terça-feira, 12 de novembro de 2024

O NEGRO BONIFÁCIO, SIMÕES LOPES NETO - CONTO GAUCHESCO.( ANÁLISE E PROVA COM RESPOSTAS )

 

O Negro Bonifácio (Simões Lopes Neto) Conto Gauchesco

... Se o negro era maleva? Cruz! Era um condenado!... mas, taura, isso era, também!

Quando houve a carreira grande, do picaço do major Terêncio e o tordilho do Nadico (filho do Antunes gordo, um que era rengo), quando houve a carreira, digo, foi que o negro mostrou mesmo pra o que prestava...; mas foi caipora.

Escuite.

A Tudinha era a chinoca mais candongueira que havia por aqueles pagos. Um cajetilha da cidade duma vez que a viu botou-lhe uns versos mui lindos - pro caso - que tinha um que dizia que ela era uma

"............................................... chinoca airosa,
Lindaça como o sol, fresca como uma rosa!..."

E o sujeito quis retouçar, porém ela negou-lhe o estribo, porque já trazia mais de quatro pelo beiço, que eram dali, da querência, e aquele tal dos versos era teatino...

Alta e delgada, parecia assim um jerivá ainda novinho, quando balança a copa verde tocada de leve por um vento pouco, da tarde. Tinha os pés pequenos e as mãos mui bem torneadas; cabelo cacheado, as sobrancelhas finas, nariz alinhado.

Mas o rebenqueador, o rebenqueador..., eram os olhos!...

Os olhos da Tudinha eram assim a modo olhos de veado-virá, assustado: pretos, grandes, com luz dentro, tímidos e ao mesmo tempo haraganos... pareciam olhos que estavam sempre ouvindo..., ouvindo mais, que vendo...

Face cor de pêssego maduro; os dentes brancos e lustrosos como dente de cachorro novo; e os lábios da morocha deviam ser macios como treval, doces como mirim, frescos como polpa de guabiju...

E apesar de arisca, era foliona e embuçalava um cristão, pelo só falar, tão cativo...

No mais, buenaça, sem entono; e tinha de que, porque corria à boca pequena que ela era filha do capitão Pereirinha, estancieiro, que só ali, nos Guarás, tinha mais de não sei quantas léguas de campo de lei, povoado, O certo é que o posto em que ela morava com a mãe, a sia Fermina, era um mimo; tinha de um tudo: lavoura, boa cacimba, um rodeíto manso; e a Tudinha tinha cavalo amilhado, só do andar dela, e alguma prata nos preparos.

Parecenças, isso, tinha, e não pouco, com a gente do capitão...

O velho, às vezes, ia por lá, sestear, tomar um chimarrão...

Pois para a carreira essa, tinha acudido um povaréu imenso.

E ela veio, também, com a velha. Velha, é um dizer, porque a sia Fermina ainda fazia um fachadão...

E deu o caso que os quatro embeiçados também vieram, e um, o mais de todos, era o Nadico.

E sem ninguém esperar, também apareceu o negro Bonifácio.

É assim que o diabo as arma...

Escuite.

O negro não vinha por ela, não; antes mais por farrear, jogar e beber: ele era um perdidaço pela cachaça e pelo truco e pela taba.

E bem montado, vinha, num bagual lobuno rabicano, de machinhos altos, peito de pomba e orelhas finas, de tesoura; mui bem tosado a meio cogotilho, e de cola atada, em três tranças, bem alto, onde canta o galo!...

E na garupa, mui refestelada, trazia uma chirua, com ar de querendona...

Eta! negro pachola!

De chapéu de aba larga, botado no cocuruto da cabeça e preso num barbicacho de borlas morrudas, passado pelo nariz; no pescoço um lenço colorado, com o nó republicano; na cintura um tirador de couro de lontra debruado de tafetá azul e mais cheio de cortados do que manchas tem um boi salino!

E na cintura, atravessado com entono, um facão de três palmos, de conta.

Na pabulagem, andava sozinho: quando falava, era alto e grosso e sem olhar para ninguém.

Era um governo, o negro!

Ora bem; depois de se mostrar um pouco, o negro apeou a chirua e já meio entropigaitado começou a pastorejar a Tudinha... e tirando-se dos seus cuidados encostou o cavalo rente no dela e aí no mais, sem um - Deus te salve! - sacudiu-lhe um envite para uma paradita na carreira grande. A piguancha relanceou os seus olhos de veado assustado e não se deu por achada; ele repetiu o convite da aposta e ela então - depois explicou - de puro medo aceitou, devendo ganhar uma libra de doces, se ganhasse o tordilho. O tordilho era o do Nadico.

Ficou fechado o trato.

O negro - era ginetaço! - deu de rédea no lobuno, que virou direito, nos dois pés, e já lhe cravou as chilenas, grandes como um pires, e saiu escaramuçando, meio ladeado!

Os quatro brancos se olharam... o Nadico estava esverdeado, como defunto passado...

A Tudinha pegou logo a caturritar, e a cousa foi passando, como esquecida. Mas, quê!... o negro estava jurado...

Escuite.

Entraram na cancha os parelheiros, todos dois pisando na ponta do casco, mui bem compostos e lindos, de se lavar com um bochecho d'água.

