Nomes___________________________________________números____________
1º E.M.
Profª Bernadete
Após a
leitura do livro: “QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO?” de Spencer Johnson
Discussão
em grupo ( 4 pessoas)
Siga o roteiro abaixo:
1-Já ouviram falar:”
Lutem por seus objetivos”. O que significa para o grupo?
2-Pra vocês o que
significa um queijo?
( ) alimento ( )
simbolicamente: sonhos
( )riqueza (
)felicidade
( ) novas oportunidades.
Após discussão, Justifiquem.
3-Leia o resumo:
É a história de dois ratinhos, Sniff e Scurry, e
dois duendes, Hem e Haw. Os quatro vivem em um labirinto e, diariamente, se
dirigem, sempre pelo mesmo caminho, à um local chamado Posto C, onde existe uma
enorme quantidade de queijo.
Porém,
certo dia, eles constatam que o queijo desapareceu. Para os dois ratinhos, o
fato não representa nenhum problema. Eles, imediatamente, saem pelo labirinto
em busca de outro local onde existia queijo. Mas para os duendes, que se julgam
seres especiais, o fato é um absurdo; afinal, ninguém os avisou que o queijo
iria desaparecer. Enquanto os ratos encontram queijo em outro local, os duendes
não abandonam o Posto C. Esperam, dias e dias, que o queijo seja trazido de
volta, como também, temem sair pelo labirinto com medo do desconhecido, da
mudança de posto.
Se
começarmos a analisar a história com cuidado, percebemos que ela acontece em
muitos lugares. Quantas pessoas, assim como os duendes, se sentem especiais e
inatingíveis? Estes, normalmente, não percebem as mudanças que estão
acontecendo à sua volta e, quando elas chegam, não estão preparados para
enfrentá-las. É o momento em que o queijo desaparece, que os clientes somem.
Por
outro lado, as pessoas de sucesso são aquelas que percebem, antecipadamente as
mudanças. E mais ainda, são os que não têm medo de enfrentá-las, que ousam
percorrer os labirintos que surgem à sua frente, certos de que, fazendo isso,
encontrarão novas oportunidades, talvez até melhores do que as que existiam até
então. Em certo trecho do livro, Haw, um dos duendes, diz ao amigo Hem:
"Enquanto você se pergunta quem mexeu no nosso queijo, deveria se
perguntar porque não nos mexemos e vamos procurar outro queijo?
Se
as pessoas não se mexerem, com certeza perderão espaço. Estarão destinadas a
ficarem receosas, temerosas em tomar qualquer iniciativa, inseguras e
infelizes. E, com certeza, compete a elas mesmas descobrirem quais novos
caminhos devem seguir, como fez Haw, que cansado do medo do amigo, resolve ir
em busca do seu queijo, que faz bem jogar fora as velhas crenças se isto fizer
com que um novo queijo seja encontrado.
Infelizmente,
Hew não pensou assim. Estagnado, ficou o resto dos dias esperando que algo
acontecesse. E nunca mais ele teve o seu queijo de volta. E quantos de nós não
deixamos queijos perdidos pelo caminho.........."
Agora reflitam sobre o que vocês estão
deixando passar em suas vidas e se auto-analisem.
4-Vocês concordam com
as afirmações abaixo, justifiquem:
4.1.O queijo é uma metáfora
daquilo que se deseja ter na vida, seja um bom emprego, um relacionamento
amoroso, dinheiro, saúde ou paz espiritual.( )
sim
( ) não
Por que?
4.2O labirinto é o local onde
as pessoas procuram por isso: a empresa onde se trabalha, a família ou a
comunidade na qual se vive. .(
) sim ( )
não
Por que?
4.3 Nessa história, os
personagens se defrontam com mudanças inesperadas. Um deles é bem-sucedido, e
escreve o que aprendeu com sua experiência entre as paredes do labirinto. Suas
palavras ensinam a lidar com a mudança para viver com menos estresse e alcançar
mais sucesso no trabalho e na vida pessoal
.( )
sim
( ) não
Por que?
4.4. Dois ratos (Sniff e
Scurry) e dois duendes (Hem e Haw). Cada qual com suas peculiaridades e
semelhanças humanas. O autor trata da mudança na vida cotidiana das pessoas,
sua adaptação a ela e como é possível se beneficiar com a mudança.
.( )
sim
( ) não
Por que?
