sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CONCRETISMO E LITERATURA CONTEMPORÂNEA



3º E.M. CONCRETISMO E LITERATURA CONTEMPORÂNEA
Período: Século XX- 1950
Opunham-se a proposta poética de 1945.
Contexto histórico:
 governo de Juscelino Kubitschek- promover o crescimento industrial e urbano - a inflação.
subiu ao poder Jânio Quadros- após sete meses de mandato teve de ceder lugar para seu sucessor
João Goulart.-um período de grandes instabilidades, tanto no campo político, quanto no econômico, o que resultou na formação de duas classes: de um lado as forças populares que clamavam por reformas sociais, e de outro os setores conservadores, temendo uma ameaça comunista.

1964 - Golpe Militar-Ditadura, sem falar nos atos institucionais, sobretudo o AI 5.
Surgiu o cinema e instaurou-se a Bossa Nova (que contava com a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, notabilizados por uma visão engajada da cultura nacionalista).
O Tropicalismo, fruto desta ascendência cultural, em muito se baseou nas ideias do grande mestre Oswald de Andrade, com seu Manifesto Antropofágico, traduzindo a realidade brasileira com humor e irreverência por meio da habilidade artística.

Assim, sob forte influência de tais acontecimentos, surgiu também o Concretismo, originado em 1965 com a revista Noigandres, caracterizado como um movimento que reproduziu, tanto em forma quanto em conteúdo, as mudanças, ocasionadas pela industrialização, que tanto se fizeram presentes em solo brasileiro. Muitas de suas características já foram exaltadas por meio do poema que nos serviu de exemplo, cuja ideologia era fazer da palavra concreta objeto real para as manifestações voltadas para a crítica à sociedade, tendo no consumo exacerbado e no capitalismo sua principal “fonte de alimentação”.


Foi assim que seus principais precursores, Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos (sendo esses dois últimos irmãos), propuseram uma nova visão da arte poética, abnegada de sentimentalismos extremos e fundada na concretude de sentidos, explorando três de suas principais vertentes: a visual, a sonora e a semântica.

Como uma espécie de denúncia, já antes ressaltada, a literatura se fez vista por intermédio de grandiosas criações, como esta de Décio Pignatari, na qual notadamente identificamos uma crítica ao imperialismo norte-americano e ao consumismo da sociedade moderna, cujo slogan é “Beba Coca-Cola”. Nele, o autor permite que o leitor faça possíveis interpretações, dada a disposição geometricamente composta das palavras. São nítidas, dentre muitas outras, interpretações voltadas para uma concepção degradante do produto em voga (no caso, a bebida), manifestada pelo uso dos vocábulos “babe, cola, caco, cloaca”, denotando algo voltado para o imundo, para o pegajoso. 

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