Fizeram as partidas; largaram; correram: ganhou, de fiador, o do Nadico, o tordilho.

Depois rompeu um vozerio, a gente desparramou-se, parecia um formigueiro desmanchado; as parcerias se juntaram, uns pagavam, outros questionavam.... mas tudo se foi arreglando em ordem, porque ninguém foi capaz de apontar mau jogo. E foi-se tomar um vinho que os donos da carreira ofereceram, como gaúchos de alma grande, principalmente o major Terêncio, que era o perdedor.

E a Tudinha lá foi, de charola.

No barulho das saúdes e das caçoadas, quando todos se divertiam, foi que apareceu aquele negro excomungado, para aguar o pagode. Esbarrou o cavalo na frente do boliche; trazia na mão um lenço de sequilhos, que estendeu a Tudinha: havia perdido, pagava...

A morocha parou em meio um riso que estava rindo e firmou nele uns olhos atravessados, esquisitos, olhos como pra gente que já os conhecesse.., e como sentiu que o caso estava malparado, para evitar o desaguisado, disse:

- Faz favor de entregar à mamãe, sim?!...

O negro arreganhou os beiços, mostrando as canjicas, num pouco caso e repostou:

- Ora, misturada!..., eu sou teu negro, de cambão!... mas não piá da china velha! Toma!

E estendeu-lhe o braço, oferecendo o atado dos doces.

Aqui, o Nadico manoteou e no soflagrante sopesou a trouxinha e sampou com ela na cara do muçum.

Amigo! Virge' nossa senhora!

Num pensamento o negro boleou a perna, descascou o facão e se veio!...

O lobuno refugou, bufando.

Que peleia mais linda!

Vinte ferros faiscaram; era o Nadico, eram os outros namorados da Tudinha e eram outros que tinham contas a ajustar com aquele tição atrevido.

Perto do negro Bonifácio, sentado sobre um barril, sem ter nada que ver no angu, estava um paisano tocando viola: o negro - pra fazer boca, o malvado! - largou-lhe um revés, tão bem puxado, que atorou os dedos do coitado e o encordoamento e afundou o tampo do estrumento!...

Fechou o salseiro.

O Nadico mandou a adaga e atravessou a pelanca do pescoço do negro, roçando na veia artéria; o major tocou-lhe fogo, de pistola, indo a bala, de refilão, lanhar-lhe uma perna.., o ventana quadrava o corpo, e rebatia os talhos e pontaços que lhe meneavam sem pena.

E calado, estava; só se via no carão preto o branco dos olhos, fuzilando...

Ai!...

Foi um grito doido da Tudinha... e já se viu o Nadico testavilhar e cair, aberto na barriga, com a buchada de fora, golfando sangue!...

No meio do silêncio que se fez, o negro ainda gritou:

- Come agora os meus sobejos!...

Depois, roncou, tal e qual como um porco acuado... e então, foi uma cousa bárbara!...

Em quatro paletadas, desmunhecando uns, cortando outros, esgaravatando outros, enquanto o diabo esfrega o olho, o chão ficou estivado de gente estropiada, espirrando a sangueira naquele reduto.

É verdade também que ele estava todo esfuracado: a cara, os braços, a camisa, o tirador, as pernas, tinham mais lanhos que a picanha de um reiúno empacador: mas não quebrava o corincho, o trabuzana!

Aquilo seria por obra dalguma oração forte, que ele tinha, cosida no corpo. A esse tempo, era tudo um alarido pelo acampamento; de todos os lados chovia gente no lugar da briga.

A Tudinha, agarrada ao Nadico, com a cabeça pousando-lhe no colo, beijando-lhe ela os olhos embaciados e a boca já morrente, ali, naquela hora braba, à vista de todo o mundo e dos outros seus namorados, que se esvaíam, sem um consolo nem das suas mãos nem das puas lágrimas, a Tudinha mostrava mesmo que o seu camote preferido era aquele, que primeiro desfeiteou e cortou o negro, por causa dela...

Foi então que um gaúcho gadelhudo, mui alto, canhoto, desprendeu da cintura as boleadeiras e fê-las roncar por cima da cabeça... e quando ia a soltá-las, zunindo, com força pra rebentar as costelas dum boi manso, e que o negro estava cocando o tiro, de facão pronto pra cortar as sogas... nesse mesmo momento e instante a velha Fermina entrou na roda, e ligeira como um gato, varejou no Bonifácio uma chocolateira de água fervendo, que trazia na mão, do chimarrão que estava chupando...

O negro urrou como um touro na capa...; a rumo no mais avançou o braço, e fincou e suspendeu, levantou a velha, estorcendo-se, atravessada no facão até o esse...; ao mesmo tempo, mandado por pulso de homem um bolaço cantou-lhe no tampo da cabeça e logo outro, no costilhar, e o negro caiu, como boi desnucado, de boca aberta, a língua pontuda, mexendo em tremura uma perna, onde a roseta da chilena Unia, miúdo...

Patrício, escuite!

Vi então o que é uma mulher rabiosa...: não há maneia nem buçal que sujeite: é pior que homem!...

