desde que desejado.
Como disse a Emília: "é um absurdo   terminar  a  vida  assim, analfabeto!". Eu poderia ter escrito muito mais, perdi muito tempo escrevendo para gente grande.  Precisava ter aprendido mais...    
Hoje aos 4 de julho de 1948, vítima de um colapso, na cidade de São Paulo parto para outra dimensão.
Mas o que tinha de essencial, meu espírito jovem, minha coragem, está vivo no coração de cada criança. Viverá para sempre, enquanto estiver presente a palavra inconfundível de "Emília".
Monteiro Lobato


RESPONDA:
1. Anote as informações mais importante que o texto apresenta sobre cada um dos assuntos citados abaixo.

a. Nascimento (local e ano)

b. Obras lidas na infância
c. Antepassados (avô)
d. Obras literárias
2. Porque o autor decide mudar de nome, aos nove anos de idade?
3.a. O texto autobiográfico de Monteiro Lobato é marcada por objetividade e a convicção de quem sempre soube o que queria da vida.
b. O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças, de um colorido emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a subjetividade.
c. Um texto autobiográfico é uma história/relato de vida em que autor — aquele que diz eu — é simultaneamente produtor textual e personagem. Predominam as marcas lingüísticas de primeira pessoa e verbos nos tempos do pretérito.
Transcreva passagens do texto que comprovem as afirmações acima essa afirmação.
a-

b-

c-

4. Interprete a seguinte passagem do texto:
“ Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com palitos nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde representa um  pouco do que fui e um pouco do que não pude ser.”

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Nome             _________________________________________nº                                   6ªsérie-7º ano-____
 PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA 
1-Assista a um programa de televisão(filme) e escreva um relato a um amigo, contando o que viram .
Dê um título:
1º§( parágrafo) O quê? Quando? Onde ocorreu a experiência?
2º§ e 3º§ (parágrafos)Detalhes: Sequência temporal das ações.
4º§ (parágrafo)Quais transformações ocorreram em sua vida a partir da experiência relatada? ( Acrescentar sensações e emoções)
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Nome             _________________________________________nº                                   6ªsérie-7º ano-____
 PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA 
2-. Escrevam um relato de experiência vivida sobre sua primeira infância: onde e com quem moravam; que influências recebiam de sua família (pais, avós, tios); que acontecimentos daquela época consideram mais importantes em sua história.Dê um título:
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Nome             _________________________________________nº                                   6ªsérie-7º ano-____
 PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA 
3-Escrevam uma página de diário sobre um livro de literatura infanto-juvenil que já leram em outras séries ou que estejam lendo no momento, contando sobre suas impressões: o que acharam ou estão achando do livro; como são as personagnes, se indicariam o livro aos amigos etc.
Dê um título:
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Nome             _________________________________________nº                                   6ªsérie-7º ano-____
 PÁGINAS 7e 8 – PRODUÇÃO ESCRITA PARA NOTA   -  ATIVIDADE 4 –relatem o que compreenderam dessa sequência: quem são as personagens o que elas estão fazendo; por que elas estão fazendo isso; etc

Conte o que compreendeu desta sequência; quem são as personagens; o que elas estão fazendo; onde estão;quando aconteceu;
Por que estão fazendo isso;

























Página 11- ADVÉRBIOS E LOCUÇÕES ADVERBIAIS
1.Definição: Os advérbios são palavras invariáveis em gênero e em número que modificam verbos, adjetivos, outros advérbios ou frases. Podem ser organizados em várias subclasses e são , normalmente, classificados de acordo com a circunstância que exprimem.

1.1 Subclasse dos advérbios
Advérbios de tempo - hoje, ontem, anteontem, amanhã, antes, depois, agora, ainda, cedo, tarde, já, depois, logo, antigamente, outrora, sempre, nunca*, jamais*, etc
Advérbios de lugar - abaixo, acima, acolá, adiante, ali, aí, além, aqui, cá, dentro, atrás, debaixo, perto, longe, junto, algures, defronte, etc.
Advérbios de modo - bem, mal, assim, depressa, devagar, debalde, sobretudo, muitos advérbios terminados em –mente, como felizmente, tranquilamente, etc.
Advérbios de afirmação - sim, certamente, efectivamente, decerto, etc.
Advérbios de negação - não *
Advérbios de quantidade/intensidade - bastante, assaz, muito, pouco, bem, tanto, tão, quanto, demais,
Advérbios de dúvida - mais, menos, quase, etc.talvez, acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, etc.
Advérbios de inclusão - até, inclusivamente, mesmo, também, etc.
Advérbios de exclusão - apenas, só, somente, senão, unicamente, exclusivamente, etc.
Advérbios interrogativos: 
                  de lugar - onde? 
                  de tempo - quando? 
                  de modo - como? 
                  de causa - porque?

* Há autores que consideram os advérbios jamais e nunca, como advérbios de negação; há outros que consideram que o não é o único advérbio de negação, incluindo jamais e nunca na subclasse dos advérbios de tempo. 

2. Locuções adverbiais
Definição- Uma locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que tem uma função semelhante à de um advérbio. Normalmente, é formada por uma preposição e um nome, ou adjectivo ou advérbio.
Tal como acontece com os advérbios, as locuções adverbiais também se inserem em diferentes subclasses.

2. 1 Subclasses das locuções adverbiais
Locuções adverbiais de tempo - à noite, de manhã, à tarde, de dia, de noite, em breve, pela manhã, de vez em quando, etc.
Locuções adverbiais de lugar - ao lado, de longe, de perto, por ali, por aqui, por perto, à direita, à esquerda, de cima, etc.
Locuções adverbiais de modo - à pressa, à vontade, em silêncio, de cor, em vão, ao acaso, a custo, etc.
Locuções adverbiais de afirmação - com certeza, sem dúvida, etc.
Locuções adverbiais de negação - de modo nenhum, de forma alguma, etc.
Locuções adverbiais de quantidade/intensidade - de pouco, de todo, etc.
















6ª SÉRIE- 7º ANO                                            PÁGINA 10
GRIFE OS VERBOS DAS FRASES ABAIXO, DÊ O TEMPO VERBAL E OBSERVE A CONCORDÂNCIA VERBAL:
1- Fui eu que falei. (eu falei)-          FUI(PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO/FALEI-PRET.PERF. IND.
2- Fomos nós que falamos. (nós falamos)
3- Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)
4- João foi um dos que saíram.     
5- Vossa Alteza deve viajar.- DEVE VIAJAR- LOCUÇÃO VERBAL/ DEVE- _________       VIAJAR- INFINITIVO-AR
6- Vossas Altezas devem viajar.
7- O relógio deu onze horas.-
8- Deram onze horas.
9- O cardume escapou da rede.
10- Os cardumes escaparam da rede.
11- O bando de passarinhos cantava no jardim.
12- Um grupo de professores acompanhou os
estudantes.
13- O bando de passarinhos cantavam no jardim.
14- Um grupo de professores acompanharam os estudantes
15-Cavalos são alugados.
16- Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe)
17- Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)
18- Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)
19- Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.
20- Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.
21- Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.
22- Eu, tu e ele resolvemos o mistério.
23- O diretor, tu e eu saímos apressados.
24- O professor e eu fomos à reunião.
25- Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa)
26-- Tu e ele riam à beça.
27- Em que língua tu e ele falavam?
28-- Os Andes ficam na América do Sul.
29-- Santos fica em São Paulo.
30- “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou
Machado de Assis.
31- “Os Lusíadas” imortalizou Camões.
32- “Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.
33 Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor.
34- Quem são os eleitos?
35- Que seriam aqueles ruídos estranhos?
36- Que são dois meses?
37- Que são células?
38- Quem foram os responsáveis?
39- É uma hora.
40- São duas horas.
41- São nove e quinze da noite.
42- É um minuto para as três.
43- Já são dez para uma.
44- Da praia até a nossa casa, são cinco minutos.
45- Hoje é ou são 14 de julho?
46- Eu sou o chefe.
47- Nós somos os responsáveis.
48- Eu sou a diretora.
49- Tudo são flores.
50- Isso são lembranças de viagens.
51- Tudo é flores.
52- Oitocentos reais é muito.
53- Cinco quilos é suficiente.

