LITERATURA CONTEMPORÂNEA EM
PORTUGAL
1-
Autores da literatura contemporânea -
prosa
Agustina Bessa Luís
(15/10/1922 )
É considerada a mais
importante escritora na literatura contemporânea da literatura portuguesa.
Prêmios –o Prêmio Delfim
Guimarães(Guimarães Editores) de uma grande editora de Portugal e o Prêmio Eça de Queirós (Secretariado Nacional de Informação).
Obras:
Adivinhas
de Pedro e Inês
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A
sibila
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Obra-prima
- notável pela originalidade de seus processo criativo e teve inúmeras
edições sucessivas - A SIBILA =inquietação espiritual
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Foi um escritor português, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista,
romancista e poeta português. Foi premiado com o Nobel de Literatura de 1999.
Prêmio
Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.
Saramago
foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da
prosa em língua portuguesa.
Escrita
sem pontuação( usa apenas o ponto final e a vírgula).
O
leitor terá que perceber as falas das personagens.
Longos
parágrafos
Estilo individual
Elementos fundamentais:
Criticar
o passado x aprender com ele
Elementos
sobrenaturais
Experimentação
com a linguagem
Mergulho
no interior humano
Obras:
Memorial do Convento 1982
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Trata da construção do convento
de Mafra, no século XVIII, e dos processos da Santa Inquisição cerceando as
inovações da ciência, representadas pelo Padre Bartolomeu de Gusmão. (inquisição em terras portuguesas )
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História do cerco de
Lisboa 1989
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Um
revisor de textos propõe uma nova versão da história oficial, questionando o
caráter heroico dos personagens e dos fatos.
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O evangelho segundo Jesus
Cristo 1991
-recria o relato bíblico de
maneira crítica;
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É
recontada a narrativa bíblica sob outro prisma, trabalha com a ideia de
humanização da personagem Jesus, o que causou polêmica em Portugal e
influenciou o autor a exilar-se na Ilha de Lanzarote, nas Canárias, uma vez
que ele tinha cidadania espanhola,
obtida por meio de sua esposa, Pilar del Rio.
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Ensaios sobre a cegueira 1995 *filme*assistir
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A
narrativa mostra uma epidemia de cegueira , que vai acometendo uma a uma
todas as pessoas, mergulhando o mundo em uma crise humanitária sem
precedentes, uma metáfora da precária visão do homem sobre si mesmo.
Como
justificativa para esse romance, o autor escreve:
O egoísmo pessoal, o comodismo, a
falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto
contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar
no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for
susceptível de servir os nossos interesses.
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2-
Autores da literatura contemporânea – poesia
Objetividade toma conta tanto
da linguagem quanto da temática.
Eugênio de Andrade
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OBRAS:
Narciso,
em 1939.
Em
1942, versos chamado Adolescente.
Em
1948,As mãos e os frutos,
Na
poesia publicou dezenas de obras: Os amantes sem dinheiro (1950), As palavras
interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria Solar (1980), Rente ao
dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os Lugares
do Lume (1998).
Características da sua poesia - o poeta é aquele que,
através da palavra, celebra o corpo e a terra, sinônimo de vida. Nas palavras
há a música e o silêncio, o rumor, a luz e a sombra; com elas, constrói
imagens que fundem o amor e o mundo natural. Por vezes é notório também um
erotismo, o qual as palavras impregnam de sinceridade, simplicidade, numa
fusão de corpos que condensa e se encerra na Natureza”.
Tempo
presente/passado
Densidade poética: por vezes, um ou dois
versos são capazes de conter todo o universo;
Transparência:
palavras de campos semânticos que traduzem transparência;
Jogo de luzes e sombras;
Carácter predominante eufórico da sua
poesia.
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A obra
de Miguel Torga, é centrada nas seguintes temáticas:
·
Problemática Religiosa:(A um Cristo negro)
Pois
foi educado segundos os princípios da religião católica, e chegou mesmo a
entrar no seminário de Lamego em 1918. Devido ao seu caráter, Torga deixou o
seminário pela liberdade da vida.
Ao
longo do tempo, a sua herança católica foi-se dissipando dentro de si, e o
Deus em que ele acreditava na sua infância-“ um Deus proveniente, radioso de
amor, bondade”- foi substituído por –“ um Deus justiceiro, furioso, regrador
do mundo”.
·
Sentimento telúrico: (Diário II)
Miguel
Torga, encara o elemento terra como a mãe reprodutora. Este sentimento, pode
ser comprovado através da escolha do seu pseudónimo Torga, que significa urze
que nasce e cresce selvagem nos montes transmontanos.