A Tudinha já não chorava, não; entre o Nadico, morto, e a velha Fermina estrebuchando, a morocha mais linda que tenho visto, saltou em cima do Bonifácio, tirou-lhe da mão sem força o facão e vazou os olhos do negro, retalhou-lhe a cara, de ponta e de corte... e por fim, espumando e rindo-se, desatinada - bonita, sempre! - ajoelhou-se ao lado do corpo e pegando o facão como quem finca uma estaca, tateou no negro sobre a bexiga, pra baixo um pouco - vancê compreende?... - e uma, duas, dez, vinte, cinqüenta vezes cravou o ferro afiado, como quem espicaça uma cruzeira numa toca... como quem quer estraçalhar uma causa nojenta... como quem quer reduzir a miangos uma prenda que foi querida e na hora é odiada!...

Em roda, a gauchada mirava, de sobrancelhas rugadas, porém quieta: ninguém apadrinhou o defunto.

Nisto um sujeito que vinha a meia rédea sofrenou o cavalo quase em cima da gente: era o juiz de paz.

Mais tarde vim a saber que o negro Bonifácio fora o primeiro a... a amanonsiar a Tudinha; que ao depois tomara novos amores com outra fulana, uma piguancha de cara chata, beiçuda; e que naquele dia, para se mostrar, trouxera na garupa a novata, às carreiras, só de pirraça, para encanzinar, para tourear a Tudinha, que bem viu, e que apesar dos arrastados de asa daquela moçada e sobretudo do Nadico, que já a convidara para se acolherar com ele, sentira-se picada, agoniada da desfeita que só ela e o negro entendiam bem...; por isso é que ela ficou como cobra que perdeu o veneno...

Escuite.

Até hoje me intriga, isto: como uma morena, tão linda, entregou-se a um negro, tão feio?...

Seria de medo, por ele ser mau?... Seria por bobice de inocente?... Por ele ser forçudo e ela, franzina?... Seria por...

Que, de qualquer forma, ela vingou-se, isso, vingou-se...; mas o resto que ela fez no corpo do negro? Foi como um perdão pedido ao Nadico ou um despique tomado da outra, da piguancha beiçuda?...

Ah! mulheres!...

Estancieiras ou peonas, é tudo a mesma cousa... tudo é bicho caborteiro...; a mais santinha tem mais malícia que um sorro velho!...

Resumo do Conto "O Negro Bonifácio" – Simões Lopes Neto

"O Negro Bonifácio" é um conto do autor gaúcho Simões Lopes Neto que aborda temas como preconceito racial, hierarquias sociais e a relação entre pessoas de diferentes classes sociais. O conto narra a história de Bonifácio, um homem negro que, após ser liberto da escravidão, encontra-se em uma posição subalterna, mas digna e respeitável, trabalhando como serviçal em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul. Bonifácio tem uma relação de submissão com os membros da família que o emprega, mas, ao mesmo tempo, demonstra uma certa autonomia e caráter. O enredo do conto se desenrola ao mostrar a dignidade de Bonifácio, suas relações com os outros e como ele lida com seu lugar na sociedade pós-abolição.


Análise do Conto

Tema Principal:
O tema central de "O Negro Bonifácio" é o preconceito social e racial e a luta pela dignidade e autonomia. O autor destaca as dificuldades enfrentadas por Bonifácio como negro livre, lidando com as limitações e discriminação de uma sociedade que, embora tenha abolido a escravidão, ainda mantém uma forte estrutura hierárquica e preconceituosa.

Mensagem do Conto:
A mensagem do conto é que a dignidade humana e a autonomia pessoal não podem ser negadas, mesmo diante das dificuldades sociais e raciais. Bonifácio, apesar de sua condição subalterna, mantém sua honra e respeito próprio. Simões Lopes Neto transmite uma crítica ao preconceito da época e à sociedade estratificada, ao mesmo tempo em que valoriza as virtudes do personagem principal.

Assunto:
O conto trata do processo de pós-abolição e as dificuldades de inserção social dos ex-escravizados na sociedade brasileira. A história de Bonifácio é uma reflexão sobre como a liberdade conquistada na formalidade nem sempre se traduz em liberdade real dentro de uma sociedade estruturada por preconceitos raciais e sociais.

Linguagem:
A linguagem do conto é simples e direta, utilizando um vocabulário típico do sul do Brasil, característico do regionalismo. O autor recorre ao dialeto gaucho e a expressões populares, criando um ambiente local que reflete a cultura e os valores da época. Isso contribui para a construção do cenário e das personagens.


Elementos da Narrativa

1. Personagens

  • Bonifácio (Personagem principal):
    Bonifácio é um homem negro que, após a abolição da escravatura, encontra-se em uma posição social inferior, porém ainda possui dignidade. Ele é trabalhador, submisso, mas não se submete totalmente à humilhação. Sua característica psicológica é marcada pela autonomia, embora se sinta limitado pela sociedade que o vê como inferior. Bonifácio vive um dilema entre a sua subordinação social e a dignidade pessoal, sendo um reflexo da luta do povo negro na pós-abolição.

  • O patrão (ou senhor):
    Representa a elite branca da sociedade gaúcha, que mantém uma posição de superioridade sobre os negros, mesmo após a abolição da escravatura. Seu papel é o de uma pessoa que não percebe nem valoriza a humanidade do negro, mantendo uma relação de domínio sobre Bonifácio.

