A REVOLUÇÃO DOS BICHOS – GEORGE ORWELL PERGUNTAS E RESPOSTAS. (Animal Farm)

 

LÍNGUA PORTUGUESA                                                                                     Professora: Bernadete
NOME:					Nº:
Ano/Série	DATA	Bimestre		Grupo:valor 6,0
9º E.F.	/ Setembro/2020	3º	LITERATURA

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS – GEORGE ORWELL        ( CIA DAS LETRAS )

Período histórico
A Revolução dos Bichos, foi publicada em 1945, no início da Segunda Guerra Mundial, é considerada a obra de maior importância e popularismo de George Orwell. O mundo vivia um clima de tensão, separado em dois blocos: o bloco capitalista e o bloco socialista. Apesar de socialista, George Orwell faz uma reflexão acerca da igualdade entre os homens; que seria impossível, tendo em vista o desejo de todo homem de liderar, de ter vantagem.

A obra pode ser considerada uma metáfora para narrar a traição soviética, onde princípios iniciais teriam sido esquecidos no decorrer da Revolução. 

A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista

Na Revolução Russa a grande massa de operários e camponeses que trabalhavam duramente e ganhavam apenas um mísero valor. Diante da precária situação, a população decidiu se manifestar e reivindicar que o Monarca Czar Nicolau II, o último Czar a governar ali, renunciasse o cargo. O fim do processo deu origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.

 FICHA DE LEITURA: 

I-                    Pesquisar: (RESPOSTAS ABAIXO)

Quem foi George Orwell? Em que país nasceu? Morreu?

George Orwell foi o pseudônimo de Eric Arthur Blair, um escritor e jornalista britânico, amplamente conhecido por suas obras que abordam temas de totalitarismo, injustiça social e opressão política. Ele nasceu no dia 25 de junho de 1903, na Índia Britânica, e faleceu no dia 21 de janeiro de 1950, em Londres, Inglaterra.

II-      Relacione as personagens com as suas características.

a)                  Sr. Jones		(     )Burro, desconfiava das intenções de Napoleão. Animal mais idoso da fazenda, e o mais moderado.
b)                  Major:		(     )era um cavalo, muito trabalhador e leal. Morre no final, ao ser levado por uma carrocinha, por estar doente, e não poder mais ser aproveitado para o trabalho.
c)                  Bola-de-neve		(     )fiel amigo de Napoleão, Garganta utilizada sua boa oratória para convencer os animais da granja a favor de Napoleão.
d)                  Napoleão:		(     )autoritário e egoísta, após armar um golpe para tirar bola-de-neve da disputa pela liderança, age de uma maneira corrupta com os animais da granja, sempre escoltados por cães ameaçadores.
e)                  Garganta:		(     )é um dos primeiros líderes da Revolução. Porém, após um complô de Napoleão, é taxado de traidor e expulso da granja.
f)                   Sansão:		(     )é o porco que dá início ao planejamento da Revolução. Tem um sonho que tem em uma noite, e conta para seus amigos, logo uma reunião, propondo a Revolução. Morre logo no início do enredo, mas seus objetivos continuam sendo seguidos. Porco barbudo, tido em alta conta entre os animais, já com uma certa maturidade dado a experiência dos seus 12 anos. Era cheio de ideias e foi o primeiro a tentar reunir o grupo em uma sociedade autônoma e igualitária. Reza a lenda que o personagem teria sido inspirado em Marx, um idealista que mobilizava as massas e faleceu sem ver os frutos da revolução que procurava instaurar.
g)                  Benjamin:		(     )Fazendeiro da granja, inicialmente é ele quem lidera os animais. É cruel, avarento, e por muitas vezes deixa os animais com fome. Era o dono da quinta. Explorava os animais para obter o maior lucro possível e não fornecia a eles as melhores condições de vida. Há quem diga que o personagem foi inspirado em Nicolau II, o último imperador da Rússia, que era alcoólatra (assim como o senhor Jones) e detestava o povo.
	h)          Moisés	(     )Um corvo domesticado alcoviteiro que vivia com a família Jones.
	i)           Mimosa	(     )Uma égua branca que tinha como fraco a vaidade e a gula. Mimosa gostava muito de andar com fitas e de comer torrões de açúcar. Mimosa representa de certa forma o egoísmo e o individualismo por colocar as suas vontades a frente das necessidades dos outros animais.
	j)         Ferrabrás, Lulu e Cata-vento	(     )Os três cachorros da propriedade.
	k)         Maricota	(     )A cabra branca.
l)     Bola de neve, Garganta e Napoleão		(     )Eram porcos que o senhor Jones criava para vender. Com a morte do Major eles acabam por assumir a liderança da comunidade quando ela se estabelece. As brigas retratadas entre Bola de neve, que tinha um perfil expansionista, e Napoleão, que era claramente um ditador, remeteriam as brigas de Trotsky e Stálin, dois idealistas de esquerda que divergiam na maneira que deviam implementar o regime. O porco Napoleão pode ser representativo de uma série de ditadores como por exemplo Stalin (na União Soviética), Augusto Pinochet (no Chile), Mao Tse Ting (na China) e Salazar (em Portugal). Costuma-se associar mais frequentemente a figura do porco Napoleão à Stalin porque ele havia traído os princípios da revolução e possuía uma personalidade violenta. O porco Garganta seria a representação da propaganda feita pelo governo, sempre dita de modo eloquente com o objetivo de manter a ordem.
m) Sansão e Quitéria		(     )Dois cavalos de tração, Sansão especialmente era um trabalhador incansável, um exemplo a ser seguido pelos moradores da Granja. Fiel ao mundo do trabalho e ao compromisso social, ele era considerado o trabalhador modelo da fazenda.

III-                Numere os fragmentos a seguir, utilizando números de 1 a 9, a fim de organizar sequencialmente os elementos de que compõe o enredo de “A Revolução dos Bichos”:

(              )Primeiramente, a obra Revolução dos Bichos tem como cenário principal um galpão, uma espécie de granja. Onde, aliás, os animais discutiam sobre uma sociedade ideal e mais justa, que eles almejavam. Com isso, eles pensaram em uma forma de se rebelarem contra o dono da fazenda, Senhor Jones, elaborando um plano. Por sua vez, o fazendeiro, dono da granja, era um homem de temperamento difícel. Geralmente, explorava os animais e os deixava passar fome.

(              )Entretanto, no início do livro o Major Porco morre e deixa seus conhecimentos para seus amigos. Por mais que a maioria do animais concordassem com essas ideias, no desenrolar da história começam a surgir controversas e outras opiniões entre todos os animais.

(              )Assim, um dos líderes da revolução, o porco Bola-de-neve, deseja realizar a construção de um moinho, o porco Napoleão não concorda. Logo, Napoleão adquire uma postura autoritária e manipuladora, convencendo a todos os animais que Bola-de-neve é um traidor. Com isso, gerou um golpe e ainda com corrupção, onde Bola-de-neve foi expulso da granja.

(              )Além disso, os materiais utilizados tinham que ser obtidos fora da granja. Por meio de comércio com outros lugares. Com o decorrer da trama, os porcos resolvem ir habitar a antiga casa do Sr. Jones e percebem a diferença de qualidade de vida. Sem dúvidas, aqui começa outras discussões, questionamentos e indignação.

(              )No fim da história, acabam sendo mortos acusados de serem cúmplices do Bola-de-neve. Mas também, os que sobreviveram passaram a andar com as quatro patas e o restante dos animais foram sumindo da granja.

(              )Aqui começa uma exploração de animais com animais. Apesar do plano principal ser o crescimento e desenvolvimento da granja, e o afastamento de humanos. Napoleão mantém contato com um ser humano, que fica como seu advogado.

(              )Quando Napoleão toma o poder, fica claro suas práticas autoritárias. Além disso, sempre estava escoltado por cães raivosos. Assim, seu egoísmo e totalitarismo o leva ao poder. Neste contexto, ele coloca os animais para trabalharem como escravos, controlando a comida. E para completar, construiu o moinho. Certamente, percebemos o golpe, onde as ideias iniciais de uma sociedade justa tornaram uma falácia.

(              )Entretanto, no início do livro o Major Porco morre e deixa seus conhecimentos para seus amigos. Por mais que a maioria do animais concordassem com essas ideias, no desenrolar da história começam a surgir controversas e outras opiniões entre todos os animais.

(              )Com isso, o Major Porco criou uma revolução, um plano que tiraria o Sr. Jones da fazenda e traria uma convivência mais justa entre os animais. Perceba que na Revolução dos Bichos os porcos são tidos como os mais inteligentes, os que sabem ler e escrever, os que lideravam.

IV-A obra literária conhecida no Brasil por A Revolução dos Bichos (Animal Farm) é uma sátira feita à União Soviética comunista. O livro publicado em 1945 narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o “paraíso comunista” proposto pela Rússia, na época de Stalin. A revolta dos animais da quinta contra os humanos é liderada pelos porcos Bola de Neve (Snowball) e Napoleão (Napoleon). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleão, seduzido pelo poder, afasta Bola de Neve e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto à sociedade de humanos.

a)       Fale sobre a União Soviética comunista na época de Stalin.(Revolução Russa)

A União Soviética comunista na época de Stalin foi marcada por profundas transformações políticas, sociais e econômicas, que tiveram impacto no mundo todo. A Revolução Russa, ocorrida em 1917, foi o ponto de partida para a criação do estado comunista que Stalin viria a consolidar, mas muitos eventos-chave aconteceram ao longo das décadas seguintes para moldar o regime stalinista. Abaixo, explico um pouco mais sobre esse período histórico:

1. A Revolução Russa (1917)

A Revolução Russa foi composta por duas revoluções principais:

• A Revolução de Fevereiro de 1917: O Tsar Nicolau II foi deposto, encerrando a monarquia russa e abrindo caminho para o governo provisório, que estava comprometido com a continuidade da participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial.
• A Revolução de Outubro de 1917: Liderada por Lenin e pelos bolcheviques, essa revolução depôs o governo provisório e instalou o regime socialista, com a promessa de uma sociedade sem classes. Lenin e os bolcheviques eram adeptos do marxismo, que pregava a luta de classes e a transição para uma sociedade comunista.

2. Lenin e a Formação da URSS

Após a Revolução de Outubro, o Partido Bolchevique assumiu o poder. Lenin e os bolcheviques enfrentaram oposição interna, incluindo os "Brancos", que queriam restaurar a monarquia ou estabelecer um governo democrático, e também resistiram à intervenção de potências estrangeiras. A Guerra Civil Russa (1917-1922) foi o palco dessa luta, e, no final, os bolcheviques saíram vitoriosos.

• Em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi oficialmente criada.
• Lenin, que morreu em 1924, foi um dos principais responsáveis pela implementação do socialismo em um só país, conceito que visava a construção do socialismo dentro da Rússia, sem depender da revolução socialista mundial.

3. Ascensão de Stalin

Após a morte de Lenin, a luta pelo poder entre as diferentes facções dentro do Partido Comunista começou. Josef Stalin venceu essa luta, derrotando seus principais rivais, como Leon Trotsky. Em 1928, Stalin consolidou seu poder absoluto, tornando-se o líder supremo da URSS.

4. O Regime de Stalin

Stalin implementou uma série de reformas que transformaram a URSS, mas também marcaram um período de repressão brutal e violência. Alguns aspectos centrais de sua liderança incluem:

• Coletivização da Agricultura (1928-1933): Stalin buscou eliminar a propriedade privada da terra e criar grandes fazendas coletivas, conhecidas como kolkhozes e sovkhozes. A coletivização resultou em grande resistência por parte dos camponeses, e milhões morreram de fome, especialmente na Ucrânia, onde ocorreu uma das maiores fomes da história (Holodomor).
• Industrialização Forçada: Para transformar a União Soviética em uma potência industrial, Stalin implementou planos econômicos de cinco anos, focando na produção de bens pesados como aço e máquinas. Embora a industrialização tenha alcançado alguns resultados positivos em termos de crescimento, ela foi feita à custa de grandes sacrifícios humanos e condições de trabalho desumanas.
• A Grande Purga (1936-1938): Stalin iniciou um período de repressão brutal, onde milhares de pessoas foram executadas, enviadas para campos de trabalho forçado (Gulag) ou exiladas. A purga visava eliminar qualquer oposição ao seu regime, seja dentro do Partido Comunista ou entre a população em geral. Trotsky e outros rivais foram perseguidos e mortos.

5. A Propaganda e o Culto à Personalidade

Stalin criou um culto à personalidade, projetando-se como um líder infalível e necessário para o bem da nação. A propaganda comunista retratava Stalin como o "guardião da revolução" e "pai dos povos". Ele foi glorificado em monumentos, filmes, livros e outros meios, enquanto a censura e a repressão silenciavam qualquer crítica ao regime.

6. O Impacto no Mundo

Stalin e a URSS se tornaram símbolos do comunismo e inspiraram movimentos socialistas em todo o mundo. A luta pela construção do socialismo foi idealizada, mas as políticas autoritárias e as violências do regime stalinista mostraram que o caminho para o comunismo na URSS não seria o paraíso prometido por Marx e Lenin. Muitos intelectuais e políticos, como George Orwell, criticaram o totalitarismo e a corrupção do regime stalinista, vendo uma grande contradição entre os princípios do comunismo e as práticas da URSS.

• Segunda Guerra Mundial: Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Stalin fez alianças com as potências ocidentais para derrotar a Alemanha nazista. No entanto, o pacto de não-agressão com Hitler em 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop) também causou controvérsia. A URSS desempenhou um papel fundamental na derrota de Hitler, mas a guerra também deixou milhões de mortos e devastação na Rússia.