Indicativo do verbo ter
Presente do Indicativo
eu tenho
tu tens
ele tem
nós temos
vós tendes
eles têm
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu tive
tu tiveste
ele teve
nós tivemos
vós tivestes
eles tiveram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu
tu
ele
nós
vós
eles
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu tivera
tu tiveras
ele tivera
nós tivéramos
vós tivéreis
eles tiveram
Futuro do Presente do Indicativo
eu terei
tu terás
ele terá
nós teremos
vós tereis
eles terão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu teria
tu terias
ele teria
nós teríamos
vós teríeis
eles teriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha tido
tu tinhas tido
ele tinha tido
nós tínhamos tido
vós tínheis tido
eles tinham tido



Indicativo do verbo ir

Presente do Indicativo
eu vou
tu vais
ele vai
nós vamos
vós ides
eles vão
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu fui
tu foste
ele foi
nós fomos
vós fostes
eles foram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu ia
tu ias
ele ia
nós íamos
vós íeis
eles iam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fora
tu foras
ele fora
nós fôramos
vós fôreis
eles foram
Futuro do Presente do Indicativo
eu irei
tu irás
ele irá
nós iremos
vós ireis
eles irão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu iria
tu irias
ele iria
nós iríamos
vós iríeis
eles iriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha ido
tu tinhas ido
ele tinha ido
nós tínhamos ido
vós tínheis ido
eles tinham ido

Indicativo do verbo ser

Presente do Indicativo
eu sou
tu és
ele é
nós somos
vós sois
eles são
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu fui
tu foste
ele foi
nós fomos
vós fostes
eles foram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu era
tu eras
ele era
nós éramos
vós éreis
eles eram
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fora
tu foras
ele fora
nós fôramos
vós fôreis
eles foram
Futuro do Presente do Indicativo
eu serei
tu serás
ele será
nós seremos
vós sereis
eles serão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu seria
tu serias
ele seria
nós seríamos
vós seríeis
eles seriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha sido
tu tinhas sido
ele tinha sido
nós tínhamos sido
vós tínheis sido
eles tinham sido

indicativo do verbo haver

Presente do Indicativo
eu hei
tu hás
ele há
nós havemos
vós haveis
eles hão
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu houve
tu houveste
ele houve
nós houvemos
vós houvestes
eles houveram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu havia
tu havias
ele havia
nós havíamos
vós havíeis
eles haviam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu houvera
tu houveras
ele houvera
nós houvéramos
vós houvéreis
eles houveram
Futuro do Presente do Indicativo
eu haverei
tu haverás
ele haverá
nós haveremos
vós havereis
eles haverão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu haveria
tu haverias
ele haveria
nós haveríamos
vós haveríeis
eles haveriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha havido
tu tinhas havido
ele tinha havido
nós tínhamos havido
vós tínheis havido
eles tinham havido

Indicativo do verbo fazer

Presente do Indicativo
eu faço
tu fazes
ele faz
nós fazemos
vós fazeis
eles fazem
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu fiz
tu fizeste
ele fez
nós fizemos
vós fizestes
eles fizeram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu fazia
tu fazias
ele fazia
nós fazíamos
vós fazíeis
eles faziam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu fizera
tu fizeras
ele fizera
nós fizéramos
vós fizéreis
eles fizeram
Futuro do Presente do Indicativo
eu farei
tu farás
ele fará
nós faremos
vós fareis
eles farão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu faria
tu farias
ele faria
nós faríamos
vós faríeis
eles fariam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha feito
tu tinhas feito
ele tinha feito
nós tínhamos feito
vós tínheis feito
eles tinham feito





 

Indicativo do verbo pôr
Presente do Indicativo
eu ponho
tu pões
ele põe
nós pomos
vós pondes
eles põem
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu pus
tu puseste
ele pôs
nós pusemos
vós pusestes
eles puseram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu punha
tu punhas
ele punha
nós púnhamos
vós púnheis
eles punham
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu pusera
tu puseras
ele pusera
nós puséramos
vós puséreis
eles puseram
Futuro do Presente do Indicativo
eu porei
tu porás
ele porá
nós poremos
vós poreis
eles porão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu poria
tu porias
ele poria
nós poríamos
vós poríeis
eles poriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha posto
tu tinhas posto
ele tinha posto
nós tínhamos posto
vós tínheis posto
eles tinham posto

 

Indicativo do verbo vir
Presente do Indicativo
eu venho
tu vens
ele vem
nós vimos
vós vindes
eles vêm
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu vim
tu vieste
ele veio
nós viemos
vós viestes
eles vieram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu vinha
tu vinhas
ele vinha
nós vínhamos
vós vínheis
eles vinham
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu viera
tu vieras
ele viera
nós viéramos
vós viéreis
eles vieram
Futuro do Presente do Indicativo
eu virei
tu virás
ele virá
nós viremos
vós vireis
eles virão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu viria
tu virias
ele viria
nós viríamos
vós viríeis
eles viriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha vindo
tu tinhas vindo
ele tinha vindo
nós tínhamos vindo
vós tínheis vindo
eles tinham vindo

 

Indicativo do verbo amar
Presente do Indicativo
eu amo
tu amas
ele ama
nós amamos
vós amais
eles amam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu amei
tu amaste
ele amou
nós amamos
vós amastes
eles amaram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu amava
tu amavas
ele amava
nós amávamos
vós amáveis
eles amavam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu amara
tu amaras
ele amara
nós amáramos
vós amáreis
eles amaram
Futuro do Presente do Indicativo
eu amarei
tu amarás
ele amará
nós amaremos
vós amareis
eles amarão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu amaria
tu amarias
ele amaria
nós amaríamos
vós amaríeis
eles amariam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha amado
tu tinhas amado
ele tinha amado
nós tínhamos amado
vós tínheis amado
eles tinham amado

 

Indicativo do verbo vender
Presente do Indicativo
eu vendo
tu vendes
ele vende
nós vendemos
vós vendeis
eles vendem
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu vendi
tu vendeste
ele vendeu
nós vendemos
vós vendestes
eles venderam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu vendia
tu vendias
ele vendia
nós vendíamos
vós vendíeis
eles vendiam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu vendera
tu venderas
ele vendera
nós vendêramos
vós vendêreis
eles venderam
Futuro do Presente do Indicativo
eu venderei
tu venderás
ele venderá
nós venderemos
vós vendereis
eles venderão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu venderia
tu venderias
ele venderia
nós venderíamos
vós venderíeis
eles venderiam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha vendido
tu tinhas vendido
ele tinha vendido
nós tínhamos vendido
vós tínheis vendido
eles tinham vendido

