REALISMO
PORTUGAL-
REALISMO E NATURALISMO (segunda metade do século XIX)
Realismo (razão )surgiu como uma
reação aos excessos sentimentais do Romantismo( emoção).
Surgimento de novas ideias filosóficas
e científicas
Início- 1865- Questão
Coimbra(também chamada de “Questão do Bom Senso e Bom Gosto”)-
LIDERADO PELA GERAÇÃO DE 70 da “escola Coimbra” (Antero de Quental)
Término-
1900- Morte de Eça de Queirós
1-
ANTECEDENTES DO REALISMO PORTUGUÊS-
Romance-
Madame
Bovary- Gustave Flaubert-
1857
–
trata-se
de uma personagem adúltera do meio burguês .
|
Em
1857, Gustave Flaubert (Francês)publica Madame Bovary, recebido como
um escândalo pelo público,
acostumado aos heróis românticos, sonhadores e idealistas. A protagonista é
Ema Bovary, uma mulher casada que busca no adultério uma saída para sua vida
sem graça. No final, a personagem se mata, mas não por amor – é porque ficou
endividada.
Com
esse romance, Flaubert revela ao público a hipocrisia da vida burguesa,
preocupada com apenas com a aparência. O texto é considerado o marco inicial do Realismo na Europa, pois
busca retratar a vida em sociedade de modo objetivo e fiel, sem o idealismo
dos românticos.
|
1865- Questão Coimbra ou “Questão do Bom Senso e Bom Gosto”- conflito
entre românticos e realistas. ler na apostila página 30
2-
CONTEXTO
Segunda metade séc XIX –
consolidação da burguesia;
Fortalecimento do
capitalismo;
Avanço industrial e científico;
Positivismo de Auguste Comte (conhecimento –
comprovação científica-todos os fenômenos sujeitos às leis naturais)
Determinismo
de Hippolyte Taine (
comportamento do homem é produto do meio, pela raça e fatpos históricos)
Evolucionismo de Charles Darwin( a seleção natural
relaciona-se diretamente com a sobrevivência das espécies-Teoria da origem das
espécies e sua evolução biológica)
A ciência
influencia a produção literária.
ROMANTISMO
|
REALISMO(IDEAIS
ANTIRROMÂNTICOS)
|
início do século XIX
valorização:
da subjetividade,
dos sentimentos,
da fantasia,
da imaginação.
preocupações
teológicas e metafísicas(subjetivas)
idealismo
mulher
idealizada-perfeita
o eu lírico considera
a vida ruim, um pesadelo, um tédio;
linguagem emocional e
subjetiva, com uso de metáforas e comparação;
a noite liga-se a
intuição e subjetividade.
|
segunda metade do
século XIX
valorização:
do racional, da
verdade,
da objetividade;
retrata e critica a sociedade;
aderiram à ciência:
observação, análise, documentado,experimentado
mulher sem
idealizações(rugas...); retrato fiel da realidade(histórica, social);
o escritor realista
estuda os indivíduos, interroga-os
, analisa o meio e
transcreve suas observações.
A vida merece análise,
balanço, identificando algum “lucro”;
Linguagem objetiva,
racional, uso mínimo de figuras de linguagem;
Subordinação dos
sentimentos a interesses sociais
Análise dos valores burgueses
com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe
Sol- liga-se à razão e
à clareza.
|
PÁGINA 42- MÓDULO
57
1- POESIA DO
REALISMO PORTUGUÊS
Antero de Quental(1842-1891) suicídio)
1865-
Questão Coimbra(também
chamada de “Questão
do Bom Senso e Bom Gosto”)-
1ª FASE- (1859-1864) – fase menor de
suas obras.
Atitude romântica
com temática religiosa. É uma poesia de entusiasmo adolescente,
herança da educação paterna.
Obras:
Raios de extinta
luz
(entre 1859 -1863)-publicada em 1892
Primaveras
românticas.(entre1860-1865)-publicado
em 1872
_____________________________________
2ºFASE (1864-1874)-
fase realista do autor e sua adesão
às idéias de justiça social, igualdade e dignidade humanas. Para ele, o ato
de escrever é um ato revolucionário, revelando nítida influência das idéias
de Proudhon. Os poemas dessa fase refletem o drama social da segunda metade
do século XIX. Deve-se notar, no entanto, que a influência religiosa não
diminuiu, em sua poesia, com a perda da fé. O poeta tendeu a unir às suas
tendências políticas um certo messianismo na espera da redenção libertária e
socialista.