  • Secundários:
    Outras personagens secundárias são os membros da família do patrão, como os filhos ou outros empregados, que ilustram o contexto social em que Bonifácio está inserido. Eles são importantes para mostrar a desigualdade de classe e a submissão à hierarquia social.


2. Tempo e Espaço

  • Tempo:
    O tempo do conto é situado no período pós-abolição, logo após a Lei Áurea de 1888, quando os negros foram libertados, mas ainda enfrentam forte resistência e marginalização na sociedade. O conto é um retrato da sociedade gaúcha do final do século XIX.

  • Espaço:
    O espaço é o campo gaúcho, mais especificamente uma fazenda ou propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. O cenário ajuda a criar uma atmosfera de isolamento social, em que as personagens estão distantes das grandes cidades e da evolução do país. O campo também simboliza a rigidez das relações de poder entre os personagens.


3. Enredo

O enredo de "O Negro Bonifácio" é focado na vida do personagem principal, que trabalha em uma fazenda após a abolição da escravatura. Bonifácio é retratado como um homem que, apesar de livre, ainda sofre com a falta de oportunidades e a discriminação da sociedade. Ele tenta conquistar um espaço de dignidade, mas enfrenta as limitações impostas pela sua posição social e racial. O conto evidencia o contraste entre as esperanças da liberdade e a realidade amarga de uma sociedade que não está preparada para tratar os ex-escravizados com igualdade.


4. Clímax

O clímax do conto ocorre quando Bonifácio, apesar de todo o respeito e dignidade com que trabalha, vê-se confrontado pelas limitações sociais e pelo preconceito da sociedade. Ele, embora liberto, nunca é completamente aceito como igual. A tensão entre seu respeito próprio e a submissão imposta pela sociedade é o ponto culminante da narrativa.


5. Foco Narrativo

O conto é narrado em terceira pessoa, com um narrador onisciente, que conhece os pensamentos e sentimentos de Bonifácio. Esse foco narrativo permite que o leitor tenha uma visão ampla do contexto social, além de uma compreensão mais profunda das emoções e do caráter da personagem principal.


Análise Crítica

O conto "O Negro Bonifácio" traz uma crítica à hipocrisia da sociedade pós-abolição. Embora a escravidão tenha sido formalmente extinta, a estrutura social ainda estava impregnada de preconceitos e barreiras que impediam os negros de realmente se integrarem à sociedade. Bonifácio, como muitos outros ex-escravizados, busca viver com dignidade, mas é constantemente lembrado de sua posição subalterna.

Simões Lopes Neto faz uso de uma linguagem regionalista para retratar a realidade dos negros no Rio Grande do Sul do século XIX, o que amplia a crítica social e torna o conto mais autêntico, respeitando a realidade do campo e das relações de poder naquela época. A partir de Bonifácio, o autor convida o leitor a refletir sobre as injustiças sociais e a dureza da vida do negro no Brasil pós-abolição.


Tema Principal 

O tema principal do conto é a dificuldade do negro em conquistar um espaço digno na sociedade pós-abolição. Mesmo depois de ser libertado da escravidão, Bonifácio encontra-se preso a uma hierarquia social rígida que não permite que ele se insira plenamente na sociedade. A luta de Bonifácio é a luta de todos os negros da época, que, apesar da liberdade formal, continuavam a ser tratados como inferiores. O preconceito racial ainda permeava as relações, impedindo que Bonifácio fosse tratado como igual, ou mesmo com o devido respeito à sua humanidade.


Conclusão

Simões Lopes Neto, ao escrever "O Negro Bonifácio", não apenas narra a história de um homem negro em um contexto de desigualdade social, mas também convida o leitor a refletir sobre a persistência das desigualdades após a abolição da escravatura. Através de sua narrativa, o autor denuncia o racismo estrutural e destaca a dignidade humana como um valor fundamental que deve ser preservado, independentemente das circunstâncias sociais.


Aspectos Literários, Históricos e Sociais E RESUMO 

No conto "O Negro Bonifácio", Simões Lopes Neto utiliza a linguagem regionalista como uma ferramenta poderosa para apresentar a realidade do Rio Grande do Sul do século XIX. O autor emprega um vocabulário e expressões típicas da cultura gaucha, o que confere à obra uma autenticidade ao retratar as relações sociais e raciais da época. O aspecto literário é marcado por um realismo crítico, no qual o autor não apenas descreve, mas também analisa as relações de poder e as desigualdades entre as classes sociais. Historicamente, o conto se insere em um contexto pós-abolição, onde a abolição formal da escravidão (1888) não significou a verdadeira integração dos negros na sociedade. A obra traz à tona as dificuldades dos negros recém-libertados que, embora legalmente livres, continuam a ser marginalizados e subordinados nas hierarquias sociais. Socialmente, a narrativa aborda as questões de discriminação racial e a luta por dignidade e respeito em um Brasil ainda escravocrata, que não soubera como lidar com a liberdade do negro sem mudar as estruturas de poder e os preconceitos enraizados.