 

Indicativo do verbo partir
Presente do Indicativo
eu parto
tu partes
ele parte
nós partimos
vós partis
eles partem
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu parti
tu partiste
ele partiu
nós partimos
vós partistes
eles partiram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu partia
tu partias
ele partia
nós partíamos
vós partíeis
eles partiam
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu partira
tu partiras
ele partira
nós partíramos
vós partíreis
eles partiram
Futuro do Presente do Indicativo
eu partirei
tu partirás
ele partirá
nós partiremos
vós partireis
eles partirão
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu partiria
tu partirias
ele partiria
nós partiríamos
vós partiríeis
eles partiriam
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha partido
tu tinhas partido
ele tinha partido
nós tínhamos partido
vós tínheis partido
eles tinham partido

 

 

 

 




GÊNERO TEXTUAL”RELATO AUTOBIOGRÁFICO”-         OBS.:LER COM MUITA ATENÇÃO!
         Faz parte dos gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo. Servem de exemplos de gêneros dessa natureza: diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
É feito em 1ª pessoa, de forma subjetiva, detalhada, geralmente com linguagem coloquial. O assunto é abordado de forma a destacar a participação ou o ponto de vista do enunciador sobre o que é relatado, ou seja, sobre o fato ocorrido no passado. Por isso mesmo que o tempo verbal é o pretérito perfeito.
         Redigir é sempre uma aventura e um desejo de todos. Para começar, é preciso refletir sobre a situação de comunicação em que a escrita será produzida.
Qual o tema do relato?
Qual a razão ou quais as razões que  levam os autores a escrever?
 Quais as características do gênero textual escolhido?
O que os autores desejam comunicar aos leitores?
       Quem são esses leitores, o que esperam sentir e compreender ao lerem o texto?
       Em que veículo o texto será publicado?
       O espaço para o texto está definido? Qual o número mínimo e o máximo de palavras que poderá ser usado?
       Há recomendações específicas para a diagramação do texto?
       Como ele será divulgado? Por meio de qual  suporte?
Produzimos textos em diferentes circunstâncias e a cada circunstância correspondem:
                    finalidades diferentes; interlocutores diversos; lugares de circulação determinados; gêneros discursivos específicos
Finalidade de um relato de experiência : Relatar o processo de desenvolvimento de uma ação social protagonizada pelos alunos como um todo. Esse relato servirá para compor, juntamente com tantos outros, o incentivo à escrita e à leitura.
 Pergunte-se sempre:qual o tema do relato? qual a razão ou quais as razões que nos levam a escrever? o que desejamos comunicar aos leitores?
Interlocutores dos relatos de experiência
         O público em geral é interessado em educação e participação, organizações e instituições interessadas em trabalho protagonizado por jovens. Pergunte-se sempre:quem serão nossos leitores? o que nós gostaríamos que eles sentissem e compreendessem ao ler nosso texto?
 Lugares de circulação dos relatos de experiências :Escola – Internet – comunidade virtual – mídia impressa – outras mídias.
 Pergunte-se sempre: em que veículo o texto será publicado?o espaço para o texto está definido? qual o número mínimo e máximo de palavras / caracteres que poderá ser usado? há recomendações específicas para a diagramação do texto?
As características de autoria são reveladas quando o autor se coloca como sujeito de uma experiência que mobilizou sentimentos.
Marcas de autoria nos relatos de experiência
 Exemplos de expressões que revelam sentimentos pessoais:
 “...senti-me confusa...”, “essa tarefa constitui um desafio...”, “senti a insegurança...”, “sinalizam-me limitações...”.
 Verbos na primeira pessoa: (no nosso caso, será em terceira pessoa, pois estamos falando de uma experiência coletiva da escola).
 Apresento, senti-me, venho, minhas atitudes, sinalizam-me, senti, sou, apodera-se de mim, vejo-me, foi-me, vai me, minha, gosto, estou...
 O autor revela no relato sua experiência vivida pelo uso de:
 adjetivos que aproximam o leitor dos sentimentos vividos por ele;
              pronomes pessoais e de tratamento que o autor usa, como se dialogasse com o leitor;
              formas de expressões pessoais, às vezes inusitadas;
              expressões típicas de sua região.
 Mais marcas de autoria
 Exemplos de expressões que identificam os autores:

              “Desde que me /nos senti(mos) responsável (responsáveis) por ...”
              “Dou-me (nos damos conta) conta de meus (nossos) sentimentos de ...”
              “... uma dúvida acompanhando os meus (nossos) passos.”
              “Foi o que me (nos) trouxe esta experiência.”

Alguns adjetivos usados junto aos pronomes e verbos que expressam sentimentos de uma autora:
 (senti-me) desafiada”, (sinalizam-me) contraditórias , (sou a) única.
 Marcas de autoria, marcas de diálogo
         A vivência das pessoas nunca é solitária.  Assim, o autor de relatos de experiência também revela em seu texto o diálogo com outros sujeitos que dela participaram:
  rememorando situações vividas com outros sujeitos;
              trazendo vozes desses sujeitos para seu texto, citando direta ou indiretamente o que eles disseram;
              marcando a introdução direta dessas vozes com dois pontos, aspas ou travessões;
              marcando a introdução indireta das vozes com o uso de verbos de dizer: como ele disse..., na hora em que ele falou que..., o pai da criança contou..., a diretora da escola observou...
MARCAS DE TEMPO NO RELATO
 Quem relata qualquer fato, em qualquer situação, necessita da memória e dos registros.
              No caso desta proposta, os autores estão sendo convidados a recordar uma experiência vivida recentemente e escrever sobre ela.
              O gênero textual relato de experiência que os autores devem utilizar é um diálogo entre o passado recente vivido, o presente de quem relembra  e os leitores do texto.
              Ao utilizar a memória, sempre se faz um jogo do “agora” com o “ontem”, do “aqui” com o “lá”.
              Por essa razão, aparecerão no texto marcas desse jogo, por meio do verbos e dos tempos verbais.
              Os verbos usados expressam o ato de lembrar para mostrar esse vai e vem da memória: “rememorar”, “reviver”, “rever”.

Esses verbos são usados, ora no presente (“Eu me lembro...”), ora no pretérito imperfeito (“Alunos pensavam e precisavam...”), ora no pretérito perfeito (“Decidi que ia abordar a situação de outro jeito”).





















































Eduardo e Mônica   Legião Urbana / Composição; Renato Russo
Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão...?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram...

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
-Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir...

Festa estranha, com gente esquisita
-Eu não tou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas, eu vou me ferrar...

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema, clube, televisão"...


E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pró Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar... (Nããããoooo!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão...?

