PRODUÇÃO EM CONFRONTO COM O CONCRETISMO- contexto histórico, características

PRODUÇÃO EM CONFRONTO COM O CONCRETISMO  -2º E.M.

Contexto Histórico    - Brasil

1960- fim do governo de JK e inauguração de Brasília;

1961- Jânio Quadros (posse e renúncia) –  posse João Goulart- vice-presidente

1964- Castelo Branco( general do exército)  -Golpe de 64, a censura, as greves, os movimentos estudantis, que culminaram num regime ditatorial no país  

-AI – 5 (1968). – :Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

-declínio da Bossa Nova,

-exilados

-novo movimento –MPB-  artistas, denominados "Tropicalistas" - com objetivos de libertação e mudanças no panorama cultural brasileiro.

Poesia - Vários movimentos e grupos procuraram novos caminhos para a poesia brasileira em função das transformações (mudanças de ordem política, social, econômica e tecnológica) do mundo.

As produções da década de 1960 são voltadas para  a música.

● Tropicalismo ou tropicália:

Marco inicial - lançamento das músicas “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso e “Domingo no Parque” de Gilberto Gil, no Festival de MPB da TV Record em 1967.

Movimento protagonizado por artistas e intelectuais ( 1967/1968) contribuiu para a literatura com a visão de aproveitamento de qualquer estética literária, sem preconceitos.

Valorização do pluralismo cultural( apresentar a cultura plural presente no Brasil )

Revoluciona a música popular brasileira. As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

É influenciado pelo Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade e também um reflexo da resistência à censura e à repressão, agravada após o AI – 5 (1968).

Durante um ano, além de mudanças na música popular, outros elementos culturais foram incorporadas à cultura brasileira como, por exemplo, o estilo das roupas, muito próximas à dos hippies, mas ao mesmo tempo com uma psicodelia e mistura de cores e tonalidades.

Por fim, o movimento tropicalista termina com a prisão de Gilberto Gil e Caetano veloso em 1968 pela Ditadura Militar. Em 1969, Caetano partiu para o exílio marcando definitivamente o fim do movimento.

O tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas décadas seguintes.

Os discos tropicalistas que mais fizeram sucesso foram: - TROPICÁLIA ou PANIS ET CIRCENCIS - 1968 – Mutantes - CAETANO VELOSO - 1968 - LOUVAÇÃO - 1967 - Gilberto Gil - A BANDA TROPICALISTA DO DUPRAT - 1968 - Rogério Duprat

Músicas tropicalistas que fizeram sucesso: - Tropicália (Caetano Veloso, 1968) - Alegria, Alegria (Caetano Veloso, 1968) - Panis et circencis (Gilberto Gil e Caetano Veloso, 1968) - Atrás do trio elétrico, (Caetano Veloso, 1969) - Cadê Teresa (Jorge Ben, 1969) - Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969)

● Poesia participante- Ferreira Gullar – volta à estrutura da poesia de cordel- metrificação e rima
● Poesia social: movimento de reação contra a poesia concreta por poetas que a considerava exagerada em formalismo. Propunham a volta dos versos, a linguagem simples e a visão da poesia como instrumento de expressão social e política e os  temas direcionados à realidade social. É ilustrador dessa perspectiva: Ferreira Gullar.

● Poesia-Práxis: Lançada a partir de 1961 com o Manifesto Didático, liderada por Mário Chamie, considerava a palavra um organismo vivo  gerador de novos organismos vivos, ou seja, de novas palavras.


● Poesia Marginal dos anos 70: é chamada de “marginal” porque não possuía vínculos com editoras ou distribuidoras para edição e/ou publicação, ou seja, era produção independente, com tiragem pequena. Alguns autores dessa prática são conhecidos: Paulo Leminski e Chacal.

Revisão                      Movimento Antropofágico

O Movimento Antropofágico foi uma corrente de vanguarda que marca a primeira fase da era modernista da literatura brasileira em 1928. Liderado por Oswald de Andrade (1890 - 1954) e a pintora Tarsila do Amaral (1886 - 1973) a finalidade principal era remodelar a cultura nacional.

O chamado Manifesto Antropofágico, que deu origem ao movimento, foi publicado por Oswald de Andrade em 1º de maio de 1928. O termo antropofágico denota da corrente que tinha como meta ruminar, assimilar, deglutir e transfigurar a cultura, principalmente a europeia, conferindo o caráter nacional.

Características

A proposta do movimento era a de assimilar outras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do Movimento Antropofágico é o quadro "Abaporu" de Tarsila do Amaral, que foi dado de presente ao marido, Oswald de Andrade. Assim, o autor manifesta a tendência das artes de estruturar uma cultura de caráter nacional e abrangendo todas as culturas.

A obra Abaporu é o símbolo do movimento Antropofágico

A divulgação do movimento ocorria na Revista de Antropofagia, que foi publicada em São Paulo. O primeiro número trazia o Manifesto Antropofágico. A revista foi editada entre maio de 1928 e fevereiro de 1929 na primeira fase. A segunda fase da revista foi editada entre 17 de março a 1º de agosto de 1929.