Estrutura da narração
O texto
narrativo tem três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão:
-
Introdução:
Apresenta as personagens(QUEM?), localizando-as no tempo(QUANDO?)I e no espaço(ONDE).
-
Desenvolvimento: Através
das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense que culmina no
clímax. (O QUE?, POR QUE?, COMO?)
-
Conclusão: Existem
várias maneiras de se concluir uma narração. Esclarecer a trama é apenas uma
delas. (CONSEQUÊNCIA)
O que se
pede: Imaginação
para compor urna história cativante que entretenha o leitor, provocando
expectativa. Pode ser romântica, dramática ou humorística.
Elementos básicos da
narrativa: Depois de
escolher o tipo de narrador que vai utilizar, é necessário ainda conhecer os
elementos básicos de qualquer narração.
Todo o texto narrativo conta
um fato que se passa em determinado tempo e lugar. A narração só
existe na medida em que há ação; esta ação é praticada pelos personagens.
Um fato, em geral, acontece por uma determinada causa e desenrola-se
envolvendo certas circunstâncias que o caracterizam. É necessário, portanto,
mencionar o modo como tudo aconteceu detalhadamente, isto é, de que
maneira o facto ocorreu. Um acontecimento pode provocar consequencias, as quais
devem ser observadas.
• Fato - o que se vai narrar (O quê?)
• Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
• Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
• Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
• Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
• Modo - como se deu o fato (Como?)
• ConseqUências – Geralmente provoca determinado desfecho.
Após
definir os elementos da narrativa, basta organizá-los para elaborar uma
narração.
CONTE
UMA HISTÓRIA SOBRE O PAPEL DE CARTA . (ATÉ 20 LINHAS).
Critério
para a correção:
Ter pelo menos três
parágrafos.
•Ortografia
•Emprego de letras maiúsculas e minúsculas
•Pontuação (diálogos)
•Marcas da oralidade (só nos diálogos- discurso direto)•
Paragrafação
•Estrutura narrativa( elementos básicos da narrativa)
•Organização textual (coesão/ coerência)
•Redundância (palavras/ ideias)
PARA CORREÇÃO, OBSERVAR:
PAPEL DE CARTA
Conteúdo e Avaliação:
- Estruturação da História: Avalia a clareza e a coerência na organização da narrativa. (Exemplo: Introdução, desenvolvimento e conclusão).
- Título: A importância de um título que sintetiza a proposta do conteúdo e gera curiosidade.
- Conteúdo: Reflete a profundidade, relevância e coerência das informações apresentadas.
- Percepção: Análise da capacidade do aluno de se perceber e refletir sobre o conteúdo em questão.
- Omissão ou Recusa: Avaliação sobre a disposição do aluno em explorar ou recusar certos aspectos da história.
Avaliação da Escrita
Itens de Avaliação:
- Estruturação do Pensamento: Avalia se o pensamento está compatível com a idade do aluno.
- Período de Desenvolvimento da Escrita: Determina o estágio de escrita, como pré-silábico, silábico, alfabético ou pós-silábico.
- Erros de Escrita: Identifica se os erros são perseverantes ou não, e os tipos de erros cometidos.
- Trocas de Letras: Verifica se as trocas de letras são consistentes ou momentâneas.
- Tipo de Escrita: Avalia o estilo de escrita, como se é repassada, aglutinada, ou o tamanho das letras (pequenas ou grandes).
- Coordenação Motora: Observa o nível de desenvolvimento motor (insuficiente, suficiente ou ótima).
- Noção Têmporo-Espacial: Avalia a percepção de tempo e espaço.
- Uso da Borracha: Analisa o uso excessivo ou adequado da borracha, indicando insegurança ou adequação ao processo de escrita.
Déficits Detectados: Identificação das dificuldades de aprendizagem ou aspectos que precisam de atenção.
Problemática Emocional (Subjacente à Aprendizagem)
- O que o sujeito revela: como o aluno age ao realizar a atividade, sua interação com O PAPEL DE CARTA e reações comportamentais durante o exercício.
b) Em suas narrativas:- Exemplos de como o aluno se expressa nas histórias, incluindo temas abordados, emoções percebidas e a construção de personagens ou cenários.
- Obstáculos que o sujeito apresenta frente ao conhecimento:
- Dificuldades específicas de aprendizagem relacionadas à organização do pensamento, compreensão de textos ou ao desenvolvimento motor. Pode também envolver aspectos emocionais, como ansiedade ou falta de confiança.