Tema: _____________________________
Elementos da narrativa:
Personagens:
Tempo:
 Espaço:
Enredo-o que aconteceu? Como? Por quê?
Foco narrativo-
Qual é o relato de experiência vivida por eles?
Grifar marcas da oralidade.
PARA QUE SERVEM AS RETICÊNCIAS EM UMA LETRA DE MÚSICA?-PÁGINA 20

Egotrip – Blitz Composição: Evandro Mesquita/António Pedro/ Ricardo Barreto/Patrícia Travassos
Um indivíduo alto magro vestindo um terno azul (quem vem lá? quem será?)
Desceu de um coletivo às quatro e meia da manhã
(olha lá, quem será?)
Atravessou a rua assoviando uma canção
Só uma suspeita silhueta na escuridão
Tem um cara na esquina
O que ele tem na mão?
Tem um cara na esquina
Qual será sua intenção?
Não foi difícil entrar no edifício mil e três
Da avenida Copacabana bloco cinco posto seis
O porteiro disse que ouviu o vento soprar
E alguma coisa estranha vindo lá do nono andar
Tem um cara na escada
O que ele tem na mão?
Tem um cara na escada
Qual será sua intenção?
Quem é? (sou eu)
Quem é? (sou eu, princesa, o batata)
Batata, a essa hora?
Ah! desculpe, princesa, mas tinha que ser agora
Ai, deixa pelo menos eu vestir alguma coisa
Hum! você tá linda
Sabe o que é, princesa
Hoje eu encontrei a pessoa que eu procuro (jura)
Bom, se isso te satisfaz, eu juro, eu juro disse que juro (oh! batata)
Uma pessoa que eu quisesse comigo vinte e cinco horas por dia
Uma pessoa que me entendesse, que eu pudesse confiar
Oh, batatinha, eu eu sinto isso também
E essa pessoa, princesa (diz diz)
Essa pessoa (diz)
Sou eu!
Eu te amo eu me adoro j bis
Eu não consigo te ver sem mim
Hei! vamos ver o sol nascer ali na praça
Você faz café ou quer que eu faça?
Ah! já não sei mais se eu quero que você vá ou que você fique
Nem sei se eu quero aturar sua egotrip porque... refrão Ninguém entendeu quando o dia amanheceu
Os dois pelados na praça da Bandeira cantando o samba da Mangueira
Quando chegaram os camburões
Saíram assoviando o hino da República dos Camarões
Eu te amo eu me adoro | bis
Tema: _____________________________
Elementos da narrativa:
Personagens:
Tempo:
 Espaço:
Enredo-o que aconteceu? Como? Por quê?
Foco narrativo
Qual é o relato de experiência vivida por eles?
Grifar marcas da oralidade




Interjeição - página 20
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções . Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.
Classificação de interjeição:
aclamação: Viva!
advertência: Atenção! Alerta! Cuidado! calma!
agradecimento: Grato!  
afugentamento: Arreda!           
alegria: Ah! Oh! Viva! Oba! Eh! 
animação: Coragem!   Eia! Vamos! Firme
alívio: ufa! Arre! Uf! Ah!
Aprovação, aplauso:bravo! Bios! Viva!
Apelo, chamamento:olá, alô., psiu! Socorro! Ei! Eh!
Concordância claro! , sim !  pois não!  tá !
Desaprovação credo! Fora!, basta! Francamente ! puxa!
Desejo: oh!, Oxalá! tomara !  pudera!
Dor: ai! Ui!
Dúvida: qual! Epa! Ora!
Impaciência: hum! Hem! Raios! Diabo! Puxa! Pô!
pena: Oh!
Medo, terror: ui! Credo! Cruzes!
Saudação: Salve!  Adeus! Oi! Olá! Alô!
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Surpresa, espanto admiração: ah! Oh! Uai! Puxa! Caramba! Putz! Xi! Ué!
ESPANTO ADMIRAÇÃO : Ei,!
Locução Interjetiva-    São duas ou mais palavras com valor de interjeição.
Exemplos: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!...                  Eta vida besta,. Meu deus!
Viva! _ Caluda! _ Apre! _ Coragem! _ Uf! _ Oxalá! _ Ai! _ bolas!

Atividades:
1. Complete as frases seguintes com as interjeições encontradas acima:
a. Finalmente terminei o trabalho!
b. Estás sempre a fazer asneiras!
c. O público gritava: !
d. Não chores! Ele vai ficar bom. !
e. , meninos! Não consigo ouvir nada!
f. Prometeram-lhe trabalho a partir do mês que vem. !
g. O gato arranhou-me!
h. Voltei a deixar ficar os óculos em casa!…

2- Forme frases com interjeições de :
 Alívio-
Agradecimento
Alegria
chamamento
surpresa




















Interjeição - página 20
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções . Essas palavras são as interjeições.
Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.
Classificação de interjeição:
aclamação: Viva!
advertência: Atenção! Alerta! Cuidado! calma!
agradecimento: Grato!  
afugentamento: Arreda!           
alegria: Ah! Oh! Viva! Oba! Eh! 
animação: Coragem!   Eia! Vamos! Firme
alívio: ufa! Arre! Uf! Ah!
Aprovação, aplauso:bravo! Bios! Viva!
Apelo, chamamento:olá, alô., psiu! Socorro! Ei! Eh!
Concordância claro! , sim !  pois não!  tá !
Desaprovação credo! Fora!, basta! Francamente ! puxa!
Desejo: oh!, Oxalá! tomara !  pudera!
Dor: ai! Ui!
Dúvida: qual! Epa! Ora!
Impaciência: hum! Hem! Raios! Diabo! Puxa! Pô!
pena: Oh!
Medo, terror: ui! Credo! Cruzes!
Saudação: Salve!  Adeus! Oi! Olá! Alô!
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Surpresa, espanto admiração: ah! Oh! Uai! Puxa! Caramba! Putz! Xi! Ué!
ESPANTO ADMIRAÇÃO : Ei,!
Locução Interjetiva-    São duas ou mais palavras com valor de interjeição.
Exemplos: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!...                  Eta vida besta,. Meu deus!
Viva! _ Caluda! _ Apre! _ Coragem! _ Uf! _ Oxalá! _ Ai! _ bolas!

Atividades:
1. Complete as frases seguintes com as interjeições encontradas acima:
a. Finalmente terminei o trabalho!
b. Estás sempre a fazer asneiras!
c. O público gritava: !
d. Não chores! Ele vai ficar bom. !
e. , meninos! Não consigo ouvir nada!
f. Prometeram-lhe trabalho a partir do mês que vem. !
g. O gato arranhou-me!
h. Voltei a deixar ficar os óculos em casa!…

2- Forme frases com interjeições de :
 Alívio-
Agradecimento
Alegria
chamamento
surpresa
















