domingo, 26 de janeiro de 2025

O nascimento de Vênus(1483) , de Sandro- Botticelli - DESCRIÇÃO OBJETIVA E SUBJETIVA

 

LÍNGUA PORTUGUESA                                                                     Professora: Bernadete

NOME:         

Nº:

Ano/Série

DATA

Bimestre

Produção

8º E.F.

               /         /2020

DESCRIÇÃO

OBJETIVA E SUBJETIVA

Leia com atenção:

O nascimento de Vênus(1483) , de Sandro- Botticelli

O quadro faz parte do movimento chamado Renascimento (século XVI) e, nessa época, buscava-se representar o homem (antropocentrismo) da maneira mais perfeita possível.

As personagens são: a deusa Vênus (ao centro); Zéfiro, deus do vento, abraçado a Clóris, simbolizando o amor físico; e a ninfa (segurando o manto).

                                                  Observação: Não existe uma resposta única para as descrições subjetiva e objetiva.

 O nascimento de Vênus(1483) , de Sandro- Botticelli

LEIA OS EXEMPLOS ABAIXO:

DESCRIÇÃO OBJETIVA

 (baseada no que você vê)

Vênus, a deusa do amor, está nua, sobre uma concha, sobre as espumas do mar  e  seus cabelos buscam tapar seu órgãos genitais.

Ao lado direito da deusa do amor , uma ninfa, na terra, busca cobri-la com uma manta florida, enquanto, ao lado esquerdo, está zéfiro, o vento do oeste , abraçado a  ninfa Clóris, soprando na direção da deusa.

À direita de Vênus, há uma Hora (deusas das estações) que lhe entrega um manto com flores bordadas

A disposição das personagens da imagem está em equilíbrio, já que, enquanto Zéfiro vem do mar, a ninfa vem da terra, e Vênus é centralizada, em um movimento de saída do mar e chegada à terra.

Há, ainda, várias flores próximas de Zéfiro, enquanto, perto de uma ninfa, estão algumas árvores. 

Vênus é apresentada de forma esguia e com traços harmoniosos.

Além disso, Botticelli utiliza cores claras e puras, exaltando a pureza da alma e a beleza clássica.

O pescoço da deusa é mais longo e seu ombro esquerdo tem uma representação anatômica incorreta.

DESCRIÇÃO SUBJETIVA( suas impressões)

Zéfiro soprava com doçura os cabelos sedosos e brilhantes da deusa das deusas, enquanto a ninfa, ao lado direito de Vênus, buscava cobrir-lhe o corpo não por protação, mas para não ferir os olhos diante de tão estupenda beleza. A  nudez da deusa não representa a paixão carnal, mas sim a paixão espiritual.

A obra apresenta símbolos cristãos como a concha e a água (batismo de Jesus Cristo), além dos anjos, que seriam Zéfiro e Clóris.

Vênus, ao centro está ladeada pelo Vento Oeste e por uma Hora que a acompanha. As figuras alongadas flutuam num fundo plano e simples como se fossem recortes de papel.

Ela é a deusa do amor, da beleza, do riso e do casamento.

Observações:

Botticelli: nessa tela  descreve, segundo o relato mitológico de Ovídio( poeta romano), o conceito de amor como força motriz da natureza. As cores claras e puras, as formas refinadas e nítidas, as linhas elegantes e harmoniosas, o leve movimento das águas, o perfil do horizonte, os mantos inflados pelo vento, se sublimam na nudez casta e pudica da deusa.

É a exaltação da beleza clássica e, ao mesmo tempo, da pureza da alma.

Botticelli sublima a pureza formal sem insinuar o que tem de material. Para obter esse efeito, exalta a plasticidade dos corpos e leva ao limite a sensação de movimento: são as linhas que se mexem, as figuras estão paradas. Isso talvez explique a emoção intelectual que seu estilo nos causa.

Como em todas as obras do artista, a simbologia é importante. Aqui ele funde os novos ideais cristãos com a grandeza do mito clássico. Não é por acaso que o manto oferecido à deusa é cor de rosa, e que as flores são açucenas, o que representa na História da Arte a “virgem rainha dos céus”. Já os ramos de murta são a concessão do artista à ideia da “Vênus Sagrada”, da qual essa planta era o símbolo.