Parecer sobre a problemática emocional do sujeito, no tocante à aprendizagem:
Análise aprofundada das questões emocionais que impactam o processo de aprendizagem, como autoestima, motivações, bloqueios emocionais, ou dificuldades de interação com o conteúdo ou com outros indivíduos no contexto escolar.
EXPLICANDO MELHOR:
O que o sujeito revela na dinâmica da aplicação:
Durante a realização da atividade com o papel de carta, o aluno pode demonstrar:
- Engajamento ou desinteresse: O comportamento durante a tarefa, como entusiasmo, concentração ou distração, reflete sua relação com a escrita e com o tema.
- Reações emocionais: Expressões como frustração, alegria ou ansiedade ao lidar com a tarefa podem indicar a presença de bloqueios emocionais ou de confiança.
- Organização: A maneira como o aluno organiza os materiais e estrutura a narrativa pode revelar habilidades cognitivas e motoras.
b) Em suas narrativas:
- Temas abordados: As histórias criadas podem refletir interesses pessoais, experiências vividas, medos ou sonhos.
- Construção de personagens e cenários: Alunos que elaboram detalhes ricos em personagens e ambientações demonstram boa imaginação e empatia. Por outro lado, narrativas vagas ou repetitivas podem sugerir dificuldade em estruturar ideias.
- Uso da linguagem: O nível de vocabulário, erros comuns e o tom do texto indicam o estágio de desenvolvimento da escrita e o grau de familiaridade com a língua.
Obstáculos que o sujeito apresenta frente ao conhecimento:
Dificuldades cognitivas:
- Desafios na organização de ideias ou na sequência lógica da narrativa.
- Uso inadequado de elementos narrativos, como tempo, personagens ou desfecho.
Dificuldades motoras:
- Letras desalinhadas, dificuldade em controlar o traçado ou uso excessivo da borracha, apontando para desafios na coordenação motora fina.
Aspectos emocionais:
- Ansiedade ao lidar com expectativas de desempenho.
- Relutância em compartilhar ideias, indicando insegurança ou baixa autoestima.
Parecer sobre a problemática emocional do sujeito, no tocante à aprendizagem:
O aluno pode enfrentar barreiras emocionais que afetam diretamente sua capacidade de aprendizagem, como:
- Ansiedade ou medo de errar: Observada em hesitações e no uso excessivo da borracha.
- Falta de confiança: Textos curtos ou com poucos detalhes podem ser indicativos de insegurança.
- Motivação reduzida: Desinteresse ou apatia em relação à atividade podem refletir dificuldades emocionais mais amplas.
- Relacionamento interpessoal: Narrativas que mostram isolamento ou conflitos podem revelar dificuldades em interação social.
Intervenção recomendada:
- Estimular o aluno com tarefas criativas e que valorizem sua individualidade.
- Oferecer reforço positivo para aumentar a autoestima e a confiança no processo de escrita.
- Trabalhar exercícios de organização textual e coordenação motora, se necessário.
- Criar um ambiente seguro para expressar ideias e emoções sem medo de julgamentos.
EXEMPLO 1:
Título: Memórias em Papel de Carta
Introdução
Era uma tarde chuvosa de domingo quando Clara encontrou uma antiga caixa no sótão de sua avó. Dentro dela, havia uma coleção de papéis de carta, todos delicadamente decorados com flores, borboletas e paisagens bucólicas. “O que será que guardam essas folhas?”, pensou, enquanto um brilho de curiosidade iluminava seus olhos.
Desenvolvimento
Clara desdobrou uma das cartas e reconheceu a letra da avó. Eram correspondências trocadas com sua melhor amiga, Rosa, durante os anos de juventude. Cada página revelava aventuras, sonhos e segredos compartilhados. Em um dos papéis, Rosa descrevia o dia em que se reconciliaram após uma briga, graças a uma flor que simbolizava a amizade eterna.
Enquanto lia, Clara sentiu que aquelas palavras iam além do papel; elas conectavam gerações, ensinando sobre o valor dos laços afetivos e da comunicação sincera. Inspirada, decidiu usar alguns dos papéis restantes para escrever suas próprias mensagens, prometendo preservar essa tradição de afeto e cuidado.
Conclusão
Dias depois, Clara entregou suas cartas para familiares e amigos. O gesto não só emocionou a todos como também trouxe novas histórias para serem contadas. A caixa voltou ao sótão, mas os papéis de carta ganharam um novo propósito: reconectar corações e manter viva a simplicidade de escrever e compartilhar sentimentos.