Emprego dos sinais de pontuação - Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc...
Divisão e emprego dos sinais de pontuação:
PONTO ( . )
a) indicar o final de uma frase declarativa.Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas.Ex.: Av.; V. Ex.ª
DOIS-PONTOS ( : )
a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüência de palavras que explicam, resumem idéias  anteriores.Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação.Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
RETICÊNCIAS ( ... )
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de idéia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.”
PARÊNTESES ( () )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas."Uma manhã lá no Cajapió ( Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo.Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Sra.- Humberto de Campos).
b) Após imperativo.Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição.Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.Ex.: Que pena!
PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
a) Em perguntas diretas.Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
-  Eu?!
TRAVESSÃO ( - )
a) dar início à fala de um personagem.Ex.: O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos.
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom.
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário.Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.
ASPAS ( “  ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
b) indicar uma citação textual.Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( '  ' )
Recursos alternativos para pontuação:Parágrafo ( §  )Chave ( {  } )Colchete ( [  ] )Barra ( / )
VÍRGULA ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.
Não se separam por vírgula:
·         predicado de sujeito;objeto de verbo;adjunto adnominal de nome;complemento nominal de nome;predicativo do objeto do objeto;oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo. Ex.: Maria, traga-me uma xícara de café.A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
f) separar conjunções intercaladas.Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico antecipado.Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados assindéticos.Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..."  (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.
Não se falavam nem se olhavam./ Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.
A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e ). Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção:
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal.Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem - José de Alencar)
d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão. Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."
e) separar as orações substantivas antepostas à principal.Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:I- advertência;II- suspensão;III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V- destituição de cargo em comissão;
VI-  destituição de função comissionada. ( cap. V das penalidades Direito Administrativo)
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música Eduardo e Mônica, do álbum “Dois” da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente, enquanto a feminina (Mônica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos. analisemos o que diz a letra.
Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente (Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar; Ficou deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo que tenta dar uma imagem forte e charmosa à Mônica (enquanto Mônica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.
Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura (Festa estranha, com gente esquisita). Bom, “Festa estranha” significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são contra o sistema. “Gente esquisita” é, basicamente, um bando de sujeitos que têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da via-láctea. Enfim, esta era a tal “festa legal” em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir.
Assim temos (- Eu não estou legal. Não agüento mais birita). Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma notória bêbada sem-vergonha do underground.
Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram (E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar). Vamos por partes: em “E a Mônica riu” nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Mônica para com Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente! Mais à frente, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se “quis saber um pouco mais” leia-se” quis dar para”! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal Mônica.
A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo “boyzinho” que tentava impressionar”! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo como “boyzinho”. Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Mônica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo). Se alguém aí age como boy, esta seria Mônica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 (Ela era de Leão e ele tinha dezesseis) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Mônica.
E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu?
Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Mônica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do afável Eduardo (O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver filme do Godard). Atitude esta, nada democrática para quem se julga uma liberal.
Na verdade, Mônica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto em geral), que acham que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado para caralho e com bastante cenas de baitolagem.
Em seguida Russo utiliza o eufemismo “menina” para se referir suavemente à Mônica (O Eduardo achou estranho e melhor não comentar. Mas a menina tinha tinta no cabelo). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. Ainda há pouco vimos Mônica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Além disto, se Mônica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril. Ou então porque é uma baranga escrota.
O autor insiste em retratar Mônica como uma gênia sem par. (Ela fazia Medicina e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (E ele ainda nas aulinhas de inglês). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para Medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar “iéis”, “nou” e “mai neime is Eduardo”! Incomoda como são usadas as palavras “ainda” e “aulinhas”, para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente.
Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.A., muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão “do Bandeira”. Francamente, “Bandeira” é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem de rimar “Êta” com “Tiêta” e neguinho ainda diz que ele é gênio!
Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (E o Eduardo gostava de novela) e crianção (E jogava futebol de botão com seu avô). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.
Continuando, temos (Ela falava coisas sobre o Planalto Central, Também magia e meditação). Falava merda, isso sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Mônica? Eduardo é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (E o Eduardo ainda estava no esquema escola – cinema – clube – televisão). O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse “bar da esquina – terreiro de macumba – sauna gay – delegacia”?? E qual é o problema de se ir a escola?!?
Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Mônica (Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar). Por ordem:
1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto.
2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo.
3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!
Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Mônica trabalha na previsão do tempo? Não. Mônica é geóloga? Não. Mônica é professora de química? Não. A porra da Mônica é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que uma muriçoca não saiba?
Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência… Ainda em (Ele aprendeu a beber), não precisa ser muito esperto pra sacar com quem… é claro, com a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis, como o código morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Mônica! Grande contribuição!
Depois, temos (deixou o cabelo crescer). Pobre Eduardo. Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Mônica na cabeça do iludido Eduardo.
Sempre à frente em tudo, Mônica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade (E ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Mônica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel.
Outra prova da parcialidade do autor está em (porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Mônica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.
O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. É sabido que em todas culturas e povos existentes o homem sempre oprimiu a mulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que? Ora, porque tanto homens quanto mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até… Renato!





































a) Eu não estou legal. Não aguento mais “birita”.

b) E quase duas, “eu vou me ferrar”.

c) Foi um “carinha” do cursinho do Eduardo que disse.

d) Tem uma festa legal e a gente vai se divertir.

e) Se encontraram então no parque da cidade. A Monica de moto e o Eduardo de “camelo”.

f) “Batalharam” grana e “seguraram” legal.


g) A “barra mais pesada” que tiveram.

h) “Que nem feijão com arroz”.


Roteiro para análise

1. Dados sumários sobre o texto:

a) Autor: ______________________________________
b) Título da obra: _______________________________

2. Personagens
a) Traços físicos e psicológicos dos principais personagens:
Eduardo:
Mônica:

b) Qual das duas personagens mais lhe chamou a atenção? Por quê?

3. Enredo
a) Faça um resumo da história (princípio – meio – fim) contendo as principais informações a respeito das personagens, do local e do tempo dos acontecimentos.

b) Qual a parte mais importante da história, antes do final?

c) Onde e como se dá o desfecho? (é o final da história; é a conclusão do problema, da complicação, da aventura)

4. Ambiente
Qual é o tipo de ambiente predominante: físico (a natureza, o campo, a cidade) ou social (algum agrupamento social específico, alguma parcela da comunidade, fábrica, colégio, clube, família)?

5. Estilo
Foco narrativo – O narrador é narrador-personagem ou narrador-observador?


6. Mensagem
a) Qual a mensagem que você descobriu na obra?

b) Em que sentido a mensagem da obra contribuiu para o enriquecimento de sua personalidade?


7. Conclusão
Acha que valeu a pena ouvir a música? Por quê?









































LEIA E FAÇA O RESUMO.(GRIFE AS IDÉIAS PRINCIPAIS)
Como gênero textual, o relato de experiência de prática pedagógica tem características muito próprias, que o diferenciam de outros gêneros.
É um gênero de texto que põe em evidência a autoria de quem o escreveu e tem marcas que refletem essa autoria. Essas marcas de autoria aparecem no texto todas as vezes que o autor faz referência a experiências muito particulares que somente ele viveu com seus alunos em particular, ou na coordenação de grupos de formação de professores, em sua sala de aula, em sua escola.
Como está relatando essa experiência para alguém com quem pode partilhá-la porque também tem experiências semelhantes, ele faz uso de pronomes pessoais e de tratamento, como se dialogasse com esse leitor. Além disso, como o relato fala de situações experimentadas pelo autor, revela as sensações e emoções vividas nessas experiências. Isso é marcado pelo uso de adjetivos que aproximam o leitor dos sentimentos vividos pelo autor do relato. Outro aspecto forte no relato de experiência é que a vivência das pessoas nunca é solitária. Assim, seu autor também revela em seu texto o diálogo com outros sujeitos que dela participaram, relembrando momentos, trazendo vozes dos professores que dela participaram.
Concluindo, podemos afirmar que a escrita de bons relatos de prática pedagógica parte, como em outros gêneros textuais, da reflexão do autor sobre os elementos da situação de comunicação em que seu texto será produzido e da inclusão desses elementos em sua escrita.
Roteiro para a elaboração do relato de prática pedagógica(EXEMPLO)
Veja a seguir como podemos identificar esses elementos, retomando aquilo que o autor necessita para relatar uma experiência a seus leitores:
1.        Refletir sobre as razões que o levam a produzir esse texto: refletir sobre as experiências de ensino de língua com gêneros textuais como instrumento e registrá-las para compartilhá-las com leitores da Comunidade Virtual.
2. Considerar que sua experiência prática é o tema, o centro do relato.
3. Considerar que os leitores estão interessados em saber as particularidades da experiência vivida por você e pelos seus alunos e de que maneira essa prática relaciona a teoria dos gêneros e seqüências didáticas com seu projeto de ensino da escola.
4. Conscientizar-se de que vai escrever um texto sobre uma experiência vivida que mobilizou seus sentimentos e, de certa forma, transformou sua prática pedagógica.
5. Saber que o gênero textual "relato de experiência vivida" é um diálogo entre um momento passado vivido pelo autor, o presente de quem recorda a experiência e os leitores do texto.
6. Saber que quem relata qualquer fato, em qualquer situação, necessita da memória.
7. Verificar que, ao utilizar memória, um autor sempre faz um jogo do “agora” com o “ontem”, do “aqui” com o “lá”. Por essa razão, aparecerão no texto marcas desse jogo, por meio de verbos, dos tempos verbais. Esses verbos são usados, ora no presente (“eu me lembro”), ora no pretérito imperfeito (“os professores estavam animados e falavam bastante”), ora no pretérito perfeito (“decidi que ia abordar a situação de outro jeito”).
8. Ter sempre em mente que o autor rememora situações vividas com outros sujeitos, trazendo vozes desses sujeitos para seu texto, citando direta ou indiretamente o que eles disseram. O autor pode marcar a introdução direta dessas vozes com dois pontos, aspas ou travessões. Outras vezes, os “verbos de dizer” também podem ser marcas do diálogo que se dá ao longo da experiência, evidenciando a introdução dessas vozes: “um dos alunos disse...”, “na hora em que ele falou...”, “a colega contou...”, “a diretora da escola observou...”, etc.
9. Observar cuidados comuns que devem ser tomados na escrita de qualquer texto: situar o leitor, dando referências de quando e onde a situação relatada ocorreu; garantir coerência ao relato, relatando primeiramente o início da experiência e prosseguindo com fatos que ocorreram na seqüência; finalizar com uma reflexão sobre os resultados da prática pedagógica a qual se refere.














































