SAGARANA(1946) - JOÃO GUIMARÃES
ROSA (TERCEIRA GERAÇÃO DO MODERNISMO- PROSA)
3ª FASE DO MODERNISMO OU GERAÇÃO
DE 45 E VEM ATÉ OS DIAS ATUAIS
(LITERATURA CONTEMPORÂNEA)-
CONHECIDA COMO SOCIAL OU INTROSPECTIVA.
CONTEXTO
HISTÓRICO: influenciará os autores
FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
FIM DA GUERRA FRIA
TRIBUNAL DE NUREMBERG- NAZISTAS
CONDENADOS
MAO TSI TUNG- CHINA- CRIA A
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
REVOLUÇÃO CUBANA - FIDEL
E CHE- TIRAM O DITADOR DO PODER
E TOMAM CONTA DA ILHA DE CUBA
BRASIL-FIM DA DITADURA VARGAS –
LEGALIDADE DOS PARTIDOS
POLÍTICOS- NOVA FASE NA POLÍTICA E ECONOMIA
DITADURA MILITAR- 1964 A 1985-
21 anos de mão de ferro.
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CARACTERÍSTICAS
DA 3 ª FASE:
Literatura instrumento
social de denúncia e de crítica( aprofundar mais nas obras).
Regionalismo
universal- Guimarães Rosa
Busca da
Verossimilhança-G.R.,
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Características
de Guimarães Rosa:
PROSA
REGIONALISTA-ASPECTOS DA VIDA NO CAMPO, DA FALA COLOQUIAL E REGIONALISTA.
JOÃO GUIMARÃES
ROSA(1908-M.G.-1967)-regional/universal
Médico- ia visitar os
Pacientes, observava os costumes/linguagem do povo, a terra e o cotidiano.
Transportou o conhecimento para a literatura.
Em sua obra a
linguagem é cheia de regionalismo(linguagem popular)
Sertão de Minas Gerais
Neologismos( cria
novas palavras)-considerado engenheiro da linguagem/língua- mistura o regional e o universal no sertão de
M.G.(miséria)-
ENGENHEIRO PELA
MISTURA USAR NORMA CULTA E ARCAÍSMOS, CRIARÁ NEOLOGISMOS.
OBSERVAÇÃO- JOÃO
CABRAL ERA CONSIDERADO UM ENGENHEIRO EM BUSCA DA PERFEIÇÃO (NEOPARNASIANO)
Falará sobre a
existência.
Bem x mal =
misticismo, religiosidade
Foi um dos maiores
poetas do Brasil, sendo que a maioria
de suas obras são ambientadas no sertão.
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CARACTERÍSTICAS
DA OBRA:
Sagarana-a originalidade da linguagem
pelo o uso de neologismos(palavras inventadas)
Saga (LENDA)e rana (COMO SE FOSSE)
Sagarana= PARECEM LENDAS.
Sagarana inventada a partir do
hibridismo,ou seja,a junção de radicais de línguas diferentes (ESCANDINAVA E
TUPI)
A linguagem - dialeto sertanejo
nas páginas de seu livro e o mescla aos célebres neologismos e a inúmeros
arcaísmos.
É um livro que já mostra o
regionalismo (Sertão mineiro,o povo, a jagunçagem,da religiosidade e o
amor,que remete á cidade natal do autor,Cordisburgo,onde o autor sairá do
regionalismo padrão da segunda geração modernista,para migrar á um
regionalismo novo,com a fusão entre o neologismo e linguagem popular.
Sagarana apresentará sertão
universal,onde seus personagens terão crenças e reflexões psicológicas acerca
do existencialismo da vida e de temas ambíguos como o real x mágico.
O livro contém epígrafes,ou
seja,um resumo logo na abertura do capítulo contento provérbios e cantigas do
sertão mineiro.
A obra contém nove histórias.
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1-Foco Narrativo
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3ªpessoa
3ªpessoa
3ªpessoa
3ªpessoa
1ª
pessoa
1ªpessoa.
3ªpessoa
3ªpessoa
3ªpessoa
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Narrador
onisciente
Narrador
onisciente
Narrador
onisciente
Narrador
onisciente
Narrador personagem
Narrador personagem
Narrador
onisciente
Narrador
onisciente
Narrador
onisciente
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2- Tempo- começo do século XX.
3-Cenário- sertão de Minas Gerais.