7. O Legado de Stalin

Stalin permaneceu no poder até sua morte, em 1953. Após sua morte, o regime soviético passou por uma série de mudanças, incluindo um processo de desestalinização durante o governo de Nikita Khrushchov, que denunciou os abusos do regime de Stalin. Apesar disso, o impacto de Stalin na União Soviética e no mundo foi profundo e controverso. Ele deixou um legado de enorme industrialização, mas também de repressão brutal e violação dos direitos humanos.

A figura de Stalin continua a ser debatida, com alguns o considerando um herói que transformou a URSS em uma potência mundial, enquanto outros o veem como um tirano responsável por milhões de mortes e sofrimento.

V-Quais são os sete mandamentos do animalismo? Argumente sobre cada um deles. Compare o conteúdo inicial dos sete mandamentos com a sua gradual transformação. 

VI-Responda:

a)Como viviam os animais e os humanos antes da Revolução dos Bichos?

b)Por que os animais se revoltaram contra o fazendeiro? Eles representam quem na Revolução Russa?

c)Explique como os animais viviam no período do “Animalismo”?

d)Por que a Revolução dos Bichos não deu certo? O que alguns porcos começaram a fazer?

e)O que deveria ser feito para que o “Animalismo” continuasse na fazenda?

 

 

LÍNGUA PORTUGUESA                                                                                     Professora: Bernadete
NOME:					Nº:
Ano/Série	DATA	Bimestre		Valor:4,0 (dupla ou individual)
9º E.F.		3º	LITERATURA

1-                  Explique, com suas palavras,  as frases abaixo:

"Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros."

"Retire-se da cena o Homem e a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre."

 

2-                  Qual a  mensagem ou o aprendizado que a obra pode trazer a um leitor ?

3-   A obra "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, oferece uma série de mensagens e aprendizados importantes que vão além de uma simples fábula sobre animais. Aqui estão algumas das lições que ela pode trazer ao leitor:

1. A Perigo do Totalitarismo

• Mensagem: A história ilustra como um regime autoritário pode surgir de uma revolução aparentemente justa e legítima. A transformação de Napoleão de líder revolucionário para tirano cruel é uma crítica direta aos regimes totalitários, como o de Stalin na União Soviética.
• Aprendizado: A obra alerta sobre o potencial de corrupção do poder e como as boas intenções podem ser distorcidas e manipuladas, levando à opressão e à exploração, mesmo após uma revolução em nome da igualdade.

2. A Manipulação da Informação e da Propaganda

• Mensagem: Personagens como Squealer e os cães de Napoleão representam a propaganda e a repressão usadas para controlar a população. A manipulação das verdades, a distorção dos fatos e a criação de um "inimigo comum" são estratégias frequentemente usadas pelos regimes autoritários para manter seu controle.
• Aprendizado: A obra ensina o leitor a questionar o que é apresentado como verdade e a refletir sobre o papel da mídia e da propaganda na formação de opiniões e manipulação de massas.

3. A Luta pela Igualdade e Justiça

• Mensagem: O sonho inicial de Major de criar uma sociedade igualitária, sem opressores, se perde ao longo da história. Isso é simbolizado pela traição dos princípios da revolução, onde a desigualdade retorna com Napoleão. A ideia de "todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros" representa a falácia da igualdade em regimes totalitários.
• Aprendizado: A obra destaca como a luta pela igualdade e justiça pode ser distorcida quando os líderes que assumem o poder não são verdadeiramente comprometidos com os ideais que defendem. A sociedade pode acabar caindo em um novo tipo de opressão, mesmo sob um disfarce de "libertação".

4. A Exploração dos Trabalhadores

• Mensagem: O personagem Sansão representa o trabalhador incansável que é usado até o último momento e depois descartado quando não serve mais ao sistema. Ele reflete a exploração dos trabalhadores que são, muitas vezes, os mais fiéis ao sistema e, ainda assim, os mais oprimidos.
• Aprendizado: A obra nos faz refletir sobre o valor e o tratamento dos trabalhadores nas sociedades e nos alerta para a exploração do trabalho, mostrando como aqueles que mais contribuem para a construção de uma sociedade são os mais negligenciados e sacrificados.

5. O Ceticismo e a Falta de Mudança

• Mensagem: Benjamim, o burro, é cético em relação à revolução e acredita que nada mudará. Sua visão reflete a desilusão dos que são conscientes da farsa das mudanças, mas se sentem impotentes para agir.
• Aprendizado: O livro ensina que, enquanto o ceticismo pode ser uma resposta válida diante de promessas de mudança, ele também pode ser paralisante. No entanto, a obra também chama atenção para a importância de se manter crítico e vigilante em relação ao que ocorre em uma sociedade.

6. O Papel da Religião e da Esperança Ilusória

• Mensagem: Moisés, o corvo, representa a religião, com a promessa de uma vida melhor após a morte. Ele usa a "Montanha de Açúcar" como uma forma de consolar os animais, afastando-os da dura realidade da exploração.
• Aprendizado: A obra questiona como as promessas de um futuro melhor, muitas vezes associadas à religião ou outras ideologias, podem ser usadas para manter as pessoas em uma posição de passividade e aceitação da opressão.

7. A Corrupção do Ideal Revolucionário

• Mensagem: "A Revolução dos Bichos" mostra como a revolução, que deveria resultar em uma sociedade mais justa, é corrompida pelos próprios revolucionários, que acabam substituindo uma forma de tirania por outra. O ciclo de violência, corrupção e traição leva à restauração de uma estrutura social ainda mais opressiva do que a original.
• Aprendizado: A obra é um alerta sobre a importância de se manter os princípios originais de justiça e igualdade, e de que os ideais revolucionários podem ser facilmente corrompidos quando se perde o foco ou a vigilância.

Conclusão:

"A Revolução dos Bichos" ensina a importância da vigilância constante em relação aos poderes estabelecidos e às promessas de mudança. Ela nos lembra que, sem a conscientização crítica da sociedade e a luta contínua pela verdadeira liberdade e igualdade, qualquer revolução pode acabar gerando mais opressão. A obra também destaca como a manipulação, a propaganda, a repressão e a exploração podem ser usados para controlar as massas e perpetuar sistemas injustos   

Você gostou dessa história? Por quê?

REFLITA E RESPONDA PENSANDO NAS PERGUNTAS: O que a leitura acrescentou em sua vida? O que modificou em seu modo de pensar? Qual foi a mensagem deixada para você? .

 

 Refletindo sobre "A Revolução dos Bichos", posso dizer que, enquanto uma obra literária poderosa e provocativa, ela oferece uma análise profunda sobre os mecanismos de poder, corrupção e a fragilidade das ideologias. A obra me parece uma das mais significativas no contexto das críticas sociais e políticas, e ela certamente pode trazer muito para quem a lê.

O que a leitura acrescentou em minha vida?

• essa história adiciona uma percepção mais aguçada sobre os processos históricos e sociais, mostrando como as boas intenções podem ser distorcidas ao longo do tempo por aqueles que buscam o poder para si. A leitura de Orwell pode ampliar a compreensão sobre a natureza da revolução e como ela, muitas vezes, pode falhar, não por falta de boas ideias, mas pela corrupção que assola qualquer estrutura de poder.

O que modificou em meu modo de pensar?

• A obra reforça a ideia de que devemos ser vigilantes quanto aos processos políticos e sociais ao nosso redor. Muitas vezes, em uma sociedade, os discursos de igualdade e liberdade são usados como fachada para encobrir a verdadeira natureza de um regime. A leitura de "A Revolução dos Bichos" me lembra da importância de questionar as autoridades e de não aceitar mudanças apenas porque elas vêm disfarçadas de progressismo. O processo de corrupção do poder ocorre de maneira silenciosa e insidiosa, e devemos estar atentos a isso.

Qual foi a mensagem deixada para mim?

• A mensagem que a obra deixa é um alerta para as promessas de igualdade que, em muitos casos, são vazias ou manipuladas. A ideia de que a revolução pode, eventualmente, gerar um sistema tão opressor quanto o que se pretendia derrubar é uma reflexão que se aplica a diversas situações históricas. Orwell nos mostra que a verdadeira liberdade e igualdade dependem da luta contínua e de uma vigilância constante sobre os líderes e os sistemas de poder, para garantir que os ideais não sejam traídos ao longo do caminho. A obra também nos faz refletir sobre o papel da manipulação da informação e como ela pode ser usada para controlar as massas, um conceito extremamente relevante no mundo atual.

Em resumo, "A Revolução dos Bichos" é uma obra que exige reflexão sobre o papel de cada um na construção de uma sociedade justa e sobre como o poder pode corromper até os mais nobres ideais. Ela nos leva a questionar não só os outros, mas também a nós mesmos, sobre o que realmente estamos fazendo para manter os princípios de igualdade e justiça vivos.

 RESPOSTAS: 

 II. Relacione as personagens com as suas características.

a) Sr. Jones
( ) Fazendeiro da granja, inicialmente é ele quem lidera os animais. É cruel, avarento, e por muitas vezes deixa os animais com fome.

b) Major
( ) Porco barbudo, tido em alta conta entre os animais, já com uma certa maturidade dada a experiência dos seus 12 anos. Era cheio de ideias e foi o primeiro a tentar reunir o grupo em uma sociedade autônoma e igualitária.

c) Bola-de-neve
( ) Era um dos primeiros líderes da Revolução. Porém, após um complô de Napoleão, é taxado de traidor e expulso da granja.

d) Napoleão
( ) Autoritário e egoísta, após armar um golpe para tirar Bola-de-neve da disputa pela liderança, age de uma maneira corrupta com os animais da granja, sempre escoltados por cães ameaçadores.

e) Garganta
( ) Fiel amigo de Napoleão, Garganta utilizava sua boa oratória para convencer os animais da granja a favor de Napoleão.

f) Sansão
( ) Burro, desconfiava das intenções de Napoleão. Animal mais idoso da fazenda, e o mais moderado.

g) Benjamin
( ) Um cavalo, muito trabalhador e leal. Morre no final, ao ser levado por uma carrocinha, por estar doente, e não poder mais ser aproveitado para o trabalho.

h) Moisés
( ) Um corvo domesticado alcoviteiro que vivia com a família Jones.

i) Mimosa
( ) Uma égua branca que tinha como fraco a vaidade e a gula. Mimosa gostava muito de andar com fitas e de comer torrões de açúcar.

j) Ferrabrás, Lulu e Cata-vento
( ) Os três cachorros da propriedade.

k) Maricota
( ) A cabra branca.

l) Bola-de-neve, Garganta e Napoleão
( ) Eram porcos que o senhor Jones criava para vender. Com a morte do Major eles acabam por assumir a liderança da comunidade quando ela se estabelece.

m) Sansão e Quitéria
( ) Dois cavalos de tração, Sansão especialmente era um trabalhador incansável, um exemplo a ser seguido pelos moradores da Granja. Fiel ao mundo do trabalho e ao compromisso social, ele era considerado o trabalhador modelo da fazenda.

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III. Numere os fragmentos a seguir, utilizando números de 1 a 9, a fim de organizar sequencialmente os elementos de que compõe o enredo de “A Revolução dos Bichos”:

(  ) Primeiramente, a obra Revolução dos Bichos tem como cenário principal um galpão, uma espécie de granja, onde os animais discutem sobre uma sociedade ideal e mais justa, que eles almejavam. Com isso, eles pensaram em uma forma de se rebelarem contra o dono da fazenda, Senhor Jones, elaborando um plano. Por sua vez, o fazendeiro, dono da granja, era um homem de temperamento difícil. Geralmente, explorava os animais e os deixava passar fome.

(  ) Quando Napoleão toma o poder, fica claro suas práticas autoritárias. Além disso, sempre estava escoltado por cães raivosos. Assim, seu egoísmo e totalitarismo o leva ao poder. Neste contexto, ele coloca os animais para trabalharem como escravos, controlando a comida. E para completar, construiu o moinho. Certamente, percebemos o golpe, onde as ideias iniciais de uma sociedade justa tornaram uma falácia.

(  ) No fim da história, acabam sendo mortos acusados de serem cúmplices do Bola-de-neve. Mas também, os que sobreviveram passaram a andar com as quatro patas e o restante dos animais foram sumindo da granja.

(  ) Assim, um dos líderes da revolução, o porco Bola-de-neve, deseja realizar a construção de um moinho, o porco Napoleão não concorda. Logo, Napoleão adquire uma postura autoritária e manipuladora, convencendo a todos os animais que Bola-de-neve é um traidor. Com isso, gerou um golpe e ainda com corrupção, onde Bola-de-neve foi expulso da granja.

(  ) Quando Napoleão toma o poder, começa a controlar os animais de maneira autoritária, usando os cães como seus aliados. Isso resulta em uma exploração crescente dos animais e na deterioração dos ideais de liberdade e igualdade.

(  ) No início do livro, o Major Porco morre e deixa seus conhecimentos para seus amigos. Por mais que a maioria dos animais concordasse com essas ideias, no desenrolar da história começam a surgir controvérsias e outras opiniões entre todos os animais.

(  ) Aqui começa uma exploração de animais com animais. Apesar do plano principal ser o crescimento e desenvolvimento da granja, e o afastamento de humanos, Napoleão mantém contato com um ser humano, que fica como seu advogado.

(  ) Com isso, o Major Porco criou uma revolução, um plano que tiraria o Sr. Jones da fazenda e traria uma convivência mais justa entre os animais. Perceba que na Revolução dos Bichos os porcos são tidos como os mais inteligentes, os que sabem ler e escrever, os que lideravam.

(  ) Além disso, os materiais utilizados tinham que ser obtidos fora da granja. Por meio de comércio com outros lugares. Com o decorrer da trama, os porcos resolvem ir habitar a antiga casa do Sr. Jones e percebem a diferença de qualidade de vida. Sem dúvidas, aqui começam outras discussões, questionamentos e indignação.

