sexta-feira, 21 de outubro de 2016

REALISMO PORTUGAL- REALISMO E NATURALISMO (segunda metade do século XIX)



     REALISMO
PORTUGAL- REALISMO E NATURALISMO (segunda metade do século XIX)

Realismo (razão )surgiu como uma reação aos excessos sentimentais do Romantismo( emoção).
Surgimento de novas ideias filosóficas e científicas
Início- 1865- Questão Coimbra(também chamada de “Questão do Bom Senso e Bom Gosto”)- LIDERADO PELA GERAÇÃO DE 70 da “escola Coimbra” (Antero de Quental)
Término- 1900- Morte de Eça de Queirós

1-            ANTECEDENTES DO REALISMO PORTUGUÊS-


Romance-
Madame Bovary- Gustave  Flaubert-
1857 –
trata-se de uma personagem adúltera do meio burguês .
Em 1857, Gustave Flaubert (Francês)publica Madame Bovary, recebido como um escândalo pelo público, acostumado aos heróis românticos, sonhadores e idealistas. A protagonista é Ema Bovary, uma mulher casada que busca no adultério uma saída para sua vida sem graça. No final, a personagem se mata, mas não por amor – é porque ficou endividada.
Com esse romance, Flaubert revela ao público a hipocrisia da vida burguesa, preocupada com apenas com a aparência. O texto é considerado o marco inicial do Realismo na Europa, pois busca retratar a vida em sociedade de modo objetivo e fiel, sem o idealismo dos românticos.

1865- Questão Coimbra ou Questão do Bom Senso e Bom Gosto”- conflito entre românticos e realistas.  ler na apostila página 30
2-            CONTEXTO
Segunda metade séc XIX – consolidação da  burguesia;
Fortalecimento do capitalismo;
Avanço industrial e científico;
Positivismo de Auguste Comte (conhecimento – comprovação científica-todos os fenômenos sujeitos às leis naturais)
Determinismo de Hippolyte Taine ( comportamento do homem é produto do meio, pela raça e fatpos históricos)
Evolucionismo de Charles Darwin( a seleção natural relaciona-se diretamente com a sobrevivência das espécies-Teoria da origem das espécies e sua evolução biológica)
A ciência influencia a produção literária.
ROMANTISMO
REALISMO(IDEAIS ANTIRROMÂNTICOS)
início do século XIX
valorização:
 da subjetividade,
dos sentimentos,
 da fantasia,
 da imaginação.
preocupações teológicas  e metafísicas(subjetivas)
idealismo
mulher idealizada-perfeita
o eu lírico considera a vida ruim, um pesadelo, um tédio;
linguagem emocional e subjetiva, com uso de metáforas e comparação;
a noite liga-se a intuição e subjetividade.
segunda metade do século XIX
valorização:
do racional, da verdade,
da objetividade;
retrata e critica a sociedade;
aderiram à ciência: observação, análise, documentado,experimentado
mulher sem idealizações(rugas...); retrato fiel da realidade(histórica, social);
o escritor realista estuda os indivíduos, interroga-os
, analisa o meio e transcreve suas observações.
A vida merece análise, balanço, identificando algum “lucro”;
Linguagem objetiva, racional, uso mínimo de figuras de linguagem;
Subordinação dos sentimentos a interesses sociais
Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe
Sol- liga-se à razão e à clareza.
PÁGINA 42-  MÓDULO 57
1-    POESIA DO REALISMO PORTUGUÊS
Antero de Quental(1842-1891) suicídio)
1865- Questão Coimbra(também chamada de “Questão do Bom Senso e Bom Gosto”)-

1ª FASE- (1859-1864) – fase menor de suas obras.
Atitude romântica com temática religiosa. É uma poesia de entusiasmo adolescente, herança da educação paterna.
Obras:
Raios de extinta luz (entre 1859 -1863)-publicada em 1892
Primaveras românticas.(entre1860-1865)-publicado em 1872
_____________________________________
2ºFASE (1864-1874)- fase realista do autor e sua adesão às idéias de justiça social, igualdade e dignidade humanas. Para ele, o ato de escrever é um ato revolucionário, revelando nítida influência das idéias de Proudhon. Os poemas dessa fase refletem o drama social da segunda metade do século XIX. Deve-se notar, no entanto, que a influência religiosa não diminuiu, em sua poesia, com a perda da fé. O poeta tendeu a unir às suas tendências políticas um certo messianismo na espera da redenção libertária e socialista.
Obra:
Odes modernas(1865)
3ª FASE (1874-1885), revela o poeta atormentado por questões humanas, filosóficas e metafísicas, resultando uma poesia dilemática, angustiada e pessimista, envolvida com as ideias de morte e as tentativas de explicar e entender Deus. De certa forma, essa fase representa uma síntese das perturbações que ocupavam o poeta desde a juventude. Nela, Antero atinge o ponto alto de sua carreira, com um raro refinamento artístico, que une a força de reflexões filosóficas bem fundamentadas com beleza rítmica, criando frases imponentes e eloquentes.
Obra:
Sonetos completos(1886)              