4.5. Muitas pessoas
procuram um terapeuta, um psicólogo que
usarão como instrumento de trabalho identificar as contingências que interferem no
comportamento do indivíduo, tanto as que estão atuando no presente quanto as
que operaram no passado. Com essas informações pode o analista realizar, junto
ao indivíduo, as intervenções necessárias à mudança dos padrões de
comportamento, de modo a possibilitar uma melhor adaptação do mesmo.
.( )
sim
( ) não
Por que?
4.6. O autor afirma que as personagens representam as partes simples e complexas do
ser humano. Os ratos Sniff e Scurry representariam as partes simples, por
perceberem logo a mudança e responderem a ela imediatamente. Já os duendes
representariam as mais complexas, carregando consigo emoções e crenças, como
Hem que rejeita a mudança e a percebe como algo ruim ou Haw que aprende a se
adaptar a tempo, quando percebe que a mudança leva a algo melhor.
A partir da leitura e discussão, como cada um se
classifica?
Discutiremos
todos juntos
4.7.Os duendes Hem e Haw e os
ratos Sniff e Scurry vivem em um país distante, num labirinto em busca
constante de queijo que os alimente e os faça feliz. Os ratos com seus sentidos
aguçados buscavam seu queijo duro, bom de roer. Os duendes buscavam um queijo
todo especial, suas buscas eram incrementadas pelos seus complexos cérebros,
repletos de crenças, Queijo esse que lhes traria felicidade e sucesso.
O labirinto era repleto de
possibilidades (queijos especiais), contudo havia muitos cantos escuros, porém
com a promessa de uma vida melhor. Os ratos usavam o método de tentativa e
erro, memorizavam os locais que não continham queijo e se aventuravam
rapidamente por novas áreas. Sniff farejava o queijo com seu focinho grande e
Scurry corria na direção do queijo. Enquanto que os duendes utilizavam sua
capacidade de aprender com experiências passadas, assim como os ratos, para
localizar seu queijo especial, contudo utilizavam também de seus cérebros
complexos para analisar métodos mais eficazes de localizarem queijo. Em algumas
situações iam bem e em outras suas crenças e emoções os impediam de ter
sucesso.
Expliquem:” Em algumas
situações iam bem e em outras suas crenças e emoções os impediam de ter
sucesso.”
4.8.Cada qual munido de suas
capacidades acabou encontrando um posto de queijo: o Posto C. Lá existia muito
queijo e era um queijo especial que lhes trouxe satisfação. Após essa
descoberta os duendes modificaram sua rotina, já não se levantavam tão cedo
quanto antes e deixaram de vasculhar outros cantos do labirinto. Tinham a
certeza de que o queijo estaria lhes esperando. No entanto, seus colegas de
labirinto, Sniff e Scurry, continuaram a acordar cedo e mantinham a rotina de
verificar a cada dia como estavam as coisas no posto, se o queijo estava como
antes ou não.
Os duendes sentiam-se
seguros, bem sucedidos e merecedores do queijo, até mudaram-se para perto do
posto C. Exibiam seu monte de queijo aos amigos e sentiam-se donos do queijo.
Contudo a satisfação transformou-se em arrogância.
Procurem se lembrar de situações que “ Contudo a satisfação transformou-se em arrogância”.
4.9 -Deixaram,
portanto de perceber o que estava acontecendo com seu monte de queijo especial
e numa bela manhã, quando iam buscar mais queijo, o impensável aconteceu. Não
havia mais queijo. Pararam diante do vazio aonde “deveria” estar o queijo e
ficaram estarrecidos. Hem gritou com muita raiva: Quem mexeu no queijo? Já Haw
nenhuma reação esboçou.
O que acharam da situação?
4.10-Sniff e Scurry já haviam
percebido que o monte de queijo estava diminuindo, sabiam que mais cedo ou mais
tarde ele acabaria, ao chegarem ao posto não se sentiram surpresos com a
mudança, olharam-se e foram em busca de mais queijo pelo labirinto afora.
Enquanto isso, os duendes
tentavam analisar de que forma isso poderia ter acontecido, sentiam-se traídos
e acreditavam ser esta situação injusta. Naquele dia e nos outros que se
seguiram os duendes analisavam a situação, faziam buracos no local onde o
queijo estava, acreditando que alguém havia o escondido em algum lugar, não
suportando a idéia do queijo ter sumido. Já haviam se acostumado àquele queijo
e o lugar lhes era familiar. Até que Haw se questiona se seus colegas (os
ratos) haviam encontrado queijo fresco em outro local, mas a ideia de retornar
ao labirinto, ter que voltar a procurar queijo, passar pelos locais escuros e
desconhecidos o desencorajava. Questionou seu amigo Hem se deveriam voltar a
procurar novamente no labirinto e este respondeu de forma negativa, afirmando
que deveriam aguardar que recolocassem o queijo no posto, dizia-se velho demais
para retomar a busca.