1. Primeiramente, a obra Revolução dos Bichos tem como cenário principal um galpão, uma espécie de granja. Onde, aliás, os animais discutiam sobre uma sociedade ideal e mais justa, que eles almejavam. Com isso, eles pensaram em uma forma de se rebelarem contra o dono da fazenda, Senhor Jones, elaborando um plano. Por sua vez, o fazendeiro, dono da granja, era um homem de temperamento difícil. Geralmente, explorava os animais e os deixava passar fome.

2. Com isso, o Major Porco criou uma revolução, um plano que tiraria o Sr. Jones da fazenda e traria uma convivência mais justa entre os animais. Perceba que na Revolução dos Bichos os porcos são tidos como os mais inteligentes, os que sabem ler e escrever, os que lideravam.

3. Entretanto, no início do livro o Major Porco morre e deixa seus conhecimentos para seus amigos. Por mais que a maioria dos animais concordasse com essas ideias, no desenrolar da história começam a surgir controvérsias e outras opiniões entre todos os animais.

4. Assim, um dos líderes da revolução, o porco Bola-de-neve, deseja realizar a construção de um moinho, o porco Napoleão não concorda. Logo, Napoleão adquire uma postura autoritária e manipuladora, convencendo a todos os animais que Bola-de-neve é um traidor. Com isso, gerou um golpe e ainda com corrupção, onde Bola-de-neve foi expulso da granja.

5. Quando Napoleão toma o poder, fica claro suas práticas autoritárias. Além disso, sempre estava escoltado por cães raivosos. Assim, seu egoísmo e totalitarismo o leva ao poder. Neste contexto, ele coloca os animais para trabalharem como escravos, controlando a comida. E para completar, construiu o moinho. Certamente, percebemos o golpe, onde as ideias iniciais de uma sociedade justa tornaram-se uma falácia.

6. Aqui começa uma exploração de animais com animais. Apesar do plano principal ser o crescimento e desenvolvimento da granja, e o afastamento de humanos, Napoleão mantém contato com um ser humano, que fica como seu advogado.

7. Além disso, os materiais utilizados tinham que ser obtidos fora da granja. Por meio de comércio com outros lugares. Com o decorrer da trama, os porcos resolvem ir habitar a antiga casa do Sr. Jones e percebem a diferença de qualidade de vida. Sem dúvidas, aqui começam outras discussões, questionamentos e indignação.

8. No fim da história, acabam sendo mortos acusados de serem cúmplices do Bola-de-neve. Mas também, os que sobreviveram passaram a andar com as quatro patas e o restante dos animais foram sumindo da granja.

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IV. Fale sobre a União Soviética comunista na época de Stalin. (Revolução Russa)

A União Soviética, sob o governo de Stalin, vivenciou um período de grande repressão, onde a ideologia comunista, que inicialmente prometia igualdade e justiça social, foi distorcida por um regime totalitário. A Revolução Russa, que ocorreu em 1917, derrubou o czarismo e iniciou a construção de uma sociedade socialista. No entanto, com Stalin no poder, as promessas de uma sociedade justa foram substituídas por um regime autoritário, onde a repressão, purgas políticas e cultos à personalidade dominaram. Stalin utilizou da propaganda e de métodos violentos para consolidar seu poder, e a sociedade soviética se transformou em um Estado de vigilância e medo, que sufocava as liberdades individuais e a dissidência política.

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V. Quais são os sete mandamentos do animalismo? Argumente sobre cada um deles. Compare o conteúdo inicial dos sete mandamentos com a sua gradual transformação.

Os sete mandamentos originais do animalismo eram:

1. "Tudo o que andar sobre duas patas é inimigo."
   Inicialmente, isso representava a oposição ao regime humano e à exploração dos animais. No entanto, com o tempo, este mandamento foi alterado à medida que os porcos começaram a adotar comportamentos humanos.

2. "Tudo o que andar sobre quatro patas ou tiver asas é amigo."
   Um princípio de unidade entre os animais, mas esse mandamento também foi modificado à medida que Napoleão tratava alguns animais com brutalidade, criando uma hierarquia entre eles.

3. "Nenhum animal usará roupas."
   Esse mandamento foi alterado quando os porcos começaram a usar roupas humanas, simbolizando a decadência dos ideais originais.

4. "Nenhum animal dormirá em uma cama."
   Os porcos violaram esse mandamento ao dormir nas camas de humanos, o que representou a corrupção do poder.

5. "Nenhum animal beberá álcool."
   Com a transformação do regime, Napoleão e os outros porcos começaram a beber álcool, representando a hipocrisia do novo regime.

6. "Nenhum animal matará outro animal."
   Este mandamento foi violado quando os porcos ordenaram a execução de animais considerados traidores.

7. "Todos os animais são iguais."
   O último mandamento foi corrompido quando a hierarquia entre os animais foi estabelecida, e os porcos se tornaram superiores.

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VI. Respostas

a) Como viviam os animais e os humanos antes da Revolução dos Bichos?
Antes da revolução, os animais viviam em condições precárias, sendo explorados pelo Sr. Jones, que os tratava de maneira cruel e negligente, enquanto os humanos viviam de forma confortável, explorando o trabalho dos animais para seu próprio benefício.

b) Por que os animais se revoltaram contra o fazendeiro? Eles representam quem na Revolução Russa?
Os animais se revoltaram contra o Sr. Jones porque ele os explorava e não cuidava de suas necessidades. Na Revolução Russa, os animais representam os trabalhadores oprimidos, enquanto o Sr. Jones é uma figura simbólica do czarismo e da opressão.

c) Explique como os animais viviam no período do "Animalismo"?
No início do regime "Animalismo", os animais esperavam viver em uma sociedade mais justa, onde todos seriam iguais e trabalhariam para o bem coletivo. Contudo, com o tempo, a corrupção e a tirania dos porcos destruíram esses ideais.

d) Por que a Revolução dos Bichos não deu certo? O que alguns porcos começaram a fazer?
A Revolução dos Bichos falhou porque os porcos, especialmente Napoleão, corromperam os ideais originais, estabelecendo um regime autoritário e explorador. Os porcos começaram a se comportar como humanos, vivendo em luxo e tirania.

e) O que deveria ser feito para que o "Animalismo" continuasse na fazenda?
Para que o "Animalismo" continuasse, os ideais de igualdade e justiça deveriam ser preservados. No entanto, a corrupção do poder e a falta de unidade entre os animais impediram isso de acontecer.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Explique, com suas palavras, as frases abaixo:

• "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros."
  Esta frase é uma crítica à hipocrisia do regime estabelecido pelos porcos, que, embora pregassem a igualdade, tratavam certos animais com privilégios, contradizendo os próprios princípios.

• "Retire-se da cena o Homem e a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre."
  Essa frase reflete a ideia de que a causa dos problemas dos animais era a exploração humana. No entanto, após a Revolução, ficou claro que a exploração continuou sob outra forma.

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2. Qual a mensagem ou o aprendizado que a obra pode trazer a um leitor?
A obra ensina sobre os perigos do poder absoluto e como ideais nobres podem ser corrompidos quando se perde a vigilância. Ela também alerta para os riscos da manipulação e da propaganda, mostrando como líderes podem enganar os outros para manter o controle.

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3. Você gostou dessa história? Por quê?
Refletindo sobre o impacto da leitura, pode-se afirmar que a história tem grande valor, pois faz uma crítica profunda às estruturas de poder e à corrupção, levando o leitor a questionar as condições sociais e políticas ao seu redor

 ANÁLISE:  

 1. Denúncia ao Totalitarismo e ao Culto à Personalidade

• Orwell usa a história de A Revolução dos Bichos para criticar a ditadura estabelecida após a ascensão de Stalin ao poder.
• Através de Napoleão, um porco que se corrompe ao longo da narrativa, o autor ilustra como o poder pode ser distorcido e como um líder pode usar sua posição para fins pessoais.

2. A Corrupção do Líder

• Napoleão começa a se beneficiar pessoalmente, furtando leite e maçãs, e eventualmente se muda para a casa dos Jones, algo que havia sido decidido coletivamente como um museu.
• Esse comportamento reflete a transformação de Napoleão em uma figura que trai os ideais da Revolução Animalista.

3. Crítica ao Culto à Personalidade e à Censura

• Orwell critica a censura, evidenciada pela proibição de Napoleão aos animais de cantarem uma música que os fazia felizes, sem uma justificativa clara para os animais e os leitores.
• Essa censura simboliza o controle sobre a liberdade de expressão e a manipulação da verdade.

4. A Manipulação da Informação e a Chantagem

• A manipulação de informações, em particular a constante lembrança de como era terrível a vida sob o domínio de Sr. Jones, é usada pelos porcos para manter os outros animais unidos em torno da ideia de uma vida igualitária.
• Essa tática é uma forma de chantagem emocional para controlar as massas e justificar a perpetuação do poder dos líderes.

5. Reflexão sobre o Totalitarismo e a Opressão

• O livro serve como uma mensagem contra o totalitarismo, destacando como todos são suscetíveis à corrupção e como o autoritarismo pode ser prejudicial à vida em sociedade.
• A história nos alerta sobre os perigos de um governo opressor, onde a opressão e a desigualdade se tornam a norma, mesmo sob um regime que prometia liberdade e igualdade.

6. A Atualidade da Obra

• Apesar de ter sido publicado em 1945, A Revolução dos Bichos continua extremamente atual, tratando de questões como o jogo de poder, a censura e a manipulação das massas.
• A obra permanece relevante para os leitores contemporâneos, oferecendo uma reflexão profunda sobre a política, o poder e a corrupção.

7. Linguagem Acessível e Humor

• Orwell escreve com uma linguagem simples e acessível, permitindo que A Revolução dos Bichos seja lida por diversos tipos de público.
• A obra, apesar de seu conteúdo crítico e pesado, utiliza humor para suavizar a crítica, tornando-a ainda mais impactante

8. Contexto Histórico e Crítica Social: “A Revolução dos Bichos” é uma alegoria que satiriza o regime da União Soviética sob o domínio de Stalin. George Orwell, com seu estilo crítico e incisivo, utilizou os animais para representar os seres humanos e os eventos da Revolução Russa, abordando temas como poder, manipulação, corrupção e traição. A obra foi publicada em 1945, no pós-Segunda Guerra Mundial, período em que a Guerra Fria começava a se delinear. A história se passa numa fazenda inglesa onde os animais, oprimidos pelos humanos, decidem se rebelar para estabelecer um sistema onde todos seriam iguais. No entanto, o que começa como uma tentativa de justiça e igualdade logo se transforma em uma tirania, refletindo a transformação da revolução russa em um regime totalitário.

9. Enredo: O livro começa com a insatisfação dos animais da Quinta dos Ventos (a granja de Jones), liderados pelo porco Major, que os incita a se revoltar contra o dono cruel da fazenda, Sr. Jones. A revolução resulta na expulsão de Jones, e os animais tomam o controle da fazenda, buscando estabelecer uma sociedade mais justa e igualitária, o “Animalismo”, baseado em sete mandamentos que excluem os humanos e propõem a igualdade entre os animais.

Contudo, à medida que a história se desenrola, a luta pelo poder entre os porcos Bola-de-neve e Napoleão transforma a fazenda em uma tirania. Napoleão, usando de manipulação, violência e propaganda, expulsa Bola-de-neve e passa a controlar todos os aspectos da vida dos animais. Os mandamentos são gradualmente alterados para justificar os abusos dos porcos, e a igualdade prometida se transforma em uma hierarquia onde os porcos dominam os outros animais, sendo a frase final do livro: "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros".

10. Personagens e suas Representações:

• Major: Representa Karl Marx, com suas ideias revolucionárias sobre uma sociedade sem classes e sem opressão. Seu sonho é a revolução, mas ele morre logo no início da história, deixando suas ideias para os porcos Bola-de-neve e Napoleão.
• Napoleão: Representa Josef Stalin. Inicialmente, ele parece ser um líder comprometido com a revolução, mas aos poucos vai se tornando cada vez mais autoritário, manipulando e controlando os outros animais. Sua ascensão ao poder é marcada por traições, como a expulsão de Bola-de-neve.
• Bola-de-neve: Representa Leon Trotsky. Ele é o idealista que acredita na construção de um futuro melhor, mas, após ser expulso, torna-se o "inimigo" de Napoleão. Sua expulsão e a campanha de difamação contra ele são baseadas na história real da luta de Stalin contra Trotsky.
• Garganta: Representa a propaganda estatal, usada para manipular as massas e criar uma imagem positiva de Napoleão. Garganta é um orador hábil e utiliza sua habilidade para convencer os outros animais a aceitarem as decisões dos porcos.
• Os cães: Representam a força repressiva do regime, que é utilizada para intimidar e eliminar qualquer resistência, seja de animais ou de outros porcos.
• Benjamin: Representa a classe intelectual ou a oposição silenciosa. Ele é cínico e descrente na revolução desde o início, reconhecendo que, apesar das promessas de mudança, o poder só foi consolidado por uma nova classe opressora.
• Moisés: Representa a religião e a promessa de um futuro melhor, que serve para apaziguar os descontentes e justificar a submissão ao regime.
• Sansão e Quitéria: Representam a classe trabalhadora, especialmente os que são usados como força de trabalho sem questionar, sendo constantemente explorados pelo regime.