 

Descrição objetiva e subjetiva:

A pintura mostra a Vênus surgindo nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda apresenta Zéfiro, o vento do Oeste, assoprando na direção da deusa, acompanhado pela  ninfa Clóris.   A deusa Vênus surge da espuma do mar, nua em uma concha que é impelida e acariciada pelo sopro de Zéfiro, o vento fecundador, que aparece abraçado a Clóris, a ninfa que com ele simboliza o ato físico do amor. Nas margens da ilha de Chipre, a favorita da deusa, uma das ninfas que preside às mudanças das estações oferece à deusa um manto todo florido para protegê-la.

Zéfiro, o Vento Oeste, é filho da Aurora. É a brisa suave da primavera que impele Vênus até a praia, e aqui aparece abraçado com sua consorte, Clóris.

A ninfa Clóris foi raptada por Zéfiro do jardim das Hespérides. Mas Zéfiro apaixonou-se por sua vítima, e ela consentiu ser sua esposa. Assim, a ninfa elevou-se ao nível de deusa e tornou-se Flora, que tinha perpétuo poder sobre as flores.

Os rostos pintados por Botticelli costumam ter uma expressão longínqua, como se estivessem recolhidos em seu mundo interior e perdidos em pensamentos.

As árvores de laranjeiras estão carregadas de flores brancas com pontas douradas. As folhas têm nervuras douradas e também os troncos têm toques dourados, de modo que o bosque parece inundado da divina presença de Vênus.

A Hora traz em torno da cintura um ramo de rosas cor-de-rosa e  em torno dos ombros usa uma elegante guirlanda de mirta verde, símbolo do amor eterno. Ela avança elegantemente para receber Vênus. É uma das quatro Horas, espíritos que personificavam as estações do ano. Seu manto branco flutuante, bordado com flores delicadamente entrelaçadas, esvoaça ao vento. Ela representa a primavera, a estação do renascimento e da renovação.

Vênus parece feita de puro mármore e não de carne. Ela imita a pose de uma famosa estátua da Roma antiga; Botticelli faz assim uma referência erudita que com certeza seria reconhecida. Ele escolheu uma pose chamada “Vênus Pudica”, uma vez que a deusa esconde o corpo com as mãos. Outros artistas escolheram uma representação mais sensual, chamada “Vênus Anadyomene”, em que ela surge nua do mar, secando as longas tranças.

Botticelli não faz nenhum esforço para imitar ondas verdadeiras, mas usa o mar como uma oportunidade de criar um padrão decorativo. As formas estilizadas em V diminuem à medida que se afastam, mas se modificam ao pé da concha.


Professora: Bernadete
Nome: ___________________
Nº: ___________________
Ano/Série: 8º E.F.
Data: ____ / ____ / 2020
Bimestre:


TEMA: Descrição Objetiva e Subjetiva – O Nascimento de Vênus (1483), de Sandro Botticelli

Objetivo:

Desenvolver habilidades de observação e análise crítica a partir da arte, diferenciando a descrição objetiva (baseada no que se vê) da descrição subjetiva (impressões pessoais e interpretações).

INSTRUÇÕES:

Leia atentamente o texto e observe a imagem "O Nascimento de Vênus" de Sandro Botticelli. Após, escreva as descrições objetivas e subjetivas conforme os exemplos abaixo.


EXEMPLOS DE DESCRIÇÃO:

Descrição Objetiva (Baseada no que você vê):

  1. Vênus, a deusa do amor, está nua, sobre uma concha, flutuando sobre as espumas do mar.
  2. Ao lado direito de Vênus, uma ninfa está tentando cobri-la com um manto florido.
  3. À esquerda de Vênus, Zéfiro, o deus do vento, está abraçado à ninfa Clóris, soprando um vento na direção de Vênus.
  4. À direita de Vênus, há uma Hora (deusa das estações), oferecendo-lhe um manto com flores bordadas.
  5. As figuras estão dispostas de forma equilibrada, com Vênus centralizada, Zéfiro vindo do mar e a ninfa vindo da terra.
  6. As cores utilizadas por Botticelli são claras e puras, destacando a beleza e a pureza da alma.
  7. O pescoço de Vênus é representado de forma alongada, e o ombro esquerdo tem uma proporção anatômica incorreta.