Critérios de Avaliação Aplicados à História:
- Estrutura Narrativa: A história possui introdução, desenvolvimento e conclusão claros.
- Elementos Básicos da Narrativa: Inclui fato, tempo, lugar, personagens, causa, modo e consequências.
- Ortografia e Pontuação: Correta, com uso adequado de maiúsculas e minúsculas.
- Coesão e Coerência: A sequência de eventos é lógica, e as ideias fluem naturalmente.
- Paragrafação: Dividida de maneira adequada em três parágrafos.

PENSE: Atividade de Análise: Papel de Carta - Cenário Infantil
Introdução
Observe atentamente a imagem. Qual é a primeira impressão que ela transmite?
Pense em sentimentos, cores e no que os personagens estão fazendo.Qual elemento da cena chama mais a sua atenção? É o cenário, os personagens ou outro detalhe? Por quê?
Desenvolvimento
Descreva o ambiente representado na imagem:
- Quais elementos compõem o cenário?
- Como as cores usadas influenciam a atmosfera da cena?
Os personagens estão interagindo entre si? O que eles parecem estar fazendo?
Explique suas observações a partir das expressões, ações ou objetos da cena.Qual é a mensagem ou tema que essa ilustração pode transmitir?
Por exemplo: amizade, trabalho em equipe, simplicidade da vida no campo, etc.A imagem possui elementos simbólicos? Pense nos objetos, como o carrinho de maçãs, o caminho de pedras ou as flores. O que eles podem representar?
Conclusão
Que sentimentos essa imagem desperta em você? Felicidade, nostalgia, tranquilidade? Justifique sua resposta.
Se você pudesse criar uma história com base nessa imagem, o que aconteceria? Escreva um breve parágrafo contando o enredo.
Introdução
Qual é a primeira impressão que a imagem transmite?
- A imagem transmite uma sensação de tranquilidade e doçura. As cores suaves, como o rosa, o verde e o amarelo, criam um ambiente alegre e acolhedor. Os personagens parecem felizes, o que também contribui para uma sensação de calma e alegria.
Qual elemento da cena chama mais a sua atenção? É o cenário, os personagens ou outro detalhe? Por quê?
- O elemento que mais chama atenção são os personagens, especialmente a menina com o carrinho cheio de maçãs. Ela parece estar em movimento, o que traz dinamismo à imagem. O fato de ela estar acompanhada de outros personagens, como o porquinho e a menina com chapéu, dá a impressão de uma história em andamento, convidando o espectador a imaginar o que está acontecendo.
Desenvolvimento
Descreva o ambiente representado na imagem:
- O cenário é um campo aberto e agradável, com uma casa vermelha ao fundo. O caminho de pedras parece suave e a vegetação é abundante, com flores e árvores ao redor. O ambiente é acolhedor e tem uma sensação de naturalidade, típicos de uma vila no campo.
Quais elementos compõem o cenário?
- A casa de morango ao fundo, as flores ao redor do caminho, o gato na parte inferior, o carrinho de maçãs e as árvores. Todos esses elementos criam uma atmosfera rural e simples, que remete à tranquilidade da vida no campo.
Como as cores usadas influenciam a atmosfera da cena?
- As cores suaves e harmoniosas, como o rosa da casa, o verde da grama e o amarelo do chapéu, transmitem uma sensação de alegria, calma e acolhimento. Elas ajudam a construir um ambiente alegre e otimista.
Os personagens estão interagindo entre si? O que eles parecem estar fazendo?
- Sim, os personagens parecem interagir de maneira amigável. A menina com o carrinho de maçãs parece estar levando as frutas a algum lugar, enquanto os outros observam ou caminham ao lado dela. A postura relaxada e os sorrisos nas expressões indicam uma convivência harmoniosa.
Explique suas observações a partir das expressões, ações ou objetos da cena.
- As expressões dos personagens são sorridentes e amigáveis, o que sugere que estão em um momento de lazer ou colaboração. O carrinho de maçãs simboliza o trabalho ou o esforço coletivo, enquanto as flores e a casa representam o lar e a tranquilidade.
Qual é a mensagem ou tema que essa ilustração pode transmitir?
- A imagem transmite a ideia de amizade, simplicidade e a beleza da vida no campo. Também pode simbolizar o trabalho conjunto e a união das pessoas, já que todos parecem contribuir para algo comum.