11. Temas Principais:

• Poder e Corrupção: A principal mensagem da obra é que o poder corrompe. Embora a revolução tenha começado com a ideia de liberdade e igualdade, o controle do poder por uma pequena elite (os porcos) transforma a sociedade em uma nova forma de opressão. A frase “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros” resume essa distorção da igualdade.
• Manipulação e Propaganda: O uso da propaganda, simbolizado por Garganta, é um tema central. A capacidade de distorcer a verdade e manipular as massas é retratada como uma das principais ferramentas do regime autoritário.
• Injustiça e Exploração: A obra critica não apenas o governo de Stalin, mas qualquer regime totalitário que explore a classe trabalhadora, como o Sr. Jones fazia com os animais e Napoleão faria com os outros animais após tomar o poder.
• A Falácia da Utopia: A tentativa dos animais de criar uma sociedade igualitária e sem exploração humana falha, e o regime dos porcos se torna ainda mais cruel do que o regime anterior. Isso reflete a falácia de uma utopia socialista na prática, quando distorcida por uma elite autoritária.

12. Sete Mandamentos e sua Transformação: Os sete mandamentos representam as leis fundamentais do "Animalismo", baseadas na igualdade entre os animais e na rejeição ao comportamento humano. No entanto, ao longo da história, esses mandamentos são alterados pelos porcos para justificar suas ações corruptas e autoritárias. A evolução dos mandamentos simboliza como as ideologias podem ser distorcidas e manipuladas para servir aos interesses dos líderes no poder.

13. A União Soviética sob Stalin: A Revolução Russa de 1917, liderada por Lenin, derrubou o regime czarista e estabeleceu o Partido Comunista, mas logo se transformou em um regime totalitário sob Stalin. A obra de Orwell denuncia como os ideais de igualdade e justiça social foram corrompidos por Stalin, que se tornou um ditador, manipulando a revolução para seus próprios interesses e utilizando a repressão para manter seu poder.

14. Reflexão Final: “A Revolução dos Bichos” é uma crítica poderosa à corrupção do poder, à manipulação ideológica e ao totalitarismo. A obra alerta sobre os perigos da concentração de poder nas mãos de poucos, especialmente quando esses líderes distorcem ideais nobres em benefício próprio. A história é um lembrete sombrio de que, em muitas revoluções, a mudança de opressores pode não significar uma mudança real para os oprimidos.

A mensagem de Orwell ainda ressoa hoje, especialmente em contextos onde a propaganda e a repressão continuam a ser usadas para manter regimes autoritários. A obra de Orwell continua sendo um alerta universal sobre os perigos da tirania, da corrupção do poder e da fragilidade das promessas de igualdade em regimes que não são transparentes ou verdadeiramente democráticos.

Conclusão: “A Revolução dos Bichos” não é apenas uma sátira política, mas uma reflexão profunda sobre a natureza humana e os ciclos de opressão. A obra de Orwell permanece relevante, desafiando os leitores a refletirem sobre os sistemas políticos e as ideologias que moldam a sociedade e os seus líderes

  15. Comparação dos Sete Mandamentos:

• Inicialmente, os sete mandamentos na granja visavam estabelecer uma sociedade de igualdade, onde todos os animais seriam tratados de maneira justa e sem exploração. No entanto, à medida que Napoleão e os porcos se consolidam no poder, os mandamentos são gradualmente alterados para justificar suas ações e abusos de poder. A transformação dos mandamentos reflete a distorção dos princípios da Revolução Animal, revelando a corrupção dos líderes e o desrespeito pelos ideais originais.

16. Contexto histórico e a crítica ao stalinismo:

• A Revolução dos Bichos foi escrita como uma crítica à União Soviética, especialmente ao regime de Stalin, no pós-Revolução Russa. Orwell utiliza a fábula para denunciar a ditadura e o totalitarismo, e como o poder pode ser corrompido. A manipulação das massas, a censura e a falsificação da história são temas centrais. O comportamento de Napoleão, que começa a se beneficiar dos recursos da granja e a tratar os outros animais de maneira tirânica, é uma alusão direta ao comportamento de Stalin após a Revolução Russa.

17. A corrupção de Napoleão:

• O personagem de Napoleão é a representação de um líder que, sob a máscara de um defensor do bem comum, se torna um déspota. Inicialmente, os porcos buscam a igualdade, mas Napoleão começa a monopolizar os recursos (como leite e maçãs) e eventualmente muda-se para a casa de Jones, representando o abandono dos princípios de igualdade. Essa mudança reflete como o poder corrompe e transforma aqueles que se dizem defensores da liberdade.

18. A manipulação da linguagem e da história:

• A manipulação de informações pelos porcos, especialmente através da alteração dos mandamentos e da história da revolução, é uma crítica à censura e à falsificação da realidade. Napoleão e seus seguidores reescrevem os fatos de acordo com seus interesses, e a memória curta dos animais torna difícil para eles perceberem as mudanças. Essa manipulação lembra as práticas autoritárias que distorcem a verdade para manter o controle sobre as massas.

19. Análise das personagens:

• Major: O porco que inicia a Revolução, representa a figura do idealista que busca a justiça e a igualdade para todos. Sua morte no início da história não impede que suas ideias sejam seguidas, mas, gradualmente, as ideias originais da Revolução são corrompidas.
• Napoleão: Representa a figura do ditador que, embora inicialmente partisse de um ideal igualitário, usurpou o poder e se tornou tão tirânico quanto os humanos. Ele controla os outros animais através de violência, manipulação e propaganda.
• Bola-de-Neve: Um dos líderes da revolução, que inicialmente promove a construção do moinho, mas é expulso após ser acusado injustamente de traição. Representa as figuras políticas que foram perseguidas e expurgadas sob regimes autoritários.
• Sansão e Benjamim: Ambos os personagens representam a classe trabalhadora. Sansão, o cavalo forte, é o exemplo do trabalhador dedicado, enquanto Benjamim, o burro cínico e sábio, observa com desconfiança os acontecimentos, mas não consegue mudar a situação.

20. Reflexão sobre o direito e o poder:

• A obra traz uma reflexão sobre a natureza do poder e da autoridade, e como as promessas de igualdade podem ser facilmente manipuladas. Como futuro operador do direito, podemos aprender a importância de observar a aplicação real da lei, a necessidade de garantir que os direitos sejam respeitados e a vigilância constante sobre aqueles que detêm o poder, para que o sistema não se torne corrupto.

21. O contexto social e político atual:

• A obra permanece relevante, pois, além de criticar regimes autoritários, também aponta para a fragilidade das promessas de uma sociedade igualitária. Ela alerta sobre os riscos de um sistema de governo onde uma classe se sobrepõe às outras, e os princípios de justiça social são usados para justificar a exploração.

Conclusão: Animal Farm (ou A Revolução dos Bichos) é uma obra que continua a oferecer reflexões sobre os abusos de poder, a corrupção das ideias originais e a manipulação das massas. Seu contexto histórico e suas críticas ao regime stalinista fazem com que a obra seja atemporal, servindo como um aviso contra a ascensão de regimes autoritários e o esquecimento das promessas de liberdade e igualdade.

 Os sete mandamentos iniciais

 A comparação dos sete mandamentos iniciais de "A Revolução dos Bichos" com a sua gradual transformação reflete a evolução da Revolução Animalista, de uma ideia inicial de igualdade e liberdade para um regime totalitário e corrupto, simbolizando as mudanças que ocorreram após a Revolução Russa e a ascensão de Stalin ao poder. Inicialmente, os sete mandamentos eram baseados na premissa de que todos os animais seriam iguais e teriam os mesmos direitos e deveres. Porém, à medida que Napoleão (representando Stalin) assume o poder, ele começa a modificar os mandamentos para justificar seus próprios abusos de poder e privilégios, tornando os porcos "mais iguais que os outros".

Os mandamentos, inicialmente proclamados com grande entusiasmo, são alterados sem que a maioria dos animais perceba, devido à manipulação da informação e ao controle da propaganda. Ao longo da narrativa, a transição dos mandamentos reflete o abandono dos ideais de igualdade e justiça social em favor de um regime opressor, liderado por Napoleão, que usa a força, a manipulação e a censura para manter seu domínio. Essa transformação evidencia a crítica de Orwell ao totalitarismo e à corrupção do poder, especialmente no contexto da União Soviética sob Stalin.

Os sete mandamentos iniciais da Revolução Animalista, conforme estabelecido por Major, foram pintados na parede do celeiro na Granja do Solar. Estes mandamentos visavam estabelecer a base para uma sociedade igualitária entre os animais, livre da exploração dos humanos. Eles eram os seguintes:

1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é um amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em uma cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.

Esses mandamentos foram criados com a ideia de promover uma sociedade justa e sem exploração, mas com o tempo, foram gradualmente modificados pelos porcos, especialmente por Napoleão, que distorceu esses princípios para justificar suas próprias ações e os privilégios de sua classe.

1. Mandamento Inicial: "Todos os animais são iguais." Transformação: "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros."

2. Mandamento Inicial: "Nenhum animal usará roupas humanas." Transformação: Os porcos começam a vestir roupas humanas, adotando os hábitos e privilégios dos humanos que haviam sido depostos.

3. Mandamento Inicial: "Nenhum animal beberá álcool." Transformação: Napoleão e outros porcos começam a beber álcool, mas justificam isso como necessário para governar melhor.

4. Mandamento Inicial: "Nenhum animal matará outro animal." Transformação: Os porcos começam a ordenar execuções contra os animais "traidores", como forma de manter o controle sobre a população.

Essa alteração nos mandamentos mostra como as promessas de liberdade e igualdade se distorcem, permitindo que os líderes revolucionários se tornem tão tirânicos quanto os opressores que derrotaram. No contexto histórico, a obra de Orwell critica diretamente a ascensão de Stalin e a corrupção dos ideais da Revolução Russa, destacando a falácia de regimes que prometem justiça, mas perpetuam a exploração e a desigualdade.

A crítica ao culto à personalidade também é evidente na figura de Napoleão, que se torna o centro de todas as decisões e exigências na granja, lembrando a adulação exacerbada de Stalin por parte da população e da propaganda soviética. Além disso, a repressão e a censura, representadas pela proibição da música alegre e pela manipulação das informações, são um reflexo da forma como Stalin controlava o discurso público e apagava a história.

Em resumo, a transformação dos sete mandamentos é uma poderosa alegoria da ascensão do totalitarismo, da corrupção do poder e da manipulação das massas, temas que Orwell explorou como uma crítica feroz à União Soviética e ao regime stalinista.

 REFLEXÕES

   1. Denúncia ao Totalitarismo e ao Culto à Personalidade

• Orwell usa a história de A Revolução dos Bichos para criticar a ditadura estabelecida após a ascensão de Stalin ao poder.
• Através de Napoleão, um porco que se corrompe ao longo da narrativa, o autor ilustra como o poder pode ser distorcido e como um líder pode usar sua posição para fins pessoais.

2. A Corrupção do Líder

• Napoleão começa a se beneficiar pessoalmente, furtando leite e maçãs, e eventualmente se muda para a casa dos Jones, algo que havia sido decidido coletivamente como um museu.
• Esse comportamento reflete a transformação de Napoleão em uma figura que trai os ideais da Revolução Animalista.

3. Crítica ao Culto à Personalidade e à Censura

• Orwell critica a censura, evidenciada pela proibição de Napoleão aos animais de cantarem uma música que os fazia felizes, sem uma justificativa clara para os animais e os leitores.
• Essa censura simboliza o controle sobre a liberdade de expressão e a manipulação da verdade.

4. A Manipulação da Informação e a Chantagem

• A manipulação de informações, em particular a constante lembrança de como era terrível a vida sob o domínio de Sr. Jones, é usada pelos porcos para manter os outros animais unidos em torno da ideia de uma vida igualitária.
• Essa tática é uma forma de chantagem emocional para controlar as massas e justificar a perpetuação do poder dos líderes.

5. Reflexão sobre o Totalitarismo e a Opressão

• O livro serve como uma mensagem contra o totalitarismo, destacando como todos são suscetíveis à corrupção e como o autoritarismo pode ser prejudicial à vida em sociedade.
• A história nos alerta sobre os perigos de um governo opressor, onde a opressão e a desigualdade se tornam a norma, mesmo sob um regime que prometia liberdade e igualdade.

6. A Atualidade da Obra

• Apesar de ter sido publicado em 1945, A Revolução dos Bichos continua extremamente atual, tratando de questões como o jogo de poder, a censura e a manipulação das massas.
• A obra permanece relevante para os leitores contemporâneos, oferecendo uma reflexão profunda sobre a política, o poder e a corrupção.

7. Linguagem Acessível e Humor

• Orwell escreve com uma linguagem simples e acessível, permitindo que A Revolução dos Bichos seja lida por diversos tipos de público.
• A obra, apesar de seu conteúdo crítico e pesado, utiliza humor para suavizar a crítica, tornando-a ainda mais impactante

4-     

8. Contexto Histórico da Obra

• Escrita durante a Segunda Guerra Mundial: A Revolução dos Bichos foi escrita entre novembro de 1943 e fevereiro de 1944, um período crucial da Segunda Guerra Mundial.
• Publicação em 1945: O livro foi publicado em 17 de agosto de 1945, no Reino Unido, um momento em que a guerra estava se aproximando do fim.

9. Crítica à Ditadura Stalinista

• Referências políticas claras: A obra faz uma crítica direta à ditadura de Joseph Stalin, no contexto de um período em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente.
• Desconforto de Orwell com Stalin: Embora Stalin fosse relativamente popular no Reino Unido e entre o governo britânico, Orwell sentia-se desconfortável com a figura do líder soviético e com as práticas de seu regime.
• Recusa de editoras: O livro foi rejeitado por várias editoras, que temiam possíveis represálias por parte dos soviéticos devido à crítica velada ao regime stalinista.

10. Experiência Pessoal de Orwell

• Guerra Civil Espanhola: Orwell atuou como combatente na Guerra Civil Espanhola, onde teve um contato direto com o exército soviético de Stalin, o que lhe proporcionou uma visão crítica e pessoal sobre o regime.
• Trabalho na BBC: Orwell trabalhou na BBC, mas sentiu a necessidade de pedir demissão para escrever A Revolução dos Bichos, com o intuito de denunciar o que ele acreditava ser o verdadeiro caráter do regime stalinista.