De uma forma geral, sua obra representa uma incessante busca do Ideal, isto é, a essência humana, corporificada em Deus, na Sociedade, ou no próprio Homem – dependendo das oscilações ideológicas pelas quais passou o poeta.
Guerra Junqueiro (1850-1923)- escreveu poemas de combate social
1ª FASE- romântico- versos declamatório e melodramático. Tematizou a pátria e Deus.
Obras:
A Vitória da França(1870)
A Espanha Livre(1873)
________________________________________
2ª FASE-defende o cientificismo, mas não consegue ser coerente, por causa de sua  religiosidade  e temperamento emotivo.
Fase da poesia social.Poesia de análise crítica sobre a sociedade, descendo a minúcias de situações em relação a seres humanos.
Obras:
A morte de D.João(1874)
A Velhice do Padre Eterno (1885).- violentas críticas ao clero, através de ironias e sarcasmos.(arrependeu-se de ter escrito)
________________________________________
3ª FASE- depois de 1890- atinge qualidade poética porque deixa de lado as preocupações realistas.Seus poemas amenizaram e passaram a cultuar ideias cristãs  e o amor pelos humildes e pequeninos.
Obras:
Os simples(1892)-elogio das criaturas
 Que vivem num mundo contrário ao das personagens  da poesia realista: os simples, os humildes, os sonhadores e os puros.

 (1902). Oração Ao Pão.
 (1897). Pátria.
 (1903). Oração à Luz.




1-Prosa do Realismo português –                Eça de Queirós(1845-1900)
1870-Portugal- Os autores analisavam e criticavam as condições sociais, o clero e a aristocracia.
O romance deixa de ser apenas distração e torna-se veículo de crítica a hipocrisia burguesa e cheia de vícios. O adultério e a união por interesse são denunciados.  N

O Primo Basílio, Eça de Queirós – mostra a mulher adúltera.

Há três fases distintas na obra de Eça de Queirós.
1ª FASE
Crônicas jornalísticas reunidas em volume- Prosas bárbaras.
Romance, O mistério da estrada de Sintra, em parceria com Ramalho Ortigão.

heranças românticas ´.
Fase  menos significativa da sua produção literária.





2ª FASE
Romance, O crime do padre Amaro, em 1875.
 O primo Basílio
-critica a burguesia do fim do séc.XIX em Lisboa.

 Os Maias, 1880 contando uma história incestuosa, bem ao gosto naturalista.
FASE caracteristicamente realista-naturalista do autor. Seus romances estão impregnados de elementos próprios do estilo, principalmente porque esboçam um panorama de crítica social e cultural da vida portuguesa, notadamente do ambiente burguês. A ironia utilizada nesses romances desmascara o comportamento hipócrita e ocioso da burguesia lisboeta. Destaque-se, contudo, a originalidade do estilo de Eça de Queirós, que dotou a língua portuguesa de um novo ritmo de frase, com uma adjetivação surpreendente.

3ª FASE
A terceira fase mostra um escritor mais confiante em seus próprios recursos expressivos, dando livre vazão ao seu lirismo. Escapando da rigidez das normas realista-naturalistas, confere lugar de destaque à fantasia, sem abandonar o registro crítico realista. Em romances como A relíquia (1887), A ilustre casa de Ramires (1897) e A cidade e as serras (1901), o escritor se permite alguns voos de imaginação.
Sua linguagem vai assumindo um registro cada vez mais pessoal, terminando por ser marcadamente impressionista, muito distante da objetividade exigida ao romance realista-naturalista típico.

- O CRIME DO PADRE AMARO...  :ler resumo



Nenhum comentário:

Postar um comentário