Reflexão sobre a Questão Social

A questão social levantada no conto de Simões Lopes Neto é a persistência da desigualdade social e racial após a abolição. O personagem Bonifácio, um homem negro, foi libertado da escravidão, mas encontra-se preso a uma subordinação social imposta pela estrutura da sociedade que não está disposta a tratar os ex-escravizados com igualdade. O conto reflete a dura realidade dos negros no Brasil pós-abolição, que, embora livres, ainda enfrentam dificuldades para se integrar completamente à sociedade. O autor traz à tona a hipocrisia da sociedade brasileira, que, ao abolir a escravidão, pensava que a liberdade formal seria suficiente, sem considerar as mudanças necessárias na estrutura social e nas atitudes preconceituosas em relação aos negros. O conto, portanto, é um grito de denúncia contra a discriminação racial que perdura muito além da assinatura da Lei Áurea.

Consequências dos Atos do Narrador, Ponto de Vista e Conflito

O ponto de vista adotado por Simões Lopes Neto é o de um narrador em terceira pessoa, que conhece as emoções e motivações internas de Bonifácio, ao mesmo tempo que descreve as atitudes da sociedade ao seu redor. Isso permite ao autor criar uma análise crítica da sociedade, destacando o contraste entre a dignidade do personagem e o preconceito social que ele enfrenta. O conflito principal do conto gira em torno da luta interna de Bonifácio, que, embora livre, continua a ser tratado de maneira inferior, e o desejo de preservar sua dignidade e sua identidade frente a um sistema que o desumaniza. As relações de autoridade e poder são fundamentais para o desenvolvimento do conto: Bonifácio, mesmo sendo libertado, continua a viver sob a autoridade implícita da sociedade, representada pela superioridade de seus empregadores, e suas ações refletem o poder das estruturas de dominação da época. O autor critica as relações hierárquicas entre as classes sociais e raciais, sugerindo que, apesar da libertação, o negro ainda era submisso ao poder branco. Em minha opinião, o conto não apenas denuncia a exclusão social dos negros, mas também nos provoca a refletir sobre o quanto as estruturas de poder podem moldar a vida de uma pessoa, mesmo quando ela teoricamente conquista a liberdade.

Opinião Pessoal

Em minha opinião, o conto "O Negro Bonifácio" é uma obra profundamente crítica e de grande relevância, que toca em questões ainda muito atuais, como o preconceito racial e as dificuldades de inserção social dos negros na sociedade brasileira. A maneira como Simões Lopes Neto retrata o personagem principal, sua luta interna e os obstáculos impostos pela sociedade, é tocante e provoca uma reflexão sobre o verdadeiro significado da liberdade e da igualdade.

 O conto nos faz questionar até que ponto a abolição da escravatura realmente libertou os negros de uma sociedade que continua a tratá-los como inferiores. 

A crítica de Neto é extremamente pertinente, pois evidencia que a liberdade formal não é suficiente para garantir a igualdade real, e que a sociedade precisa ser capaz de mudar seus valores para integrar plenamente os negros.

 A obra ainda ressoa fortemente nas questões sociais contemporâneas, onde os resquícios de racismo estrutural ainda são evidentes

Aspectos Literários, Históricos e Sociais

  • Aspectos literários:

    • Linguagem regionalista e vocabulário gaucho.
    • Realismo crítico, que descreve e analisa relações de poder e desigualdade.
  • Aspectos históricos:

    • A obra se insere no contexto pós-abolição (1888), em um Brasil onde os negros não foram integrados à sociedade.
    • Retrata a luta dos negros recém-libertados que continuam marginalizados.
  • Aspectos sociais:

    • Aborda a discriminação racial e a luta por dignidade e respeito em uma sociedade ainda marcada por desigualdade.
    • Critica a hipocrisia da sociedade brasileira que não soube integrar o negro após a abolição.

Reflexão sobre a Questão Social

  • Persistência da desigualdade social e racial:
    • Bonifácio é libertado, mas continua subordinado pela estrutura social.
    • A liberdade formal não significou verdadeira integração na sociedade.
  • Denúncia da hipocrisia:
    • A sociedade pensava que a abolição seria suficiente, mas o preconceito persiste.
    • A obra é um grito de denúncia contra a discriminação racial e a exclusão social.

Consequências dos Atos do Narrador, Ponto de Vista e Conflito

  • Ponto de vista:

    • Narrador em terceira pessoa, que revela as emoções de Bonifácio e a atitude da sociedade.
    • Crítica social através da percepção do personagem e da sociedade ao seu redor.
  • Conflito:

    • Luta interna de Bonifácio para manter sua dignidade, apesar do preconceito.
    • A luta pela igualdade e o desafio de ser tratado com respeito.
  • Relações de autoridade e poder:

    • Bonifácio, mesmo livre, continua subordinado ao poder branco e às relações hierárquicas da época.
    • A obra critica as estruturas de poder que continuam a desumanizar os negros.

Opinião Pessoal

  • Relevância da obra:

    • A obra é profundamente crítica e aborda questões como preconceito racial e exclusão social.
  • Reflexão sobre a liberdade e igualdade:

    • A abolição da escravatura não garantiu igualdade real, apenas liberdade formal.
    • O conto critica o racismo estrutural, sugerindo que a sociedade precisa mudar seus valores para integrar plenamente os negros.
  • Ressonância contemporânea:

    • A obra continua a ser relevante, pois as questões de racismo estrutural ainda estão presentes na sociedade atual.