Apesar da negativa do amigo,
Haw se vê saboreando um novo queijo, aventurando-se no labirinto e tendo
sucesso, isso lhe dá forças para voltar à sua busca e enfrentar seu medo
inicial, e o faz. Todas as vezes que se percebe sentindo medo nos cantos
escuros do labirinto, procura rir de si mesmo e alimenta seu cérebro com a
idéia de um novo queijo. Já seu amigo permanece sentando no posto C aguardando
que algo novo aconteça.
Haw durante sua busca, vai
deixando frases de suas novas descobertas, para que se o amigo resolver voltar
à busca tenha pistas e ânimo para continuar. Começa escrevendo assim: “Se você
não mudar morrerá”.
Ao analisar a situação de ter ficado sem queijo, Haw
se pergunta porque não havia se mexido mais cedo e voltado a procurar no
labirinto. Em alguns momentos sente-se inseguro e tem vontade de voltar à
segurança do posto C, mas reanima-se e vasculha os cantos do labirinto.
O que ele demonstra na situação?
4.11-Conforme percebe seus medos e os vence, sente-se
mais forte e vivo. Dessa experiência sai uma pergunta para ser escrita na
parede: “O que você faria se não tivesse medo?”.
Vocês concordam que Haw analisa
que o medo é importante para lhe proteger, desde que não te impeça de fazer o
que é preciso e necessário para sua vida. Percebe também que o queijo não havia
sumido da noite para o dia, havia acabado pouco a pouco, eles que não haviam
percebido. Desta reflexão Haw escreve: “Cheire o queijo com frequência para
saber quando está ficando velho”.
.( )
sim
( ) não
Por que?
_
4.12 Haw começa a sentir-se sem forças físicas, pois
já havia muito tempo que não alimentava-se e para não desistir escreveu outra
frase: “O movimento em uma Nova direção ajuda-o a encontrar um novo queijo”.
Vez por outra o medo de não conseguir, de nunca mais
encontrar queijo aparecia, mas Haw vencia seu medo pensando no que de bom
poderia acontecer futuramente e ao dissipar esses medos, sentia-se cada vez
melhor. Chegando a questionar-se porque estava tão bem se não havia encontrado
queijo ainda. Desse questionamento sai outra frase: “Quando você vence seu medo
sente-se livre”.
Ao imaginar-se comendo outros queijos sente-se
forte e escreve: “Imaginar-me saboreando o novo queijo, antes mesmo de
encontrá-lo conduz-me a ele”.
O que vocês entenderam ?
4.13Sentindo-se forte e alegre, continua a procurar e antes do esperado
encontra um posto que continha alguns pequenos pedaços de queijo e delicia-se
com estes e conclui que se tivesse saído do posto C antes talvez encontrasse
esse novo posto ainda com queijo suficiente. Outra frase: “Quanto mais rápido
você se esquece do velho queijo, mais rápido encontra um novo”.
Após ter descoberto esse posto novo, recolhe alguns
pedaços e resolve levar ao amigo, para quem sabe ele sinta-se motivado a
acompanhá-lo. Ao encontrar o posto C, conta-lhe ao amigo o que havia encontrado
e que deveriam existir outros locais com mais queijo. Contudo, Hem agradece a
ajuda do amigo, mas prefere ficar e aguardar que recoloquem o queijo velho no
posto. Triste Haw se despede e continua sua busca. Após perceber a reação de
seu amigo, aprende mais uma coisa: “É mais seguro procurar no labirinto do que
permanecer sem queijo”.
Haw agora compreendia que a mudança era inevitável e
que ela somente o surpreenderia se não estivesse atento ou não a procurasse.
Descobriu também que estava mudando, seu jeito de pensar era novo, então escreveu
a respeito de suas crenças: “As velhas crenças não levam ao novo queijo”.
Contudo Haw ainda não havia encontrado aquele queijo
especial com Q maiúsculo, mas aprendera muito em sua nova jornada. E percebeu
que: “Quando você acredita que pode encontrar e apreciar um novo queijo, muda
de direção”.