11. Sátira e Crítica ao Comunismo

• Uma sátira ácida: O livro é uma sátira, utilizando a fábula para criticar o regime stalinista e, por extensão, o comunismo de forma geral.
• Crítica contra o totalitarismo: A obra foi frequentemente usada como uma crítica contundente ao comunismo, especialmente às práticas autoritárias e corruptas observadas na União Soviética sob Stalin.

12. SOBRE A PUBLICAÇÃO DA OBRA: 

Rejeição Inicial e Publicação  A obra foi inicialmente rejeitada por várias editoras. Eventualmente, foi publicada em 1945 por uma pequena casa editorial.

Mistura de Gêneros A Revolução dos Bichos mistura elementos de fábulas com uma crítica política e social profunda. Embora seja uma fábula com animais como personagens, o livro possui uma forte mensagem alegórica, questionando o poder e a corrupção.

Alegoria e Crítica ao Regime Stalinista O livro é uma alegoria que critica o regime de Stalin.

Através de personagens animais, Orwell denuncia as falácias e os abusos de poder do líder soviético e do comunismo stalinista.

Gênero Literário  Classificado como uma fábula distópica, o livro utiliza a narrativa de um mundo onde os animais tomam o poder para refletir sobre os perigos de regimes totalitários e autoritários.

Contexto Histórico e Questionamento Publicado durante a Segunda Guerra Mundial, o livro levanta questões sobre o poder, a manipulação e a corrupção, fazendo um forte questionamento sobre as condições políticas e sociais da época.

Versões e Traduções No Brasil, a obra foi traduzida como A Revolução dos Bichos. Em Portugal, o título foi alterado para A Quinta dos Animais ou O Triunfo dos Porcos.

PROVA: 

1. Qual dos seguintes personagens de "A Revolução dos Bichos" representa a figura da propaganda e manipulação da informação?

a) Napoleão
b) Bola-de-neve
c) Garganta
d) Sansão

Resposta correta: c) Garganta

2. Como o livro "A Revolução dos Bichos" chegou a ser usado na época em que foi publicado?

   • a) Como instrumento para tirar Hitler do poder
   • b) Serviu para ajudar a derrubar o Muro de Berlim
   • c) Fez com que os Estados Unidos entrassem em grande depressão econômica
   • d) Como propaganda anti-comunista
   • Resposta correta: d) Como propaganda anti-comunista

3. Apesar de ser considerado britânico, George Orwell nasceu em outro país. Em que país ele nasceu?

   • a) África do Sul
   • b) Índia
   • c) Portugal
   • d) Colômbia
   • Resposta correta: b) Índia

4. O conceito de vigilância "Big Brother", dos atuais "reality shows" da TV mundial, se inspira em que livro de George Orwell?

   • a) A Revolução dos Bichos
   • b) Dias na Birmânia
   • c) 1984
   • d) Por que escrevo
   • Resposta correta: c) 1984

5. "A Revolução dos Bichos" teve seu texto adaptado para:

   • a) Televisão
   • b) Cinema
   • c) Teatro
   • d) Tese de mestrado
   • Resposta correta: b) Cinema

Questões Discursivas

5-      Caracterize/descreva as seguintes personagens da história:

1. Sr. Jones

• Papel: Fazendeiro cruel e egoísta da Granja do Solar.
• Características:
  • Autoritário
  • Avarento
  • Negligente com os animais, frequentemente maltratando-os e deixando-os passar fome.
• Representação:
  • Simboliza o sistema opressor pré-revolucionário.
  • Figura comparável ao czar da Rússia.

2. Major

• Papel: Porco sábio e líder revolucionário.
• Características:
  • Inteligente
  • Sensato
  • Preocupado com o bem-estar coletivo dos animais.
• Importância:
  • Planta a semente da revolução.
  • Inspira os animais a lutarem por igualdade.
• Representação:
  • Simboliza a ideologia revolucionária e a esperança de um sistema mais justo.
  • Morre cedo, deixando um vazio na liderança.

3. Sansão

• Papel: Cavalo trabalhador e leal.
• Características:
  • Forte
  • Incansável
  • Fiel a Napoleão.
• Importância:
  • Representa o trabalhador modelo.
  • Sua lealdade é explorada pela nova liderança.
• Tragédia:
  • Quando não é mais útil para o trabalho, é levado para ser morto de forma cruel, simbolizando o descarte dos trabalhadores após não serem mais necessários.

4. Benjamim

• Papel: Burro idoso e cínico.
• Características:
  • Inteligente
  • Cético
  • Desconfiado da verdadeira natureza da revolução.
• Importância:
  • Representa o intelecto crítico.
  • Alerta para os perigos da manipulação e engano.
• Visão:
  • Acredita que nada mudará com a revolução, destacando a falácia do sistema.

5. Moisés

• Papel: Corvo domesticado e contador de histórias.
• Características:
  • Linguarudo
  • Espião
  • Viciado em contar histórias sobre a "Montanha de Açúcar", onde os animais teriam uma vida melhor após a morte.
• Importância:
  • Representa a religião como consolo para os oprimidos.
  • Distração da dura realidade dos animais.
• Visão:
  • Apesar de ser detestado por muitos, alguns animais acreditam em suas histórias, vendo-as como uma promessa de salvação.

6. Bola-de-Neve

• Papel: Porco revolucionário e líder pós-revolução.
• Características:
  • Inteligente
  • Idealista
  • Dedicado à causa revolucionária.
• Importância:
  • Representa os ideais originais da revolução.
  • Busca igualdade para todos os animais e administra a Granja dos Bichos com boas intenções.
• Conflito:
  • Enfrenta oposição de Napoleão e é expulso da granja, sendo acusado de traição.
• Representação:
  • Simboliza a luta por um regime mais justo, corrompido por forças internas (como a oposição de Napoleão).

7. Napoleão

• Papel: Porco ditador e líder após a revolução.
• Características:
  • Manipulador
  • Cruel
  • Ambicioso
  • Usufrui do poder de maneira autoritária.
• Importância:
  • Assume o controle da granja após a expulsão de Bola-de-Neve.
  • Representa a corrupção do ideal revolucionário e o surgimento de uma ditadura.
• Representação:
  • Simboliza figuras totalitárias, como Stalin na União Soviética.
  • Usa a violência e a manipulação para manter o poder.

8. Squealer

• Papel: Porco porta-voz de Napoleão e propagandista.
• Características:
  • Persuasivo
  • Manipulador
  • Mentiroso
• Importância:
  • Justifica as ações de Napoleão e distorce a realidade para manter o controle sobre os animais.
  • Representa a propaganda estatal usada para manipular a opinião pública.
• Visão:
  • Sempre tenta convencer os animais de que as mudanças feitas por Napoleão são necessárias e benéficas, mesmo que sejam claramente prejudiciais.

9. Os Cães

• Papel: Cães de guarda de Napoleão.
• Características:
  • Leais a Napoleão
  • Violentos
  • Usados para reprimir os opositores.
• Importância:
  • Representam a força bruta e a repressão como forma de controle político.
  • São usados por Napoleão para intimidar os animais e eliminar qualquer resistência.
• Representação:
  • Simbolizam os aparatos de repressão do Estado, como a polícia secreta ou forças armadas.

10. Mimosa

• Papel: Égua branca, vaidosa e egoísta.
• Características:
  • Vaidosa
  • Gula
  • Egoísta, sempre colocando suas vontades à frente das necessidades dos outros.
• Importância:
  • Representa o egoísmo e o individualismo dentro da revolução, pois, ao focar em seus próprios interesses, não contribui para o bem coletivo.
• Visão:
  • Embora reconheça as dificuldades, ela continua sendo uma personagem preocupada com sua aparência e prazeres pessoais.

11. Ferrabrás, Lulu e Cata-vento

• Papel: Cães de estimação de Jones e, mais tarde, cães de Napoleão.
• Características:
  • Leais a Napoleão.
  • São cães de combate e têm um papel ativo na repressão de qualquer ameaça ao poder de Napoleão.
• Importância:
  • Representam a força militar e policial usada para garantir a submissão dos outros animais.

12. Maricota

• Papel: Cabra branca.
• Características:
  • Trabalhadora, mas um tanto ingênua.
• Importância:
  • Embora sua presença na narrativa seja mais sutil, ela reflete os trabalhadores comuns, que, sem um entendimento profundo das revoluções e suas consequências, acabam sendo mais facilmente manipulados.

PERGUNTAS E RESPOSTAS ORAIS, DURANTE O DEBATE EM SALA.

  Qual seria, de acordo com Major, o estilo de vida dos animais na Granja do Solar.

De acordo com Major a vida na Granja do Solar seria miserável, trabalhoso e curto. Os animais deveriam receber o mínimo de alimento, apenas para continuar respirando. Estes eram explorados ao extremo, e ao perceber que estes não estariam tendo o mesmo desempenho, eram descartados da forma mais cruel possível.

7-      Descreva o acontecimento que serviu para iniciar a revolução.

A decadência de Jones e o descuido com a fazenda e com os animais fizeram com que os mesmos, que já estavam famintos e abandonados sem os cuidados necessários, se rebelassem.

8-      Compare o conteúdo inicial dos sete mandamentos com a sua gradual transformação. 

No conteúdo inicial foi imposta a Revolução Animalista, no qual propunham que deveria ser aplicado o socialismo, propondo que a base deste seja a socialização dos meios de produção, o bem comum a todos e a extinção da sociedade dividida em classes, assim havendo a supressão das diferenças entre as classes sociais. Porém, após os porcos (militantes) tomarem posse do poder notou-se que eles estavam mudando seus atos, e estariam cada vez mais parecidos com seus antecessores e suas ações implicavam na contrariedade dos sete mandamentos impostos no início da Revolução.

Com o decorrer do tempo os porcos ordenaram que adaptassem o conteúdo das leis, contrariando a proposta inicial, no intuito de justificar seus atos indevidos. Tendo em vista a curta memória dos animais, a pouca capacidade intelectual, e em alguns casos até analfabetismo, os porcos (comunistas) decidiram que iriam modificar as leis, pois os animais não teriam percepções dessas alterações.

Decidiram então alterar os textos pintados na parede, no qual se encontravam no fundo do celeiro, por letras grandes e brancas, para que assim ficassem em evidência. Pensaram ainda que assim não haveria nenhuma forma de justificativa pelo desconhecimento das alterações, e eles ainda poderiam ler à distância as novas regras impostas.

9-      Como viviam os animais e os humanos antes da Revolução dos Bichos?

Antes da revolução os animais eram explorados. Eles produziam e trabalhavam, porém não eram donos de nada, não possuíam nada mais que a própria pele. Depois de um ano de idade não sabiam mais o que era liberdade, felicidade ou lazer. Miséria e escravidão resumiam a vida dos animais.

Por outro lado os humanos eram os exploradores, consumidores e empregadores. Eram considerados soberanos, os ‘senhores de todos os animais’.

10  Por que os animais se revoltaram contra o fazendeiro? Eles representam quem na Revolução Russa?

Os animais se revoltaram com o fazendeiro por conta do mesmo não proporcionar nem mesmo vida digna aos animais; eles eram submetidos à condições de miséria, exploração e maus tratos.

Na Revolução Russa os animais representam a grande massa de operários e camponeses que trabalhavam duramente e ganhavam apenas um mísero valor. Diante da precária situação, a população decidiu se manifestar e reivindicar que o Monarca Czar Nicolau II, o último Czar a governar ali, renunciasse o cargo. O fim do processo deu origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.

11-  Explique como os animais viviam no período do “Animalismo”?

A princípio, no período Animalista os animais viviam em igualdade e dignamente, pois foi decidido que colocariam em prática alguns outros princípios, dentre eles a igualdade dos animais e a boa condição de vida para todos eles. Porém, ao praticarem os novos princípios notou-se que não estariam utilizando de forma adequada, violando o que foi proposto no início, causando assim mal estar, rinchas e muita desigualdade de poderes entre eles.

12-  Por que a Revolução dos Bichos não deu certo? O que alguns porcos começaram a fazer?

A Revolução não deu certo porque cada um a sua maneira, aos poucos, cedeu e permitiu que uma parte da sua população tomasse as rédeas da situação. A ganância pelo poder e soberania teria sobressaído dos limites, além de ter violado os princípios por eles acordados no Animalismo.

Alguns porcos começaram a obter vantagens por conta de seus cargos, até mesmo para fins particulares, assim determinando que todos os bichos seriam iguais, porém alguns seriam mais iguais que outros.

13-  O que deveria ser feito para que o “Animalismo” continuasse na fazenda?

Para que o Animalismo continuasse na fazenda, os animais deveriam reivindicar que fossem mantidas as regras impostas no início da proposta, no qual todos deveriam ser tratados com igualdade e dignidade, assim recebendo o seu merecido salário por conta do seu esforço e dedicação.

Os princípios deveriam ser respeitados e praticados conforme imposto anteriormente, sem qualquer interferência individual e leviana, principalmente por parte de seus líderes.

14-  Descreva a mensagem ou o aprendizado que a obra pode trazer a um leitor que, como você, é um futuro operador do Direito?

A obra em questão trás diversos temas que proporcionam uma reflexão complexa de aprendizados, dentre elas podemos identificar a importância de observar que, dentre as mazelas ocorridas em nosso dia-a-dia, muitas delas é ocasionada pela própria sociedade, que se torna gananciosa em busca de soberania a todo custo; devemos nos atentar aos pequenos acontecimentos que ainda acontecem na nossa sociedade atual, um sistema que se iniciou proposto pela igualdade mas acabou se tornando um regime totalitarista e continuou, tão explorador quanto o anterior.