4- Resumo: Sagarana
O Burrinho Pedrês(TEMÁTICA: EXPERIÊNCIA DE
UM VELHO ANIMAL; LUTA DO BEM CONTRA O MAL )
Este
conto se passa na Fazenda da Tampa, de propriedade do Major Saulo. Seus
serviçais estão escolhendo os cavalos que transportarão os homens sertão afora
com o objetivo de tanger um rebanho de bois de corte. Infelizmente o burrinho
Sete-de-Ouros é um dos animais selecionados para esse trabalho. João Manico é o
vaqueiro que o montará.
Enquanto
isso, Raymundão narra a história do touro Calundu. Ele só feria quem estivesse
a cavalo. Uma vez ele desafiou uma onça preta e afugentou o bicho só para
preservar um bando de vacas com seus bezerrinhos. Ao tirar a vida de
Vadico, filho do proprietário rural Neco Borges, ele só é poupado a pedido do
rapaz. Mas Raymundão foi então encarregado de conduzir o animal para outra
propriedade. Um dia depois de chegar ao novo lar o touro foi encontrado morto.
Após um
temporal, a manada atinge o córrego da Fome, o qual estava quase transbordando.
Atravessá-lo seria um risco e o Major Saulo insiste que todos tomem cuidado,
pois neste lugar muitos já haviam perdido a vida. Porém, tudo corre bem e até o
burrinho passa pelas águas sem problemas.
Em um
dado momento, o Major exige que João Manico deixe Francolim montar
Sete-de-Ouros. Ele assim faz, mas o encarregado pede ao patrão que, quando
chegarem ao vilarejo, ele possa mais uma vez trocar de montaria, pois seria
humilhante para ele ser visto no lombo do burro.
Dois dos
vaqueiros do bando exigem atenção. Badu
e Silvino se desentenderam por conta de uma garota caolha. Os dois viraram
rivais mortais. Francolim e o Major suspeitam que Silvino esteja planejando
matar Badu, que vai se casar com a ex-namorada dele. O vaqueiro carrega consigo
mais bens do que deveria e negociou quatro reses por um valor muito baixo.
Saulo pede que Francolim observe Silvino a cada momento no regresso da
caravana.
Os
vaqueiros foram recebidos com festanças no vilarejo. Os bichos vão repousar
enquanto os homens passeiam pela região. Na partida os vaqueiros zombaram de
Badu. Como ele estava embriagado, foi obrigado a montar o Burrinho, mas era
volumoso demais para o animal. Na saída do vilarejo Francolim aguardava pelo
companheiro.
Logo
depois o encarregado deixa Badu sozinho e se preocupa em vigiar Silvino, que
caminhava avante ao lado do irmão dele, Tote, que tentava convencê-lo a não acabar
com a vida de Badu. Porém o homem traído insistia em levar seu plano adiante.
A
caravana seguia viagem noite adentro. Subitamente os cavalos estacaram diante
do córrego transbordado. Os homens decidiram aguardar Badu e Sete-de-Ouros. Se
o animal avançasse pelas águas, seria possível transpor o ribeirão, já que este
bicho não costuma adentrar um ponto de onde não consiga partir.
O
burrinho mergulha nas águas levando Badu consigo. Os outros confiam e vão
atrás. Mas não conseguem atravessar o riacho. Oito vaqueiros perdem a vida na
travessia: Benevides, Silvino, Leofredo, Raymundão, Sinoca, Zé Grande, Tote e
Sebastião. Sete-de-Ouros, porém, chega ao seu destino com Badu às costas e
Francolim segurando seu rabo. Ao pisar em solo seguro o animal se liberta do
encarregado e vai direto para a fazenda. Em casa ele é liberado do homem
adormecido e de seus arreios.
A volta
do marido pródigo
Lalino
Salãthiel é um mulato esperto que nunca chega na hora para o trabalho árduo na
mineração da terra. Seu Marra vigia o tempo todo os trabalhadores, mas nem ele
pode com o protagonista. Este vive criando histórias e justificativas para não
se matar de trabalhar. Alguns gostam muito dele, outros o desprezam. Generoso
acredita que o espanhol Ramiro está cercando a esposa de Lalino.
O
protagonista decide ir para a capital. Ele chega ao trabalho, pede as contas e
ao regressar para casa vê o homem que tenta conquistar sua esposa, Maria Rita.