 
exto autobiográfico de Monteiro Lobato
Nasci José Renato Monteiro Lobato, em Taubaté-SP, aos 18 de abril de 1882. Falei tarde e aos 5 anos de idade ouvi, pela primeira vez, um célebre ditado… Concordei. Aos 9 anos resolvi mudar meu nome para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala de meu pai, gravada com as iniciais J.B.M.L.
Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com palitos nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde representa um pouco do que fui e um pouco do que não pude ser.
Aos 14 anos escrevi, para o jornal “O Guarani”, minha primeira crônica.
Sempre amei a leitura. Li Carlos Magno e os 12 pares de França, o Robinson Crusoé e todo o Júlio Verne. Formei-me em Direito em 1904, pela Universidade de São Paulo. Queria ter cursado Belas Artes ou até Engenharia, mas meu avô, Visconde de Tremembé, amigo de Dom Pedro II, queria ter na família um bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
Em maio de 1907 fui nomeado promotor em Areias – SP, casando-me no ano seguinte com Maria Pureza da Natividade, com quem tive o Edgar, o Guilherme, a Marta e a Rute.
Vivi no interior, nas pequenas cidades, sempre escrevendo para jornais e revistas.
Em 1911 morreu o meu avô, Visconde de Tremembé, e dele herdei a fazenda Buquira, passando de promotor a fazendeiro. Na fazenda escrevi o Jeca Tatu, símbolo nacional.
Comprei a “Revista do Brasil” e comecei, então, a editar meus livros para adultos. “Urupês” iniciou a fila em 1918. Surgia a primeira editora nacional “Monteiro Lobato & Cia”, neste mesmo ano. Antes de mim, os livros do Brasil eram impressos em Portugal.
Quiseram me levar para a Academia Brasileira de Letras. Recusei. Não quis transigir com a praxe de lá – implorar votos.
Tive muitos convites para cargos oficiais de grande importância. Recusei a todos. Getúlio Vargas (presidente do Brasil na ocasião) convocou-me para ser o Ministro da Propaganda. Respondi que a melhor propaganda para o Brasil, no exterior, era a “Liberdade do Povo”, a constitucionalização do país.
Minha fama de propagandista decorria da minha absoluta convicção pessoal. O caso do petróleo, por exemplo, e do ferro. Éramos ricos em energia hidráulica e minérios e não somente café e açúcar. Durante 10 anos, gritei essas verdades. Fui sabotado e incompreendido.
Dediquei-me à Literatura Infantil já em 1921. E, retomei a ela, anos depois, desgostoso dos adultos. Com “Narizinho Arrebitado”, lancei o “Sítio do Picapau Amarelo”. O sítio é um reino de liberdade e encantamento. Muitos já o classificaram de República.
Eu mesmo, por intermédio de um personagem, o Rei Carol, da Romênia, no livro A Reforma da Natureza, disse ser o Sítio uma República. Não; República não é, e sim um reino. Um reino cuja rainha é a D. Benta. Uma rainha democrática, que reina pouco. Uma rainha que permite liberdade absoluta aos seus súditos. Súditos que também governam. Um deles, Emília, é voluntariosa, teimosa, renitente e não renuncia os seus desejos e projetos. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, de hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro.
Mas eu precisava de instrumentos idôneos para que o trânsito do mundo real para o fantástico fosse possível, pois, como ir à Grécia? Como ir à Lua? Como alcançar os anéis de Saturno? Bem, a lógica das coisas impunha a existência desse instrumento. Primeiro surgiu o “O Pó de Pirlimpimpim” que transportaria para todo e sempre, os personagens de um lugar para outro, vencendo o “ESPAÇO”. O “FAZ-DE-CONTA”, pó número 2, venceria a barreira do “TEMPO”, suprindo as impossibilidades de acontecimentos. Finalmente pensei no “SUPER-PÓ”, inventado pelo Visconde de Sabugosa, em o Minotauro, que transportaria, num átimo, para qualquer lugar indeterminado, desde que desejado.
Como disse a Emília: “é um absurdo terminar a vida assim, analfabeto!”. Eu poderia ter escrito muito mais, perdi muito tempo escrevendo para gente grande. Precisava ter aprendido mais…
Hoje aos 4 de julho de 1948, vítima de um colapso, na cidade de São Paulo parto para outra dimensão.
Mas o que tinha de essencial, meu espírito jovem, minha coragem, está vivo no coração de cada criança. Viverá para sempre, enquanto estiver presente a palavra inconfundível de “Emília”.
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • conhecer o relato de experiência vivida como gênero da ordem do relatar, pertencente ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo.
  • analisar textos biográficos e autobiográficos;
  • reconhecer e identificar as características  do  gênero relato de experiência vivida  
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Estrutura básica da narrativa.
Estratégias e recursos da aula
  • utilização do laboratório de informática e sala de vídeo;
  • atividades realizadas em grupo ou duplas de alunos;
  • utilização de tiras, imagens, textos  e vídeos veiculados na internet.
Aula 01 (50 minutos)
Relato de experiência vivida – é a apresentação oral ou escrita, de experiências humanas vivenciadas que podem ser do tempo presente ou do tempo da memória (passado): diários, testemunhos, autobiografia, etc.
Atividade
I -Para apresentar o tema  a ser estudado nessa aula – relato de experiência vivida -, o professor deverá reproduzir  para os alunos cópia da tirinha da Mafalda, apresentada abaixo.