A sua
terra, Trás-os-Montes, que para ele tem o significado de busca de identidade,
e é aquela que o ajuda a encontrar o seu próprio “eu” e a conhecer-se melhor.
·
Desespero humanista: (O Orfeu Rebelde)
Enquanto
médico, Torga sentia-se muitas vezes impotente por não poder salvar os seus
pacientes, que esperavam com esperança um milagre. Assim, a descrença e a
revolta contra a divindade surgem na sua obra, refletindo o seu desespero
humanista. O seu desespero é humanista, pois sente-se limitado com as suas
capacidades humanas.
· O
drama da criação poética: (Majestade)
Pois,
Torga sentia-se triste por não conseguir iluminar a sua poesia. Para ele o
ato poético não podia ser separado de um certo comportamento místico.
Principais
características das suas obras:
-
Simplicidade do discurso;- Variedade de estruturas estróficas
-
Ligação entre as estruturas estróficas e a estruturação das ideias
-
Irregularidade/regularidade métrica;- Alegoria;- Adjetivação
-
Comparações;- Metáforas;- Imagens;- Personificações(características humanas
ao objeto)
-
Antíteses; - Anáfora(repetição);- Paralelismos: com simetria/semelhanças
-
Escolha das palavras; - Estilo poético eloquente sóbrio, viril, que aquece de
entusiasmo.
-
Uso de estrofes irregulares
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Natália correia
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Características : defendia «a poesia como
profecia» e «o poeta como profeta
O Sol nas Noites e o Luar nos Dias, a reunião da sua poesia completa, que inclui todos os livros publicados e muitos poemas inéditos. Surrealista, barroca e romântica (entre todas, a classificação preferida pela própria), foi na verdade uma escritora cuja originalidade e versatilidade não podem ser compartimentadas em qualquer escola literária.
Organizou
uma Antologia da Poesia do Período
Barroco; em ambos os períodos literários buscou inspiração, mas não
deixou de introduzir nos poemas da sua lavra um singular talento e uma
peculiar expressão poética, a que não é alheia a hábil utilização de figuras de estilo como a metáfora, os
paralelismos e as repetições. Por outro lado, a ironia e o sarcasmo, as associações fônicas e imagéticas,
aproximam-na do surrealismo, sem que a sua poesia deixe de ter um toque de
originalidade que não pode sofrer comparação com outras expressões do
movimento surrealista português.
Reencontrou os grandes mitos portugueses, que nos seus trabalhos se transformaram em arquétipos recorrentes: os mitos do Andrógino (o ser completo, uno e plural), do Desejado (que simboliza a resistência, a esperança em tempos melhores), a história de Pedro e Inês (símbolos da paixão, da volúpia na morte), o espaço sagrado e iniciático da Ilha, com os seus enigmas por resolver. Toda a sua criatividade lhes estava dirigida: reformulando-os, dedicou obras próprias a cada um desses mitos, símbolos e arquétipos, conferindo-lhes uma dimensão de futuro, de liberdade, de natalidade, de portugalidade sentida. Em 1991, o Grande Prêmio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Sonetos Românticos. Principais obras:
1989-O sol nas noites e o luar nos dias
Rio de Nuvens (1947), Poemas (1955),
Dimensão
Encontrada (1957), Passaporte (1958) —
Comunicação (1959), Cântico do País Emerso (1961),
O Vinho
e a Lira (1966), Mátria (1968),
A Mosca
Iluminada (1972),
O Anjo do Ocidente à Entrada do Ferro (1973)
Epístola
aos Iamitas (1976), O Dilúvio e a Pomba (1979),
d’O Armistício (1985) ; Sonetos
Românticos (1990)
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Antônio Osório
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A sua poesia evidencia um equilíbrio
verbal que lhe confere uma certa referencialidade onde a atenção ao mundo
natural e ao quotidiano se destacam, envolvidos pelos sentimentos e emoção do
poeta. São recorrentes os temas da vida familiar, do amor e da morte.
Principais obras:
A Raiz
Afectuosa (1972)
A
Ignorância da Morte (1978)
O lugar
do Amor (1981)
Décima
Aurora (1982)
Adão,
Eva e o Mais (1983)
Planetário e Zoo dos Homens (1990)
Casa
das Sementes (2006)
A Luz
Fraterna (2009)
(Cecília Meireles, epígrafe a Planetário e
Zoo dos Homens, 1990 é o expediente da força reveladora desta poesia que
tem tanto de religiosa na capacidade de diálogo com os deuses e o universo
como de pagã na sua proximidade dos animais.)
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