Lalino tem uma ideia; inventa que deseja partir sem sua garota, mas não tem os
recursos financeiros para fazer a viagem. O espanhol cede e lhe empresta um
conto de réis. O protagonista embarca para a capital do Brasil.
Um mês se
passa e Maria Rita está arrasada. Três meses depois, ela já vivia com Ramiro.
Todos acreditavam que Lalino tinha negociado a própria esposa. Mais de meio ano
após esses fatos, ele já viveu muitas peripécias em terras cariocas. Mas agora
o homem está prestes a ficar sem nada e começa a ficar saudoso. Resolve então
retornar para casa.
No
vilarejo todos zombam dele. Ele vai à morada do espanhol e exige ver Ritinha,
chegando até mesmo a ameaçar Ramiro ao aproximar sua mão do cabo da sua arma.
De repente, porém, desiste de falar com a ex-esposa e leva apenas o violão.
Verificou que Ramiro cuidava bem da mulher e no igarapé encontrou seu Oscar. O
homem se comprometeu a conseguir um espaço para Lalino no mundo da política com
seu pai, o Major Anacleto.
Porém o
Major tem princípios morais rígidos e não quer dar uma chance para alguém que
vendeu a própria família. Tio Laudônio, irmão de Anacleto, que vê em meio á escuridão
e tem os sentidos apurados além da conta, intervém a favor de Lalino e consegue
demover o Major de sua recusa. Ele pede que Lalino o procure um dia depois. Mas
o protagonista só se apresenta na quarta-feira e dá de cara com Anacleto.
O Major
tenta mandá-lo embora, mas o mulato o convence de que passou esse tempo fazendo
um levantamento de quem era leal a ele e quem o atraiçoava pelas costas. Sabia
tudo sobre os planos de Benigno para vencer Anacleto nas eleições. O
protagonista demanda a proteção de Estevão, o capanga de quem todos têm medo, e
passa a ser visto como o cabo eleitoral de Anacleto.
Tudo vai
bem para Lalino até que Ramiro o entrega para o Major. O espanhol conta que ele
vinha mantendo amizade com Nico, filho de Benigno. Tocavam e bebiam juntos,
inclusive na companhia de Estevão. Anacleto ficou furioso. Porém o mulato o
persuade de que tudo faz parte de seus planos para obter informações.
Após um
tempo, Lalino pediu que Oscar fosse até Ritinha e falasse com a mesma sem
contar que ia a pedido de Lalino. Ele fez o oposto do pedido, inventando
intrigas e tentando roubar um beijo da mulher. Ela o mandou embora alegando que
era mesmo apaixonada pelo ex-marido. Mas Oscar relata ao protagonista que a
ex-esposa tinha, na verdade, se apaixonado por Ramiro.
Uma tarde
Ritinha vai até a fazenda e aos prantos implora ao Major que a proteja, pois
Ramiro, enciumado, desejava assassinar Lalino e ela; depois ele se mataria.
Quando Anacleto exige que lhe tragam o mulato, descobre que ele estava tomando
uns drinques com estranhos recém-chegados em um carro. Irado, acreditando ser
seus opositores, vê o homem chegar com pessoas do governo, entre eles o
Secretário do Interior. Feliz, o Major interveio para reconciliar Lalino e a
mulher dele.
Sarapalha
Em um
vilarejo quase deserto, às margens do Rio Pará, um surto de malária levou a
população a partir. Em uma propriedade rural vazia, restaram três habitantes:
Primo Ribeiro, Primo Argemiro e uma preta velha que todos os dias prepara a
refeição. Não há como trabalhar nessa região.
O
fantasma da morte assombra os primos. Um dia Ribeiro, achando que vai morrer,
conta ao Primo Argemiro que a esposa partiu com um boiadeiro, deixando-o
sozinho. Ele quis seguir os dois, mas se os achasse teria que assassinar o
casal e lhe faltava ousadia para tanto.
Aproveitando
as confidências, Argemiro confessa que era apaixonado por Luísa, a esposa de
Ribeiro, embora nunca tenha se declarado a ela ou lhe desrespeitado. Embora sem
forças e febril, por causa da malária, Ribeiro se enfurece com o primo. Apesar
da insistência deste, ele não lhe concede o perdão e o expulsa.
Argemiro
parte praticamente se arrastando e ainda, no caminho, é confundido pelos
pássaros com um espantalho. Ele lamenta nunca ter se declarado para Luísa e
sonha com ela, rememorando seu rosto antes do casamento. No cenário que o cerca
ele vê flores azuis, mesma cor do vestido que cobria sua amada no dia do matrimônio.