Obra:
Odes modernas(1865)
3ª FASE (1874-1885), revela o poeta
atormentado por questões humanas, filosóficas e metafísicas, resultando uma poesia
dilemática, angustiada e pessimista, envolvida com as ideias de morte e
as tentativas de explicar e entender Deus. De certa forma, essa fase
representa uma síntese das perturbações que ocupavam o poeta desde a
juventude. Nela, Antero atinge o ponto alto de sua carreira, com um raro
refinamento artístico, que une a força de reflexões filosóficas bem
fundamentadas com beleza rítmica, criando frases imponentes e eloquentes.
Obra:
Sonetos
completos(1886)
De
uma forma geral, sua obra representa uma incessante busca do Ideal,
isto é, a essência humana, corporificada em Deus, na Sociedade, ou no próprio
Homem – dependendo das oscilações ideológicas pelas quais passou o poeta.
|
Guerra Junqueiro (1850-1923)- escreveu poemas de combate social
1ª
FASE- romântico- versos declamatório e melodramático. Tematizou a pátria e Deus.
Obras:
A Vitória da França(1870)
A Espanha Livre(1873)
________________________________________
2ª
FASE-defende o cientificismo, mas não consegue ser coerente, por causa de
sua religiosidade e temperamento emotivo.
Fase
da poesia social.Poesia de análise crítica sobre a sociedade, descendo a
minúcias de situações em relação a seres humanos.
Obras:
A
morte de D.João(1874)
A Velhice
do Padre Eterno (1885).- violentas críticas ao clero, através de ironias e
sarcasmos.(arrependeu-se de ter escrito)
________________________________________
3ª FASE- depois de 1890- atinge qualidade poética
porque deixa de lado as preocupações realistas.Seus poemas amenizaram e passaram
a cultuar ideias cristãs e o amor
pelos humildes e pequeninos.
Obras:
Os
simples(1892)-elogio das criaturas
Que vivem num mundo contrário ao das
personagens da poesia realista: os
simples, os humildes, os sonhadores e os puros.
(1902). Oração
Ao Pão.
(1897). Pátria.
(1903). Oração à Luz.
|
1-Prosa
do Realismo português – Eça
de Queirós(1845-1900)
1870-Portugal-
Os autores analisavam e criticavam as condições sociais, o clero e a
aristocracia.
O romance
deixa de ser apenas distração e torna-se veículo de crítica a hipocrisia
burguesa e cheia de vícios. O adultério e a união por interesse são
denunciados. N
O Primo Basílio, Eça de Queirós – mostra a mulher
adúltera.
Há três fases distintas na obra de Eça de Queirós.
1ª FASE
Crônicas jornalísticas reunidas em volume- Prosas bárbaras.
Romance, O mistério da estrada de Sintra, em parceria
com Ramalho Ortigão.
Há heranças românticas ´.
Fase menos
significativa da sua produção literária.
|
2ª FASE
Romance, O crime do padre Amaro, em 1875.
O primo Basílio
-critica a burguesia do fim do séc.XIX em Lisboa.
Os Maias, 1880 contando
uma história incestuosa, bem ao gosto naturalista.
FASE caracteristicamente realista-naturalista do
autor. Seus romances estão impregnados de elementos próprios do estilo, principalmente porque
esboçam um panorama de crítica social e cultural da vida portuguesa,
notadamente do ambiente burguês. A ironia utilizada nesses romances
desmascara o comportamento hipócrita e ocioso da burguesia lisboeta. Destaque-se, contudo, a originalidade
do estilo de Eça de Queirós, que dotou a língua portuguesa de um novo ritmo
de frase, com uma adjetivação surpreendente.
|
3ª FASE
A terceira fase mostra um escritor mais confiante em
seus próprios recursos expressivos, dando livre vazão ao seu lirismo. Escapando da rigidez das normas
realista-naturalistas, confere lugar de destaque à fantasia, sem
abandonar o registro crítico realista. Em romances como A relíquia
(1887), A ilustre casa de Ramires (1897) e A cidade e as serras (1901), o escritor se permite alguns
voos de imaginação.
Sua linguagem vai assumindo um registro cada vez mais
pessoal, terminando por ser marcadamente impressionista, muito
distante da objetividade exigida ao romance realista-naturalista típico.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário