TEATRO ROMÂNTICO BRASILEIRO SÉCULO XIX -
Contexto
histórico-
Período colonial-
1500-1822-
Brasil
imperial -1822 ( Independência do Brasil pelo príncipe regente D. Pedro I-
torna-se imperador no Rio de Janeiro) Vinda da família real e o governo português
1808- príncipe-regente
D. João, futuro rei D. João VI adequou a colônia à situação de sede do Brasil.
Liberou os portos para o
comércio exterior;
1808- imprensa
Criou escolas superiores
(medicina) , Academias Militar e da Marinha.
1815 alterou o estatuto
político da colônia, criando a figura do Reino Unido de Portugal e Brasil.
1816- trouxe A Missão
Artística Francesa- estimulou a artes e a arquitetura;
Criou Jardim Botânico no
Rio de Janeiro – primeiro núcleo de investigação científica;
Instalou a impressão
Régia que iniciou a publicação de livros e do primeiro Jornal impresso aqui. A
gazeta do Rio de Janeiro
1833- primeira companhia
TEATRAL BRASILEIRA-Companhia Dramática Nacional
1843-
Criação do Conservatório Dramático no Rio de Janeiro- dramaturgo Martins Pena
Martins Pena( 1815-RJ 1848- )
Características
de suas peças teatrais:
-criador da comédia de costume (cômicas/espécie de
sátira social) retratando a sociedade da
época;
-o teatro passou a
refletir as cenas e as problemáticas da realidade brasileira.;
-cria tipos característicos e
situações peculiares tanto no ambiente urbano quanto no ambiente rural.
-O malandro, o
estrangeiro e a mulher (responsável por "segurar as pontas" da
família), são talvez seus personagens mais característicos.
-sátira dos costumes da classe
média carioca do século XIX, principalmente, com relação aos relacionamentos
amorosos e a busca pela ascensão social.
-escreve para as camadas mais
populares, decorrendo daí a sua popularidade.
-incorporou em vários textos elementos
do que podemos chamar de folclore
brasileiro – festas, superstições, músicas, cantos e danças. • O resultado
consistiu em uma teatralidade pulsante, nova, que dialogava com tradições
ocidentais do teatro.
Obras: grande valor histórico-social e artístico,
constituindo-se no primeiro grande valor da nossa dramaturgia.
Algumas de suas peças são as seguintes: "O Judas em
Sábado de Aleluia", "Os Irmãos das Almas", "O
Diletante", "Os Três Médicos", "O Namorador ou A Noite de
São João", "O
Noviço", "O Caixeiro da Taverna", "Quem
Casa Quer Casa”
"O noviço" O noviço é uma das mais famosas peças de Martins Pena. É uma narrativa bem humorada que mostra a situação de jovens que eram mandados por suas famílias para o sacerdócio sem terem vocação. A história é dividida em três atos. No primeiro, conhecemos o ambicioso Ambrósio, que casou com Florência interessado na herança que ela recebeu depois da morte de seu primeiro marido. Para ter total controle da situação, planeja enviar para o convento Emília e Juca, filhos de Florência - assim como fizera com Carlos, sobrinho tutelado da esposa. Assim, com todos fazendo o voto de pobreza da vida religiosa, Ambrósio teria total controle sobre a fortuna. Contudo, Carlos foge do convento, declara querer ser militar e estar apaixonado por Emília. O rapaz rapidamente percebe os planos de Ambrósio; é quando surge Rosa, ex-mulher de Ambrósio, que fugira com o seu dinheiro . Ela conta a história a Carlos, que demonstra a Ambrósio saber da verdade, desconcertando-o. Já Rosa, ao saber da situação atual do marido, desmaia. Surgem meirinhos para capturar Carlos e levá-lo de volta ao convento, mas o jovem convence Rosa de que eles estão atrás dela; eles então trocam as roupas e ela é levada no lugar do rapaz. Ambrósio entra então na sala e confunde Carlos com Rosa. Ao perceber o engano, fica enfurecido, mas é obrigado a se humilhar frente ao rapaz quando ele lhe apresenta a certidão de casamento que conseguira com Rosa. Ambrósio então aceita as condições de Carlos: ele largaria o noviciado, ficaria com a herança do pai e poderia se casar com Emília. É quando surge Florência, que também se confunde com o disfarce do sobrinho e acredita que flagrou uma traição do marido. Quando percebe que a mulher é o sobrinho, pergunta o porquê daquela situação. Carlos diz que estão encenando uma peça para o Sábado de Aleluia. Ele e Ambrósio começam a falar de como ele largará o noviciado para casar com Emília; Ambrósio diz que realmente não é justo impedir o amor puro dos dois. Carlos diz que, em agradecimento, cede metade da herança para Ambrósio, entregando a ele a certidão de casamento como se fosse a cessão dos bens. Ambrósio finge não ligar para a doação, rasgando o papel, para orgulho de Florência. Porém, logo após o casamento de Carlos e Emília surge o mestre dos noviços para novamente prender Carlos, enfurecido por ter sido enganado e levado uma mulher para o convento. Ambrósio pergunta sobre o que aconteceu com a mulher, levantando suspeitas de Florência. Ela pergunta quem é a tal mulher, e ele diz ser uma antiga namorada que ele abandonou pelo amor que sentia por Florência. É quando surge Rosa, vestida de frade, com a certidão de casamento. Ambrósio foge, lhe é dada voz de prisão por bigamia. Depois disso, Florência passa dias trancada no quarto que era de Carlos. Planeja a prisão do marido e prepara uma carta para o convento explicando a situação, que será levada pelo criado