Vivemos em meio à tanta corrupção e desigualdade e ainda sim somos leigos e deixamos com que outras pessoas tomem conta de decisões das quais deveríamos participar. Além disso podemos identificar que não enxergamos as coisas claramente, tendemos a confiar mais naquilo que é dito para nós, do que aquilo que realmente cremos ser a verdade ou o que acreditamos ser nosso próprio julgamento.

Temos ao nosso favor a Constituição Federal, na qual nos garante igualdade e dignidade, porém nota-se os benefícios e privilégios da classe alta sobressai dos direitos dos demais.

Conclui-se então que devemos ter atenção à utopias e realidades, bem como a questionar a retórica da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

Questões Objetivas

1. Como o livro "A Revolução dos Bichos" chegou a ser usado na época em que foi publicado?

   • Resposta: Como propaganda anti-comunista. O livro foi escrito como uma crítica ao totalitarismo, especialmente ao regime soviético de Stalin, e foi usado em várias campanhas para denunciar abusos de poder em regimes comunistas.

2. Apesar de ser considerado britânico, George Orwell nasceu em outro país. Em que país ele nasceu?

   • Resposta: Índia. Orwell nasceu na cidade de Motihari, na Índia Britânica, em 1903.

3. O conceito de vigilância "Big Brother", dos atuais "reality shows" da TV mundial, se inspira em que livro de George Orwell?

   • Resposta: 1984. O conceito de "Big Brother" foi popularizado pela obra de Orwell "1984", que descreve uma sociedade de vigilância total.

4. "A Revolução dos Bichos" teve seu texto adaptado para:

   • Resposta: Cinema. O livro foi adaptado para filmes, sendo a mais conhecida uma versão animada de 1954.

Questões Discursivas

5. Caracterize/descreva as seguintes personagens da história:

   • Sr. Jones: Fazendeiro dono da Granja do Solar, cruel e avarento com os animais. Ele os maltrata fisicamente e os explora sem piedade. Sua atitude egoísta leva os animais a se rebelarem contra ele.

   • Major: O porco sábio e idealista que instiga a Revolução Animalista. Representa uma figura de liderança que busca a igualdade entre os animais e critica as condições de exploração impostas pelos humanos.

   • Sansão: O cavalo forte e leal que, apesar de trabalhar arduamente durante a revolução, acaba sendo explorado novamente. Sua lealdade a Napoleão, o líder dos porcos, leva a um fim trágico, pois ele é descartado quando não pode mais trabalhar.

   • Benjamim: O burro velho e cético que, embora experimente as mudanças, não acredita que a revolução trará melhorias reais. Ele é uma figura de sabedoria, mas sua visão pessimista impede que ele se envolva mais ativamente.

   • Moisés: O corvo, um dos animais que, apesar de ser preguiçoso, mantém uma fé inabalável na "Montanha de Açúcar", um paraíso prometido para os animais após a morte. Sua função é distrair os outros com promessas de um futuro melhor.

   • Bola-de-Neve: Um dos porcos revolucionários que defende a igualdade social. É um líder inteligente e idealista, mas é expulso por Napoleão, que o acusa de traição. Sua queda simboliza o confronto de ideais dentro de um movimento revolucionário.

6. Qual seria, de acordo com Major, o estilo de vida dos animais na Granja do Solar?

   • Resposta: A vida seria miserável e sem dignidade, marcada por exploração e sofrimento. Major acreditava que os animais estavam sendo tratados de forma cruel, sem receber o mínimo necessário para viver com conforto.

7. Descreva o acontecimento que serviu para iniciar a revolução.

   • Resposta: A revolta começou após a decadência de Sr. Jones, que negligenciou os cuidados com os animais. A fome e o abuso constantes levaram os animais a se rebelarem, começando a Revolução Animalista.

8. Compare o conteúdo inicial dos sete mandamentos com a sua gradual transformação.

   • Resposta: Inicialmente, os mandamentos afirmavam a igualdade entre todos os animais. No entanto, com o tempo, os porcos alteraram os mandamentos para justificar seus próprios abusos de poder, mostrando como o regime revolucionário se corrompeu.

9. Como viviam os animais e os humanos antes da Revolução dos Bichos?

   • Resposta: Antes da revolução, os animais viviam em condições miseráveis, sendo explorados pelos humanos, que eram os donos e controladores da propriedade. Eles não tinham direitos e eram tratados como ferramentas de trabalho.

10. Por que os animais se revoltaram contra o fazendeiro? Eles representam quem na Revolução Russa?

• Resposta: Os animais se revoltaram por causa da exploração cruel de Sr. Jones. Eles representam os trabalhadores e camponeses da Rússia czarista, que se rebelaram contra a tirania do czar Nicolau II durante a Revolução Russa.

11. Explique como os animais viviam no período do “Animalismo”?

• Resposta: Inicialmente, os animais viviam em igualdade e dignidade, trabalhando juntos para o bem comum. No entanto, ao longo do tempo, a corrupção tomou conta e os porcos começaram a se beneficiar, levando a uma crescente desigualdade.

12. Por que a Revolução dos Bichos não deu certo? O que alguns porcos começaram a fazer?

• Resposta: A revolução falhou porque os líderes porcos começaram a abusar do poder, violando os princípios iniciais do "Animalismo". Alguns porcos começaram a explorar os outros animais, tornando-se cada vez mais parecidos com os humanos que haviam sido derrotados.

13. O que deveria ser feito para que o “Animalismo” continuasse na fazenda?

• Resposta: Para que o "Animalismo" prosperasse, os princípios de igualdade e justiça deveriam ser respeitados, e os animais deveriam manter um controle coletivo sobre as decisões. A liderança não poderia ser monopolizada por um grupo pequeno, como os porcos.

14. Descreva a mensagem ou o aprendizado que a obra pode trazer a um leitor que, como você, é um futuro operador do Direito?

• Resposta: A obra ensina sobre os perigos da corrupção e da concentração de poder. Ela alerta para a importância de garantir a igualdade e a justiça em qualquer regime político, lembrando que as leis e princípios devem ser respeitados por todos. O livro também reforça a necessidade de vigilância crítica sobre os governantes e sobre a atuação do direito para preservar os direitos e a dignidade de todos.

Fazer as observações:  

• A transformação dos sete mandamentos: Como a revolução, que começa com ideais de igualdade e liberdade, se desvia ao longo do tempo. Os mandamentos iniciais são corrompidos pelos porcos, especialmente Napoleão, para justificar suas ações egoístas, refletindo a crítica de Orwell ao totalitarismo e à manipulação do poder.

• O papel dos animais como alegoria da Revolução Russa: A história é uma clara crítica ao regime de Stalin, onde os porcos, inicialmente liderados por Bola-de-neve e Napoleão, representam as figuras de líderes revolucionários, com Napoleão personificando Stalin e sua ascensão ao poder à custa da liberdade e igualdade prometidas.

• A crítica ao culto à personalidade e à repressão: Orwell usa Napoleão e seus métodos autoritários, como o uso de cães para intimidar e controlar, para demonstrar como líderes autoritários manipulam massas, distorcem a verdade e promovem uma opressão disfarçada de progresso.

• A mensagem final da obra: A Revolução dos Bichos é uma reflexão sobre o poder, a corrupção e a vulnerabilidade das massas diante da manipulação. É uma chamada de atenção para a importância da vigilância constante em relação ao poder, com o cuidado de não permitir que as promessas de igualdade e justiça se percam no caminho do egoísmo e da tirania.

 

Sobre os personagens e seus papéis:

• Napoleão e Bola de Neve: Qual a principal diferença entre as visões de futuro de Napoleão e Bola de Neve? Como a manipulação de Napoleão se manifesta ao longo da narrativa?
• Squealer: Qual o papel de Squealer na manutenção do poder de Napoleão? Como ele utiliza a linguagem para manipular os outros animais?
• Benjamim: Por que Benjamim é tão cético em relação à revolução? Seu pessimismo se justifica ao longo da história?
• Moisés: Qual o papel da religião na história? A crença na Montanha de Açúcar representa uma fuga da realidade ou uma esperança para os animais?

Napoleão e Bola de Neve:
A principal diferença entre as visões de futuro de Napoleão e Bola de Neve é que Bola de Neve acredita na implementação de um sistema mais igualitário, com foco na melhoria das condições de vida dos animais, como exemplificado pela construção do moinho de vento para gerar eletricidade. Ele deseja uma revolução que traga benefícios para todos. Já Napoleão busca consolidar seu próprio poder e manter a supremacia dos porcos sobre os outros animais, utilizando a força e a manipulação para alcançar seus objetivos. Sua manipulação se manifesta ao longo da narrativa por meio do controle da informação e da repressão de qualquer forma de oposição, principalmente com o uso de Squealer e dos cães para eliminar rivais e moldar a realidade de acordo com seus interesses.

Squealer:
O papel de Squealer na manutenção do poder de Napoleão é o de manipulador e propagandista. Ele utiliza a linguagem de forma estratégica para distorcer a verdade e enganar os outros animais, convencendo-os de que Napoleão sempre toma as melhores decisões e que as mudanças são para o bem de todos. Squealer altera os sete mandamentos, utiliza a manipulação emocional e cria uma versão da história que favorece os porcos, garantindo que os animais permaneçam submissos e leais ao regime, mesmo quando a realidade é oposta àquilo que é proclamado.

Benjamim:
Benjamim é cético em relação à revolução porque, como um burro idoso e inteligente, ele percebe que, apesar das promessas de liberdade e igualdade, nada de substancial vai mudar. Ele acredita que todas as revoluções acabam em opressão, independentemente de quem está no poder. Seu pessimismo se justifica ao longo da história, pois, com a ascensão de Napoleão, os porcos se tornam tão tirânicos quanto os humanos que haviam sido depostos. Embora Benjamim compreenda as falácias da revolução, ele se mostra impotente para agir, o que reflete a ideia de que aqueles que possuem consciência crítica muitas vezes se sentem paralisados diante da injustiça.

Moisés:
O papel de Moisés na história é o de representar a religião. Ele conta histórias sobre a Montanha de Açúcar, um lugar onde os animais podem descansar e encontrar felicidade após a morte. Sua crença oferece consolo aos animais, distraindo-os das condições opressivas em que vivem. A Montanha de Açúcar pode ser vista como uma forma de fuga da realidade, pois impede que os animais lutem por mudanças reais. No entanto, também pode ser interpretada como uma esperança, já que a religião dá aos animais algo pelo que esperar, embora seja uma esperança ilusória, manipulada para manter os animais submissos ao regime.

Sobre a alegoria e o contexto histórico:

• Revolução Russa: Quais os principais eventos da Revolução Russa que "A Revolução dos Bichos" satiriza? Como a obra de Orwell critica o stalinismo?
• Totalitarismo: De que forma a obra explora os mecanismos do totalitarismo? Quais os perigos da concentração de poder?
• Propaganda: Como a propaganda é utilizada para manipular a opinião pública na história? Quais as semelhanças com as técnicas de propaganda utilizadas em regimes totalitários?

Revolução Russa:
"A Revolução dos Bichos" satiriza diversos eventos chave da Revolução Russa. Um exemplo claro é a queda do czarismo e a subsequente ascensão do partido bolchevique, representados pela revolução dos animais contra Sr. Jones, que simboliza o czar. Bola de Neve, um dos líderes da revolução, representa figuras como Leon Trotsky, que inicialmente lutou pelo poder, mas foi expulso por Napoleão, que simboliza Joseph Stalin. A obra também critica o culto à personalidade, evidenciado pela forma como Napoleão assume o poder absoluto e elimina qualquer ameaça à sua autoridade, assim como Stalin fez com seus opositores. A manipulação da ideologia revolucionária, representada pela distorção dos sete mandamentos pelos porcos, reflete como o stalinismo distorceu os ideais socialistas para justificar um regime autoritário e brutal.

Totalitarismo:
A obra de Orwell explora os mecanismos do totalitarismo de forma vívida, mostrando como o poder absoluto leva à opressão e ao controle total sobre a população. Napoleão, que inicialmente se apresenta como líder revolucionário, gradualmente assume um comportamento ditatorial, centralizando todo o poder nas mãos dos porcos. A manipulação da informação é um dos principais mecanismos do totalitarismo em "A Revolução dos Bichos", especialmente através de Squealer, que distorce a verdade para manter os animais submisso e sem questionamentos. Os cães de Napoleão são usados para eliminar qualquer forma de dissidência, simbolizando o uso da força bruta para controlar a população. A obra também mostra os perigos da concentração de poder, como a erosão das liberdades individuais e a transformação do estado revolucionário em uma tirania semelhante àquela que se pretendia derrubar.

Propaganda:
A propaganda desempenha um papel central em manipular a opinião pública na história. Squealer é o principal personagem responsável por controlar a informação, distorcendo os eventos e criando uma versão da realidade que favorece Napoleão e os porcos. Ele utiliza linguagem persuasiva, criando uma narrativa que justifica os abusos de poder e os privilégios dos porcos, enquanto os outros animais são levados a acreditar que estão melhores do que antes. Squealer também usa o medo (como a ameaça de que os humanos poderiam voltar) e as promessas vagas (como a “Montanha de Açúcar”) para manter os animais em silêncio. A manipulação da linguagem é uma crítica às técnicas de propaganda usadas por regimes totalitários, como o de Stalin e outros ditadores, que distorcem a realidade e controlam as massas por meio da repetição de slogans e controle da mídia. A obra denuncia como a propaganda pode ser usada para transformar os opressores em heróis e as vítimas em complacentes

Sobre temas e ideias:

• Igualdade: A promessa de igualdade é cumprida na Granja dos Bichos? Quais os obstáculos para a construção de uma sociedade igualitária?
• Poder: Como o poder corrompe os animais? Quais os mecanismos utilizados para manter o poder?
• Revolução: A revolução dos animais é um sucesso ou um fracasso? Quais as lições que podem ser aprendidas com essa história?
• Linguagem: Como a linguagem é utilizada para construir e desconstruir a realidade na história? Qual o papel das sete mandamentos na manipulação dos animais?