A imagem possui elementos simbólicos? Pense nos objetos, como o carrinho de maçãs, o caminho de pedras ou as flores. O que eles podem representar?
- O carrinho de maçãs pode simbolizar o trabalho ou o cuidado com a natureza. O caminho de pedras representa a jornada da vida, com passos seguros e tranquilos. As flores são símbolos de beleza, simplicidade e harmonia. Todos esses elementos contribuem para a ideia de que a vida no campo é equilibrada e rica de pequenas coisas.
Conclusão
Que sentimentos essa imagem desperta em você? Felicidade, nostalgia, tranquilidade? Justifique sua resposta.
- A imagem desperta uma sensação de nostalgia e tranquilidade. As cores suaves, a vida simples e a interação amigável dos personagens trazem à mente lembranças de uma infância mais calma e harmoniosa, onde as preocupações eram mínimas e as amizades eram o centro das atividades.
Se você pudesse criar uma história com base nessa imagem, o que aconteceria? Escreva um breve parágrafo contando o enredo.
- Em uma tarde ensolarada, as crianças do vilarejo decidiram preparar uma surpresa para Dona Benta, que estava triste por não conseguir colher as frutas de sua horta. Com um carrinho cheio de maçãs frescas, Mel e seus amigos cruzaram o campo florido, enfrentando pequenos obstáculos como o caminho de pedras e a travessia de uma poça de lama. Ao chegarem à casa de morango, Dona Benta sorriu com a surpresa e convidou todos para um chá da tarde. Juntos, compartilham histórias e risadas, celebrando a simplicidade da vida no campo e a alegria da amizade.
SEMPRE PENSE NA ESTRUTURA:
Estrutura da Narração: Perguntas Orientadoras
Introdução
- Quem são os personagens principais da história?
- Descreva os personagens: quem são, como se vestem e quais suas características principais?
- Quando a história acontece?
- É de manhã, à tarde ou à noite? Em qual estação do ano?
- Onde tudo acontece?
- Qual é o cenário da história? Um campo, uma casa especial, uma vila? Como ele é descrito?
Desenvolvimento
- O que acontece com os personagens?
- Qual é o problema ou o objetivo que os personagens enfrentam?
- Por que esse fato ocorre?
- O que causou a situação? Por que os personagens tomaram determinada decisão?
- Como os personagens resolvem o problema?
- Quais ações eles tomam? Há ajuda de outras pessoas ou animais?
- Existe algum suspense ou desafio no caminho?
- Algo atrapalha ou dificulta os planos dos personagens?
Conclusão
- Qual é o desfecho da história?
- O problema foi resolvido? O que acontece com os personagens?
- Quais foram as consequências?
- Aconteceu algo surpreendente ou emocionante no final?
- Qual é a mensagem ou a moral da história?
- O que o leitor pode aprender com essa narrativa?
EXEMPLOS:
Título: O Caminho das Maçãs
Naquela manhã ensolarada de primavera (QUANDO?), o vilarejo de Morango Doce estava em festa. A menina Melinda, de cabelos vermelhos como morangos maduros, decidiu levar um carrinho cheio de maçãs para a casa de sua avó (O QUÊ?). O caminho de pedras que serpenteava pelo campo florido era encantador, mas ela não estava sozinha (ONDE?). Seu melhor amigo, Tomás, de chapéu amarelo, a acompanhava, puxando o carrinho com esforço, enquanto brincavam e riam sem preocupações (COM QUEM?).
Tudo parecia perfeito até que, de repente, um som de “Ploc!” chamou a atenção deles. Era o Sr. Porquinho, que, muito atrapalhado, derrubou um balde de tinta rosa bem no meio do caminho. “Ora, ora, desculpem! Estava pintando a cerca!” disse ele, rindo sem graça (POR QUÊ?). Melinda e Tomás trocaram olhares: como levar o carrinho até o outro lado sem sujar as maçãs?
Tomás teve uma ideia brilhante. Com muito cuidado e trabalho em equipe (COMO?), colocaram uma tábua de madeira sobre a tinta, formando uma pequena ponte. Entre risadas e comemorações, conseguiram passar com o carrinho intacto, sem derrubar nenhuma fruta. Do outro lado, a amiga Rosinha, que observava tudo de longe, correu ao encontro deles e ofereceu flores como prêmio pela coragem e esperteza.