Duelo
Turíbio
Todo foi a uma pescaria e disse à esposa que retornaria apenas no dia seguinte.
Na margem do rio o protagonista sofreu um incidente e acabou voltando ao
anoitecer. Então ele flagrou a esposa com Cassiano Gomes, ex-policial e perito
em armas. Turíbio fingiu nada ter visto e teceu um plano. Dias depois, pronto
para a fuga, ele foi à residência do rival e atirou na nuca dele, um tiro
certeiro, mas por engano matou o irmão dele, Levindo Gomes. Após o enterro,
Cassiano se fechou no interior de sua morada. Preparou tudo e então iniciou a
vingança.
Na
perseguição Cassiano viu seus planos serem frustrados. Turíbio, exímio
conhecedor das redondezas, levava vantagem. O protagonista estava tão confiante
que regressou para casa e passou a noite com sua mulher, Dona Silvana.
Nessa ocasião ele confidenciou à esposa sua estratégia derradeira. Ele contava
que o coração do rival não suportaria a pressão. Mas, quando foi possível, a
companheira entregou seus planos para Cassiano.
Cinco
meses se passaram sem que eles se enfrentassem. Então Turíbio, iludido com a
ideia de fazer fortuna em São Paulo, partiu para a cidade grande. Depois
levaria a esposa. Enquanto isso, Cassiano, doente, tomou uma decisão;
antes de sua morte ele acabaria com Turíbio. Ao passar pelo vilarejo chamado
Mosquito, sua saúde piorou. Ele não conseguiu contratar ninguém que matasse seu
rival. Antes da sua morte, ele conhece um sertanejo chamado Vinte-E-Um,
na verdade Antônio. Cassiano o ajuda inclusive a salvar a vida do filho. Quando
ele morre, Turíbio retorna seguro de si. Mas Vinte-E-Um, desejoso de fazer
justiça ao seu antigo benfeitor, acaba com a vida de Turíbio.
Minha
gente
O
narrador vai de visita à propriedade rural de seu tio, no momento preocupado em
ganhar as eleições do lugarejo. Ele cai de amores por Maria Irma, sua prima.
Mas esta paixão não é correspondida. Um belo dia a jovem é visitada por Ramiro,
e o protagonista fica enciumado.
A moça
conta que ele é noivo de outra mulher. O garoto teceu um plano; ele iria
simular um relacionamento com uma jovem da propriedade vizinha. Mas a
estratégia de fazer ciúmes à prima é frustrada. O único benefício de seus
planos foi, sem querer, colaborar para a vitória de seu tio nas eleições.
O
narrador parte. Na segunda vez em que ele vai à fazenda, a prima lhe apresenta
a mulher da sua vida, Armanda. Ele é fulminado pelo cupido na mesma hora e logo
depois a moça se torna sua esposa, enquanto Maria Irma contrai matrimônio com
Ramiro Gouveia.
São Marcos(duelo travado entre dois apaixonados pela sonoridade poética)
O
narrador é José, conhecido como Izé, médico graduado há pouco tempo e novo no
Calango-Frito. João Mangolô era considerado um feiticeiro poderoso na região.
José sempre zombava do preto-velho, desprezando seu saber e considerando tudo
que o envolvia como pura superstição. Mas ele exagerava no preconceito e sempre
dizia que todo negro era vagabundo, cachaceiro e feiticeiro.
Sem nada
respeitar, o médico começa a declamar a oração de São Marcos quando encontro
Aurísio Manquitola, que foge com medo.
Caminhando
pelas trilhas que levam à lagoa, o narrador passa a contemplar a harmonia da
natureza e dos animais. Subitamente ele perde a vista. Pouco a pouco ele
percebe que está muito longe de todos e não tem como regressar a sua morada.
Ele decidiu gritar, mas não teve resposta. José tenta se orientar entre as
árvores e cai no choro, porém nada resolve.
Ele
começa a rezar a oração de São Marcos, proferindo inclusive os insultos
contidos na prece. O médico passa a ter alucinações e corre pela floresta. O
narrador chega à residência de Mangolô movido por uma raiva descontrolada. Ele
tenta esganar o feiticeiro, mas Mangolô implora que o deixe vivo. De repente a
visão retorna. O feiticeiro tinha atado uma tira de pano preto nos olhos de um
boneco para José ficar cego por um tempo. O narrador decide conviver em paz com
o preto-velho.