Igualdade:
Na Granja dos Bichos, a promessa de igualdade não é cumprida. Embora todos os animais inicialmente tenham o ideal de uma sociedade sem classes e com benefícios iguais para todos, a realidade é muito diferente. Napoleão e os porcos gradualmente assumem uma posição de privilégio, enquanto os outros animais, como os cavalos e burros, continuam a trabalhar duramente e a sofrer. O principal obstáculo para a construção de uma sociedade igualitária é a corrosão dos ideais revolucionários à medida que o poder é concentrado nas mãos de uma minoria. Além disso, a falta de educação e a manipulação da informação, com o auxílio de Squealer, impedem que os animais se conscientizem da desigualdade crescente. A distorção dos sete mandamentos, que começa a ser feita pelos porcos, também contribui para a falsa percepção de igualdade.

Poder:
O poder corrompe os animais, especialmente os porcos, que começam a abusar da autoridade após a revolução. Inicialmente, Napoleão e seus seguidores pregam a igualdade, mas, à medida que acumulam mais poder, eles adotam comportamentos tirânicos, imitando os humanos que haviam derrubado. O poder corrompe, pois a sedução do controle absoluto e a falta de limites levam os porcos a se comportarem de maneira egoísta. Para manter o poder, Napoleão utiliza táticas de manipulação (por meio de Squealer), ameaças (com os cães), violência (como as purgas) e propaganda (distorcendo a realidade através da linguagem e alterando os mandamentos). Ele também cria um culto à sua personalidade, transformando-se em uma figura quase divina para os outros animais, o que solidifica ainda mais seu domínio.

Revolução:
A revolução dos animais é um fracasso. Embora tenha inicialmente derrubado um sistema opressor (Sr. Jones) e tenha começado com um ideal de igualdade e liberdade, a revolução logo se desvia de seus objetivos originais. A mudança no poder, de Sr. Jones para os porcos, leva a uma nova forma de opressão, com os porcos assumindo uma posição de privilégio e abusando da autoridade. A revolução falha porque os ideais originais são corrompidos e os próprios líderes revolucionários tornam-se tiranos. As lições que podem ser aprendidas dessa história incluem a importância de manter a vigilância sobre o poder, a necessidade de educação crítica e a reflexão sobre os perigos da manipulação ideológica.

Linguagem:
A linguagem é um instrumento poderoso de construção e desconstrução da realidade na história. Através da manipulação de palavras e ideias, os líderes da revolução, especialmente Squealer, alteram a percepção da verdade para manter o controle sobre os animais. A linguagem é usada para justificar ações injustas, como as purgas e a opressão dos animais. A distorção dos sete mandamentos é um exemplo claro dessa manipulação. Originalmente, os mandamentos eram uma base para a igualdade, mas os porcos vão alterando-os para se ajustarem à sua crescente opressão, e os outros animais, cegos pela propaganda, não conseguem perceber as mudanças. O papel dos sete mandamentos na manipulação é crucial, pois eles servem como uma verdade oficial que os porcos utilizam para controlar e distorcer a realidade dos animais, criando um sistema de crenças que os mantém submisso e incapazes de questionar a tirania

Sobre a estrutura e o estilo:

• Fábula: Por que Orwell escolheu o formato de fábula para contar essa história? Quais as vantagens e desvantagens desse formato?
• Ironia e sátira: Como a ironia e a sátira são utilizadas para criticar o sistema político? Quais os efeitos dessas técnicas no leitor?
• Final da história: Qual o significado do final da história? A revolução dos animais foi em vão?Fábula:

  Orwell escolheu o formato de fábula para contar a história porque essa estrutura permite abordar temas complexos e sociais de forma acessível e envolvente. Ao usar animais como protagonistas, ele cria uma alegoria, onde cada personagem representa uma figura ou conceito humano, tornando as críticas ao sistema político mais universais e fáceis de entender. A fábula, por ser tradicionalmente voltada para o público jovem, também possibilita uma reflexão profunda através de uma narrativa simples e direta.

  Vantagens:

  • Acessibilidade: Usar animais torna a história acessível a diferentes idades e públicos, facilitando a compreensão de conceitos complexos.
  • Universalidade: Como a história é contada por meio de uma alegoria, ela pode ser aplicada a diferentes sistemas opressores, não se restringindo apenas ao contexto da Revolução Russa.
  • Simplicidade: A fábula permite que as críticas ao poder e à corrupção sejam transmitidas de maneira mais clara, sem a necessidade de complexidade excessiva.

  Desvantagens:

  • Simplificação excessiva: Embora a fábula seja uma maneira eficiente de expor problemas, ela pode às vezes reduzir a complexidade do contexto político, não permitindo uma exploração tão profunda dos fatores históricos e sociais.
  • Perda de nuance: Ao transformar figuras históricas e conceitos em personagens animalescos, pode haver uma redução de algumas das complexidades dos eventos reais.

  Ironia e Sátira:

  A ironia e a sátira são técnicas cruciais em "A Revolução dos Bichos" para criticar o sistema político, especialmente o stalinismo e a corrupção do poder. Orwell utiliza a ironia para mostrar como, ao longo da história, os ideais revolucionários se tornam uma farsa, quando os porcos (os novos líderes) acabam se comportando de maneira tão opressiva quanto os humanos que haviam derrubado. A sátira é usada para expor a hipocrisia e a manipulação presentes no regime totalitário, tornando evidente que, embora os porcos progridam, os outros animais continuam a sofrer, desafiando a promessa de uma sociedade mais justa e igualitária.

  Efeitos no leitor:

  • Reflexão crítica: A ironia provoca o leitor a questionar as promessas feitas por líderes políticos e a desconfiar da manipulação de ideologias.
  • Desilusão: A sátira traz uma sensação de desilusão, forçando o leitor a confrontar as falácias dos sistemas políticos, alertando sobre a possibilidade de as revoluções não levarem a um futuro melhor.
  • Indignação: Ao expor a corrupção dos líderes revolucionários e os sacrifícios dos oprimidos, a sátira e a ironia incitam indignação e reflexão sobre o poder e suas consequências.

  Final da História:

  O final de "A Revolução dos Bichos" é desolador e irônico. No fim, os porcos se tornam indistinguíveis dos humanos, completando a transformação da revolução em uma nova tirania. A revolução foi em vão no sentido de que os animais continuam a viver sob opressão, agora nas mãos dos porcos, que reproduzem as práticas cruéis e egoístas dos humanos. O final revela que, apesar da luta pela liberdade e igualdade, o poder corrompe, e a verdadeira transformação nunca ocorre.

  Esse desfecho serve como uma crítica amarga ao ciclo de opressão que pode surgir de qualquer movimento que, embora comece com boas intenções, acaba sendo usurpado por aqueles que buscam o poder para si. A lição final é que a luta pelo poder é inevitavelmente corrompedora, e as promessas de um sistema justo podem ser facilmente distorcidas. Além disso, o final reforça a ideia de que sem vigilância constante, os ideais revolucionários podem ser perdidos, e a opressão pode se perpetuar de outras formas, mesmo sob novos líderes

Perguntas abertas para reflexão:

• "A Revolução dos Bichos" é uma obra atemporal? Quais as suas implicações para a sociedade contemporânea?

 Sim, "A Revolução dos Bichos" é uma obra atemporal, com profundas implicações para a sociedade contemporânea. Embora tenha sido escrita em 1945 e tenha como foco principal a crítica ao stalinismo e à Revolução Russa, seus temas centrais são universais e permanecem extremamente relevantes em qualquer época.

Implicações para a sociedade contemporânea:

1. Crítica ao Totalitarismo e à Corrupção do Poder: A obra nos alerta sobre como qualquer sistema de poder pode se corromper, especialmente quando há uma concentração excessiva de poder nas mãos de poucos. O modo como Napoleão e os porcos manipulam os outros animais é um reflexo de como regimes autoritários muitas vezes começam com promessas de igualdade, mas se tornam tão opressores quanto os regimes anteriores. Isso é um reflexo das dinâmicas de poder em governos contemporâneos, onde promessas de liberdade e justiça podem ser distorcidas e corrompidas pelos próprios líderes, levando a novas formas de tirania.

2. Manipulação e Propaganda: A obra mostra como a propaganda pode ser utilizada para moldar a opinião pública, através de Squealer, que manipula a linguagem e a verdade. No mundo moderno, a manipulação da informação através dos meios de comunicação, redes sociais e campanhas políticas é um fenômeno constante. As técnicas de falsificação da verdade, como a modificação dos sete mandamentos, são paralelas às manipulações que ocorrem em diversos contextos políticos e sociais, onde a informação é distorcida para servir aos interesses de grupos no poder.

3. Desigualdade Social: A promessa de igualdade na Granja dos Bichos se transforma em uma farsa, e os animais acabam sendo explorados de forma ainda mais opressiva que antes. Em sociedades contemporâneas, as disparidades econômicas e sociais ainda persistem, apesar das promessas de igualdade e justiça. A obra nos lembra que, sem uma vigilância constante e uma verdadeira transformação estrutural, a desigualdade pode se perpetuar e até se intensificar, como vemos em muitos sistemas econômicos e políticos ao redor do mundo.

4. Reflexão sobre o Papel da Revolução: A história de "A Revolução dos Bichos" também nos faz refletir sobre o papel das revoluções sociais. Embora muitas vezes as revoluções comecem com grandes ideais, elas podem ser facilmente desvirtuadas. Esse ciclo de revoluções, seguido de corrupção, é um padrão que pode ser observado na história recente e até na política moderna. A lição aqui é que, sem uma transformação genuína das estruturas de poder, as revoluções podem acabar perpetuando a opressão que estavam inicialmente tentando derrubar.

5. Natureza Humana e Corrupção: Finalmente, "A Revolução dos Bichos" também é uma reflexão sobre a natureza humana e sua tendência para a corrupção quando tem acesso ao poder. A história é um aviso sobre o ciclo vicioso de líderes que, após alcançarem o poder, se tornam tão corruptos quanto os que estavam antes deles. Essa é uma lição aplicável a líderes contemporâneos e a todos os níveis de governo, empresas e instituições, nos lembrando da necessidade de transparência e responsabilidade.

Conclusão:

A obra de Orwell permanece extremamente relevante, pois oferece uma crítica profunda e universal sobre o poder, a corrupção e a manipulação, temas que ainda afetam a sociedade contemporânea. Seu foco na dinâmica de opressão, a desigualdade social e os mecanismos de controle serve como um alerta constante para a vigilância das liberdades e dos direitos em qualquer sistema político, mostrando que as lições do passado são cruciais para evitar a repetição dos mesmos erros.

Relacionando "A Revolução dos Bichos" com Obras da FUVEST: Uma Análise Comparativa

"A Revolução dos Bichos", de George Orwell, é uma alegoria poderosa que satiriza a Revolução Russa e os regimes totalitários. Ao explorar temas como poder, corrupção e a natureza humana, a obra estabelece diálogos ricos com diversas outras obras presentes no repertório da FUVEST.

Para facilitar a compreensão, vamos agrupar algumas obras que podem ser relacionadas a "A Revolução dos Bichos" por temas e estilos:

1. Distopias e Totalitarismo:

• 1984, de George Orwell: Ambas as obras são distopias que exploram os perigos do totalitarismo e da manipulação da informação. Em "1984", o Grande Irmão vigia constantemente os cidadãos, enquanto em "A Revolução dos Bichos", Napoleão controla a Granja através da propaganda e da violência.Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley: Embora com abordagens diferentes, ambas as obras questionam a natureza da felicidade e da liberdade em sociedades controladas. Enquanto Orwell retrata um mundo opressor, Huxley apresenta uma sociedade aparentemente perfeita, mas vazia e alienante.

2. Revoluções e Consequências:

• Os Miseráveis, de Victor Hugo: Ambas as obras abordam temas como desigualdade social, revolta popular e as consequências das revoluções. A Revolução Francesa, em "Os Miseráveis", serve como pano de fundo para a história de personagens que vivem em um mundo marcado pelas injustiças.

• A Montanha Mágica, de Thomas Mann: Embora seja uma obra mais complexa, "A Montanha Mágica" também explora temas como a sociedade, a política e a natureza humana. O sanatório, onde se passa a maior parte da história, pode ser visto como uma microsociedade que reflete os conflitos e as contradições da época.

3. Fábulas e Alegorias:

• As Metamorfoses, de Ovídio: A obra de Ovídio é uma rica fonte de mitos e transformações, e sua influência pode ser percebida em "A Revolução dos Bichos". A utilização de animais para representar características humanas é uma técnica comum em ambas as obras.

• Fábulas de La Fontaine: As fábulas de La Fontaine, com suas histórias moralizantes e personagens animais, também estabelecem um diálogo com "A Revolução dos Bichos". Ambas as obras utilizam a linguagem da fábula para transmitir críticas sociais e políticas.
  

  
  

4. Poder e Corrupção:

• Macbeth, de William Shakespeare: A peça de Shakespeare explora a corrupção do poder e as consequências da ambição desmedida. A ascensão de Napoleão ao poder em "A Revolução dos Bichos" apresenta semelhanças com a história de Macbeth.

• O Príncipe, de Nicolau Maquiavel: A obra de Maquiavel é um tratado sobre o poder político e as estratégias para conquistá-lo e mantê-lo. As táticas utilizadas por Napoleão para consolidar seu poder podem ser analisadas à luz das ideias de Maquiavel.