Disponível em:
http://www.portalibahia.com.br/blogs/brincantes/?m=200911&paged=2 
II- O professor deverá solicitar que os alunos respondam as questões abaixo sobre a tirinha:
1.Observe a pergunta de Mafalda a Suzanita, no primeiro quadrinho.
a. Esse tipo de pergunta relaciona-se a experiências vividas? Justifiqu
b. A resposta de Suzanita mostra que ela entendeu o teor da pergunta da Mafalda? Por quê?
c. O que sugerem as supostas lembranças de Suzanita?
d. Por que Mafalda  apresenta uma expressão de desapontamento? Explique.
2. Compare a natureza da pergunta de Mafalda  e a resposta de Suzanita.
O que elas sugerem em relação a visão de vida  de cada uma delas?
3.  Você se lembra de como foi o início de sua vida escolar?
a. Tente se lembrar dos professores, dos colegas, dos primeiros livros, de algum acontecimento marcante dessa época
b. Há muita diferença em relação ao seu jeito de ser hoje em relação ao seu jeito de ser naquela época?
c. Junte-se a um colega e conte a ele como foi esse período de sua vida.
  • Professor, faça a correção das questões, instigando os alunos a falar sobre suas vidas.
Aula 02 (50 minutos)
Atividade
I-  o professor deverá levar os alunos ao laboratório de informática para assistirem aos vídeos sobre a vida de  Monteiro Lobato.
II – O professor deverá pedir aos alunos para ficarem atentos aos fatos da vida do autor, porque esses dados contribuirão para a compreensão da leitura do texto autobiográfico do autor.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=95cKeHNUtyI&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=udpwPqlY_BQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=FpyRWuIAon8&feature=related 
Entrevista com Monteiro Lobato:
http://www.youtube.com/watch?v=KD9LdEbvp1I&feature=related 
Aula 03 (50 minutos)
Atividade
O professor deverá reproduzir para os alunos a cópia do texto da autobiografia de Monteiro Lobato. Eles deverão fazer a leitura  silenciosa do texto com muita atenção.

Disponível em:
http://historianovest.blogspot.com/2009_09_01_archive.html 
  • Professor, corrija as questões oralmente, sempre solicitando aos alunos participação nas discussões.
Aula 04 ( 50 minutos)
Atividade
Produção de texto
O professor deverá apresentar aos alunos a seguinte proposta de produção textual:
Assim como Monteiro Lobato, todos nós temos experiências vividas para contar.
Escreva um texto autobiográfico (narrador de primeira pessoa) para contar como foi a sua experiência de aprender  a ler  e a escrever:
a. Quais  dificuldades e alegrias você viveu? Quem foram as pessoas  que o marcaram positiva ou negativamente nessa fase?
b. O que você pensa, hoje, em relação à leitura e à escrita?
O texto do aluno deverá ser lido em sala de aula para ser apreciado  pelos colegas e professor  e, depois exposto no mural da sala de aula, se o aluno autorizar.  
Recursos Complementares
Para enriquecer o estudo do gênero discursivo - relato de experiências vividas - o professor poderá exibir para os alunos os vídeos seguintes:
a. Memória e experiência de vida 001
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=5FHO02XInN8 
b. Monteiro lobato: influência a outras gerações de escritores
http://www.youtube.com/watch?v=irnAK-cXev8 
Avaliação
Os alunos serão avaliados coletivamente durante a realização das atividades de interpretação e análise do texto autobiográfico de Monteiro Lobato  e, individualmente, por meio da produção de um texto autobiográfico.
Opinião de quem acessou


































A enchente
Em uma típica manhã de primavera, fui visitar uma pequenina amiga de 5 anos que morava em um lugar que sempre acontecia enchentes.
Sendo ela muito pequena, não entendia porque aconteciam enchentes e começou a me encher de perguntas. Vendo tanta curiosidade diante deste problema, resolvi lhe explicar que as enchentes são causadas porque as pessoas jogam lixo em locais não apropriados, ou seja, nas ruas, nos rios. Com essa atitude, os bueiros vão sendo entupidos e a água da chuva não tem por onde escorrer. Essa água acaba enchendo as ruas e invadindo as casas, causando destruições e provocando doenças.
Minha amiguinha, então, me contou sua idéia que era conversar com a vizinhança, conscientizando-os do problema e combinando com eles medidas para tentar acabar com as enchentes como, reciclar lixo, reduzir lixo e jogá-lo somente em locais apropriados.
Aquela minha pequenina amiga era muito mais inteligente e sensata do que muitos adultos e por isso resolvi ajudá-la a combater esse tipo de poluição.
Essa atitude pode ajudar a salvar nosso planeta. Com práticas saudáveis o planeta aos poucos se recupera, livre das impurezas que a poluição pode causar.
Minha última festa
                   Olá, sou Larissa e minha festa de aniversário foi assim:
                   Era quase o dia do meu aniversário e fomos as compras. Compramos as bexigas, os pratos, os garfos, a vela, mas faltava uma coisa essencial, o bolo; como minha mãe não leva jeito para fazer bolos de aniversário recheado, decidimos encomendar. Passou-se um dia e chegou o meu dia esperado: a festa de aniversário. Acordei pulando de alegria, ajudei minha mãe a fazer  os brigadeiros, enchemos as bexigas, arrumamos a mesa e o meu pai foi buscar o bolo. Quando meu pai chegou com o bolo nas mãos, o meu sorriso ficava estampado de alegria, tirei o plástico e o bolo era de chocolate escrito com chantilly: Parabéns Larissa!
                     Mas na hora que fui pegar a vela pra por no bolo, ela estava rachada e quase quebrando, acho que quando está  b  vamos fazendo compras meu pai colocou alguma coisa em cima. Meu pai foi no mercado comprar outras vela, coloquei-a e vieram os convidados: Minha tia Denise, o tio Sandro, o Vinícius e a Ana Luz, mas na hora que eles vieram por espanto meu avô João tinha chegado, fiquei muito feliz porque ele quase nunca vem em casa. Começou a festa, todo mundo comendo e bebendo e chegou a hora esperada, a hora de cantar parabéns, cantamos, quando fui assoprar a vela desejei uma coisa: que meu avô tornasse meu melhor amigo e que eu fosse à praia. A vela apagou e meu avô se aproximou de mim e disse para eu esticar as mãos e ele me deu um pacote de moedas e me deu um abraço. Passou o meu aniversário e a vela realizou meu desejo, fui a praia mas aconteceu uma coisa ruim, depois que eu voltei da praia meu avô morreu, mas pelo menos ele teve a oportunidade de vir no meu aniversário de 9 anos que realizou-se no dia 20 de Junho de 2010.    Larissa Vitória Aparecida Ramos de Deus     5º ano E - Profª Carla
FAÇA UM QUADRO ORGANIZATIVO(OLHAR P.06 E 07) COM AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS TEXTOS.
RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA- cairá no SARESP-                      página 9 pesquisa individual
1.       Situações vivenciadas por uma pessoa (individualmente ou não), relacionadas com períodos específicos da sua vida(infância, adolescência, férias na escola, segundo ano de escolaridade...), espaços determinados (acontecimentos ocorridos no sítio, tempo de residência no interior, tempo vivido na cidade grande, tempo de vida num apartamento), temas pontuais(travessuras, situações engraçadas, situações tristes, momentos de medo, demonstrações de amizade, situações de bullling, p. e.).
2.       ORGANIZAÇÃO COMPOSICIONAL
Contextualização inicial do relato, identificando tema/espaço/período.
Identificação do relator como sujeito das ações relatadas e experiências vivenciadas.
Referência à(s) ação(ões)/situação(ões) que será(ão) relatada(s).
3.       Apresentação das ações:
seqüenciando-as temporalmente, estabelecendo relação com o tema/espaço/período focalizado no texto,
explicitando sensações, sentimentos,emoções provocados pelas experiências.
Nesse processo poderá ou não ser estabelecida relação de causalidade entre as ações/fatos relatados, pois se trata de ações acontecidas no domínio do real e, dessa maneira, o que define a relação de causalidade são os fatos, em si, ou a perspectiva/compreensão do relator.
4.       Encerramento, pontuando os sentimentos, efeitos, repercussões das ações relatadas na vida do relator e dos envolvidos.A experiência vivenciada por uma pessoa, pode envolver terceiros, o que pode derivar na introdução das vozes desse terceiro no relato elaborado.
5.       MARCAS LINGÜÍSTICAS
Relato de experiência vivida é organizado na primeira pessoa, seja do singular ou do plural. Essa marca de autoria se revela na pessoa do verbo e, além disso, nos pronomes pessoais utilizados, por exemplo.
6.       O relato rememora experiências. Dessa forma, na textualização haverá marcas desse processo por meio da alternância entre hoje e ontem, aquie lá:Hoje, quando penso na maneira como tudo aconteceu...;
Naquela época, quando estudava na escola D. João VI, eu não pensava como agora, certo?
7.       As experiências relatadas acontecem em um contexto que pode ou não envolver terceiros. Nessa perspectiva, é possível que, no texto, sejam introduzidas as vozes desses terceiros, quer seja por meio do discurso indireto, quer seja por meio de discurso direto. Se houver essa introdução, as marcas da mesma comporão o texto com a utilização dos recursos cabíveis.
8.       Pode haver marcas do diálogo do relator com o interlocutor. Nesse sentido, poderão aparecer pronomes pessoais e de tratamento para explicitar essa relação. Por exemplo:Você quer saber? A partir daquele dia não me interessei mais por casas abandonadas...;Mas depois desse grito – pode acreditar – fiquei muito mais aliviado.