José. Carlos foge novamente do convento e se esconde embaixo da cama onde está Florência, sem que ela perceba. O mestre dos noviços novamente surge atrás de Carlos, mas Florência lhe diz que liberou o rapaz da vida religiosa. Depois que o religioso vai embora, surge Ambrósio. Primeiro vestido de frade, ouve acusações de Florência,q ue não percebera a sua real identidade; depois, se revela e diz que a casa está trancada, e que ela deve lhe dar tudo o que tem ou será morta; José lhe fora fiel e facilitara seu plano. Há uma confusão; Carlos e Ambrósio brigam, e Ambrósio escapa. Surgem homens para prender o ladrão disfarçado de frade - há uma confusão, e pensam que o ladrão era Carlos. Rosa aparece e conversa com Florência; as duas estão se lamentando por ter sido enganadas quando Ambrósio cai de dentro do armário onde estava escondido e é espancado pelas duas. Carlos aparece preso, mas Florência desfaz o mal-entendido. O mestre dos noviços volta com a carta liberatória de Carlos e, antes de ir embora, abençoa a união dele com Emília. Ambrósio é levado preso. |
Outros:
Gonçalves
Dias -
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escreveu "Leonor de Mendonça", onde
mostra a fatalidade humana, dependente dos deuses e fadas;
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Álvares
de Azevedo-
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“Macário” intentou
criar uma obra dramática em prosa. São cinco cenas de qualidade variável e
pouco propícias à encenação. Na peça, um jovem, Macário, viajando rumo a
cidade de São Paulo, onde vai estudar, para numa estalagem no meio do caminho
e faz amizade com um desconhecido mais velho, que é nada menos que o próprio
Satã.
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Castro
Alves-
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“Gonzaga” e “A revolução de Minas”.
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José de Alencar-
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-defendia valores burgueses
fundamentais para a época, como o trabalho e a família, abordando as questões
sociais pelo prisma da moralidade, destinando-se o texto teatral realista a
dar lições edificantes ao público.
"Verso e Reverso"- peça de
ambientação carioca,
A
obra "O Demônio Familiar", representa um divisor de águas
na história do teatro brasileiro, momento de ruptura com o romantismo teatral
e o início do realismo, com uma dramaturgia voltada para a discussão de
problemas sociais. Primeira
comédia realista brasileira, cujas características principais estão
presentes: a moralidade do texto e a naturalidade do jogo cênico.
O demônio familiar-
Peça em
quatro atos, a ação transcorre no Rio de Janeiro na segunda metade do século
XIX. A trama gira em torno da família da viúva D. Maria. Seu filho mais
velho, Eduardo, médico recém-formado, assume a posição de líder familiar,
auxiliando na condução dos destinos da irmã Carlotinha – moça casadoura que
mantém um discreto namoro com Alfredo, amigo do irmão – e do caçula Jorge.
Eduardo tem um escravo particular, o moleque Pedro, pouco interessado no
trabalho doméstico e que não perdia nenhuma oportunidade de passear pela
cidade que se urbanizava. O grande amor de Eduardo é Henriqueta, amiga de
Carlotinha, que também ama o rapaz. No entanto, a união é impedida pelo
projeto de casamento da moça com Azevedo, moço rico recém-chegado de Paris,
ao qual ela se submetia, para auxiliar seu pai, Vasconcelos, a saldar algumas
dívidas.
Pedro,
menino escravo da família de Eduardo, assume um papel essencial no enredo em
função de suas intromissões na vida amorosa dos amos. Ao mesmo tempo em que
luta para promover a união entre Carlotinha e Alfredo, usa artifícios para
separar Henriqueta e Eduardo, aproximando-o de uma viúva rica interessada
nele.
Quando
Eduardo descobre tudo, ameaça vender Pedro, mas o menino implora para ficar e
se compromete a resolver tudo. Começa, então, a desenvolver ações no sentido
contrário, inventando coisas a respeito de Henriqueta para fazer Azevedo
desistir do casamento. Enquanto isso, Eduardo também se movimenta no sentido
de romper a obrigação do casamento da amada com Azevedo. Para tanto, salda
por conta própria as dívidas de Vasconcelos.
Procurando
agora deixar Henriqueta livre para seu amo, Pedro busca separá-la de Azevedo.
Para tanto, tenta aproximar este de Carlotinha, provocando um mal-entendido
entre esta e Alfredo. Mais uma vez, Eduardo descobre todas as ações do
moleque e esclarece tudo aos familiares e aos envolvidos. Declara seu amor a
Henriqueta, ao mesmo tempo em que Azevedo se afasta. Alfredo e Carlotinha
finalmente tornam público seu amor.
Para o moleque Pedro, responsável por todos os
desencontros da peça, sobra o castigo final: Eduardo lhe entrega a sua carta
de alforria, o que significa deixá-lo, dali por diante, por sua própria conta
e sem a proteção da família que o acolhia.
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Qorpo
Santo
José
Joaquim de Campos Leitão
(1829-1883)
(gaúcho)
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teatro repleto de imperfeições, não estéticas, mas reflexo da
condição humana, de um mundo caótico e fragmentado;
Obras:
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