Minha opinião sobre a obra "O Negro Bonifácio"

GOSTEI..., considero que a obra é muito interessante e relevante, principalmente por seu conteúdo crítico e reflexivo sobre o contexto histórico e social. A maneira como Simões Lopes Netto descreve a situação do negro recém-liberto, que apesar de ser formalmente livre, ainda enfrenta um sistema opressor e discriminatório, é uma crítica aguda à sociedade da época e também à nossa realidade. A obra questiona a verdadeira liberdade e igualdade, algo que ainda ressoa nas discussões sociais contemporâneas.

Parte mais interessante da obra

A parte mais interessante do conto, na minha opinião, é quando Bonifácio, mesmo sendo livre, ainda se vê submisso e sem poder sobre sua própria vida. O autor consegue transmitir a complexidade do personagem, mostrando que a abolição formal da escravidão não foi suficiente para garantir a emancipação plena dos negros na sociedade. Isso é revelado quando Bonifácio tenta reagir à sua condição, mas é constantemente impedido pelas estruturas de poder e pelo preconceito da sociedade. Essa reflexão sobre liberdade e o que ela realmente significa, considerando os aspectos sociais e raciais, me parece ser a grande chave da obra.

A parte em que Bonifácio toma uma atitude e busca sua identidade também é poderosa, pois a personagem, mesmo limitada pelas circunstâncias, busca dignidade e espaço para ser vista como um ser humano completo e livre. Isso simboliza a luta do povo negro por respeito, igualdade e dignidade.

Primeiro parágrafo
Na minha opinião, o conto "O Negro Bonifácio" é profundamente tocante e revelador. A obra explora com muita sensibilidade as dificuldades enfrentadas pelos negros recém-libertados e a dura realidade da sociedade brasileira pós-abolição, quando a liberdade ainda estava longe de ser plena para os ex-escravizados. O autor apresenta de forma eficaz o conflito interno do personagem Bonifácio, que, apesar de ser formalmente livre, continua à mercê das imposições sociais e raciais, mostrando que a liberdade conquistada com a abolição foi mais simbólica do que efetiva para muitos.

Segundo parágrafo
O tema principal do conto é a busca por liberdade e dignidade em um contexto social onde a discriminação racial ainda se faz presente, mesmo após a abolição da escravatura. Achei muito interessante o modo como o autor mostra a realidade difícil e contraditória da época, onde, apesar de terem sido libertos, os negros continuavam a ser tratados como inferiores, sem direito ao respeito ou igualdade. Em primeiro lugar, o autor demonstra o desejo de Bonifácio por uma vida digna, mas em segundo lugar, revela como o sistema de poder e a discriminação racista tornam essa busca quase impossível. Por isso, o conto reflete a complexidade da liberdade e da identidade em uma sociedade que ainda mantém suas estruturas de opressão.

Terceiro parágrafo
Finalmente, o conto nos leva a uma reflexão profunda sobre a verdadeira liberdade e sobre como o preconceito e as desigualdades sociais continuam a impactar a vida das pessoas, mesmo depois de conquistas formais. Por um lado, temos a conquista da liberdade, que deveria significar a igualdade e o respeito. Por outro lado, o conto mostra que, mesmo com a abolição, os negros continuaram a ser marginalizados e oprimidos. Desse modo, a obra nos faz refletir sobre o significado real da liberdade e sobre a luta contínua contra as desigualdades sociais e raciais.

UTILIZEI O ESQUEMA ABAIXO PARA DAR MINHA RESPOSTA 

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Primeiro parágrafo

Pode começar com uma dessas expressões: Creio que...- Na minha opinião...- No meu ponto de vista...- Na minha perspectiva...- Considero que...- Diria que... , “penso que”, “acho que”, “pessoalmente”, “no meu ponto de vista” , “indubitavelmente”, ”realmente”, “com  certeza”, “parece-me que”, “provavelmente”, “infelizmente”;

     No segundo parágrafo

 

- Fale sobre o tema: “em primeiro lugar (...) em segundo lugar

O  tema é  sobre ________________________ e  achei muito _______________________porque(porque”, “pois”, “por isso”, “embora”, “apesar de”, “para”, “a fim de”, “logo”, “então”;

 

No  terceiro parágrafo

      No último parágrafo:  “conseqüentemente”, “por conseguinte”, “assim”, “então”, “desse modo”; finalmente”,“por um lado (...) por outro lado”

 

                     Na minha opinião o conto é ____________________________________,

 pois trata-se de uma situação ______________________________________________ e, além disso,  ________________________________________

                     O tema é  __________________________________________________ por isso______________________________________________________________

                    Finalmente________________________________________________

 

1. Dissertativa:

Pergunta: Qual é o papel da personagem Bonifácio no conto e como ela reflete as tensões sociais da época?
Resposta: Bonifácio é um ex-escravizado que busca por dignidade e liberdade, mas encontra obstáculos devido às barreiras sociais e raciais que ainda o oprimem, mesmo após a abolição da escravatura. Através de Bonifácio, o autor critica a falsa promessa de liberdade, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelos negros recém-libertados na sociedade brasileira.


2. Múltipla escolha:

Pergunta: O que Bonifácio busca ao longo do conto?
a) Riquezas e prestígio
b) Reconhecimento como ser humano
c) Vingança contra os seus opressores
d) Uma nova família
Resposta: b) Reconhecimento como ser humano


3. V ou F:

Pergunta: O tema do conto "O Negro Bonifácio" gira em torno da liberdade que Bonifácio conquista com a abolição.
Resposta: F - Embora Bonifácio seja formalmente livre, o conto trata da falsa liberdade, pois ele continua sendo marginalizado pela sociedade.