Quando chegaram à casa da avó, ela os recebeu com um abraço apertado e preparou uma deliciosa torta com as maçãs que trouxeram. “Vocês transformaram um pequeno problema em uma grande aventura!” disse ela, orgulhosa (CONSEQUÊNCIA). E assim, naquele dia, o caminho de pedras ficou marcado como o caminho das maçãs e das boas lembranças.
A HISTÓRIA DO JARDIM ENCANTADO
No vilarejo de Doce Encanto, o sol sempre brilhava mais amarelo, as flores exalavam perfume de maçã, e o vento sussurrava segredos entre as árvores. Era um lugar mágico, onde viviam crianças que nunca deixavam de sorrir.
Em uma manhã de primavera, Lúcia, uma menina de chapéu amarelo, puxava seu carrinho repleto de maçãs vermelhas. Ela queria surpreender sua amiga Rosa, que estava no portão com seu vestido cor-de-rosa, conversando com Pedrinho, o menino das ovelhas. Enquanto isso, ao fundo, Vovó Margarida, que morava na casinha vermelha, observava tudo com seu avental florido e um sorriso doce.
— Lúcia, para onde vai com tantas maçãs? — perguntou Rosa curiosa, encostando-se no portão branco.
— Vamos fazer uma torta gigante para celebrar o Festival da Primavera! — respondeu Lúcia, com os olhos brilhando de animação.
— Eu trago o leite! — gritou Pedrinho, correndo até suas ovelhas para ordenhá-las.
Todos estavam empolgados com a ideia. À tarde, vovó Margarida reuniu as crianças na cozinha. Entre risadas, farinha no rosto e o perfume da canela, eles prepararam a maior torta de maçã que aquele vilarejo já viu.
Quando a noite chegou, todos se reuniram no jardim iluminado por vagalumes. Sentados ao redor da torta, riram, cantaram e dividiram fatias enormes daquele doce preparado com tanto carinho.
Naquele momento, Lúcia percebeu que a felicidade estava justamente ali: nas pequenas coisas, como compartilhar uma torta com amigos no lugar mais mágico do mundo.
E, assim, o Festival da Primavera se tornou uma tradição no vilarejo, onde as crianças, todos os anos, voltavam a sorrir como se o tempo jamais tivesse passado.
História: O Segredo da Casa de Morango
Introdução
Era uma manhã de primavera (QUANDO?), no pequeno vilarejo de Campo Doce (ONDE?), onde as flores brotavam em todos os cantos e o aroma de frutas maduras tomava o ar. A menina Mel, com seu chapéu amarelo e um carrinho repleto de maçãs, caminhava animada em direção à casa de morango no alto da colina. Ao lado dela estava sua amiga Rosa, sorridente com seu chapéu rosa, e um gatinho curioso que os seguia. No meio do caminho, encontraram o Sr. Porquinho, que parecia muito ocupado pintando uma cerca.
Desenvolvimento
— Para onde estão levando tantas maçãs? — perguntou o Sr. Porquinho, limpando a testa suada.
— É surpresa! — respondeu Mel, piscando para Rosa.
Elas carregavam as maçãs para Dona Benta, uma senhora muito querida que morava na casa de morango. Há dias, ela estava triste e não saía mais de casa, então as crianças decidiram preparar uma cesta especial cheia de frutas fresquinhas. Contudo, no meio do caminho, o carrinho atolou em uma poça de lama.
— E agora? Como vamos continuar? — lamentou Rosa.
Foi então que o Sr. Porquinho teve uma ideia brilhante. Usou algumas tábuas que sobraram da cerca e criou uma pequena ponte para que o carrinho pudesse passar. Com a ajuda de todos e o empurrãozinho do gatinho, eles conseguiram seguir viagem.
Conclusão
Ao chegarem à casa de morango, Dona Benta abriu a porta, surpresa e emocionada. As maçãs brilhavam dentro do carrinho, mas o mais importante era o carinho das crianças e a alegria contagiante daquele gesto. Ela sorriu pela primeira vez em semanas e convidou todos para um lanche com torta de maçã fresquinha. O aroma doce se espalhou pela colina, e naquele dia, o vilarejo inteiro pareceu mais feliz.
— Obrigada por trazerem tanta alegria! — disse Dona Benta, enquanto Mel e Rosa trocavam um olhar satisfeito.
Naquela tarde, a casa de morango ganhou vida novamente, tornando-se um símbolo de união e amizade no pequeno vilarejo.
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