Descobriu também que se
estivesse atento às mudanças ou procurasse por elas e se mexesse junto com o
queijo, estaria melhor do que agora. Resolve então embrenhar-se em alguns
locais escuros do labirinto que não havia vasculhado. Esperava estar caminhando
na direção certa e para que Hem pudesse encontrá-lo também, parou e escreveu:
“Notar cedo as pequenas mudanças ajuda-o a adaptar-se às maiores que
ocorrerão”.
O que vocês entenderam ?
4.14 Ao entrar numa travessa escura avistou um posto,
o posto N de queijo. Adentrou ao posto e viu uma pilha enorme de queijo, de
várias cores e cheiros, experimentou-os e alguns nem conhecia, mas estava
maravilhado. Viu também seus colegas Sniff e Scurry que se deleitavam ao lado
da pilha. Sentiu-se alegre e brindou: Viva a mudança. Pensou por um instante no
amigo, seria que teria conseguido encontrar o caminho? Será que vencera seus
medos? Pensou em resumir as lições aprendidas, para que tanto seu amigo quanto
ele não as esquecessem.
O manuscrito na Parede:
A mudança ocorre (Continuam a
mexer no seu queijo)
Antecipe a mudança (Prepare-se
para o caso do Queijo não estar no lugar)
Monitore a mudança (Cheire o
queijo com freqüência para saber quando está ficando velho)
Adapte-se rapidamente à
mudança (Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido pode
saborear um novo)
Mudança (Saia do lugar assim
como o queijo)
Aprecie a mudança (Sinta o
gosto da aventura e do novo queijo)
Esteja preparado para mudar
rapidamente muitas vezes (Continuam mexendo no queijo).
O que acharam dos manuscritos?
4.15 Após a leitura da
análise abaixo, cada aluno dará a sua opinião, individualmente e por escrito.
1) Sniff e Scurry: discriminação
de estímulos, comportamento governado por contingências;
2) Hem e Haw: Comportamento governado por regras.
3) O Queijo: reforço;
4) Encontrando o queijo no
posto C: saciação;
5) Mensagens: Comportamento
Verbal.
Na história Sniff e Scurry não se vêem surpreendidos
com o término do queijo, pois já haviam percebido que a montanha de queijo
estava diminuindo e em algum momento terminaria e quando ela termina respondem
a esse evento ambiental, de forma adequada, de acordo com sua história de
condicionamento, farejando novos locais nos quais poderia haver queijo.
Comportamento este que provavelmente se mostrou eficiente em localizar
alimento. Outro aspecto relevante acerca das duas personagens é que houve
discriminação de estímulos, pois quando o ambiente mudou o comportamento deles
também mudou. Outro fator a ser ressaltado é a importância do ambiente, pois
exerce controle sobre o comportamento e é de vital importância que o indivíduo
esteja atento ao ambiente e às suas modificações. Quando o indivíduo não
percebe adequadamente a realidade, pode se ter uma forma de comportamento
chamado psicótico.
O último aspecto a ser analisado é que Sniff e Scurry
apresentam comportamento governado por contingências, pois discriminam as
mudanças presentes no ambiente (modificação das contingências) e respondem a
estas mudanças de forma a se adaptarem às novas contingências, isto é, refere-se ao comportamento que é modelado e
mantido diretamente por consequências relativamente imediatas, que não dependem
de ouvir ou ler uma regra”.
2) Hem e Haw: Comportamento
governado por regras.
A regra é aprendida através da comunidade verbal e
sempre descreve uma contingência, pois existem várias razões para que pessoas sigam
regras e se comportem de determinadas maneiras, podendo estas maneiras, terem sido
selecionadas naturalmente pela espécie enquanto outras se devem ao que é
reforçador para o grupo. No caso deles a regra “se eu permanecer no
posto C aguardando, então o queijo aparecerá”. Neste caso o reforço que
mantém o comportamento de Hem e Haw é o queijo. Contudo, parece que Haw passa
por um procedimento de extinção, já que o comportamento de esperar não é
reforçado, pois o queijo não é apresentado e há, portanto a suspensão do
reforçamento . Havendo este procedimento de extinção, ele entra em privação e
torna-se motivado a emitir novos comportamentos. A motivação é o estado de
privação, onde um organismo é privado de certos estímulos e estes passam a ter
seu valor reforçador aumentado, fato este que provavelmente ocorreu com o
queijo para os duendes.
Quanto às regras, parece ocorrer uma reestruturação da
antiga regra de Haw, pois ao começar a responder às novas contingências ele
passa a construir novas regras (as dicas que escreve na parede).
3) O Queijo: reforço.