4. Dissertativa:

Pergunta: De que forma a sociedade é descrita no conto de Simões Lopes Neto?
Resposta: A sociedade descrita no conto é uma sociedade marcada por preconceito e desigualdade racial. Mesmo após a abolição da escravatura, os negros continuavam a ser tratados de forma inferior, refletindo a hipocrisia e as falácias das promessas de liberdade e igualdade.


5. Correspondência:

Pergunta: Relacione as personagens do conto com as suas características principais.
a) Bonifácio - ___
b) Os opressores - ___
c) A sociedade pós-abolição - ___
Opções de resposta:

  1. Sociedade racista que ainda marginaliza os negros
  2. Homem em busca de dignidade e liberdade, mas impedido pela discriminação
  3. Representantes da elite que continuam a opressão após a abolição
    Resposta:
    a) 2
    b) 3
    c) 1

6. Múltipla escolha:

Pergunta: Quais os principais obstáculos que Bonifácio enfrenta após a abolição da escravatura?
a) A violência física
b) A falta de oportunidades e a discriminação racial
c) A falta de recursos financeiros
d) A falta de apoio familiar
Resposta: b) A falta de oportunidades e a discriminação racial


7. V ou F:

Pergunta: Bonifácio é apresentado como uma figura heroica que consegue superar todos os obstáculos impostos pela sociedade.
Resposta: F - Bonifácio não supera os obstáculos; ele é mais uma vítima das injustiças da sociedade pós-abolição.


8. Dissertativa:

Pergunta: Como a obra de Simões Lopes Neto critica a sociedade brasileira pós-abolição?
Resposta: A obra critica a sociedade brasileira pós-abolição ao revelar que, apesar da liberdade formal concedida aos negros, as desigualdades sociais e raciais permanecem intactas. A liberdade é uma ilusão, já que os negros continuam marginalizados e excluídos das oportunidades sociais e econômicas.


9. Múltipla escolha:

Pergunta: O que o autor deseja transmitir com o personagem de Bonifácio?
a) A heroica superação de um ex-escravo
b) A liberdade plena conquistada pela abolição
c) A crítica à sociedade racista que marginaliza os negros, mesmo após a abolição
d) A busca por vingança dos ex-escravizados contra seus opressores
Resposta: c) A crítica à sociedade racista que marginaliza os negros, mesmo após a abolição


10. V ou F:

Pergunta: O conto "O Negro Bonifácio" utiliza a figura de Bonifácio como um símbolo da resistência negra na sociedade pós-abolição.
Resposta: V - Bonifácio representa a luta dos negros pela dignidade e pelo reconhecimento em uma sociedade que ainda os discrimina.


11. Dissertativa:

Pergunta: O que a obra nos diz sobre a verdadeira liberdade na sociedade pós-abolição?
Resposta: A obra demonstra que a verdadeira liberdade não foi alcançada pelos negros após a abolição. Embora formalmente libertos, os negros continuaram a ser discriminados e marginalizados pela sociedade, sem as condições necessárias para exercer plenamente seus direitos e dignidade.


12. Múltipla escolha:

Pergunta: Qual é o maior conflito enfrentado por Bonifácio?
a) A falta de apoio familiar
b) O dilema entre sua identidade de ex-escravo e a sociedade que o rejeita
c) A busca por uma nova casa
d) A falta de recursos financeiros para sustentar sua família
Resposta: b) O dilema entre sua identidade de ex-escravo e a sociedade que o rejeita


13. V ou F:

Pergunta: A obra retrata o personagem Bonifácio como alguém que encontra conforto e aceitação após a abolição.
Resposta: F - Bonifácio não encontra conforto nem aceitação; ele continua a ser marginalizado pela sociedade.


14. Dissertativa:

Pergunta: Como a discriminação racial é abordada no conto?
Resposta: A discriminação racial é central no conto, sendo retratada como um obstáculo constante na vida dos negros, mesmo após a abolição da escravatura. Bonifácio, embora livre legalmente, continua sendo oprimido pela sociedade que não lhe concede o respeito e a igualdade.


15. Múltipla escolha:

Pergunta: O que o autor sugere sobre a sociedade que a liberdade dos negros foi apenas formal e não real?
a) Que a liberdade trouxe prosperidade para todos
b) Que a sociedade não estava pronta para a igualdade racial
c) Que a escravidão foi mais benéfica para os negros
d) Que a liberdade foi totalmente ignorada pelos governantes
Resposta: b) Que a sociedade não estava pronta para a igualdade racial


16. V ou F:

Pergunta: O narrador do conto é um observador impessoal que não se envolve com as emoções das personagens.
Resposta: V - O narrador adota uma perspectiva impessoal, limitando-se a descrever os eventos e ações das personagens sem se aprofundar em suas emoções.