Corpo
fechado
Trabalhar
não é com Manuel Fulô. Ele adora mesmo é contar histórias regadas a uma boa
cachaça. O homem propõe ao narrador, médico em Lajinha, que seja seu padrinho
de casamento. Ele conta que tinha uma mula, Beija-Fulô, enquanto Antonico
é proprietário de uma sela do México.
Os dois
vivem tentando conquistar o bem do outro. Surge então Targino, um dos
arruaceiros da região. Ele diz para todo mundo que vai dormir com a noiva de
Manuel Fulô antes do matrimônio. O homem fica agoniado, pois o valentão é o
dono da região. Surge então o feiticeiro Antonico e faz um acordo com Manuel.
Ele vai ‘fechar seu corpo’, porém em troca precisará lhe dar a mula Beija-Fulô,
bem de maior estima de Fulô. Sem saída, ele concorda.
Desta
forma ele desafia Targino e, para surpresa do povo, acaba com a vida dele com
uma singela faca que mais parecia um canivete. Manuel se casa com a amada e em
algumas ocasiões ainda pode tomar por empréstimo sua mula de estimação. Além do
mais, torna-se o novo valentão das redondezas.
Conversa
de bois
Neste
conto o autor destaca quatro fatores essenciais do sertão mineiro. Um deles é o
carro de bois que atravessa a região transportando rapadura e um corpo, o do
pai de Tiãozinho. Os animais são o segundo elemento; os outros são o condutor
do carro e o guia, o menino Tiãozinho.
Oito bois
movem o carro, Buscapé e Namorado, Capitão e Brabagato, Dançador e Brilhante,
Realejo e Canindé. Na parte superior vai o carreiro, Agenor Soronho. O morto era
também um guia da boiada. O garoto vive sua dor da perda; ele tem que enfrentar
igualmente a exaustão e a forma cruel como Agenor o trata, incitando os bois
sem dó ou piedade. Agora o garoto está sujeito à boa-vontade do condutor, que
promove a sobrevivência dos familiares de Tiãozinho porque quer conquistar a
mãe dele, a qual já era sua amante antes mesmo da morte do pai do garoto,
Januário, que vivia paralisado e cego há algum tempo, sem condições de
trabalhar. Enquanto Agenor adormece e o personagem mergulha numa espécie de
transe, os bois conversam entre si. Os animais eram solidários ao menino e, a
um comando dele, eles saltam adiante e provocam a queda de Agenor. O carreiro
morre e a viagem segue mais leve
A hora e a vez de Augusto Matraga(LUTA DO BEM X O MAL, VALENTIA E FORÇA)
Augusto
Estêves (NHÔ Augusto)é o valentão do
vilarejo onde habita. Ele gasta tudo que cai em suas mãos e, com o falecimento
de seu pai, conhece a miséria. Um belo dia ele recebe uma mensagem de Quim
Recadeiro; acabara de ficar sem seus capangas, recrutados por seu maior rival,
o Major Consilva, e sua esposa e a filha tinham partido na companhia de Ovídio
Moura.
Inconformado,
ele vai à fazenda do Major para enfrentar os antigos homens de confiança. O
Major exige que o protagonista receba a marca do ferro no glúteo e que a vida
lhe seja tirada. No auge da agonia, ele pula de um abismo. À beira da morte, é
socorrido por um casal de negros. Até um sacerdote é chamado para
confortá-lo. Ao se curar, o protagonista resolve mudar de vida. Então
ele se refugia com os negros no Tombador.
A partir
de então, ele passa a trabalhar sem cessar, especialmente para a sobrevivência
do casal que o salvou. Além disso, ele pretende expiar seus erros. Em
uma ocasião o bando de jagunços comandado por Joãozinho Bem-Bem chega ao
povoado e Augusto e o célebre fora-da-lei se tornam amigos. É com tristeza que
o protagonista o vê partir.
Com a
passagem do tempo, Augusto também se despede de Tombador, sentindo que seu
momento está por vir. Ele se depara com o jagunço, que se prepara para eliminar
uma família por revanche. O protagonista implora ao amigo que não cometa essa
atrocidade, e o mesmo vê esse pedido como uma ofensa. Ambos duelam entre si e
acabam perdendo a vida.
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