Descrição Subjetiva (Impressões Pessoais):

  1. Zéfiro sopra suavemente nos cabelos de Vênus, que parecem flutuar como se dançassem no vento.
  2. A ninfa ao lado de Vênus, não a cobre por pudor, mas por pura admiração pela deusa, tentando protegê-la da visão dos mortais.
  3. A nudez de Vênus não é sensual, mas representa a pureza espiritual do amor.
  4. A obra mistura elementos do cristianismo e da mitologia clássica: a concha simboliza o batismo, enquanto Zéfiro e Clóris representam o amor físico.
  5. As figuras são alongadas e parecem flutuar, como se fossem recortes delicados, realçando a leveza e a perfeição do movimento.
  6. Vênus, no centro, exala uma sensação de calma e serenidade, como se estivesse entre dois mundos: o mar e a terra.
  7. As cores suaves e o delicado bordado do manto refletem a exaltação da beleza eterna e da feminilidade divina.

INSTRUÇÕES FINAIS:

Agora, faça a sua própria Descrição Objetiva e Descrição Subjetiva da obra, utilizando as observações que fez ao observar a pintura. Tente incluir os detalhes que mais chamaram sua atenção, como cores, formas, disposição dos personagens e os sentimentos que a obra desperta.


Descrição Objetiva: (Escreva aqui a sua descrição objetiva da pintura.)

Descrição Subjetiva: (Escreva aqui a sua descrição subjetiva da pintura.)

Descrição Objetiva:

A pintura "O Nascimento de Vênus", de Sandro Botticelli, mostra a deusa Vênus, nua, emergindo de uma concha que flutua sobre as espumas do mar. Ela está centralizada na composição, com os cabelos longos cobrindo levemente o corpo. Ao lado direito de Vênus, uma ninfa segura um manto florido que parece pronto para cobrir a deusa. À esquerda, Zéfiro, o deus do vento, está abraçado à ninfa Clóris, soprando na direção de Vênus. Mais à direita, uma Hora, deusa das estações, entrega a Vênus um manto com flores bordadas. A cena se desenrola em um cenário sereno e harmônico, com flores próximas de Zéfiro e árvores próximas da ninfa. As cores predominantes são suaves, com ênfase em tons claros que exaltam a pureza e beleza da cena. A anatomia das figuras, como o pescoço alongado de Vênus, e o movimento fluido das águas ao redor de sua concha criam uma sensação de equilíbrio e suavidade.


Descrição Subjetiva:

Na pintura, a deusa Vênus surge com uma delicadeza etérea, como se fosse uma visão sonhada, uma representação da beleza idealizada. A nudez não transmite sensualidade, mas sim uma pureza quase celestial, refletindo a perfeição da natureza. Zéfiro, ao lado de Clóris, parece levar Vênus até a terra com uma suavidade quase reverente, com seu sopro carregado de amor e fertilidade. A ninfa, que tenta cobrir Vênus, não faz isso por pudor, mas como se quisesse proteger a deusa da visão mundana, um gesto que representa a reverência diante da grandiosidade da beleza. A Hora, com seu manto esvoaçante e flores delicadas, transmite uma sensação de renascimento e renovação, como se a chegada de Vênus fosse também a chegada da primavera, da nova vida. Cada elemento da pintura se une para criar uma sensação de serenidade, de harmonia entre o físico e o espiritual, e a ideia de que a verdadeira beleza vem da pureza e da conexão com a natureza divina.



Observações Finais:

  • Botticelli mistura elementos da mitologia greco-romana com simbologia cristã, criando uma representação de Vênus que vai além da simples nudez. A deusa simboliza a beleza clássica, a pureza e a força do amor como elemento transformador e criador da natureza.
  • A simbologia do manto rosa, das flores de açucena e dos ramos de murta, utilizados na obra, está relacionada à ideia de "Vênus Sagrada", exaltando o caráter divino e puro da deusa.

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