O cão abandonado e Relato de experiência vivida

Um dia encontrei um cachorro abandonado numa rua alagada; o cachorro estava com fome.
Ele tinha apenas uma coleira com seu nome escrito.
Eu iria procurar pelo dono quantos dias fossem necessários para o dono achar o seu cachorro.
Tirei umas fotos, fiz alguns cartazes, coloquei meu telefone para o dono ser achado.
Passou-se um dia recebi uns telefonemas mas nenhum deles era o dono do cão.
No outro dia não recebi nenhum telefonema, mas no outro dia veio uma pessoa a minha casa procurar um cachorro, falei que o seu nome era Tobi, mas infelizmente não era.
Não demorou muito e veio outra pessoa, mas antes de eu começar a falar o Tobi pulou encima dele e os dois foram embora.
Fiquei triste mas logo me conformei e pensei como existe animais abandonados então pensei mais um pouco e resolvi ir procurar outros cachorros para o dono achar.        Autora: Bruna Pacheco.

Relato de experiência vivida
No dia 20 de julho, eu e minha amiga Helena fizemos uma festa de aniversário juntas, nessa festa convidamos nossas amigas da escola e alguns meninos da nossa sala.O primeiro a chegar foi o Paulo, logo a pós chegou as meninas elas vieram todas juntas com a Clara por volta de umas 3h10, o último menino a chegar foi o Diego e as últimas meninas a chegar foram a Maria Paula e a Miqueluzzi, na festa tinha cama elástica, brincamos de volêi, esconde-esconde e policia e ladrão. Logo depois do parabéns nós comemos bolo,salgadinho, docinho, cachorro quente e algumas balas. Perto de acabar a festa as meninas dançaram.No final nós ficamos todos na cama elàstica conversando, alguns esperavam seus pais chegar. Depois de arrumar todo o salão, fiquei pensando eu e minha amiga que tantos preparativos como "anteninha", "marabu", gravata, lápis e óculos para uma tarde só.Helena e eu abrimos os presente e adoramos todos.Postado por Coordenadora: Bethânia Medeiros Geremias às Marcadores:Postado por Gabriela Cardoso Vieira  Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito. Bairro: Pantanal. Cidade: Florianópolis. Estado: Santa Catarina (Brasil)
O meu guri  Interpretação da música.
A letra da música, escrita por Chico Buarque, tem como eu-lírico uma mulher. Esta conta a história de seu filho para alguém (em todas as estrofes ela se refere ao ‘seu moço’, o que indica a relação entre ela e quem a escuta).
A vida da mãe junto ao seu filho é de miséria, ela não tinha condições de sustentá-lo (Já foi nascendo/Com cara de fome/Como fui levando/Não sei lhe explicar), a mãe não tem sequer documentos para registrar o filho e torná-lo cidadão perante o estado (E eu não tinha nem nome/Prá lhe dar). Os dois moram em favela (Chega no morro/Cá no alto)
Fica claro que o guri não quer continuar nessa situação de pobreza (E na sua meninice/Ele um dia me disse/Que chegava lá). Ele deseja objetos associados à riqueza, fama e dignidade tanto para ele quanto para a mãe: presente, bolsa, corrente de ouro. Nesses objetos estão embutidos os valores que ele busca.
Já na segunda estrofe inicia-se a transformação e o guri assume o seu fazer (Traz sempre um presente/Pra me Encabular/Tanta corrente de ouro/Seu moço/Que haja pescoço/Pra enfiar /Me trouxe uma bolsa/Já com tudo dentro/chave, caderneta/Terço e patuá) e transforma sua vida e a vida de sua mãe. Saem da miséria e anonimato (Um lenço e uma penca de documentos/Pra finalmente eu me identificar). Ele consegue tudo isso através de um elemento que fica implícito no texto da canção: o roubo. Essa idéia fica comprometida pelo usa da palavra ‘carregamento’ que possui uma carga semântica que, no jargão policial, significa/identifica o transporte de mercadorias ilegais ou contrabandeadas, ilícitas. E também pelo fato de ele trazer uma bolsa para sua mãe com tudo dentro, até documentos.
 Se a mãe sabe ou não que o filho participa dessas atividades não fica claro. Existe uma dúvida se ela não sabe ou se prefere acreditar que ele tem um trabalho honesto (Chega suado/E veloz do batente /E o danado já foi trabalhar/Rezo até ele chegar/Cá no alto/Essa onda de assaltos/Tá um horror/ Eu não entendo essa gente/Seu moço!/Fazendo alvoroço demais).
Na quarta estrofe a história é finalizada. O menino morre (O guri no mato/Acho que tá rindo/Acho que tá lindo/De papo pro ar) , tudo indica que foi assassinado e noticiam sua morte em páginas policiais de um jornal. Os elementos colocados na letra indicam que ele é menor de idade (Chega estampado/Manchete, retrato/Com venda nos olhos/Legenda e as iniciais). A mãe conta e de certa forma se mostra orgulhosa (Ele disse que chegava lá).
Durante toda a música a mãe repete (Olha aí!/Ai o meu guri, olha aí), e essa repetição deixa, para quem escuta a música, uma sensação de que a mãe chama por seu filho de maneira orgulhosa durante toda a canção, como se quisesse dizer “esse é meu filho”.

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