É importante ressaltar que as relações entre as obras não são lineares e podem ser interpretadas de diversas maneiras. A comparação entre "A Revolução dos Bichos" e outras obras da FUVEST permite uma leitura mais profunda e abrangente, tanto da obra de Orwell quanto das demais.

Ao estudar para a FUVEST, é fundamental:

• Identificar os temas comuns: Quais os temas que unem as obras? Como eles são explorados de forma diferente por cada autor?
• Analisar as personagens: Quais as características dos personagens principais? Como eles evoluem ao longo da narrativa?
• Interpretar as alegorias: Quais os significados por trás das alegorias presentes nas obras? Como elas se relacionam com o contexto histórico e social?
• Comparar os estilos: Como cada autor utiliza a linguagem e os recursos narrativos para construir suas histórias?

1. Identificar os Temas Comuns:

• Totalitarismo e Manipulação: Em "A Revolução dos Bichos" e "1984", ambos os autores, George Orwell, discutem os perigos do totalitarismo. Ambos os mundos são dominados por um regime autoritário que manipula a informação, controla a liberdade e suprime qualquer forma de dissidência. Em "1984", o Grande Irmão é uma figura central que vigia a população o tempo todo, enquanto em "A Revolução dos Bichos", a manipulação é feita principalmente por Napoleão e seu uso da propaganda e da repressão. Já "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, explora a questão da liberdade sob uma fachada de felicidade forçada, com a diferença de que o controle é feito por uma sociedade aparentemente mais "perfeita".
• Desigualdade e Revolução: Em "Os Miseráveis" e "A Revolução dos Bichos", a questão da desigualdade social e os efeitos das revoluções estão em destaque. Ambos os textos exploram como as revoluções populares são impulsionadas pela luta contra a injustiça social, mas as consequências das revoluções, ao invés de melhorar a vida das pessoas, acabam em novas formas de opressão. Em "A Montanha Mágica", de Thomas Mann, a sociedade também é representada de forma complexa, sendo o sanatório um reflexo de um microcosmo da sociedade maior.

2. Analisar as Personagens:

• A Evolução das Personagens: Em "A Revolução dos Bichos", Napoleão começa como um líder revolucionário e vai se tornando cada vez mais tirânico, manipulando os outros animais. Ele representa a figura de um líder que se corrompe pelo poder, de maneira similar a Macbeth, que, em sua ambição desenfreada, acaba caindo em sua própria destruição.
• Em "Os Miseráveis", personagens como Jean Valjean e Javert enfrentam o dilema moral, lutando por justiça em uma sociedade desigual. Já em "A Montanha Mágica", os personagens vivem em um espaço que questiona o sentido da vida e da morte, refletindo sobre a política e a sociedade em um momento histórico conturbado.

3. Interpretar as Alegorias:

• Alegorias de Poder e Corrupção: A alegoria em "A Revolução dos Bichos" é clara: Napoleão representa a corrupção do poder, que começa com uma revolução idealista, mas se transforma em uma tirania. Em "Macbeth", a ambição de Macbeth e sua busca por poder também são centrais, levando à destruição moral e à morte. A corrupção do poder também é tema de "O Príncipe" de Maquiavel, que trata das estratégias políticas e da manutenção do poder a qualquer custo, similar às táticas usadas por Napoleão.
• Alegorias de Transformação: "As Metamorfoses" de Ovídio apresenta transformações, mas aqui, mais ligadas ao mundo mitológico, onde personagens são fisicamente transformados. Em "A Revolução dos Bichos", a transformação é mais sutil e ocorre nas ideologias e ações dos personagens, refletindo uma mudança profunda nas relações de poder.

4. Comparar os Estilos:

• Estilo Narrativo e Linguagem: George Orwell, em "A Revolução dos Bichos", utiliza uma linguagem simples e acessível, própria das fábulas, para abordar temas complexos de maneira clara. Esse estilo direto é uma das razões pelas quais a obra tem tanto impacto, já que a simplicidade da linguagem mascara as profundas críticas políticas e sociais. Shakespeare, em "Macbeth", utiliza uma linguagem poética e dramática, rica em simbolismos, enquanto Maquiavel adota um estilo mais pragmático e estratégico em "O Príncipe", com um foco na realidade política e na manutenção do poder.
• Uso da Fábula e da Alegoria: A escolha de Orwell de usar uma fábula em "A Revolução dos Bichos" permite uma crítica mordaz a regimes autoritários de maneira que, por ser acessível, alcança leitores de todas as idades. Fábulas de La Fontaine seguem essa mesma linha, utilizando animais para representar aspectos humanos, uma técnica que é bem eficaz para passar mensagens morais e políticas de forma disfarçada. Já as obras de Huxley e Orwell em "1984" e "Admirável Mundo Novo" exploram distopias com uma crítica mais explícita às sociedades controladas, mas de formas diferentes.

Conclusão:

A comparação entre "A Revolução dos Bichos" e outras obras da FUVEST amplia a compreensão da obra de Orwell, destacando suas dimensões universais e atemporais. Por meio de temas como poder, corrupção, manipulação, e desigualdade, Orwell estabelece um diálogo com outros grandes textos literários, como "1984", "Os Miseráveis", "Macbeth", e "O Príncipe", entre outros, e sua análise nos proporciona uma reflexão crítica sobre a natureza humana, os sistemas de poder e as sociedades em transformação.

OBRAS DA FUVEST: 

 1. Questões de Gênero e Poder:

• Nísia Floresta, Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Paulina Chiziane, Conceição Evaristo e Djaimilia Pereira de Almeida: Essas autoras exploram, em diferentes épocas e contextos, as experiências femininas, as relações de poder e as lutas por igualdade. Ao comparar suas obras com "A Revolução dos Bichos", podemos analisar como o poder é estruturado e como as minorias são subjugadas, tanto em uma sociedade humana quanto em uma comunidade animal.
• "As Meninas" de Lygia Fagundes Telles: A obra explora a opressão feminina e a construção de identidades em um contexto social restrito. Podemos comparar a dinâmica de poder entre as personagens com a hierarquia estabelecida na Granja dos Bichos.

2. Crítica Social e Política:

• "Memórias de Martha" de Julia Lopes de Almeida, "Caminho de Pedras" de Rachel de Queiroz, "A Paixão Segundo G.H." de Clarice Lispector, "Geografia" de Sophia de Mello Breyner Andresen, "Balada de Amor ao Vento" de Paulina Chiziane, "Canção para Ninar Menino Grande" de Conceição Evaristo e "A Visão das Plantas" de Djaimilia Pereira de Almeida: Essas obras abordam questões sociais como racismo, desigualdade social, violência e exclusão. Ao relacioná-las com "A Revolução dos Bichos", podemos analisar como a literatura pode ser utilizada como ferramenta de denúncia e crítica social.
• "O Cortiço" de Aluísio Azevedo: A obra retrata a vida em um cortiço, um espaço de miséria e exploração, e pode ser comparada à Granja dos Bichos como um microcosmo social onde as relações de poder são evidentes.

3. Experimentação Formal e Linguística:

• "Nebulosas" de Narcisa Amália, "A Paixão Segundo G.H." de Clarice Lispector, "Geografia" de Sophia de Mello Breyner Andresen e "A Visão das Plantas" de Djaimilia Pereira de Almeida: Essas obras exploram novas formas de expressão e linguagens inovadoras, desafiando as convenções literárias. Ao compará-las com "A Revolução dos Bichos", podemos analisar como a linguagem pode ser utilizada para construir diferentes mundos e perspectivas.

4. Questão Racial e Colonialismo:

• "Nós Matamos o Cão Tinhoso!" de Luís Bernardo Honwana, "Balada de Amor ao Vento" de Paulina Chiziane, "Canção para Ninar Menino Grande" de Conceição Evaristo e "A Visão das Plantas" de Djaimilia Pereira de Almeida: Essas obras abordam a questão racial e as consequências do colonialismo em diferentes contextos. Ao relacioná-las com "A Revolução dos Bichos", podemos analisar como o poder é utilizado para oprimir grupos minoritários e como a história é escrita a partir de diferentes perspectivas.

5. Experiência Humana e Condição Humana:

• "D. Casmurro" de Machado de Assis, "João Miguel" de Rachel de Queiroz, "A Paixão Segundo G.H." de Clarice Lispector: Essas obras exploram a complexidade da experiência humana, os conflitos internos e as relações interpessoais. Ao compará-las com "A Revolução dos Bichos", podemos analisar como as paixões, os desejos e as fraquezas humanas podem levar à corrupção do poder.

Além das conexões temáticas, é importante considerar:

• O contexto histórico: Cada obra foi produzida em um momento histórico específico, e esse contexto influencia a forma como os temas são abordados.
• Os estilos narrativos: Cada autor possui um estilo único, que se manifesta na escolha das palavras, na organização da narrativa e na construção das personagens.
• As intenções dos autores: Ao analisar as obras, é fundamental tentar compreender as intenções dos autores e as mensagens que eles desejam transmitir.

Ao estabelecer essas conexões, você poderá aprofundar sua compreensão de "A Revolução dos Bichos" e das demais obras, além de desenvolver habilidades de análise literária e pensamento crítico.

Algumas perguntas para guiar sua análise:

• Como a questão do poder é representada de forma diferente em cada obra?
• Quais são as semelhanças e diferenças entre as revoluções retratadas nas obras?
• Como a linguagem é utilizada para construir e desconstruir identidades?
• Quais são as consequências da opressão e da desigualdade social?
• Como a literatura pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

1. Como a questão do poder é representada de forma diferente em cada obra?

• "A Revolução dos Bichos": O poder é inicialmente conquistado pelos animais na Granja, mas logo se corrompe com Napoleão, que manipula os outros através da propaganda e da violência, criando uma hierarquia que reflete a opressão dos regimes totalitários.
• "As Meninas" de Lygia Fagundes Telles: O poder, especialmente o poder feminino, é questionado dentro das limitações sociais e psicológicas das personagens. Embora as meninas estejam em um espaço de opressão, elas tentam encontrar autonomia e identidade.
• "O Cortiço" de Aluísio Azevedo: O poder é representado pelas dinâmicas sociais no cortiço, onde a opressão dos pobres é constante, e a luta pela sobrevivência e ascensão social reflete a exploração de classes marginalizadas.

2. Quais são as semelhanças e diferenças entre as revoluções retratadas nas obras?

• "A Revolução dos Bichos": A revolução dos animais, embora idealista no início, rapidamente se transforma em um novo regime de opressão. A revolução falha porque os ideais são distorcidos por aqueles que assumem o poder.
• "Os Miseráveis" de Victor Hugo: A revolução, embora mais explícita na obra de Hugo, também é uma luta contra as desigualdades sociais, mas a diferença está no fato de que a revolução é idealista e se concentra na transformação social e moral, enquanto em "A Revolução dos Bichos" a revolução acaba resultando na manutenção da hierarquia.
• "A Paixão Segundo G.H." de Clarice Lispector: A revolução não é explícita, mas a autora promove uma revolução interna nas personagens, representando uma transformação psicológica e existencial.

3. Como a linguagem é utilizada para construir e desconstruir identidades?

• "A Revolução dos Bichos": A linguagem, especialmente por meio das falas de Squealer, é usada para manipular as massas, criando uma realidade paralela que mantém o poder centralizado. A distorção da linguagem é essencial para a construção de uma nova identidade política na Granja.
• "Geografia" de Sophia de Mello Breyner Andresen: A linguagem poética da autora reflete a busca pela verdade e pelo autoconhecimento, desconstruindo identidades através da poesia e da reflexão filosófica sobre o ser.
• "A Visão das Plantas" de Djaimilia Pereira de Almeida: A linguagem também desempenha um papel importante ao desconstruir identidades, especialmente em contextos de colonialismo e pós-colonialismo, ao questionar as narrativas impostas.

4. Quais são as consequências da opressão e da desigualdade social?

• "A Revolução dos Bichos": A opressão leva os animais a se submeterem à nova tirania, sem perceberem a repetição dos erros passados. A desigualdade é mascarada pela promessa de uma utopia que nunca se concretiza.
• "O Cortiço" de Aluísio Azevedo: A desigualdade e a opressão resultam em miséria e violência. As personagens são incapazes de escapar da espiral de exploração, e o ambiente de opressão no cortiço reflete a falta de mobilidade social.
• "D. Casmurro" de Machado de Assis: A opressão social e a desigualdade também aparecem, mas a questão da honra e da moral são mais complexas, afetando as relações interpessoais e levando a uma tragédia de percepções distorcidas.

5. Como a literatura pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

• "A Revolução dos Bichos": A literatura de Orwell serve como um alerta para os perigos da concentração de poder e a manipulação das massas. Ele denuncia as falácias de regimes totalitários e ensina as consequências da opressão disfarçada de revolução.
• "A Paixão Segundo G.H." de Clarice Lispector: Ao examinar os conflitos internos e as crises existenciais das personagens, Lispector contribui para a reflexão sobre a subjetividade e as dificuldades de construção de uma identidade própria em uma sociedade repressiva.
• "Memórias de Martha" de Julia Lopes de Almeida: Ao tratar da opressão feminina, a obra também questiona as estruturas sociais patriarcais, oferecendo uma crítica ao papel da mulher na sociedade e as condições necessárias para a sua emancipação.

Conclusão:

Ao comparar "A Revolução dos Bichos" com as obras da FUVEST, podemos ver como a literatura serve como uma ferramenta poderosa para analisar questões de poder, opressão, e desigualdade social. Através das diferentes abordagens e estilos narrativos, os autores denunciam as falácias das estruturas sociais e os mecanismos que perpetuam a desigualdade. A literatura, então, contribui para a construção de uma sociedade mais consciente e igualitária, desafiando as normas estabelecidas e promovendo uma reflexão crítica sobre a realidade