17. Correspondência:

Pergunta: Relacione os principais conflitos do conto com as situações descritas:
a) Bonifácio quer a liberdade plena - ___
b) A sociedade continua a marginalizar Bonifácio - ___
c) Bonifácio busca dignidade - ___
Opções de resposta:

  1. A dificuldade de adaptação à sociedade pós-escravidão
  2. O conflito interno entre a liberdade formal e a exclusão social
  3. A busca por respeito e oportunidades de vida
    Resposta:
    a) 2
    b) 1
    c) 3

18. Múltipla escolha:

Pergunta: O que a obra sugere sobre as promessas da abolição para os negros?
a) Que foram amplamente cumpridas e aceitas pela sociedade
b) Que foram uma grande vitória, mas não resolveram os problemas estruturais
c) Que os negros ganharam mais riquezas e estabilidade
d) Que as promessas foram esquecidas rapidamente após a abolição
Resposta: b) Que foram uma grande vitória, mas não resolveram os problemas estruturais


19. V ou F:

Pergunta: O conto de Simões Lopes Neto apresenta uma visão otimista sobre o futuro dos negros na sociedade brasileira pós-abolição.
Resposta: F - O conto apresenta uma visão crítica e realista sobre a realidade dos negros, que continuam sendo marginalizados após a abolição.


20. Dissertativa:

Pergunta: Qual é a importância do personagem Bonifácio para a reflexão sobre a abolição e seus efeitos na sociedade?
Resposta: Bonifácio é fundamental para mostrar que a abolição da escravatura não trouxe verdadeira liberdade ou igualdade para os negros. Ele representa a luta pela dignidade e o sofrimento contínuo dos ex-escravizados em um sistema social ainda marcado pelo preconceito e pela discriminação racial.


21. Múltipla escolha:

Pergunta: Como a figura de Bonifácio é contrastada com a da sociedade em que vive?
a) Ele é um símbolo de resistência
b) Ele é um herói que vence as adversidades da sociedade
c) Ele é marginalizado pela sociedade que o rejeita
d) Ele é completamente integrado à sociedade pós-abolição
Resposta: c) Ele é marginalizado pela sociedade que o rejeita


22. V ou F:

Pergunta: A crítica social no conto é feita através da vida de Bonifácio e da sociedade que ele tenta, sem sucesso, integrar-se.
Resposta: V - A crítica social é central no conto, refletindo as dificuldades dos ex-escravizados em uma sociedade que não os aceita plenamente.


23. Dissertativa:

Pergunta: Qual é a mensagem central do conto?
Resposta: A mensagem central do conto é a crítica à hipocrisia da sociedade pós-abolição, que, apesar de conceder a liberdade formal aos negros, continua a discriminá-los e a excluí-los socialmente. O conto revela que a verdadeira liberdade só poderia ser alcançada com a quebra das estruturas de poder e preconceito.


24. Múltipla escolha:

Pergunta: Em relação ao contexto histórico da obra, qual é o maior desafio enfrentado pelos negros após a abolição?
a) A adaptação à vida sem o sistema escravista
b) A luta contra a miséria extrema
c) A resistência ao regime imperial
d) A reintegração à família escravizada
Resposta: a) A adaptação à vida sem o sistema escravista


25. V ou F:

Pergunta: Bonifácio é retratado como alguém que luta contra os opressores diretamente, buscando vingança.
Resposta: F - Bonifácio não busca vingança, mas sim dignidade e reconhecimento, embora seja frustrado pela sociedade.


26. Correspondência:

Pergunta: Relacione os momentos de luta de Bonifácio com os elementos da obra:
a) Busca pela liberdade verdadeira - ___
b) A exclusão social de Bonifácio - ___
c) A falsa liberdade pós-abolição - ___
Opções de resposta:

  1. O sentimento de marginalização e opressão
  2. O desespero de não ser aceito apesar de livre
  3. A busca por respeito e igualdade em uma sociedade injusta
    Resposta:
    a) 3
    b) 1
    c) 2

27. Múltipla escolha:

Pergunta: Qual é o maior aprendizado do conto?
a) Que a escravidão não é a maior opressão enfrentada pelos negros
b) Que a liberdade não garante, por si só, a igualdade
c) Que a luta pela liberdade termina com a abolição
d) Que a sociedade pós-abolição era justa e acolhedora
Resposta: b) Que a liberdade não garante, por si só, a igualdade


28. V ou F:

Pergunta: O conto "O Negro Bonifácio" sugere que a verdadeira liberdade pode ser alcançada somente através da mudança estrutural da sociedade.
Resposta: V - O conto sugere que mudanças profundas nas estruturas sociais são necessárias para que a liberdade seja plena e verdadeira.


29. Dissertativa:

Pergunta: Como o autor utiliza o personagem Bonifácio para simbolizar a luta dos negros pós-abolição?
Resposta: O autor usa Bonifácio como um símbolo da luta contra as desigualdades sociais e raciais que persistem mesmo após a abolição da escravatura. Bonifácio, apesar de livre legalmente, continua a ser excluído e marginalizado pela sociedade, representando a falha da abolição em garantir uma verdadeira liberdade e igualdade para os negros.


30. Múltipla escolha:

Pergunta: Qual é o principal conflito interno do personagem Bonifácio?
a) A falta de recursos materiais
b) A dificuldade de se adaptar à sociedade branca
c) A falta de apoio da sua família
d) A luta contra a miséria extrema
Resposta: b) A dificuldade de se adaptar à sociedade branca

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