O reforço possui um papel central na história, haja
vista que as personagens se comportam (farejam, analisam, correm etc) em função
do reforço: o queijo. Servindo de analogia, segundo o autor, com as coisas que
o homem busca em sua vida, ou se comporta para obtê-las. Aprovação social;
realização; felicidade; status; vida sexual satisfatória e muitas outras.
Neste sentido podemos dizer que algo (por exemplo, o
queijo) é reforçador porque fortalece um dado comportamento, aumentando a frequência
deste.
4) Encontrando o queijo no
posto C: saciação.
Quando os duendes encontram queijo no posto C, seu
comportamento foi positivamente reforçado, ou seja, o reforço foi apresentado
como consequência de seu comportamento. O que acaba por manter esse
comportamento, portanto é a localização do queijo.
Pelo fato dos duendes terem a convicção de que o
reforço (queijo) estaria sempre disponível, eles comiam até o ponto da saciação
e após estarem saciados, e terem a certeza da existência permanente de queijo
(reforçamento contínuo) eles se acomodaram e não pensaram na possibilidade de
que o queijo poderia acabar, fato este que os pegou de surpresa e, portanto não
estavam preparados para as novas contingências (os duendes não discriminaram as
mudanças ambientais).
5) Mensagens: Comportamento
Verbal.
Ao se falar de regras fala-se de comportamento. A linguagem é comportamento, pois tá diretamente
relacionada com as contingências presentes e provoca alterações no meio. Estas
alterações podem ser tanto verbais quanto não-verbais e um indivíduo pode mudar
o comportamento de outro dando instruções, sendo talvez essa a função primária
da linguagem. Neste sentido as “dicas” deixadas por Haw na parede do labirinto
podem servir como estímulos discriminativos para Hem e talvez possa mudar seu
comportamento a partir dessas “dicas”.
As dicas deixadas por Haw foram as seguintes:
1 - A mudança ocorre (Continuam
a mexer no seu queijo)
É possível perceber que o ser humano está em constante
interação com o seu meio ambiente, ele modifica o ambiente e o ambiente o
modifica. O que sugere que a vida do ser humano não seja estática, mudanças
sociais e culturais, biológicas e comportamentais ocorrem e afetam o indivíduo.
Uma guerra em outro continente afetará provavelmente indivíduos que nada tenham
haver com esta. Um furacão que atinja a costa oeste americana, afetará o clima
brasileiro.
2- Antecipe a mudança
(Prepare-se para o caso do Queijo não estar no lugar)
Nesta mensagem pode-se dizer que Haw está falando
sobre a importância de discriminar as alterações contingenciais e desenvolver
novos padrões de comportamento que sejam mais funcionais e adaptativos às novas
contingências.
3 - Monitore a mudança (Cheire
o queijo com frequência para saber quando está ficando velho).
Esta regra sugere que é importante identificar a
mudança, seja ela qual for e a partir disso desenvolver estratégias de
enfrentamento.
4 - Adapte-se rapidamente à
mudança (Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido pode
saborear um novo).
Aqui sugere-se testar as estratégias percebidas e
definir qual a melhor a ser usada, com o objetivo de se adaptar às mudanças
(novas contingências).
5 - Mudança (Saia do lugar
assim como o queijo)
A partir da mudança do ambiente adapte-se a ela e mude
juntamente com as novas contingências.
6 - Aprecie a mudança (Sinta
o gosto da aventura e do novo queijo)
Se a mudança aconteceu e são necessários novos
repertórios para lidar com ela, invista neles e procure colocar-se sob controle
de estímulos discriminativos que tragam satisfação.
7 - Esteja preparado para
mudar rapidamente muitas vezes (Continuam mexendo no queijo).
Desenvolver novos repertórios e buscar as
potencialidades que melhor são reforçadas para cada indivíduo o prepara para
possíveis alterações ambientais, sociais ou biológicas.
A partir do que foi escrito até aqui foi possível
perceber que o livro “Quem mexeu no queijo?”, aborda a temática mudança,
apontando para a importância de percebê-la acontecendo e adaptar-se a ela, ou
seja, estar atento às mudanças, criar estratégias para adaptar-se às mesmas e
consequentemente ter uma melhora na qualidade de vida.
Falar de mudança é falar algumas vezes de eventos
aversivos na história do indivíduo, contudo algumas mudanças não podem ser
revertidas e, portanto a capacidade de discriminação e adaptação às novas
contingências é necessária até para o melhor enfrentamento de tais eventos.
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